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31 de out. de 2011

123i

          O site de imóveis 123i foi criado em 2009. No ano seguinte, 2010, o Grupo Rezek, administrado por José Ricardo Lemos Rezek, dono de uma incorporadora e construtora, tornou-se sócio, comprando 15% do negócio. Hoje, ele tem uma participação de 40% do 123i.
          O 123i ganhou dinheiro até 2015 com a tradicional venda de anúncios online. Um banco de dados com milhares de imóveis em São Paulo, com uma estimativa de preço feita com base na visita de funcionários do site aos prédios e nos contatos com imobiliárias, ajudou a dar notoriedade à empresa e a aproximá-la dos grandes competidores do setor.
          O empreendedor Mauricio Meismith passa metade do dia na frente de três computadores na sala que ocupa na sede do site de imóveis 123i, em São Paulo, do qual é sócio e presidente. Ele acompanha em tempo real o desempenho das vendas de anúncios para o portal e os relatórios sobre que tipo e imóvel os clientes buscam.
          A união dos dois sócios aliou a experiência de Rezek no setor de imóveis com o conhecimento de Meismith em tecnologia. Aos 18 anos, Meismith criou um provedor de internet e, alguns anos depois, um site de hospedagem, o hpG, que esteve entre os mais acessados do país. Rezek, filho do fundador do Grupo Rezek, também começou cedo na carreira, mas por um motivo bastante particular. Quando tinha 16 anos, seu pai sofreu um acidente de carro e ficou tetraplégico. O adolescente teve de assumir os negócios.
          Um sistema de inteligência artificial ajuda a classificar o usuário em bom ou mau candidato a efetivamente comprar uma casa ou um apartamento. Todos os dados, juntamente com os contatos dos usuários, são enviados às incorporadoras e às construtoras que são clientes do 123i, entre elas Gafisa, Tecnisa e Cyrela.
          Considerando dados de março de 2018, o 123i costuma fornecer 20.000 contatos por mês para 60 incorporadoras e construtoras. O site também fatura com a venda de espaço publicitário de cerca de 800 imobiliárias.
(Fonte: revista Exame - 21.03.2018)
          

5 à Sec

     Das mais de 1800 lojas da lavanderia 5 à Sec espalhadas em 30 países, 300 lojas ficam no Brasil. O nome 5 à Sec (Textile Expert) foi criado com base nas cinco características que a companhia francesa busca seguir na execução de seus serviços: rapidez, modernidade, economia, qualidade e satisfação. A palavra "sec", seco em francês, identifica o tipo de lavagem. Está chegando ao Brasil a marca 5 à Fil, franquia que pertence ao grupo francês 5 à Sec. A 5 à Fil faz desde consertos simples, como barras e ajustes, a serviços de costura mais complexos.
(Fonte: jornal Brasil Econômico - 18.05.2010)

3M

     A Minnesota Mining and Manufacturing Company (3M) é fabricante de artigos e utilidades diversas e é dona de marcas bem conhecidas como o Post-it, Scoth-Brite e Durex. Segundo a empresa, a criação do Post-it, em 1977, não foi por acaso. "É o resultado da cultura de inovação cultivada pela 3M desde a década de 1930", diz Art Fry, o inventor, hoje aposentado e uma espécie de embaixador da marca 3M. Segundo o livro Coletânea HSM Management (PubliFolha ed. 2001), quem inventou o Post-It teria sido Spencer Silver, em 1970, mas foi Arthur (Art) Fry, sete anos depois, que reconheceu  sua utilidade e percebeu a grande oportunidade, transformando-o numa máquina de fazer dinheiro.
     Um dos grandes responsáveis pelo sucesso da 3M foi William L. McNight, que entrou como assistente contábil (1907) e logo demonstrou aptidão com suas ideias para produtos melhores e corte de custos e imediatamente entendeu a difícil situação financeira da empresa, nascida em 1902, com a exploração de uma mina no Minnesota, que quase a levou à falência logo depois. Longe dos holofotes, comandou a empresa por 52 anos (1914 a 1966) e de sua cabeça brotaram mandamentos que até hoje são referenciados na companhia.
     Os executivos brasileiros mudam a forma como anotam seus recados na década de 1980, ao utilizarem os bloquinhos amarelos de Post-it.
     Para o Brasil, a companhia tem trazido a fabricação de linhas que antes eram importadas. Foi em 2011 que a 3M trouxe, por exemplo, parte da produção de itens da linha médico-hospitalar, como curativos e materiais de esterilização. Como é tradição na 3M, as pesquisas levam a frentes inéditas. Também em 2011 a empresa intensificou o desenvolvimento de produtos focados na área de extração do petróleo do pré-sal, resultando, por exemplo, na produção, em sua unidade de Ribeirão Preto (SP), de microesferas de vidro utilizadas no isolamento térmico de tubulações que transportam o petróleo em águas profundas.
(Fontes: revista Exame - 11.10.1995 / Wikipedia / jornal Brasil Econômico - 28.05.2012 - Exame Maiores & Melhores 2012 - partes)

Versão em alemão:
     Das Unternehmen wurde im Jahre 1902 gegründet. Die Hauptverwaltung befindet sich in St. Paul/Minnesota. Fünf Geschäftsleute legten damals den Grundstein der "Minnesota Mining & Manufacturing Company" (Vorläufer von 3M), um ein Mineralvorkommen zur Herstellung von Schleifpapier zu nutzen.
     Heute zählen weltbekannte Marken wie Scotch (1925) oder Post-it (1980) zur Produktpalette, die vom Industriekleber über Autozubehör bis hin zu medizinischen Geräten reicht.
Die führende Marktposition wurde durch ständige Zukäufe, national als auch international, erreicht. 3M verfügt über Niederlassungen in mehr als 60 Ländern. In Deutschland ist 3M seit 1951 vertreten (zunächst unter "Minnesota Mining & Manufacturing Company GmbH", 1972 erfolgte die Umfirmierung des Unternehmens in "3M Deutschland GmbH").
     Das Ursprungsunternehmen Minnesota Mining & Manufacturing wurde 1974 in den Dow Jones Industrial aufgenommen - 2002 fand die Namensänderung in 3M statt.
Der Mischkonzern 3M Company fungiert als Dachmarke zahlreicher Produkte, die weltweit zu erwerben sind. Innovationen von 3M finden in vielen Bereichen des Lebens Verwendung.
In fünf Teilbereiche lassen sich die diversen Unternehmensaktivitäten gliedern - Büro & Kommunikation; Medizin & Gesundheit; Sicherheit, Arbeit, Personen & Verkehr; Werbung & Design; Elektro, Elektronik, Telekommunikation.
     Insgesamt verfügt 3M über zahlreiche Basistechnologien und Patente, die zur Entwicklung neuer innovativer Lösungen führen.
(Fonte: Europas Erstes Finanzportal Boerse.de) 

7 Belo

          A Bala 7 Belo faz sucesso desde 1990.
          Sua clássica embalagem preta com a famosa carta 7 do baralho aliadas ao seu sabor de framboesa fizeram e ainda fazem parte da vida dos brasileiros. Há quem diga que foi a melhor bala já inventada!
          Qual criança nunca chupou uma bala dessa durante a aula ou depois do lanche do intervalo? Não podia faltar em nenhuma cantina de escola.
          Em 2001 a bala 7 Belo passou a ser vendida pela Arcor. A Arcor aumentou seu portfólio e seus negócios com a aquisição de marcas de guloseimas já conhecidas pelo consumidor brasileiro, como Kid’s, Poosh, Amor, Pirapito e 7 Belo.

21 (Cachaça Pirassununga 21)

          A Cachaça Pirassununga 21 foi criada em 1921 e é produzida pela Indústria de Bebidas Pirassununga, no Bairro Rosário, município de Pirassununga, interior de São Paulo.
          Outras duas marcas de cachaça, produto tipicamente brasileiro, têm nomes que são resultado da mesma inspiração: A Cachaça 51, produzida pela Companhia Müller de Bebidas foi criada em 1951 e a Cachaça 61, criada em 1961, é produzida pela Missiato Indústria e Comércio, em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo.
          As companhias fabricantes das cachaças 21 e 51, ficam no mesmo município: Pirassununga (SP).

51

          A Caninha 51, ou Cachaça 51, é produzida desde 1951, origem do nome da bebida. A Companhia Müller de Bebidas aparentemente não reconhece esse pormenor a ponto de estampar no rótulo da bebida, seu início em 1959. A produção está, de fato, com a família Müller desde 1959.
          Conforme o site Alambique da Cachaça, a tradicional caninha ou cachaça 51 começou sua história pelas mãos dos irmãos Piccolo no ano de 1951, na pequena cidade de Santa Cruz das Palmeiras, interior de São Paulo. Eles compravam a bebida de pequenos alambiques da cidade vizinha de Pirassununga, engarrafavam em vasilhames de 600 ml e revendiam no varejo da região. Apesar de existirem outras versões para a origem da marca, a verdade é que o produto tem este nome porque foi lançado no ano de 1951.
          Oito anos depois, a pequena empresa engarrafadora de aguardente, que até então se encontrava desativada, foi comprada pela família Müller, que transformou o negócio em uma grande marca, alterando seu nome para Pirassununga 51. Guilherme Müller Filho, um brasileiro de origem alemã, tinha nesta pequena empresa um velho tonel de madeira, uma envasadora, um tampador manual de garrafas, alguns pertences e a marca 51. Parecia pouco, mas foi o suficiente para começar uma grande história de sucesso.
          A empresa possui duas fábricas: uma em Pirassununga, interior de São Paulo e outra no Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana de Recife, em Pernambuco.
          Sua sede operacional fica na cidade de Pirassununga e seus conhecidos tonéis ficam à margem da pista sul da Rodovia Anhanguera, a SP-330, no km 210, na conhecida Unidade Taboão. A empresa ainda possui uma destilaria na cidade vizinha de Porto Ferreira, na Fazenda Lageado.
          Hoje, a Pirassununga 51, conhecidíssima pelo slogan "Uma boa ideia" é exportada para mais de 50 países, sendo os principais: Chile, Portugal, Espanha, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Suíça e Japão com o nome oficial: "Cachaça 51". O Brasil conseguiu o registro do termo "cachaça" para exclusividade no uso, assim como o México tem a Tequila e a França, o Champagne.
          O slogan "51 - uma ideia", que se tornou um clássico na lembrança dos brasileiros, foi criado em 1978 pela ex-publicitária Magy Imoberdorf, que depois se tornou artista plástica.
          Além da famosa garrafa de 1 litro (965ml) que circula por todo o mercado nacional, há também a versão de 500ml, feita em vidro e a lata de 350ml. A Companhia Müller de Bebidas produz ainda: a Caninha 29, a Caipirinha Mix, a Terra Brazilis, a 51 Ice, o Conhaque Domus e a 51 Black.
          Visando preservar o espaço já ocupado no exterior, a Companhia Müller de Bebidas conseguiu que fosse cancelado o registro, na Europa, da marca de aguardente "61 - A Nossa Alegria" (também brasileira, fabricada pela Missiato Indústria e Comércio), com o argumento de que a concorrente pode ser facilmente confundida com a Cachaça 51, presente em alguns países da Europa. Nessa época (dezembro de 2003), a Cachaça 51 já era marca registrada em Portugal, Dinamarca, Reino Unido, Espanha e Áustria.
          No final de dezembro de 2014, a família Müller tem uma grande perda. Morre Marcelo Müller, neto do fundador, sua esposa e a filha de dois anos, num acidente de helicóptero no litoral de São Paulo. Marcelo havia cuidado no início daquele ano do rejuvenescimento da marca 51, numa grande campanha de marketing. Resta saber se uma perda dessa magnitude fará com que os filhos do fundador Guilherme Müller, Benedito e Luiz Augusto Müller (este, pai de Marcelo), vão apaziguar os ânimos na ferrenha disputa que travam nos tribunais pelo controle da empresa.
          Em meados de 2019 a empresa decide entrar em um novo mercado: o de uísques. Para isso fez uma parceria com a destilaria escocesa White & Mackay para lançar a marca Old Eagle, que será exclusiva no mercado brasileiro.
(Fonte: Wikipedia / jornal Folha de S.Paulo - Mariana Agunzi - 25.06.2016 / site: Alambique da Cachaça  revista Exame - 24.07.2019 - partes)

3G Capital

          Os três sócios Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira fazem negócios juntos desde os tempos do banco Garantia e Lojas Americanas. Depois compraram a Brahma, formaram a AmBev, ao comprar a Antárctica, que se transformou em Inbev, ao se juntarem à belga Interbrew. Pouco tempo depois compraram a americana Anhauser Bush, formando a AB Inbev.
          O 3G Capital foi fundado em 2004 com base em uma estrutura de investimentos já existente em Nova York desde meados de 1990 e possui escritórios em Nova York e Rio de Janeiro.
          Em outubro de 2010, o grupo comprou a empresa de fast food americana Burger King e, em 2014, com a participação da Berkshire Hathaway, do bilionário americano Warren Buffett, adquiriu a canadense Tim Hortons que, juntas, formam a Restaurant Brands. Em junho de 2013 já haviam comprado mais um ícone da indústria de alimentos americana, a H.J.Heinz. Em 25 de março de 2015, divulgam a compra, através da Heinz, da indústria de alimentos também americana Kraft Foods, formando a Kraft Heinz. As aquisições da Heinz e Kraft tiveram também participação da Berkshire Hathaway.
          Em 21 de fevereiro de 2017, a Restaurant Brands International (RBI), dona do Burger King e controlada pela brasileira 3G Capital, empresa de private equity, anunciou a aquisição da Popeyes (vide origem da marca Popeyes neste blog) por US$ 1,8 bilhão. Com isso, o portfólio da empresa ganha um restaurante especializado em frango frito, para juntar aos hambúrgueres do Burger King e aos donuts da rede de cafeterias Tim Hortons.
          Em junho de 2018, o 3G Capital recebe, como sócio, um velho conhecido do trio de fundadores. Trata-se de João Castro Neves, ex-presidente da cervejaria AB Inbev nos Estados Unidos. Neves deixou a presidência das operações americanas da AB Inbev, dona da Ambev, em 2017, depois de comandar a divisão por dois anos. Ele ingressou na Ambev (então ainda Brahma) em 1996.
          O valor de mercado, das empresas sob gestão direta ou indireta dos três sócios, em março de 2015, alcançava US$ 260 bilhões.
       Segundo reportagem publicada pelo veículo de notícias financeiras CNBC, a influência da 3G na Kraft Heinz foi diminuindo ano a ano, com redução do número de assentos no conselho de administração de três, no melhor momento, para nenhum, em julho de 2022. A 3G Capital vendeu toda a participação de 16,1% que tinha na norte-americana Kraft Heinz no último trimestre de 2023, Segundo a CNBC, o Berkshire Hathaway, de Buffett, segue como maior acionista da companhia, com participação de 26,8%.
(Fonte: jornal Folha de S.Paulo online - 25.03.2015 / jornal Valor online - 26.03.2015 / 22.02.2017 / jornal O Globo - 26.06.2018 / InfoMoney - 10.04.2024 - partes)

61

          A Cachaça 61 foi criada em 1961 pela Missiato Indústria e Comércio (emi), em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo. A Missiato foi fundada em 1958.
          A maneira como o nome foi escolhido, provavelmente foi inspirada na escolha do nome da Cachaça 51, que foi criada pela Companhia Müller de Bebidas, em 1951.
          A Missiato chegou a registrar, na Europa, a marca "61 - A Nossa Alegria", mas a Companhia Müller conseguiu, em dezembro de 2003, que fosse cancelado o registro, preservando assim o espaço já ocupado pela 51 no exterior. 

ABB - Asea Brown Boveri

          O sueco Percy Barnevik surpreendeu os observadores de todo o mundo com a decisão de realizar a fusão da Asea, da Suécia, e a Brown Boveri, da Suíça, quando arregimentou suíços, alemães, americanos e finlandeses e construiu em cinco anos a mais regionalizada das multinacionais: a ABB. Tudo começou em 1988, com uma fusão improvável, arquitetada em segredo por Barnevik, das duas companhias arqui-rivais.
          No Brasil, na época da fusão, a Brown Boveri era comandada pelo executivo Roberto Müller, nascido em 1932, que assumira o posto em 1977. Com a fusão, Müller foi deslocado para a direção doss negócios do grupo na América Latina e mais tarde passou a acumular o posto com a presidência da ABB no Brasil.
          Maior fornecedor da indústria de geração de energia em todo o mundo, grande fabricante de trens ultravelozes e número 1 no mercado de robôs, a ABB espalhou seus braços por 140 países, com uma multidão de 213.000 funcionários. Organizada como uma federação de 1300 companhias nacionais, a ABB mantém um quartel general quase apátrida em Zurique, na Suíça. Na portaria, quatro relógios marcam os horários de Tóquio, Sidney, Londres e Nova York. No prédio, os funcionários comunicam-se com qualquer parte do planeta em inglês e trocam números em dólares americanos.
          Na época da fusão, o faturamento era de 12 bilhões de dólares. Com uma série de aquisições, a empresa logo passou para a faixa dos 30 bilhões de dólares. A ABB nasceu com rosto na Europa Ocidental, mas se americanizou um pouco com a compra de grandes empresas nos Estados Unidos e ganhou novas características, ao penetrar na Ásia e fincar raízes na Europa Oriental, nos escombros do regime comunista.
          Em 1993, a ABB gastou 500 milhões de dólares numa reestruturação que resultou no fechamento de quinze fábricas pelo mundo afora e a remodelação administrativa. Para Barnevik, o dinheiro foi bem empregado, porque o grupo ganhou condições para dar novo salto.
(Fonte: revista Exame - 23.12.1992 / 31.03.1993 / 27.04.1994 - partes)