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10 de fev. de 2024

Demoiselle Bistrô

          O Demoiselle Bistrô fica na Alameda dos Anapurus, 680 - Moema. O Bistrô tem apenas 22 lugares e um cardápio elaborado pelo chef Carlos de La Fuente. O restaurante investe nos clássicos e na influência espanhola (família de La Fuente) e sírio-libanesa (influência da sócia, Fabiana Sucar Dib).
          O Demoiselle foi batizado assim em homenagem ao "Pai da Aviação" Santos Dumont. Esse nome foi usado por ele em 1907 para identificar uma série de aeronaves que destacavam-se pela leveza e transparência (assim como demoiselles, insetos similares às libélulas).
          O Demoiselle Bistrô é o primeiro restaurante brasileiro a receber o Selo Casa Saudável. Trata-se de um selo do Healthy Building Certificate que leva em consideração elementos da saúde e bem-estar em projetos, edificações e construções. A certificação também pode ser conquistada por profissionais da construção civil. O certificado foi entregue oficialmente na tarde de 7 de fevereiro de 2024, ao 
Demoiselle Bistrô, em Moema.
          A arquiteta Ornella Lenci, responsável pelo projeto do restaurante, explica que o certificado foi uma consequência e não o objetivo final. “Nossa intenção sempre foi criar um espaço agradável e acolhedor. Cuidamos do nível de ruído, iluminação, ventilação, materiais usados, qualidade da água, tipo de plantas usadas, entre outros detalhes. A certificação é a confirmação de que estávamos no c
aminho certo”, disse Ornella.
          Para receber o Selo Casa Saudável (SCS) é preciso que o projeto, a edificação ou o ambiente sejam submetidos a testes e verificações. Os critérios avaliados são: desenho, iluminação, acústica, materiais, hidráulica, elétrica, qualidade do ar, paisagismo, sustentabilidade e manutenção. A diferença do Selo Casa Saudável para certificações de ambientes sustentáveis é, basicamente, o foco dos projetos. No caso do Selo Casa Saudável, todas as obrigações e mudanças visam o bem-estar do indivíduo.
(Fonte: Estadão - 10.02.2024)

9 de fev. de 2024

Sports Illustrated

          A revista americana Sports Illustrated é considerada a “bíblia” do jornalismo esportivo. 
Durante décadas, a Sports Illustrated foi uma leitura semanal obrigatória para os fãs de esportes e um motor financeiro para o império da Time Inc.. Ela chegou a ter mais de 3 milhões de assinantes, e seus textos, reportagens e fotografias eram considerados o auge do jornalismo esportivo.
          Em 2017, a Meredith comprou a Time Inc., que incluía a Sports Illustrated e outros ativos de mídia, por US$ 3 bilhões (R$ 14,8 bilhões).
          Dois anos depois, em 2019, o conglomerado de mídia vendeu a Sports Illustrated para o Authentic Brands Group, que é principalmente uma empresa de licenciamento que adquire os direitos de marcas de celebridades, por US$ 110 milhões (R$ 542 milhões). Ela foi comprada pelo valor do nome e da propriedade intelectual da Sports Illustrated, e não porque o Authentic Brands Group pretendia administrar uma revista.
          Poco tempo depois, o Arena Group – proprietário da Men’s Journal, Parade e TheStreet fechou um acordo de 10 anos com o Authentic Brands Group para publicar a Sports Illustrated. A empresa pagou pelo menos US$ 45 milhões (R$ 22 milhões) – enquanto o Authentic Brands Group manteve os direitos comerciais para coisas como um possível hotel com a marca em Michigan. O Authentic Brands Group disse que estava comprometido em garantir que “a marca, que inclui seu braço editorial, continue a prosperar como tem feito nos últimos quase 70 anos”. O Arena Group está em negociações com o Authentic Brands Group e planeja continuar a publicar a Sports Illustrated, disse Rachael Fink, porta-voz do grupo. “Esperamos ser a empresa que levará a publicação adiante, mas se não for, estamos confiantes de que alguém o fará”, disse ela em um comunicado.
          Cerca de 100 jornalistas trabalham para a Sports Illustrated, considerando números de meados de janeiro de 2024.
          A Sports Illustrated está em declínio há anos. Teve dificuldades para mudar para o mundo da mídia digital e foi prejudicada pela má administração. A internet aniquilou as revistas impressas e o corte de custos transformou a publicação semanal em mensal e reduziu sua equipe. Na sexta-feira, 19 de janeiro de 2024, a revista recebeu talvez seu golpe mais duro até então com a demissão de uma série de funcionários por e-mail. A medida foi tomada depois que o Arena Group, que publica a revista e o site, teve sua licença para operar a publicação revogada. Esse novo revés tornou o futuro incerto.
          Naquele dia (19 de janeiro de 2024) repórteres e editores foram convidados a participar de uma chamada do Zoom às 14h (horário local nos EUA). O encontro durou apenas sete minutos. Na ligação, Jay Frankl, recém-contratado diretor de transformação de negócios do Arena Group, disse: “Continuaremos a produzir a marca Sports Illustrated e o conteúdo online até que a situação seja totalmente resolvida”, de acordo com uma gravação da reunião ouvida pelo The New York Times. Nenhuma pergunta foi feita. Alguns funcionários receberam e-mails com avisos de demissão imediata, enquanto outros foram informados em outras reuniões do Zoom que manteriam seus empregos por pelo menos 90 dias.
          Até agora, o que parece certo é que mesmo que a Sports Illustrated sobreviva de alguma forma, ela será severamente reduzida.
(Fonte: OESP - 22.01.2024)

8 de fev. de 2024

Nash Motors

          A Nash Motors foi fundada em 29 de Julho de 1916, em Kenosha, Wisconsin, nos EUA. Seu fundador, Charles Williams. Nash comprou a Thomas B. Jeffrey Company, até então detentora das marcas Jeffrey e Rambler. Antes da fundação da empresa, Nash foi presidente da General Motors entre 1912 e 1915. Os primeiros automóveis com a marca nova somente saíram da produção para o mercado no ano de 1917.
1922 Nash Roadster Model 42
          Durante a década de 20, a Nash fez uma série de inovações em seus veículos que tornaram a empresa a quarta maior do ramo automobilístico dos Estados Unidos, ficando atrás apenas da chamada Big Three (General Motors, Chrysler e Ford Motor), conseguindo se manter durante a quebra da Bolsa de Nova York em 1929. Em 1924, a Nash adquiriu a LaFayette Motors.
Nash Six Touring 1927
          O posicionamento da Nash Lafayette veio no início da década de 1930, quando Charles Nash deixou o cargo de presidente. Comprou a Kelvinator, uma fabricante de geladeiras e colocou o então presidente da empresa, George Mason, no cargo máximo da Nash. Surgia então em 1937, a Nash-Kelvinator Corporation.
Em janeiro de 1954, a Nash Kelvinator se fundiu com a Hudson Motor Car Company e surgiu oficialmente a American Motors Corporation (AMC).
          Em um período de expressiva criatividade da indústria automobilística norte-americana, no decorrer dos anos de 1950, quando as traseiras dos automóveis ostentavam formatos de rabo de peixe (Cadillac) ou asa de gaivota (Chevrolet Impala 1959), além da fartura de partes cromadas e ornamentos, a Nash Motors Company, foi pródiga na diversidade de sua produção.
          Os Nash Ambassador (Embaixador), Statesman (Estadista), Rambler (Passeador) e Metropolitan (Metropolitano) destacavam-se nas versões com capota rígida, conversíveis ou como camionetas de passeio (peruas). Esses modelos possuíam carroçarias de aspecto curioso, futurista, alegre e harmonioso.
          Um Nash Ambassador de quatro portas, com seu amplo espaço interno, era ideal para um confortável passeio da família e útil como automóvel de aluguel, popularmente conhecido, à época, como carro de praça.
          Os anos de ouro da Nash findaram em 1957, quando a empresa já tinha se transformado na American Motors Corporation (AMC). Outra curiosidade: o Nash Metropolitan não tinha tampa no porta-malas. O acesso para colocação da bagagem era feito pelo interior do automóvel.
(Fonte: Almanaque Zero Hora / Wikipédia - partes)

7 de fev. de 2024

New York Community Bank - NYCB

          O New York Community Bank  - NYCB foi fundado em 14 de abril de 1859, em Flushing, Queens, como Queens County Savings Bank.
          Em 1993, o banco tornou-se uma empresa pública através de uma oferta pública inicial, IPO.
          Em 15 de dezembro de 2000, o banco muda o nome para New York Community Bank - NYCB para melhor refletir sua área de mercado além do Queens.
          O NYCB efetuou várias aquisições na década de 2000, comprando o Haven Bancorp por US$ 196 milhões em 2000, o Richmond County Financial em uma transação de US$ 802 milhões em 2001, o gestor de ativos Peter B. Cannell & Co. Bancorp em uma transação de US$ 1,6 bilhão em 2003, o Long Island Financial em uma transação de US$ 70 milhões em 2005, o Atlantic Bank of New York do Banco Nacional da Grécia por US$ 400 milhões em 2006, onze agências em New York York City da Doral Financial Corporation em março de 2007, o Penn Federal Savings Bank por US$ 262 milhões em abril de 2007 (adicionando filiais em East Central e North East New Jersey), e o Synergy Bank of Cranford, New Jersey por US$ 168 milhões em ações em outubro de 2007. Em setembro de 2009, mudou a marca das agências Synergy para Garden State Community Bank.
          Em dezembro de 2009, a Federal Deposit Insurance Corporation - FDIC confiscou o AmTrust, um banco sediado em Cleveland, OH, com 66 agências e US$ 13 bilhões em ativos em Ohio, Flórida e Arizona. O NYCB adquirira a Amtrust, que serviu para expandir pela primeira vez a presença de filiais da NYCB fora da área metropolitana de Nova York. Em 2017, o banco vendeu o negócio de hipotecas adquirido com a compra da AmTrust com um lucro de US$ 90 milhões.
          Em março de 2010, o Desert Hills Bank de Phoenix, Arizona, com US$ 496 milhões em ativos, foi apreendido pelo FDIC e adquirido pela NYCB.
          Em junho de 2012, o NYCB adquiriu os ativos do Aurora Bank do Lehman Brothers.
          Em 29 de outubro de 2015, o banco anunciou um acordo de fusão com o Astoria Bank, mas a fusão proposta foi encerrada em dezembro de 2016, após não conseguir obter a aprovação regulatória.
          Em 4 de novembro de 2016, a Brooklyn Sports & Entertainment anunciou que o banco havia adquirido os direitos de nomeação do Nassau Coliseum; foi renomeado como "NYCB Live: Home of the Nassau Veterans Memorial Coliseum", devido a acordos que exigem que "Nassau Veterans Memorial Coliseum" permaneça no nome da arena. A NYCB rescindiu seu contrato de naming rights no final de agosto de 2020 devido à incerteza em torno da propriedade após o fechamento em junho de 2020 e o subsequente novo arrendatário.
          Em dezembro de 2020, o presidente, CEO e membro do conselho Joseph Ficalora anunciou sua aposentadoria. Thomas Cangemi, Diretor Financeiro da empresa desde 2005, tornou-se presidente e CEO.
          Em dezembro de 2022, o NYCB adquiriu o Flagstar Bank.
          Em 19 de março de 2023, a NYCB adquiriu US$ 38,4 bilhões em ativos do liquidado Signature Bank em um negócio de US$ 2,7 bilhões, com 40 agências Signature sendo convertidas em locais Flagstar.
          Em 6 de fevereiro de 2024, o provedor de classificação de crédito de títulos Moody's Investors Service rebaixou a classificação de crédito da NYCB para o status de "Junk" (lixo), atribuído à sua exposição em empréstimos imobiliários comerciais. O NYCB relatou um prejuízo trimestral de US$ 252 milhões uma semana antes.
(Fonte: Wikipédia)

6 de fev. de 2024

Bauminas

          A Bauminas é um grupo brasileiro familiar sediado em Minas Gerais que atua nos mercados químicos para tratamento de água e esgoto, mineração e logística, e fornece insumos para as maiores empresas de saneamento do país. Foi fundada em 1961 como Indústria Química Cataguases.
          Em 2018, um dos sócios do grupo, Márcio Barbosa Silva Bissoli, morreu em um acidente de helicóptero no sul de Minas Gerais. Um acordo de acionistas garantiu que um de seus irmãos, Túlio, continuaria à frente do grupo.
          Hoje, o grupo é composto por cinco empresas: Bauminas Águas (líder no fornecimento de coagulantes para tratamento de água), Bauminas Agro (nutrientes e compostos químicos para agricultura e indústria), Bauminas Mineração (mineração de minérios utilizados em sais para tratamento de água), Bauminas Log (logística de produtos químicos) e Bauminas Hidroazul (tratamento de água para piscinas).
          Em fins de janeiro de 2024, a Bauminas busca parceiro para ampliar atuação e
contrata banco de investimento para explorar “oportunidades estratégicas”. A empresa vê um potencial significativo de expansão com a nova estrutura de saneamento, que já começou a atrair recursos significativos do setor privado.
          As alternativas em avaliação podem variar desde a contratação de novos sócios até possíveis fusões e aquisições (M&A). Segundo fonte próxima à Bauminas, o grupo não está à venda, mas estaria aberto a um investidor ou sócio minoritário estratégico para acelerar seus planos de crescimento. “Estaremos analisando diferentes possibilidades”, disse a fonte.
          Em comunicado após a notícia de que o grupo estava em negociações preliminares para vender suas operações à Brookfield, Bauminas negou a existência de tais negociações. No entanto, o Valor apurou que tem havido uma aproximação informal entre o banco de investimento, que o aconselhará na procura de oportunidades estratégicas, e a sociedade gestora de ativos, bem como com outros potenciais parceiros.
          Segundo levantamento da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços de Água e Esgoto (ABCON), foram contratados R$ 64,6 bilhões em investimentos nos leilões realizados de 2020, quando a lei foi aprovada, até 2023. Para alcançar o saneamento universal no país, a associação estima que serão necessários R$ 893 bilhões em investimentos.
          O grupo fatura anualmente cerca de R$ 2 bilhões, 70% dos quais provenientes de tratamento de água. Com mais de 1.000 colaboradores, o grupo conta com 21 unidades produtivas, sendo 17 fábricas e 4 minas.
(Fonte: jornal Valor - 02.02.2024)

4 de fev. de 2024

Varam Motors

          Fundada pelo imigrante armênio Varam Keutenedjian, a Varam Motores, S.A. foi a segunda empresa do setor automobilístico a se instalar em São Bernardo do Campo (SP).
          Nomeada representante oficial da Nash no início de 1946, operou entre 1948 e 1956 como montadora, quando a vedação à importação de veículos – mesmo sob a forma CKD - obrigou-a a interromper as atividades.
          Em paralelo com sua principal operação – a montagem de automóveis e caminhões norte-americanos Nash -, na primeira metade da década de 50 a Varam também produziu carros Fiat e jipes Nissan Patrol, estes por pouco tempo, a partir do início de 1955, com cerca de 40% de conteúdo nacional.           Embora possuísse instalações com capacidade para 15.000 veículos/ano, a empresa jamais se aproximou de tal volume de fabricação.
          Em 1958 suas instalações foram alugadas para a Simca e mais tarde foi por ela adquiridas.
(Fonte: Lexicar Brasil)

3 de fev. de 2024

Cepam

          A tradicional padaria Cepam foi fundada em 1954 por Germano Amaro e Antônio Diogo, que criaram o negócio a partir da aquisição de uma pequena panificadora da Vila Zelina, na região da Vila Prudente, zona leste de São Paulo. Oficialmente, a marca passou a existir em 1968, cinco anos antes da criação da Village, marca que também pertence à panificadora e é conhecida por produtos como panetones e pães.
          Considerando números de janeiro de 2024, a empresa produz diariamente 16 mil pães franceses, 11,2 mil produtos diversos e tem 550 funcionários. Aos finais de semana, a circulação de clientes chega a 8 mil pessoas.
          A Cepam vende seus produtos também para empresas, como o Hospital Israelita Albert Einstein 
e a rede de fast-food Bob’s.
          A unidade da Cepam na Vila Prudente, em São Paulo, é considerada a maior padaria da América Latina, com 2,5 mil metros quadrados.
          No início de fevereiro de 2024, com dívidas de R$ 73,4 milhões, a Cepam entrou com um pedido de recuperação na Justiça..
          Segundo o pedido de recuperação judicial, as dívidas do negócio foram acumuladas entre 2020 e 2022, como efeito da pandemia. “É de observar que praticamente todo o endividamento bancário das requerentes foi contraído no começo da pandemia, de modo que a interrupção total da produção foi a 
causa motriz para a necessidade elevada de tomada de empréstimos”, informa o documento.
          A empresa alegou ainda ter sido obrigada a contratar 50 entregadores da noite para o dia para
viabilizar o atendimento de pedidos via aplicativos de delivery.
(Fonte: CNN - 30.10.2023 / Estadão - 03.02.2024 - partes)

2 de fev. de 2024

Jeffrey's Toys

          A Jeffrey’s Toys, loja de brinquedos localizada no centro de São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, foi fundada em 1938.
          A loja é bastante conhecida por dois motivos: primeiro, por ser um dos estabelecimentos mais antigos da cidade e afirma ser a loja mais antiga do gênero. Segundo, por ser a loja que inspirou as aventuras de Woody e Buzz Lightyear em “Toy Story” da Pixar.
          A loja foi administrada pela família do proprietário Matthew Luhn, por quatro gerações, e ele a administrava conjuntamente com seu pai, Mark, e sua madrasta Rosie Coronado-Luhn, depois de passar toda a sua infância lá. Seus tataravós começaram a loja em 1938 como uma loja de variedades, mas mudaram exclusivamente para brinquedos em 1953 e, no seu auge, o negócio cresceu para vários locais em toda a Bay Area, incluindo San Leandro, Oakland e Hayward.
          Foi em seu posto avançado em São Francisco que Luhn aprendeu a operar a caixa registradora e a contar o troco ainda jovem e era pago em brinquedos. O ambiente colorido e criativo o estimulou a ir para a escola de animação quando ficou mais velho, e ele foi contratado para trabalhar em “Os Simpsons” aos 19 anos, antes de passar 20 anos como animador, escritor e diretor de histórias na Pixar, trabalhando em “Os Simpsons”. Monsters, Inc.”, “Ratatouille” e “Cars”, entre outros sucessos do estúdio de Emeryville.
          Logo chegou a hora de Luhn assumir ele mesmo o controle da loja, mas uma série de obstáculos crescentes levaram ao seu lento desaparecimento. Em 2015, a loja teve que se mudar de sua antiga localização em 685 Market St. para Berkeley após a ameaça de um aumento no aluguel, antes de se mudar para sua localização atual na Kearny Street, dois anos depois. A norma crescente das compras online foi outro duro golpe, mas a Jeffrey’s Toys também sofreu uma queda acentuada nos negócios como resultado da pandemia e do menor número de trabalhadores de escritório no centro da cidade. A criminalidade na área agravou o problema, disse ele, relatando incidentes de tentativa de furto em lojas e um caso em que alguém tentou esfaquear uma de suas funcionárias, fazendo com que ela pedisse demissão depois de trabalhar lá por cinco anos.
          “Queremos continuar no mercado, mas precisamos de um relacionamento mais saudável com a cidade”, disse ele no mês passado, acrescentando que a loja paga US$ 20 mil por mês apenas em aluguel. “Estamos investindo nosso dinheiro, trabalhando duro e colocando nosso amor nisso. Mas, na relação que temos com a cidade, isso não está sendo devolvido.”​       
          No início de 2024, porém, a loja prepara-se para fechar suas portas. Matthew Luhn, proprietário do estabelecimento, confirmou o encerramento das atividades da loja, que foi administrada por sua família por quatro gerações. A Jeffrey’s Toys fica em 45 Kearny St. Sterling disse ao SFGATE que o último dia de funcionamento da loja está previsto para 10 de fevereiro de 2024, depois de mais de 85 anos de atividade. A Jeffrey’s Toys viu o tráfego de pedestres diminuir em sua loja na 45 Kearny St.
          “A família está triste por ter chegado a este ponto”, escreveu Sterling em um comunicado por e-mail. “A liderança da cidade de São Francisco e da Downtown Association têm um trabalho difícil para eles sobre como revitalizar o que antes era uma experiência vibrante e divertida no centro da cidade.
          Quando questionado sobre qual pode ter sido a gota d’água para a loja, Ken Sterling, da Sterling Venture Law, advogado que representa a família Luhn, citou “os perigos e a violência do ambiente do centro da cidade, a inflação, a diminuição nos gastos do consumidor e o fim do varejo”. através do mundo." Ele disse ao SFGATE que a empresa simplesmente esgotou todas as suas opções para tentar se manter à tona.
(Fonte: SFGATE - 28.01.2024 / Época Negócios - 02.02.2024 - partes)

1 de fev. de 2024

Real Transportes Aéreos


REAL Transportes Aéreos

          Em 1943 o empresário Vicente Mammana Neto criou a Companhia Santista de Aviação e adquiriu duas pequenas aeronaves Relliant. Mammana Neto vislumbrou a possibilidade de ampliar a frota da empresa com uma aeronave americana Aeronca em 1944, porém o negócio acabou barrado pelo governo brasileiro e a “Santista” acabou encerrando as atividades.
          Após o final da Segunda Guerra Mundial o governo dos Estados Unidos se viu com uma frota de milhares de aeronaves de transporte que se tornaram desnecessárias com o final do conflito. Assim, foi decidido pelo governo dos Estados Unidos que as aeronaves seriam vendidas para empresas aéreas e ou para a sucata.
          Mammana Neto viu nesse evento uma oportunidade e associou-se ao piloto Lineu Gomes em novembro de 1945 fundando a empresa Redes Estaduais Aéreas Limitadas (REAL). Com um capital inicial de 400 mil cruzeiros, adquiriram do governo dos Estados Unidos uma aeronave Douglas DC-3. A iniciativa atraiu o empresário Armando de Aguiar Campos e dois outros DC-3 foram adquiridos.
          Iniciou operando a rota Rio de Janeiro Brasília, mas logo começou a adquirir diversas companhias aéreas menores para expandir para a América do Sul. A empresa tinha sua sede em São Paulo.
          Com as aeronaves DC-3 a REAL inaugurou sua primeira rota ligando o Rio de Janeiro (Aeroporto Santos Dumont) a São Paulo (Aeroporto de Congonhas) em 7 de fevereiro de 1946. Diferente das companhias aéreas existentes no país, a REAL decidiu operar com passagens mais acessíveis e isso fez com que seus voos partissem lotados. Até o final de 1946 a empresa atendia Curitiba. Para atender a grande demanda de passageiros, a REAL adquiriu dois Bristol 170. Devido a problemas técnicos e reclamações dos passageiros, as aeronaves acabaram revendidas em 1948.
          Visando ampliar sua frota, a REAL transformou-se de empresa limitada para uma sociedade por ações em 13 de dezembro de 1946 e foi denominada REAL Transportes Aéreos S.A. A criação dessa sociedade, presidida agora pelo empresário Sebastião Paes de Almeida, permitiu a ampliação do capital da empresa e angariou recursos para a aquisição de dez DC-3.
          Da segunda metade da década de 1940 até 1955, a empresa experimentou sua primeira grande expansão, pela aquisição de empresas menores. Em 1948 adquiriu a Linhas Aéreas Wright e em 1950 a LAN - Linhas Aéreas NATAL. Com essas compras, a frota da REAL chegou a 20 Douglas DC-3/C-47.
          Com a compra da LATB - Linha Aérea Transcontinental Brasileira, em agosto de 1951, a REAL expandiu consideravelmente sua malha na região nordeste do país.
Convair CV-440 Metropolitan, operado pela Real Aerovias entre 1956 e 1961.
          Entre 1954 e 1956 foram adquiridas também a Aerovias Brasil e a Transporte Aéreo Nacional. Finalmente, em 1957 adquiriu do empresário catarinense Omar Fontana, 50% do capital da Sadia, que em contrapartida passou a ocupar um cargo na Real.
          Com todas estas incorporações, a frota chegou a 117 aeronaves, que colocaram a empresa em 7° lugar no ranking da IATA, a mais alta posição já ocupada por uma empresa aérea brasileira até então.
          As primeiras rotas internacionais foram abertas em 1951, com voos para o Paraguai. Mas foi a compra dos 87% da companhia que se chamava Aerovias, que fazia voos charter para Miami, que levou a REAL a alçar voos para os Estados Unidos.
          Em 1960 a Real mudou sua denominação para Real Aerovias Brasília e expandiu suas rotas, chegando a Tókio. A homenagem à nova capital federal também combinava com o fato de que era a Real que levava o presidente Juscelino Kubitschek para acompanhar as obras e foi a primeira empresa a colocar linha regular para Brasília. 
          No início da década de 1960, a Real estaria com sérios problemas financeiros e solicitou uma reunião com o então recém empossado presidente da república Jânio Quadros. Logo depois, Jânio quadros teria chamado Rubem Berta, presidente da Varig, intimando-o a comprar a empresa com problema financeiro. Em agosto de 1961, a Real foi comprada pela Varig.
          Erik de Carvalho, o sucessor de Ruben Berta na presidência da aérea gaúcha Varig, chegou a admitir à revista estrangeira Air Travel, que sua companhia, mergulhada no déficit desde 1960 ― teve sua situação agravada pela aquisição do Consórcio REAL-Aerovias-Nacional no ano seguinte (1961).
          A Real chegou a ter uma frota de 117 aviões, dentre eles 86 Douglas DC-3/C-47 e 12 Convair, seis CV-340 e seis CV-440. Tais números a colocaram em 7° lugar no ranking da IATA em relação ao tamanho da frota, a mais alta posição já ocupada por uma empresa aérea brasileira, até então;
          Sua frota de 86 unidades de Douglas DC-3, em 1959, se constituía na maior frota dessa aeronave no mundo.
          Os Electras e Convairs 990A operados pela Varig, foram encomendados pela Real Aerovias. Curiosamente, os primeiros Electras possuíam uma falha de projeto que poderiam fazer com que as asas se partissem durante o voo, o que fez com que ele tivesse uma péssima reputação no país de origem, embora o problema já tivesse sido solucionado. Devido a essa reputação, a Varig tentou cancelar a encomenda da Real, sem sucesso. Porém, os aviões se transformaram num sucesso no Brasil, operando a ponte-aérea Rio-São Paulo durante nada menos que 30 anos.
(Fonte: Wikipédia / IstoDinheiro - 19.01.2019 -partes)