A história das vinícolas Pedro Domecq remonta a cerca de 1730, quando o irlandês Patrick Murphy Woodlock fundou uma vinícola no centro histórico de Jerez de la Frontera, após adquirir a vinícola El Molino.
Em 1745, firmou sociedade com o amigo Jean Haurie Nebout, natural de Vielleségure no principado de Béarn e que residia há alguns anos em Jerez e que acabou herdando o negócio do seu sócio.
Em 1775, Juan Haurie criou a empresa Juan Haurie e sobrinhos. Haurie morreu em 1794 e o negócio foi assumido por um de seus sobrinhos Juan Carlos Haurie.
A empresa Domecq foi criada com este nome em 1822, fundada por Pedro Domecq Lembeye, sobrinho-neto de Juan Haurie, que adquiriu a falida empresa da família Hauries. Pedro Domecq foi sucedido no negócio por seu irmão Juan Pedro Domecq Lembeye e Pedro Domecq Loustau. Desde então continuou a ser uma empresa familiar e espalhou-se por vários países.
Em 1948, a Domecq foi fundada no México com a ajuda de Pedro Domeq González e Antonio Ariza, que estabeleceram as bases do negócio na América e que levaram à criação da marca de brandy Presidente em 1958.
Como resultado da crise petrolífera de 1973, o setor do xerez sofreu um grave declínio que levou Pedro Domecq a perdas que atingiram quase 2.bilhões de pesetas em 1982. Nessa altura José María Ruiz Mateos, que governava Rumasa, antes da sua expropriação em 1983, estava prestes a entrar naquela que era considerada a maior vinícola de Jerez na época. Nos anos seguintes, após um plano de austeridade, a Domecq conseguiu se recuperar.
Em 1995 a empresa inglesa Allied-Lyons fez um takeover na companhia Pedro Domecq, resultando no grupo Allied Domecq, uma das três maiores corporações mundiais no setor de bebidas destiladas e vinhos.
Em 18 de setembro de 1995, chegou ao Brasil Michael Domecq, vice-presidente da empresa para a América Latina. Ele veio dar posse ao comandante das operações brasileiras, Luis Bustus, que era o executivo número 1 da Pedro Domecq até o início de setembro (1995).
Em 2005, O grupo Allied Domecq foi adquirido pela multinacional Pernod Ricard..
Desde então, os ativos da Bodegas Domecq foram vendidos separadamente. As marcas Fino La Ina e Oloroso Río Viejo, juntamente com suas soleras, foram adquiridas pela Osborne e posteriormente pela Lustau. Outras marcas de aguardente como 'Carlos I', 'Carlos III' e 'Felipe II' bem como os quatro vinhos VORS, 'Sibarita', 'Amontillado 51, 'Venerable' e 'Cappuchino' permaneceram sob propriedade de do Grupo Osborne, enquanto a Pernod Ricard manteve a marca "Pedro Domecq", posteriormente adquirida como propriedade intelectual pela joint venture Bodegas Las Copas.
As vinícolas Fundador, Harveys, Terry e Tres Cepas, bem como os vinhedos de Jerez foram vendidos à "Beam global" e esta, por sua vez, os transferiu para o grupo japonês "Suntory".
Em 2016, o grupo filipino Emperador Distillers, de propriedade da Andrew Tan, adquiriu estes ativos por 275 milhões de euros, passando a ser conhecido como Bodegas Fundador, como herdeiro da antiga Bodegas Pedro Domecq. Desde então, o grupo tem investido fortemente na adega, abrindo um gastrobar nas suas instalações, reforçando as suas marcas, reabilitando a Torre de Riquelme e robotizando a produção entre muitas outras ações.
Mais tarde, em 2018, os ativos e marcas da adega Bodegas Garvey são adquiridas pela Bodegas Fundador e incorporadas ao seu portfólio.
(Fonte: Wikipédia / revista Exame - 27.09.1995 - partes)