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4 de set. de 2023

Energo-Pro

          A empresa de energia Energo-Pro foi fundada pelo empresário Jaromír Tesar na República Tcheca, por volta de 1993.
          Sua área de atuação nas primeiras três décadas, foi na Europa e no Oriente Médio, incluindo Turquia, Bulgária, Geórgia e República Tcheca.
          A Energo-Pro começou a considerar entrar no mercado brasileiro em 2020 e até participou de alguns processos de aquisição de ativos. Porém, optou-se por estabelecer um escritório local com uma equipe para estruturar sua operação.
          Em 2023, iniciou sua expansão nas Américas com escritório na Colômbia. No entanto, a estratégia ali gira em torno do desenvolvimento de projetos antes mesmo da fase de construção, área onde políticas públicas recentes incentivam a integração de fontes de energia renováveis.
          Com mais de 1,5 bilhões de euros em ativos, a Energo-Pro já estabeleceu um escritório em São Paulo e começou a explorar ativos para construir um portfólio através de aquisições. Divergindo da recente onda de transações de energias renováveis focadas em energia eólica e solar, o principal interesse da Energo está nas usinas hidrelétricas.
          No início de setembro de 2023, a Energo-Pro projeta a sua entrada no mercado brasileiro. Para liderar o escritório local, supervisionar as operações locais e fazer aquisições de ativos a empresa tcheca contratou o ex-executivo da Actis Bruno Moraes. Moraes passou os últimos 10 anos adquirindo e investindo em empresas de energia por meio do fundo de private equity Actis. Seus investimentos totalizaram cerca de US$ 2 bilhões em empreendimentos como Omega, Echoenergia (vendida para a Equatorial) e Atlantic (vendida para a China General Nuclear – CGN). Portanto, ele conhece bem as aquisições de energia.
          As discussões entre Moraes e a administração da Energo começaram quando ele estava em quarentena contratual após deixar o fundo, enquanto definia seus próximos passos. “Inicialmente, ingressar em uma empresa tcheca não estava nos meus planos, mas as conversas avançaram após algumas reuniões na rota São Paulo-Praga”, contou.
          Como funcionário número um, Moraes está montando a equipe da empresa, que deverá crescer para cerca de 15 pessoas em 18 meses. “Só adquiriremos ativos operacionais ou, em algumas exceções, ativos muito próximos de entrarem em operação. A empresa tem como foco a verdadeira energia renovável, que inclui ativos hidrelétricos e será nossa prioridade no curto prazo”, afirmou.
          A empresa não definiu um orçamento fixo para aquisições locais, mas dá uma ideia da sua ambição: almejar cerca de 1,5 GW em cinco anos. Empresa familiar, possui usina hidrelétrica e concessões de distribuição.
          Após adquirir usinas e pequenas centrais hidrelétricas, a empresa poderá voltar sua atenção para ativos operacionais em energia eólica e solar. Uma vez solidificada a operação no Brasil, a Energo-Pro poderá explorar novos mercados na região para diversificar seu portfólio e moeda – considerando que os contratos de venda de energia são denominados em dólares nos países vizinhos.
(Fonte: jornal Valor - 04.09.2023)

3 de set. de 2023

Constellation Asset Management

          A história começou em 1998 com a fundação da Utor Asset Management pelos antigos sócios do Banco Garantia: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
Em 1998 Florian Bartunek é convidado para gerir os investimentos em ações dos ex-sócios do Banco Garantia. Bartunek deixou o Banco Pactual pela Utor Investimentos para tocar a carteira proprietária de ações.
          Em 2002, fruto da parceria entre Florian e Jorge Paulo Lemann, nasce a Constellation, com R$ 64 mi sob gestão. Florian e Lemann decidiram criar a Constellation e disponibilizar a bem-sucedida estratégia para mais investidores.
          Em 2005, quando do lançamento da estratégia Long Only, a Constellation atingiu R$ 203 milhões sob gestão.
          A Lone Pine Capital se associa a Constellation em 2007, e a gestora tornou-se a 1ª asset a ter um hedge fund americano como sócio. R$ 943 milhões estavam sob gestão
          O ano de 2013 é encerrado com mais de R$ 2,4 bilhões sob gestão da Constellation.
          Em 2017, com os fundos passando a ficar disponíveis nas plataformas digitais, o valor sob gestão ultrapassou R$ 3,3 bilhões.
          Em 2019, a Constellation torna-se signatária do PRI (Principles for Responsible Investment ).
          A Constellation tem a participação de Jorge Paulo Lemann e na área de investimentos conta com os sócios Florian Bartunek, Eduardo Dumans, André Lima, Victor Furlan e Nathan Sboarine. A Estratégia e Trading estão sob o comando do sócio Rodrigo Magdaleno. Já os sócios Cândido Gomes e Alex Rodrigues respondem pelas áreas de Relação com Investidores e Operação, Risco e Compliance, respectivamente.
(Fonte: site da empresa)

2 de set. de 2023

Constellation (ex-QGOG)

          A QGEP Participações S.A. é uma empresa do Grupo Queiroz Galvão criada em 2010 a partir da reestruturação da então Queiroz Galvão Óleo e Gás S.A. (QGOG), quando foram separadas as atividades da nova empresa daquelas relacionadas a serviços de perfuração (fornecimento de sondas, afretamento de plataformas e outros serviços). Controladora da Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (QGEP), foi concebida com o objetivo de permitir maior crescimento no segmento de exploração e produção. A QGOG tornou-se então uma empresa de sondas de perfuração para explorar e produzir 
petróleo e gás.
          Uma dívida de bilhões de dólares surgiu na última década. A antiga QGOG investiu em novas sondas de perfuração para suprir a demanda esperada do mercado com a descoberta do petróleo em águas profundas. O cenário, porém, não se concretizou, com a Petrobras reduzindo investimentos após a Operação Lava-Jato e a queda do preço do barril de petróleo em 2014.
          Em 2018, a Constellation Oil Services – antiga Queiroz Galvão Óleo e Gás (QGOG), com
uma dívida de US$ 1,84 bilhão– inicia o processo de recuperação judicial.
A Constellation encerrou o processo de recuperação quando reduziu sua dívida de US$ 1,84 bilhão para US$ 918 milhões. Além disso, os acionistas controladores foram substituídos. Dessa forma, a empresa então começa a olhar para o futuro e estudar alternativas no novo contexto do setor no país e na transição energética.
          A reestruturação da Constellation incluiu uma injeção de capital de US$ 60 milhões e a conversão de dívida em patrimônio, um movimento que levou a uma nova composição de propriedade. O fundo Sunstar e Capital, ex-controlador, teve sua participação reduzida para 27%. Assim, os obrigacionistas passaram a ser os acionistas controladores, com 47% do total. Os 26% restantes estão nas mãos dos bancos credores.
          Após o período tempestuoso, no entanto, o mercado local se recuperou. Hoje, a Constellation tem todas as oito sondas de perfuração offshore contratadas e é a empresa de perfuração offshore com maior número de unidades em operação no Brasil. A empresa é responsável por 4% da frota global de sondas flutuantes para perfuração de poços para a indústria de óleo e gás. Uma das unidades foi contratada 
pela ONGC da Índia.
          Com o fim do processo de recuperação judicial, a Constellation quer aproveitar as transformações observadas no mercado. Para isso, a empresa vai reestruturar seu conselho de administração e terá a primeira mulher presidente do colegiado. A executiva escolhida é a britânica Maria Gordon, que trabalhou na Goldman Sachs e na Pimco.
          As outras sete sondas têm contratos no Brasil e juntas respondem por um terço do mercado nacional. A maioria das unidades teve contratos renovados entre o final de 2021 e o início de 2022, com uma melhora nas taxas de operação de 48% em relação aos contratos anteriores.
          Segundo Ribeiro, a diversificação das empresas que atuam no mercado brasileiro além da Petrobras tem contribuído para um mercado mais saudável. Nos últimos anos, com a venda dos ativos da Petrobras e as novas rodadas de licitações de blocos exploratórios pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a indústria nacional passou a contar com mais petroleiras.
(Fonte: taboolaLinks patrocinadosConteúdo Publicitário / Site da empresa - partes)

1 de set. de 2023

Bossa Invest (antiga Bossanova Investimentos)

          A Bossanova Investimentos, empresa de venture capital, anunciou, em 31 de agosto de 2023
mudança no nome da empresa que passa a se chamar Bossa Invest.
          Agora como Bossa Invest, a empresa terá um novo CEO, Paulo Tomazela, que comandará a 
companhia com o apoio de João Kepler, que assume o novo cargo de CVO (Chief Visionary Officer).
          Paulo Tomazela foi executivo da Fiat por sete anos e head de Fundos da gestora de venture capital KPTL. Segundo a empresa, Kepler deve reforçar sua proximidade com investidores e fundadores, além de criar novas vias e estratégias de crescimento da empresa e de seu ecossistema, incluindo produtos
como a Platta, Bossa Bank e Academy.
          A companhia também anunciou novos produtos: a Clubb.vc, uma plataforma de educação, informação e investimento para ampliar o conhecimento sobre Venture Capital; uma área de Dados & Reports; e um novo app de acompanhamento dos investimentos, plataforma de mentoria e aceleração das startups.
          Segundo a companhia, o objetivo das mudanças é aumentar a proximidade com empreendedores e investidores, escalar sua operação e ter posicionamento mais voltado à educação, cooperação e dados para o ecossistema.
          A Bossa Invest tem mais de 1.500 startups investidas e mais de 100 exits, considerando números de fins de agosto de 2023.
(Fonte: Época Negócios - 31.08.2023)

31 de ago. de 2023

123milhas

          A agência de viagens 123milhas tem como sócios Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira. Cristiane Soares Madureira do Nascimento é sócia da agência de viagens por meio da empresa Novum Investimentos Participações.
          A123milhas anunciou em 18 de agosto de 2023 a suspensão de pedidos da linha Promo (com datas flexíveis) que tinham embarque previsto entre setembro e dezembro de 2023. A agência afirma que os valores serão devolvidos aos clientes afetados em “vouchers acrescidos de correção monetária 
de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado”.
          O voucher é a única opção oferecida pela empresa para realizar o reembolso, contrariando o Código de Defesa do Consumidor.
          Em 29 de agosto de 2023, a 123milhas pede proteção judicial com dívida estimada em R$ 2 bilhões. O Processo envolve 600 mil credores com grande impacto ao consumidor final.
          A Maxmilhas, do mesmo grupo da 123milhas, renegocia dívidas e parcela pagamento a vendedores de milhas. A Maxmilhas afirma que as decisões da 123milhas estão se refletindo no negócio da companhia e em todo o setor, “gerando uma escassez de acesso à capital de giro no mercado”.
          Na tarde de 31 de agosto do 2023, a justiça de Belo Horizonte aceitou os pedidos de recuperação judicial das empresas 123 Viagens e Turismo (a 123milhas), Art Viagens e Turismo (a Hotmilhas), e da 
controladora Novum Investimentos e Participações.
          A Maxmilhas pediu recuperação judicial em 21 de setembro de 2023, apontando dívida de R$ 226 milhões. Solicitou com urgência para também ser incluída no processo de recuperação judicial da 123milhas, uma vez que fazem parte da mesma holding.
(Fonte: Estadão - 25.08.2023 / Valor - 30.08.2023 / 31.08.2023 / 22.09.2023 - partes)

30 de ago. de 2023

Jabur (grupo) / Jabur Pneus

          A chegado de Jabur Abdala ao Paraná ocorreu em 1944. Então com 25 anos, Jabur ia de São Miguel Arcanjo, no interior de São Paulo, para Porecatu, norte do Paraná. O ônibus encalhou em Bela Vista do Paraíso, na região de Londrina. Enquanto o conserto do ônibus era feito, Jabur Abdala decidiu ficar por ali mesmo.
          Com algumas economias, montou um pequeno armazém, um negócio que manteve até 1950, quando juntamente com o irmão Nassin Jabur conseguiu uma concessão da Mercedes-Benz. A revendedora cresceu e em 1959 foi transferida para Londrina, onde os Jabur podiam contar com algumas novidades ainda raras em Bela Vista, como energia elétrica, escola e água encanada.
          Em 1970, um departamento da concessionária, o de venda de pneus, mostrou vigor suficiente para caminhar com as próprias pernas. Nascia a Jabur Pneus. A criatura tornou-se, rapidamente, maior que o 
criador. Em setembro de 1993, com 37 lojas, faturava 97,3 milhões de dólares.
          Os filhos João, nascido em 1959 e Omar, nascido em 1963, foram nomeados vice-presidentes quando completaram 18 anos. Assumiram o comando executivo no início dos anos 1980, mas 
o pai, Jabur Abdala, continuou na presidência e era a voz respeitada nas decisões estratégicas.
          Outro negócio que tomou importância no grupo da família de origem libanesa, são os truck centers,
espécie de shopping center à beira da estrada destinado principalmente a caminhoneiros. Inspirados nos truck stops americanos, eles reúnem, num só local, oficina, venda de autopeças, estacionamento, 
restaurantes, hospedagem e lojas de conveniência. "Tem muito futuro no no Brasil", diz João Jabur Abdala, presidente do grupo Jabur e filho mais velho de Jabur Abdala.
(Fonte: revista Exame - 29.09.1993)

29 de ago. de 2023

Onlyfans

          Os britânicos Guy e Tim Stokely iniciaram o negócio da Onlyfans em 2016, com um investimento de 10 mil libras (R$ 62 mil).
          Dois anos depois, em 2018, a Onlyfans foi comprada pelo ucraniano-americano Leonid Radvinsky, nascido em 1982. Acredita-se que Radvinsky tenha pago milhões de libras pelo negócio.
          Os lucros da plataforma dispararam em 2022 e a notícia de que seu proprietário ganhou mais de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão) em dividendos renovou a curiosidade sobre o magnata da pornografia.              Considerando números de agosto de 2023, Radvinsky, o misterioso dono do império pornô Onlyfans, estaria com um patrimônio líquido estimado em US$ 2,1 bilhões.
(Fonte: Época Negócios - 28.08.2023)

28 de ago. de 2023

Ansa

          Em meados de setembro de 2020, a Petrobras informou o início da etapa de divulgação da venda de sua participação total na unidade de fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa) no Paraná.
          Já em 14 de agosto de 2023, a Petrobras informou que está em fase final de estudos para a retomada da produção de fertilizantes na Araucária Nitrogenados (ANSA), sua subsidiária no Paraná. A planta foi desativada desde 2020.
          Após a finalização dos estudos de viabilidade técnica e econômica, o projeto de retomada será submetido às aprovações da Diretoria Executiva e do conselho de administração da companhia.
          Após investimentos e adequações para atender às normas regulatórias, poderá voltar a operar no primeiro semestre de 2024.
          De acordo com o presidente (da Petrobras) Jean Paul Prates, o setor de fertilizantes tem importância estratégica para a Petrobras e para o país: “O Brasil é um grande produtor de commodities agropecuárias, porém, dependente de fertilizantes de origem estrangeira. Esse mercado vem enfrentando muitos desafios no mundo todo. A Petrobras tem interesse em investir na reativação da ANSA por conta da sinergia com a Repar. Com a operação, a empresa reduziria a dependência do país em relação à importação do produto.
          A ANSA tem capacidade de processar cerca de 1,9 mil toneladas por dia de ureia e 1,3 mil toneladas por dia de amônia, usadas na produção de fertilizantes agrícolas, além de outros setores. A matéria-prima usada na unidade é o resíduo asfáltico, que pode ser obtido na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), também localizada na cidade de Araucária (PR).
(Fonte: Valor - 18.09.2020 / Dica de Hoje Research - 15.08.2023 - partes)

25 de ago. de 2023

Credicard

          Em meados da década de 1980, a Credicard fez um contrato com a concorrente internacional Visa.
          Em 1988 a Credicard rompeu esse contrato. Preferiu associar-se justamente ao maior concorrente
internacional da Visa, a MasterCard, que lhe oferecera a exclusividade de sua marca no Brasil. Em meados de 1994, porém, a Credicard/MasterCard viu a Visa de volta ao topo do pódio, seis anos depois de a Credicard ter rompido o contrato que mantinha com ela.
          Diante do sucesso obtido pelo seu ex-parceiro no país, a Credicard, que detinha os direitos exclusivos da MasterCard no Brasil, tratou de se mexer. Desenvolveu todo um pacote de novos serviços com o objetivo de enfrentar a concorrência. O objetivo era oferecer maior mobilidade aos bancos. A Credicard acusou o golpe e logo passou a dividir parte de seus ganhos com o banco associado num
sistema conhecido como profit sharing.
          Abriu também a franquia da MasterCard no país - ou seja, nesse caso não é necessário usar o nome MasterCard no cartão - e permitiu aos bancos que dessem mais destaque ao próprio logotipo,
como nos cartões com a bandeira Visa.
          Em novembro de 1994, a Credicard, então maior administradora de cartões de crédito do país, levantou muita poeira com a troca inesperada em seu comando. José Francisco Canepa foi foi indicado para o cargo de presidente pelo Citibank, sócio da Credicard e responsável pela sua administração. Ele era o principal executivo da área de pessoas físicas do Citibank em Porto Rico. O ex-presidente da empresa, Antônio Eduardo Brigagão, então com 52 anos, que dirigia a Credicard desde 1991 e também ex-funcionário do Citi, foi convidado para assumir justamente o cargo de Canepa em Porto Rico. Não aceitou. O que para Canepa foi uma promoção seria para Brigagão um castigo mal explicado.
          Pouco antes de abril de 2006, o Citi comprou a parte do Credicard do Unibanco, em parceria com o Itaú. O Citibank, tradicionalmente associado a grandes empresas e a uma clientela de alto poder aquisitivo, tentava - pela segunda vez em 15 anos - disputar espaço no concorrido mercado financeiro de massa. O banco tinha como estratégia contactar os 2,5 milhões de pessoas que ficaram com o Citibank e que seriam o tanque em que o banco tentaria pescar novos clientes.
(Fonte: revista Exame - 20.07.1994 / 07.12.1994 / 26.04.2006 - partes)