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17 de jan. de 2025

Ma'aden

          A estatal de mineração saudita Ma’aden é uma das maiores mineradoras do mundo.
          A Ma'aden era totalmente de propriedade do governo saudita até 2008, quando metade de suas ações foram oferecidas na Bolsa de Valores Saudita (Tadawul). Em junho de 2018, a participação do governo aumentou com o Fundo de Investimento Público (PIF) administrado pelo príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman.
          A empresa saudita deve abrir um escritório em São Paulo para avançar iniciativas focadas em mapeamento geológico e parcerias no Brasil. O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira no Future Minerals Forum, evento que reúne as principais mineradoras do mundo.
          A inauguração do escritório estaria prevista para fevereiro e março (2025), fortalecendo as relações bilaterais entre o Brasil e a Arábia Saudita, dois países ricos em recursos naturais. A Ma’aden, , traria expertise e tecnologias avançadas que podem beneficiar o setor mineral do Brasil. Foi mencionado o valor de cerca de R$ 8 bilhões para mapeamento geológico no Brasil”.
          A economia da Arábia Saudita é fortemente dependente do petróleo, mas nos últimos anos, o país tem se engajado em uma estratégia de diversificação econômica. Esta iniciativa faz parte do plano “Vision 2030”, uma estratégia de transformação que visa reduzir a dependência de petrodólares expandindo para outros setores estratégicos, como mineração, turismo, energia renovável e inovação.
          A nação árabe deu um passo significativo em sua estratégia de usar a riqueza do petróleo e gás para expandir seu papel na indústria global de mineração ao adquirir uma participação na unidade de metais básicos da Vale.
          De acordo com o Ministro da Indústria e Recursos Minerais da Arábia Saudita, Bandar Ibrahim Alkhorayef, os esforços na transição energética incluem o aumento do uso dos recursos minerais do país. “Minerais críticos são essenciais para a cadeia de suprimentos e a transição energética”, disse ele.
          Apesar dos avanços econômicos, a Arábia Saudita continua sendo uma monarquia teocrática absoluta, onde o rei é o chefe de estado e governo. O Reino da Arábia Saudita é criticado por seu histórico de direitos humanos, incluindo a prisão de dissidentes, acadêmicos e ativistas.
(Fonte: Valor - 16.01.2025)

9 de jan. de 2025

Edge Group

          Criada em 2019, o a estatal de armamentos dos Emirados Ártabes Edge Group reúne hoje mais de 40 empresas de alta tecnologia e defesa e investe aqui desde 2023 — foi o primeiro país fora dos Emirados a receber investimentos.
          A empresa tem cerca de quatro anos, foi lançada em 2019, e foi uma fusão ou uma conglomeração das empresas de defesa que existiam nos Emirados. Então, essas empresas têm histórico diferente. A Edge Group, como empresa total, tem quatro anos, mas as outras empresas têm um legado bem maior, com mais tempo de histórico. Essas empresas se fundiram, cerca de 25 empresas, há quatro anos.
          Considerado um país pacifico e distante dos grandes conflitos que atormentam o mundo, como a Guerra da Ucrânia ou o Oriente Médio, o Brasil chamou a atenção Edge Group
          Nos últimos meses de 2024, o Edge Group aportou mais de R$ 3 bilhões no Brasil. Esse número engloba a compra de 50% da SIATT (sigla para Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico), empresa brasileira especializada em armas inteligentes e sistemas de alta tecnologia, com sede em São José dos Campos, interior de São Paulo, e a Condor Não Letais, no Rio de Janeiro. O valor também inclui investimentos em outros projetos com a Marinha do Brasil de monitoramento da costa marítima e fabricação de mísseis antinavio de longo alcance e mísseis supersônicos.
          Rodrigo Torres, CFO da companhia, afirmou que país reúne algumas vantagens. A primeira delas são empresas produtivas, eficientes, e competitivas na área de defesa. Atualmente, o país conta com um polo tecnológico em São José dos Campos, onde estão companhias como a Embraer, além do ITA, Instituto Tecnológico de Aeronáutica, considerado um dos centros de educação mais avançados do Brasil.
          “A ideia do Brasil é virar um foco para a América Latina. Internacionalmente, o nosso foco e objetivo é sempre a América Latina, a África e o Sul da Ásia. Temos visto com bons olhos esse desenvolvimento nesses lugares”, explica.
 “A Edge é uma empresa realmente de defesa, mas é uma empresa que é um pouco diferente das outras, onde o foco é talvez menos na parte convencional e mais na parte de tecnologia” (Imagem: Divulgação)
          A ideia inicial era aumentar a soberania de defesa dos Emirados. Mas, com o progresso obtido nos últimos quatro anos, principalmente com as aquisições internacionais que começaram a ser feitas, viu-se também um grande interesse na internacionalização da empresa. Assim, a empresa vem de um foco talvez mais doméstico e agora busca a internacionalização.
(Fonte: Money Times - 08.01.2025)

8 de jan. de 2025

Península Participações / O3 Capital

          A Península Participações é o family office de Abilio Diniz.
          A organização iniciou a captação de recursos de terceiros em 2021, com um acordo em que o family office de Abilio Diniz manteve o controle do negócio, com 51% do capital, enquanto os demais sócios e gestores detinham os 49% restantes. Na época, a gestora começou a operar com R$ 1,75 bilhão, sendo a maior parte desse valor — R$ 1,5 bilhão — oriunda da família Diniz.
          Inicialmente, a gestora O3 Capital foi criada em 2014 para administrar exclusivamente parte dos recursos financeiros da família Diniz. Sete anos depois, a gestora abriu suas operações ao mercado, em parte como uma estratégia para reter talentos.
          No final de 2024, a O3 Capital, gestora da Península Participações, demitiu seus empregados e encerrou as operações voltadas à captação de recursos de terceiros. Paralelamente, a Península passa por alterações na liderança, quase um ano após a morte de Abilio Diniz, incluindo a saída de Flavia de Almeida do cargo de CEO.A captação da O3 ficou abaixo das expectativas.
          Fontes ouvidas pelo “Valor” apontaram que os cortes de pessoal na O3 começaram em novembro de 2024, quando surgiram rumores sobre o encerramento das atividades. A organização, que iniciou as operações com 18 funcionários em 2021, enfrentou dificuldades para sustentar o modelo.
          A crise enfrentada pelos fundos multimercados nos últimos anos, marcada por saques bilionários e dificuldades para entregar resultados em um cenário de mudanças bruscas, impactou a estratégia da gestora. Procurada pelo jornal Valor para comentar o assunto, a Península afirmou que implementou uma “revisão estratégica” no negócio, envolvendo uma reorganização de funções e o encerramento das operações no varejo. 
          Questionada sobre uma possível relação entre a interrupção das atividades e o falecimento de Abilio Diniz, ocorrido em fevereiro de 2024, a Península não se manifestou.
          Entre as mudanças de destaque está a reestruturação na liderança da Península. A executiva Flavia de Almeida, uma das principais pessoas de confiança de Abilio, deixou a presidência da empresa, que passou a ser liderada por dois executivos. Almeida segue como membro do Conselho de Administração da empresa, cargo que ocupa há cinco anos.
(Fonte: BP Money - 08.01.2024)

6 de jan. de 2025

Encyclopaedia Britannica

          A Encyclopaedia Britannica foi muito além de suas origens no século 18, como editora de uma obra de referência elaborada por três impressores escoceses. Com o passar dos anos, a enciclopédia se tornou um peso pesado do setor de conhecimento, tanto literalmente (a edição de 32 volumes de 2010, a última a ser impressa, pesava 58,5 kg), quanto figurativamente, contando com contribuições de milhares de especialistas. 
          Em 1995, a Encyclopaedia Britannica foi adquirida pelo investidor suíço Jacob E. Safra.
          Por quase 250 anos, a Encyclopaedia Britannica foi uma série de tomos com letras douradas que lotavam as estantes, muitas vezes comprados para mostrar que seus proprietários se importavam com o conhecimento. Era o tipo de mídia física que se esperava que morreria na era da internet e, de fato, em 2012 a editora anunciou que estava encerrando a versão impressa. A edição de 32 volumes de 2010, foi a última a ser impressa. Os céticos se perguntavam como a Britannica, a empresa por trás das 
enciclopédias, poderia sobreviver na era da Wikipédia. A resposta foi adaptar-se aos tempos.
          O Britannica Group, como a empresa é conhecida atualmente, administra sites, incluindo o Britannica.com o dicionário online Merriam-Webster, e vende softwares educacionais para escolas e bibliotecas. O grupo também vende software de agentes de inteligência artificial (IA) que sustenta
aplicativos como chatbots de atendimento ao cliente e recuperação de dados.
          A Britannica descobriu não apenas como sobreviver, mas também como se sair bem financeiramente. Em uma entrevista, Jorge Cauz, seu CEO, disse que a editora teve margens de lucro de cerca de 45%. A empresa também está avaliando abrir seu capital, operação por meio da qual poderia buscar uma avaliação de cerca de US$ 1 bilhão, de acordo com uma pessoa próxima da empresa. Isso poderia proporcionar um retorno considerável para o seu proprietário, Jacob E. Safra, que, em uma ação judicial em 2022, citou um banco de investimentos ao avaliar a Britannica em US$ 500 milhões.
A empresa diz que seus sites atraem mais de sete bilhões de visualizações de páginas por ano,
com usuários em mais de 150 países. “Temos mais usuários agora do que jamais tivemos”, disse Cauz.
          Ela também se tornou um símbolo de status aspiracional, com clientes pagando quase US$ 1.400 
pela última edição impressa.
          A Wikipédia, com seu conteúdo gratuito e dezenas de milhares de editores ativos, interrompeu esse antigo modelo de negócios, especialmente depois que um estudo de 2005 – contestado pela Britannica – descobriu que as duas enciclopédias não estavam muito distantes uma da outra em termos de precisão. Ao eliminar o produto que definiu a empresa por mais de dois séculos, disseram os executivos, eles puderam investir mais recursos em produtos feitos para a era digital. Quando a última Encyclopaedia Britannica foi impressa, a empresa já havia iniciado seu conjunto de sites e softwares educacionais. Agora, ela vê uma oportunidade potencialmente ainda maior no crescimento das ferramentas de IA generativas, que podem ajudar a tornar o aprendizado mais dinâmico e, portanto, 
mais desejável.
          Cauz disse que a Britannica fez experimentos com essa tecnologia nas últimas décadas. Ela adquiriu a Melingo, a empresa que produz seu software de agente de IA, em 2000, devido à sua força em processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina. Além disso, tem duas equipes de tecnologia, sediadas em Chicago e em Tel Aviv. A popularidade de chatbots como o ChatGPT convenceu seus executivos de que precisavam investir mais nesse espaço. A Britannica agora usa IA na criação, verificação de fatos e tradução de conteúdo para seus produtos, incluindo a enciclopédia online Britannica. E também criou um chatbot que se baseia nos estoques de informações da enciclopédia online, o que, segundo Cauz, tem maior probabilidade de ser preciso do que os chatbots mais generalizados, que podem ser propensos a “alucinações”, um termo oficial para inventar coisas. Assim, 
o site da Britannica adverte os usuários a “verificar todas as informações importantes”.
          A empresa tem mais projetos relacionados à IA generativa em andamento: um software de ensino de inglês que usará a tecnologia para alimentar avatares e personalizar lições para cada aluno, um programa para ajudar os professores a criar planos de aula e um dicionário de sinônimos renovado para o site Merriam Webster que pode lidar com frases, não apenas com palavras. Também se beneficiou da maior atenção dada ao software educacional, especialmente depois que o isolamento durante a 
pandemia aproximou mais professores e alunos às ferramentas de aprendizagem virtual.
          E essa demanda se reflete em seu desempenho financeiro. A Britannica está a caminho de praticamente dobrar sua receita em relação a dois anos atrás, quando deveria arrecadar cerca de US$ 100 milhões. E também está buscando expandir sua presença global, inclusive em países como Índia, Brasil e Tailândia.
(Fonte: Estadão - 01.01.2024)

29 de dez. de 2024

Taco Bell

          A Taco Bell foi fundada por Glen Bell, um empreendedor que abriu pela primeira vez uma barraca de cachorro-quente chamada Bell's Drive-In, em San Bernardino, Califórnia, em 1948. Bell observou longas filas de clientes em um restaurante mexicano chamado Mitla Cafe, localizado do outro lado da rua, que se tornou famoso entre os moradores por seus tacos de casca dura. Bell tentou fazer engenharia reversa na receita e, eventualmente, os donos permitiram que ele visse como os tacos eram feitos. Ele pegou o que havia aprendido e abriu uma nova barraca em 1951. O nome passou por várias mudanças, de Taco-Tia para El Taco, antes de se estabelecer em Taco Bell.
          Glen Bell abriu o primeiro Taco Bell em 1962 no 7112 Firestone Boulevard em Downey, Califórnia. Atualmente, há uma loja da Taco Bell do outro lado da rua no 7127 Firestone Blvd, em Downey. O local original era um edifício de 37 metros quadrados do tamanho de uma garagem para dois carros, e foi construído com arcos no estilo Mission que cobriam uma janela de acesso que servia os itens originais do menu: tacos, burritos, tostadas, Chiliburgers e frijoles, todos por 19 centavos cada (US$ 2 em dólares de 2023)..
          Em 1964, o primeiro franqueado foi comprado pelo ex-policial Kermit Bekke. Esse local, localizado na 1654 W Carson Street em Torrance, Califórnia, teve sua grande inauguração em 28 de maio de 1965. Bekke vendeu sua franquia um ano e meio depois. Este local - agora The Tamale Man - fechou em 1975 quando se mudou para o outro lado da rua para a loja nº 1130 na 1619 W Carson St, que fecharia no final da década de 1990.
          Em 1970, a Taco Bell abriu o capital com 325 restaurantes.
          Em 1978, a PepsiCo comprou a Taco Bell de Glen Bell. Vários locais no Centro-Oeste dos Estados Unidos foram convertidos da Zantigo, uma rede mexicana com sede em Minneapolis, Minnesota, que a PepsiCo adquiriu em 1986. Em 1990, a rede Hot 'n Now foi adquirida. A Taco Bell vendeu a Hot 'n Now para uma empresa de Connecticut em 1997.
          Em 1991, a Taco Bell abriu o primeiro Taco Bell Express em São Francisco. Os locais da Taco Bell Express operam principalmente dentro de lojas de conveniência, paradas de caminhões, shoppings e aeroportos. A Taco Bell começou a co-branding com a KFC em 1995, quando a primeira co-branding foi aberta em Clayton, Carolina do Norte. Desde então, a rede tem feito parceria com a Pizza Hut e a também com a Long John Silver's.
          Em 1997, a PepsiCo experimentou um novo conceito de "grelha fresca", abrindo pelo menos um restaurante Border Bell em Mountain View, Califórnia, na El Camino Real (SR 82). Perto da época em que a PepsiCo desmembrou seu negócio de restaurantes em 1997, o Border Bell em Mountain View foi fechado e convertido em um restaurante Taco Bell que ainda estava aberto em 2018.
          Em setembro de 2000, até US$ 50 milhões em cascas da marca Taco Bell foram recolhidas de supermercados. As cascas continham uma variedade de milho geneticamente modificado chamado StarLink que não foi aprovado para consumo humano. O StarLink foi aprovado apenas para uso em ração animal devido a dúvidas sobre se ele pode causar reações alérgicas em pessoas. Foi o primeiro recall de alimentos geneticamente modificados (OGM).
          A PepsiCo separou a Taco Bell e suas outras redes de restaurantes no final de 1997 na Tricon Global Restaurants. Com a compra da Yorkshire Global Restaurants, proprietária das redes A&W e Long John Silver's, a Tricon mudou seu nome para Yum! Brands em 16 de maio de 2002
Em março de 2005, a Coalition of Immokalee Workers (CIW) obteve uma vitória histórica em seu boicote nacional à Taco Bell por direitos humanos. A Taco Bell concordou em atender a todas as demandas da coalizão para melhorar os salários e as condições de trabalho dos colhedores de tomate da Flórida em sua cadeia de suprimentos.  Após quatro anos de boicote, a Taco Bell e a Yum! Brands concordaram em fazer um acordo chamado acordo CIW-Yum com representantes da CIW na sede da Yum! Brands.
          A Taco Bell começou a experimentar conceitos urbanos e fast-casual quando criou a U.S. Taco Co. e a Urban Taproom em 2014, refletindo uma mudança de mercado devido à popularidade do Chipotle Mexican Grill. O menu consistia em tacos com recheios americanos e não vendia a comida vendida nos restaurantes Taco Bell, como burritos. Foi lançado em Huntington Beach, Califórnia, em agosto de 2014. A U.S. Taco Co. fechou em 15 de setembro de 2015, para que a empresa pudesse se concentrar em seu novo conceito semelhante da Taco Bell Cantina, que apresentava itens especiais do menu e servia álcool.
          A Taco Bell Cantina atualmente tem filiais em São Francisco, Berkeley, Chicago (2 filiais), Las Vegas, Austin, Fayetteville, Cincinnati, Cleveland, Atlanta, Newport Beach, San Diego, San Jose, Sacramento, Nashville, com planos de abrir em breve em Somerville, Massachusetts.
          Em fevereiro de 2014, a Taco Bell disponibilizou seus molhos picantes em supermercados, vendidos em garrafas. Anteriormente, os molhos picantes da Taco Bell estavam disponíveis apenas em pacotes na própria rede. Eles seriam seguidos por outros produtos de supermercado, incluindo batatas fritas em maio de 2018 e queijo ralado em 2019. Em setembro de 2016, a Taco Bell abriu um pop-up na cidade de Nova York, na área de SoHo, Manhattan, chamado Taco Bell VR Arcade. Os fãs da Taco Bell e da VR puderam fazer demonstrações do PlayStation VR, jogos e comida.
          Os Taco Bells originais só apresentavam janelas de acesso sem assentos internos ou serviço drive-thru e os antigos locais originais do Taco Bell ainda sobrevivem, embora tenham sido reaproveitados, frequentemente como outros restaurantes mexicanos. Em 2024, nove locais permanecem no estilo original da Missão como Taco Bell, todos na Califórnia, Arizona, Colorado e Havaí.
          A Tacobell terminou 2023 com 8564 restaurantes espalhados pelo mundo.
(Fonte: Wikipédia

15 de dez. de 2024

F.P. Journe

          Fundada por François-Paul Journe, em 1993 – ou seja, “ontem,” para os padrões suíços – a F.P. 
Journe virou sinônimo de relógios sofisticados e elegantes.
          O sucesso da marca deve-se à visão de seu fundador, François-Paul Journe, o enfant terrible do mundo da relojoaria. Polêmico e sem papas na língua, Journe é considerado um artista no métier e produz apenas cerca de 800 relógios por ano.
          Em comparação, as marcas de maior prestígio do mercado – como Patek Phillipe e Rolex – fabricam respectivamente 70 mil e 1 milhão de unidades a cada 12 meses.
          Os preços de um F.P. Journe podem ser, portanto, astronômicos – mas isso não impede que haja uma longa fila de milionários prontos para adquirir o que sai da fábrica.
          As razões para todo esse sucesso são muitas: além de serem feitos com materiais extremamente nobres, especialmente ouro rosa, platina e titânio, e trazerem movimentos inovadores, os relógios da marca têm um design ousado e inconfundível, sem perder a elegância e o equilíbrio – todos com o DNA de seu criador e os dizeres “Invenit et Facit” (ou seja, inventado e feito) gravados em seus dials. Bem diferentes dos espalhafatosos Richard Mille, com certeza.
          Os preços obviamente variam dependendo do modelo. Os mais baratos são os da linha esportiva e informal da marca, a Élégante, que podem ser encontrados abaixo de US$ 40 mil. Feitos em titânio, são surpreendentemente movidos a quartzo (um detalhe importante é que a tecnologia da F.P. Journe faz com que eles funcionem por 18 anos).
          A linha média é chamada Classique e custa entre US$ 80 mil e US$ 100 mil. Já os mais caros, como os Tourbillon, têm preços que superam os US$ 350 mil.
          Competindo com casas centenárias, como a Patek Philippe, fundada em 1851, a F.P. Journe é umas das chamadas marcas independentes, surgidas nas últimas décadas e que não pertencem aos grandes grupos globais. Há outras que também se destacam e ainda darão muito o que falar, como Voutilanien, Grönefeld, Rexhep Rexhepi, H. Moser & Cie, Moritz Grossmann, Greubel, e Laurent Ferrier. Também há iniciativas interessantes no Japão, como a Naoya Hida & Co.
          Para quem ainda não está disposto a gastar US$ 40 mil num relógio e mesmo assim quer ter uma experiência da marca, ainda há esperança.
          Discretamente, a F.P Journe abriu um excelente restaurante em plena Rue de Rhône, no centro histórico de Genebra, cercado pelas lojas das principais casas relojoeiras suíças. O Le Restaurant é uma colaboração com o chef Dominique Gauthier, e sua elegante e discreta decoração faz referência à marca. (Em fins de 2024 a casa ganha sua primeira estrela Michelin.)
          Um detalhe é que lá todos os garçons usam um modelo exclusivo da F.P. Journe, o Élégante “Le Restaurant”, todo em vermelho e infelizmente inacessível aos demais pobres mortais. A única possibilidade de conseguir um exemplar é virar um cliente regular da casa e, quem sabe, convencer 
François-Paul a abrir uma exceção.
          Em dezembro de 2024, a F.P. Journe ganha as manchetes da imprensa especializada de forma espetacular: um dos primeiros relógios vendidos pela empresa (logo depois de sua fundação) foi leiloado em novembro (2024) por nada menos que US$ 8,35 milhões, um dos mais caros de todos os tempos.
          O modelo que bateu o recorde no leilão é um Tourbillon Souverain à Remontoire d’Egalité, de 1993. A venda ocorreu na casa de leilões Phillips, em Genebra, e foi feita pelo leiloeiro Aurel Bacs, uma celebridade no mundo dos relógios.
          O pregão começou em 1 milhão de francos suíços, mas imediatamente deu um salto surpreendente: “Five million, sir!”, gritou o representante de um dos interessados. A partir daí, iniciou-se uma acirrada disputa pelo relógio.
          No mercado de leilões, outros relógios já alcançaram preços milionários nos últimos anos. O mais caro de todos foi o Patek Philippe Grandmaster Chime, leiloado na Christie’s por US$ 31,2 milhões, em 2019. Outro destaque foi uma das peças mais famosas do mundo: o Rolex Daytona que pertenceu ao ator Paul Newman, vendido por US$ 17,7 milhões na Phillips, em 2017.
(Fonte: Brazil Journal - 15.12.2024)

12 de dez. de 2024

TPG

          A gigante empresa de investimentos TPG, teve o empresário e financista pioneiro David Bonderman como cofundador. Bonderman, um advogado corporativo, ajudou a transformar o private equity em uma indústria multitrilionária que remodelou Wall Street, morreu ontem de manhã. Ele tinha 82 anos.
          Bondo para seus amigos — tornou-se um pioneiro do private equity, liderando grandes e complexas aquisições que fizeram titãs corporativos abrirem o capital, e cujo sucesso ajudou a persuadir empresas de capital aberto a adotar as táticas de sua indústria, escreve Michael de la Merced, da DealBook.
          A entrada de Bonderman no private equity foi por acaso. Depois de se formar na Harvard Law School, ele lecionou direito e depois trabalhou como advogado de direitos civis para o Departamento de Justiça. Ele se juntou ao escritório de advocacia Arnold & Porter, em Washington. Entre suas realizações estava persuadir a Suprema Corte a anular uma condenação por uso de informação privilegiada de Raymond Dirks, um analista de valores mobiliários que se tornou denunciante.
          Em meados da década de 1980, Bonderman foi abordado por Robert Bass, o magnata do petróleo do Texas, para ajudar a administrar seu family office. Bonderman disse que nunca havia investido profissionalmente antes, mas Bass disse que ele também não.
          Bonderman e um colega no family office, Jim Coulter, fundaram o que se tornou a TPG em 1993. Naquela época, os dois já tinham feito seus nomes comprando a Continental da falência e recuperando a companhia aérea em dificuldades. (Emblemático de sua abordagem: eles enviaram alimentos indesejáveis ​​do avião para o CEO da Continental, dizendo a ele que precisava melhorar.)
          Eles se juntaram a um pequeno grupo de financiadores que transformaram aquisições alavancadas de uma indústria caseira em um gigante de Wall Street, tomando dinheiro emprestado para comprar, reestruturar e virar grandes negócios.
          Entre os negócios mais notáveis ​​da TPG estão as aquisições do Burger King, Creative Artists Agency, J. Crew (duas vezes), Petco e SunGard. Nem tudo deu certo, com a TXU, uma das maiores aquisições alavancadas já registradas, eventualmente entrando com pedido de proteção contra falência.
          A TPG também investiu em startups, incluindo a Uber (embora Bonderman tenha renunciado ao conselho após fazer um comentário depreciativo sobre mulheres em uma reunião), Airbnb e Spotify.
          “Nós nunca quisemos ser a maior empresa de private equity”, Coulter disse ao DealBook, “mas queríamos estar entre as mais interessantes.”
          Bonderman era um personagem peculiar em finanças. Evitando ternos elegantes, ele entrava nas reuniões usando meias chamativas e calças cáqui, e evitava vinhos finos para Coca-Cola Diet. Seus convidados nas reuniões da TPG não eram políticos, mas celebridades como Jimmy Buffett e Elton John. (Ele contratou os Rolling Stones para seu aniversário de 60 anos e Paul McCartney para seu aniversário de 70 anos.)
          Além de investir, Bonderman se concentrou na preservação histórica — ele ajudou a salvar o Grand Central Terminal em Manhattan — e na conservação ao ar livre. Ele também ajudou a criar a franquia Seattle Kraken da N.H.L.
          David Bonderman morreu na manhã do dia 11 de dezembro de 2024, aos 82 anos.
(Fonte: The New York Times - 12.12.2024)

9 de dez. de 2024

Lucid Motors

          A Lucid Motors foi fundada em 2007, quando recebeu o nome de Atieva, com o objetivo de produzir baterias elétricas para outras marcas de carros.
          Os fundadores Bernard Tse, Sam Weng e Sheaupyng Lin colocaram a sede da empresa em Newark, Califórnia, nos Estados Unidos.
          A companhia foi rebatizada como Lucid Motors em outubro de 2016 e foi oficialmente anunciado a intenção de desenvolver carros luxuosos totalmente elétricos.[2]
          Atualmente, o Public Investment Fund é dono de 61% da empresa.

Modelos:
Lucid Air
Lucid Air
 - O Lucid Air é um carro totalmente elétrico que foi apresentado em dezembro de 2016 e a marca pretendia começar a produção em 2020.
Lucid Gravity
O Lucid Gravity é um carro totalmente elétrico que foi apresentado em novembro de 2023.
(Fonte: Wikipédia)

7 de dez. de 2024

Farmácia Minerva

           Em 1919, o jovem Alberto Bornschein, natural de Joinville, norte catarinense, dava início a uma sociedade que resultaria num dos mais conceituados empreendimentos de Santa Catarina, a rede de farmácias Drogaria Catarinense. Bornschein era um apaixonado pelos segredos da química. Aos vinte e poucos anos decidiu que subiria a serra para estudar Farmácia em Curitiba (PR). A vida difícil das primeiras décadas de 1900 exigia que conciliasse trabalho e estudo, colocando o audacioso aprendiz bem 
cedo em contato com o ramo que escolhera para a profissão.
          Os negócios na área de fármacos não demoraram a surgir. Em 1º de fevereiro de 1919, Bornschein e mais um sócio, resolveram fundar na capital paranaense um estabelecimento próprio, batizado com o nome de Pharmácia Minerva. O sucesso do empreendimento levou os dois sócios a ampliarem o comércio, buscando novos mercados e abrindo filiais no Paraná e em Santa Catarina.
          A sociedade durou até 1927, quando cada um decidiu que seguiria seu próprio rumo. Bornschein assumiu as farmácias situadas no estado (de SC), que então, passaram a se chamar Drogaria Catarinense. 
No Paraná, o nome permaneceu como Minerva.
          Em 1997, a Minerva se uniu a outro nome tradicional, a Drogamed, rede inaugurada em 1979 e que foi uma das primeiras no país a apresentar o conceito de drugstore, em que, além de medicamentos o consumidor pode adquirir produtos de conveniência, como salgadinhos, bolachas e refrigerantes.
          No ano 2000, a Drogamed/Minerva passou para o grupo chileno Ahumada, que em 2006 foi vendia à rede Nissei.
(Fonte: jornal O Estado de S.Paulo - 08.08.2016 / site da empresa / Facebook - partes).