Em fevereiro de 2023, em meio a uma forte redução das ofertas de ações no Brasil, a Seacrest Petróleo conseguiu concluir seu IPO na bolsa de valores de Oslo. Com o negócio, a empresa, focada na aquisição de campos maduros de petróleo e gás natural, captou US$ 260 milhões. Além dos bancos noruegueses, BTG Pactual e Itaú BBA foram os coordenadores do IPO. A ação estreou na bolsa de valores de Oslo nesta em 23 de fevereiro de 2023.
Para fazer a oferta, a empresa teve que aceitar um corte de preço. A avaliação da empresa foi reduzida para cerca de US$ 148 milhões, de US$ 215 milhões, considerando o valor antes da injeção de capital. Com o IPO, a empresa passa a valer US$ 383 milhões, podendo chegar a US$ 407 milhões caso o lote suplementar da oferta seja aplicado.
No IPO, o Mercuria Energy Group Limited alocou US$ 80 milhões e deterá uma participação de 30% na petrolífera após a conclusão da oferta.
“O grupo segue uma estratégia no Brasil semelhante à que a OKEA ASA tem seguido na Noruega”, também de acordo com o prospecto do IPO. Rafael Grisolia, ex-CFO da Petrobras e ex-CEO da distribuidora de combustíveis Vibra Energia, foi nomeado CFO da petroleira no ano passado.
Todos os ativos da Seacrest estão no Brasil, mas sua sede fica nas Bermudas. A petroleira é outra que viu um mercado potencial no Brasil depois que a Petrobras iniciou um programa de desinvestimentos durante o governo Temer. Entre elas estão a 3R Petróleo, a PetroRio e a PetroRecôncavo, listadas na B3.
“Existe um potencial significativo para criação de valor em nossos ativos de produção exclusivamente integrados por meio de uma série de atividades de redesenvolvimento de baixo risco que devem triplicar a produção até 2025. Nossa produção de fluxo de caixa de alta margem nos permite crescer e planejar para curto prazo retorno de capital aos acionistas”, disse o CEO da Seacrest Petróleo, Michael Stewart, em comunicado.
O primeiro investimento da empresa foi o campo de Cricaré, também da Petrobras, que compreendeu 27 concessões de petróleo onshore, além de ativos de produção de petróleo, operação que foi concluída até o final de 2021. “Todos os campos que compõem os campos de Cricaré e Norte Capixaba clusters estão em terra na Bacia do Espírito Santo. Com fator de recuperação médio atual de 17%, esses campos estão em fase de produção e são considerados ativos intermediários”, afirma a empresa em seu prospecto.
No início de abril de 2024, a Seacrest e a Petrorecôncavo comunicam que assinaram contratos para a perfuração de poços terrestres nos polos Norte Capixaba e Cricaré, ambos localizadas no Espírito Santo.
(Fonte: jornal Valor - 22.02.2023 / 08.04.2024 - partes)
(Fonte: jornal Valor - 22.02.2023 / 08.04.2024 - partes)
Versão II
A norueguesa Seacrest foi fundada em 2020 por Erik Tiller e Paul Murray, cofundadores da petrolífera norueguesa OKEA.
A primeira incursão da empresa (no Brasil) foi no campo de Cricaré, que compreendia 27 concessões petrolíferas terrestres, além de ativos de produção de petróleo, operação que foi concluída no final de 2021.
A Seacrest adquiriu o campo Norte Capixaba da Petrobras, dentro do processo de desinvestimento de poços mais maduros que a Petrobras levava a cabo e interrompido com a eleição do presidente Lula.
Uma oferta pública inicial (IPO) feita em abril de 2023 na bolsa de valores de Oslo visava, em parte, financiar aquisições. A empresa arrecadou US$ 260 milhões na época.
No início de abril de 2024, vem a lume que a Seacrest procura comprador para seus ativos petrolíferos em meio a uma forte onda de consolidação de petrolíferas independentes no Brasil, apurou o Valor. A empresa contratou a Goldman Sachs como seu consultor financeiro, segundo fontes que falaram ao jornal Valor sob condição de anonimato.
O processo de venda da Seacrest ocorre em um momento de grande atividade no mercado.
Empresas do setor já foram pesquisadas sobre potencial interesse na petroleira independente, estreante no segmento.
Um movimento de consolidação de empresas menores (leia-se Enauta, 3R, Petrorecôncavo) já era antecipado pelo mercado porque a indústria de petróleo e gás precisa de escala. O jogo mudou depois que a Petrobras interrompeu o processo de desinvestimento de poços mais maduros com a eleição do presidente Lula. Os ativos vendidos em administrações anteriores deram origem a petrolíferas independentes.
(Fonte: jornal Valor - 05.04.2024)
Uma oferta pública inicial (IPO) feita em abril de 2023 na bolsa de valores de Oslo visava, em parte, financiar aquisições. A empresa arrecadou US$ 260 milhões na época.
No início de abril de 2024, vem a lume que a Seacrest procura comprador para seus ativos petrolíferos em meio a uma forte onda de consolidação de petrolíferas independentes no Brasil, apurou o Valor. A empresa contratou a Goldman Sachs como seu consultor financeiro, segundo fontes que falaram ao jornal Valor sob condição de anonimato.
O processo de venda da Seacrest ocorre em um momento de grande atividade no mercado.
Empresas do setor já foram pesquisadas sobre potencial interesse na petroleira independente, estreante no segmento.
Um movimento de consolidação de empresas menores (leia-se Enauta, 3R, Petrorecôncavo) já era antecipado pelo mercado porque a indústria de petróleo e gás precisa de escala. O jogo mudou depois que a Petrobras interrompeu o processo de desinvestimento de poços mais maduros com a eleição do presidente Lula. Os ativos vendidos em administrações anteriores deram origem a petrolíferas independentes.
(Fonte: jornal Valor - 05.04.2024)
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