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1 de out. de 2025

Frank (startup de tecnologia)

          Formada na Wharton School of Business da Universidade da Pensilvânia, Charlie Javice, nascida em 1992, fundou a startup de tecnologia Frank para lançar um software que prometia simplificar o árduo processo de preenchimento do Formulário de Solicitação Gratuita de Auxílio Estudantil Federal (FAFSA, na sigla em inglês), um complexo formulário governamental usado por estudantes para solicitar auxílio financeiro para graduação ou pós-graduação.
          Os investidores da Frank incluíam o capitalista de risco Michael Eisenberg. A empresa dizia que seu serviço, semelhante a um software de declaração de impostos online, poderia ajudar os estudantes a maximizar a ajuda financeira, tornando o processo de inscrição menos complicado.
          A empresa se promovia como uma forma de estudantes financeiramente necessitados obterem mais ajuda mais rapidamente, em troca de algumas centenas de dólares em taxas. Charlie aparecia regularmente em programas de TV a cabo para divulgar a Frank, tendo inclusive figurado na lista “30 Under 30” da revista Forbes antes de o JPMorgan comprar a startup em 2021. Ela vendeu a Frank para o JBMorgan em 2021 por US$ 175 milhões (cerca de R$ 930,7 milhões).
          Charlie foi condenada em março de 2025 por ter enganado o gigante bancário durante a aquisição de sua empresa, chamada Frank, em 2021. Ela apresentou registros falsos que faziam parecer que a Frank tinha mais de 4 milhões de clientes, quando na realidade tinha menos de 300 mil.
          Em 29 de setembro de 2025, foi definida a condenação de Charlie Javice a mais de sete anos de prisão por fraudar o JPMorgan Chase.
          Ao se dirigir ao tribunal antes da sentença, Charlie, que estava na casa dos 20 anos quando fundou a empresa, disse que era “assombrada” pelo fato de que seu “fracasso transformou algo significativo em algo infame”. Falando às vezes entre lágrimas, ela disse que tomou uma decisão da qual passará “o resto da vida” se arrependendo.
          O juiz Alvin K. Hellerstein rejeitou em grande parte os argumentos do advogado de Charlie, Ronald Sullivan, de que ele deveria ser leniente porque as negociações que levaram à venda da Frank colocaram “uma pessoa de 28 anos contra 300 banqueiros do maior banco do mundo”.
          Ainda assim, Hellerstein criticou o banco, dizendo que “eles têm muito do que se culpar” por não terem realizado a devida diligência. Ele acrescentou rapidamente, porém, que estava “punindo a conduta dela e não a estupidez do JPMorgan”.
          Charlie está entre vários jovens executivos de tecnologia que alcançaram fama com empresas supostamente disruptivas ou transformadoras, apenas para vê-las desmoronar diante de questionamentos sobre se haviam praticado exageros e fraudes ao lidar com investidores.
          Sua acusação foi comparada ao caso de Elizabeth Holmes, fundadora da empresa de testes de sangue Theranos, que entrou em colapso em meio a alegações de fraude.
          Charlie, que mora na Flórida, está em liberdade mediante fiança de US$ 2 milhões desde sua prisão em 2023. O juiz disse que ela poderia permanecer livre enquanto recorre da sentença. Ela foi condenada por conspiração, fraude bancária e fraude eletrônica. Seus advogados argumentaram que o JPMorgan perseguiu Charlie por arrependimento de comprador.
          Ronald Sullivan, advogado de Charlie, disse ao juiz Alvin K. Hellerstein que sua cliente era muito diferente de Elizabeth Holmes porque o que ela criou realmente funcionava, ao contrário de Elizabeth, “que não tinha uma empresa real” e cujo produto “de fato colocava pacientes em risco”. Sullivan afirmou que o banco acelerou suas negociações porque temia que outro banco adquirisse a Frank primeiro.
          O promotor Micah Fergenson disse, no entanto, que o JPMorgan “não recebeu um negócio funcional” em troca de seu investimento. “Eles adquiriram uma cena de crime.”
          Fergenson afirmou que Charlie foi movida pela ganância ao perceber que poderia embolsar US$ 29 milhões com a venda de sua empresa. “Srta. Charlie tinha isso pendurado na sua frente e mentiu para conseguir”, disse ele.
          Ao buscar uma longa sentença de prisão para Charlie, os promotores citaram uma mensagem de texto enviada por ela a um colega em 2022, na qual chamava de “ridículo” o fato de Elizabeth ter recebido mais de 11 anos de prisão no caso Theranos.
          Os promotores acrescentaram que a mensagem era “extremamente necessária” devido a “uma tendência alarmante de fundadores e executivos de pequenas startups se envolvendo em fraudes, incluindo a apresentação de informações falsas sobre os produtos ou serviços centrais de suas empresas, para tornar suas empresas alvos atraentes para investidores e/ou compradores”
(Fonte: Estadão - 30.09.2025)

30 de set. de 2025

Volkswagen Fusca

          O "V" de "Volks" representa o povo da Alemanha e o "W" é de "Wagen", que significa "carro" em alemão. Combinado, o nome da marca Volkswagen significa "carro do povo".
          No Brasil, um primeiro passo da Volkswagen foi dado em 1953. Na Rua do Manifesto, no Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, alguns poucos operários iniciaram a montagem dos primeiros Fuscas brasileiros, com 1.200 cilindradas e peças importadas da Alemanha. Ao longo dos quatro anos seguintes seriam produzidas 2.268 unidades do modelo popular.
          A Volkswagen construiu sua primeira fábrica brasileira no final da década de 1950. Em 18 de novembro de 1959, sob os aplausos do presidente Juscelino Kubitschek - visivelmente orgulhoso -, uma longa fila de carros saiu pela porta principal da recém-inaugurada fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, às margens do Km 23,5 da Via Anchieta. Tratava-se da primeira planta da companhia fora da Alemanha. Na inauguração, o presidente Juscelino desfilou num fusca sem capota pilotado por Friedrich Schultz-Wenk, então presidente da montadora no país. Aquele dia selaria definitivamente o futuro da indústria automotiva nacional. Inicialmente, vieram os modelos Fusca. Anos depois começaram a chegar Variant, TL, SP/1 e 2, Kombi, Brasília e Passat - alguns, inclusive, circulam até hoje. É consenso que a indústria automobilística no Brasil nasceu, de fato, no Km 23,5 da Via Anchieta.
          Um dos modelos mais conhecidos da empresa, o Fusca, teve seu projeto aprovado em 1934, e o primeiro carro, construído um ano depois. A produção em série teve início em 1938. Criado como manobra populista do Terceiro Reich, de Adolf Hitler, o modelo reinventou o modelo de carro popular e foi um fenômeno de vendas.
          Em 1959, a Volkswagen apresentou um acessório curioso para o Fusca: o Hertella Auto Kaffeemachine, uma máquina de café que podia ser instalada em seu painel. Conectada ao acendedor de cigarros, aquecia a água para preparar café na hora, e as xícaras tinham base magnética para não caírem durante a viagem. Hoje, esse item é raríssimo e se tornou peça de colecionador.
          O carro foi tema ou teve participação em trabalhos artísticos, musicais, literários e cinematográficos. Mas teve que deixar as linhas de produção. E saber que poderia ter durado um pouquinho mais. Na Cidade do México, tornara-se familiar como o táxi mais comum, sempre pintado de verde e branco, e por serem os carros usados pela polícia. Uma nova exigência da capital mexicana, porém, tornou compulsório que os táxis tenham quatro portas - oferecendo escape mais fácil para os turistas, que, às vezes, ficam presos no banco traseiro enquanto são roubados por bandidos. Em 30 de julho de 2003, o último Fusca, o de número 21.529.464 saiu da linha de montagem da fábrica da Volkswagen, em Puebla, no México. Marcou o fim da longa produção de 65 anos. Ele ainda é o modelo 
único mais produzido no mundo.
(Fonte: Facebook / revista Exame - 29.04.1992 / 01.01.1997 / 18.04.2001 / 12.03.2003/ jornal O Estado de S.Paulo - 30.07.2003 / revista IstoÉDinheiro - 04.11.2009 / msn Economia e Negócios - 04.12.2014 / jornal Valor online - 13.04.2015 / MSN Business Insider - 27.09.2016 / revista Exame - 15.03.2017 / jornal Valor - 16.01.2019 - partes)

16 de set. de 2025

TRX

          Em julho de 2025 a TRX angariou recursos da emissão de cotas de R$ 1,25 bilhão. O dinheiro foi aplicado em 20 empreendimentos. A maior parte das transações ocorreu via entrega de cotas do fundo, em vez de pagamento em dinheiro. Os imóveis vão de lojas e laboratório de diagnósticos a postos de gasolina e estacionamento.
          Após cerca de R$ 1 bilhão em aquisições de imóveis, que se estendeu por um semestre até setembro de 2025, a partir da sua última emissão de cotas, o fundo de investimento imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) está avaliando empreendimentos que possam entrar numa nova lista de compras. “A ideia é continuar crescendo e diversificando o fundo. A última emissão chamou a atenção do mercado, e passamos a receber muitas ofertas de ativos, inclusive de vendedores que aceitam receber pagamento em cotas”, afirma o sócio da gestora de recursos TRX, Gabriel Barbosa.
          O TRXF11 investe em imóveis locados para empresas de varejo, construção e saúde. Entre os principais inquilinos estão Assaí, Grupo Mateus e Pão de Açúcar. Na semana passada, o fundo acertou a compra de 43,8% de um galpão logístico em Araucária (PR) no valor total de R$ 207,9 milhões, locado ao Mercado Livre por 10 anos.
          Ocupam os imóveis comprados empresas como Assaí, Pão de Açúcar, Extra, Delboni e Coop. Já o galpão recém-adquirido foi o último desta série de transações. A operação marcou também a entrada do fundo gerido pela gestora de recursos TRX no Paraná, ampliando a diversificação geográfica do portfólio. Com isso, o TRXF11 passou a contar com 73 imóveis, distribuídos em 12 Estados e 40 cidades, com área bruta locável total de 722,6 mil metros quadrtados. O fundo tem patrimônio líquido na ordem de R$ 3,2 bilhões.
          A TRX está avaliando suas novas aquisições, especialmente com base em ofertas que chegaram após a emissão de cotas, segundo Barbosa. Entre os ativos sob avaliação estão novos centros logísticos, imóveis de faculdades, hospitais e centros de diagnósticos. O gestor acrescentou que há interesse em ingressar em shoppings regionais, ancorados em supermercados. Segundo ele, a ideia é comprar participações minoritárias e não brigar de frente com os fundos tradicionais de shoppings.
(Fonte Estadão - 16.09.2025)

15 de set. de 2025

Iberdrola

          A Iberdrola passou a ser a controladora da Cosern - Companhia Energética do Rio Grande do Norte, quando esta foi privatizada em 1997. Em 1998, a Cosern já apresentou o maior lucro de sua história. O resultado veio dos ganhos de produtividade obtidos no corte de absurdos administrativos. Em certa época, a Cosern chegou a fazer a entrega das contas de energia de valor superior a 1.000 reais de táxi. Foi uma forma do governador do estado agradar o sindicato dos motoristas e obter, em troca, os votos da categoria.
          No início de 2016, quando o setor de eólica respondia por 6% da produção de energia no Brasil, a Iberdrola fazia parte de um mercado disputado, onde estavam presentes as gigantes que se instalaram no Brasil: além da Iberdrola Renovables, a disputa estava também com a Endesa, Renova Energia, EDP e Duke Energy.
          Em setembro de 2025, a Iberdrola adquiriu da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, a participação de 30,29% que a Previ detinha na Neoenergia, por R$ 11,9 bilhões.
(Fonte: revista Exame - 24.03.1999 / Valor - 12.09.2025 - partes)

12 de set. de 2025

Tony's Chocolonely

          Era 2003 quando o jornalista holandês Teun van de Keuken decidiu se entregar à polícia, na frente das câmeras do programa que comandava, como cúmplice de trabalho infantil, trabalho escravo e desmatamento nas plantações de cacau da África Ocidental, por consumir chocolate com aquela matéria-prima.
          Para provar que dava para fabricar o produto indulgente de forma sustentável, ele e dois colegas de TV decidiram criar, em 2005, sua própria barra. O Tony’s Chocolonely ganhou esse nome porque Teun (ou Tony) considerava a causa solitária.
          Já um tanto conhecido na Europa e nos Estados Unidos, o chocolate Tony’s chegou sem alarde aos carrinhos de compras no Brasil em 2025. A barrinha que vem com statement surpreendeu até a matriz na demanda local: em São Paulo, onde a exclusividade é da Shopper, o estoque se esgotou em menos de um mês.
          A Tony's já acertou outros contratos de distribuição no país, onde espera ganhar o consumidor pelo sabor e pela consciência – uma história peculiar que já atraiu também investidores de peso.
          Para entrar no Brasil, a marca holandesa firmou acordos de importação com exclusividades locais, começando pelos supermercados Zona Sul, no Rio, no fim de maio, mas com primeiro carregamento já esgotado e um novo a caminho. Outros parceiros no país são a rede Verdemar, em Belo Horizonte, e, a partir de novembro, o Hiperideal, em Salvador, revelou a Tony's.
          “Dado o tamanho do país e a dinâmica única de distribuição, estamos adotando uma abordagem cuidadosa e passo a passo para expansão”, explica o executivo da Tony's, presente em 60 países.
          O negócio com apelo social e ambiental logo engrenou – mas os três fundadores, que nunca ocuparam cargos executivos na empresa, se desfizeram de suas participações já nos primeiros anos para voltar ao jornalismo. A idealista fábrica de chocolate tem atualmente como sócio majoritário o fundo Verlinvest, da família belga que compartilha o controle da AB InBev com Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira.
          Outro acionista de referência é a JamJar, dos fundadores da Innocent Drinks, que detém 5,6%. Em 2024, o ex-CEO da Starbucks, Howard Schultz, comprou 2% da companhia. Segundo a empresa, é a visão de longo prazo desses investidores que viabiliza o propósito do negócio. “Cumprir nossa missão exige crescimento e investimento. Quanto mais crescemos, mais grãos podemos comprar a preço de renda digna”, diz o gerente de exportação da Tony's, Rijk de Bie, ao Pipeline (Jornal Valor).
          Em sua produção, a Tony's exige que 100% dos grãos sejam rastreáveis, comprados acima do valor médio do mercado, fortalecendo os agricultores, e firmando contratos de longo prazo com cooperativas de cacau da Costa do Marfim e de Gana, que respondem por 60% da produção mundial e onde as desigualdades são maiores. O formato irregular do que seriam os quadradinhos da barra de chocolate simboliza justamente a divisão desigual de lucros no setor.
          Para uma proposta menos solitária, a Tony's convida outros fabricantes a adotarem os mesmos princípios, por meio do seu programa Tony’s Open Chain. Das marcas de consumo com ampla presença no Brasil, apenas Ben & Jerry’s, da Unilever, e Barry Callebaut são signatárias.
          Um efeito indireto do “chocolate com gosto de antigamente” – comentário recorrente nas redes da Shopper, atribuído à porcentagem de cacau e ausência de gordura hidrogenada – foi o aumento nas vendas de outras marcas com preocupação social, como a brasileira Dengo, na plataforma. “Não era esperado, não estava mapeado, mas significa que deu certo espalhar a causa do Tony”, diz o VP de marketing.
          Em 2024, as vendas somaram 200 milhões de euros, aproximadamente R$ 1,3 bilhão. Tomando como referência os múltiplos da Lindt, que compete pelo mesmo consumidor, o valor de mercado da Tony's passaria de R$ 8 bilhões – mas a companhia não tem capital aberto e nem planos de fazer IPO. Nenhuma transação envolvendo transferência de ações teve valor divulgado.
(Fonte: Valor - 11.09.2025)

1 de set. de 2025

HB Hofbräu München

           A Staatliches Hofbräuhaus em Munique ( Cervejaria Estatal de Munique , também conhecida como Hofbräu München ), cervejaria de Munique, Alemanha, é de propriedade do governo estadual da Baviera. O Hof (tribunal) vem da história da cervejaria como cervejaria real no Reino da Baviera. A cervejaria é proprietária da Hofbräuhaus am Platzl, da Hofbräukeller e de uma das maiores tendas 
a Oktoberfest (Hofbräu-Festzelt).
          Existem muitos tipos de cerveja produzidos com receitas originais transmitidas por Guilherme V, Duque da Baviera. As cervejas produzidas atualmente incluem a Weißier e as Helles, Maibock, Dunkel e 
Oktoberfest.
          O Hofbräuhaus am Platzl em Munique inspirou a música "oans, zwoa, g'suffa" (o dialeto bárbaro 
para: "um, dois, escotilha abaixo").
          Está previsto para os últimos meses de 2025, a instalação de uma fábica da cerveja no interior de São Paulo, em local ainda a ser definido.
(Fonte: Wikipédia)

28 de ago. de 2025

Reag

          A Reag Investimentos foi fundada em 2012 e pertence ao empresário João Carlos Mansur, que também é conselheiro do time de futebol Palmeiras. No início, ela geria apenas recursos e fundos imobiliários.
          A Reag Investimentos é uma das empresas acusadas pela Polícia Federal de ser ferramenta de lavagem de dinheiro pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). A empresa possui os naming rights do antigo Cine Belas Artes, em São Paulo, entre uma série de negócios adquiridos e parcerias apenas nos últimos dois anos.
          A Reag Investimentos é uma das principais gestoras de patrimônio do país e se define como a "maior independente", sem ligação com bancos. Considerando números de fins de agosto de 2025, ela possui cerca de R$ 299 bilhões sob sua administração, de acordo com o Ranking de Gestão da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) de fevereiro de 2025.
          Em janeiro de 2024, empresa passou a patrocinar o cinema Belas Artes e, três meses depois, o transformou oficialmente em Reag Belas Artes. Um dos mais antigos cinemas de rua da capital, fundado em 1943, ele é considerado patrimônio histórico do estado, mas foi reformulado também em centro cultural pela Reag…
          Por volta de meados de 2023 a Reag iniciou um processo de expansão acelerada, com múltiplas aquisições, como as das casas de crédito Empírica e Quasar.
          Em 2024, Mansur falou à revista Veja Negócios que não pretendia parar por aí. "O mercado está maduro para uma consolidação. A junção entre a necessidade de ganhar escala e o aumento das exigências regulatórias tem estimulado vários negócios", disse.
          Também em 2024, a Reag finalizou a compra da GetNinjas (uma plataforma de contratação de serviços) e garantiu sua entrada na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. O processo foi realizado aos poucos, desde 2023, através da compra silenciosa de ações. Segundo informações da Folha, a CVM (Comissão de Valores Imobiliários) avaliou que a Reag demorou para deixar clara a intenção de que pretendia assumir a GetNinjas e abriu processo para apurar irregularidades…
          Diante das incorporações, a Reag Trust (um braço da empresa) foi desmembrada em uma segunda "empresa-irmã", a Ciabrasf (Companhia Brasileira de Serviços Financeiros). Mansur também é presidente do conselho do novo negócio, que administra fundos e serviços fiduciários.
          Assim, ela se tornou a primeira empresa do seu segmento com ações na B3. A empresa acumulava queda de 14,36% no valor de suas ações hoje, em reação do mercado à Operação Carbono Oculto e à execução de mandados de busca e apreensão em sua sede. No dia, é a empresa na B3 que experimenta a segunda maior desvalorização…
          Até o fim de 2024, a Reag "engoliu mais empresas", entre elas a Berkana Patrimônio e a Hieron Patrimônio Familiar. Estas aquisições, segundo a própria Reag, a consolidaram nos segmentos de gestão de riquezas e de patrimônios, com "destaque pelo volume de ativos sob gestão"…
          A Reag está, desde janeiro de 2025, listada na B3, a Bolsa brasileira.
          Em junho de 2025, a Reag fez uma oferta de R$ 500 milhões através de sua holding para criação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Juventus de São Paulo. Os sócios aprovaram o investimento no clube, mas ele não é o único na mira da Reag, que também teria oferecido o mesmo valor para adquirir 90% da SAF do Vila Nova, segundo a Veja Negócios. Esta rapidez de crescimento chamava atenção na Faria Lima, segundo a revista, e comentava-se nos bastidores que "não se sabia mais qual o foco da gestora"… -
          Em 28 de agosto de 2025, a Operação Carbono Oculto foi deflagrada pela Receita e outros órgãos. A investigação quer desmantelar um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Além de postos, estão na mira várias empresas envolvidas na cadeia de importação, produção e distribuição.
          Por meio de comunicado aos acionistas e mercado, a Reag e a Ciabrasf confirmaram que foram alvos dos mandados de busca e apreensão da Operação Carbono Oculto. Elas informaram que "estão colaborando integralmente com as autoridades competentes". Ambas ainda garantiram que estão "fornecendo as informações e documentos solicitados" e que permanecerão "à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais"…
          No início de setembro de 2025 a Reag Investimentos anunciou uma reestruturação, que, na prática, leva à saída do fundador, João Carlos Mansur. Segundo comunicado ao mercado, Mansur negociou a venda de sua participação por meio de um MBO (Management Buyout), tipo de operação em que os gestores de uma empresa compram o controle da companhia em que trabalham, tornando-se seus proprietários.b A aquisição foi feita pela Arandu Capital Holding, detida pelos principais executivos da companhia. O valor estimado da aquisição é de R$ 100 milhões.
(Fonte: UOL - 28.08.2025 Folha de S.Paulo - 08.09.2025 - partes)

25 de ago. de 2025

Jornal Pasquim

          O jornal semanal O Pasquim foi fundado em junho de 1969. Participaram da fundação Sérgio Cabral, Claudius Carlos Prósperi e Tarso de Castro. Na equipe do jornal, passaram nomes históricos do jornalismo, como Millôr Fernandes, Ziraldo, Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Sérgio Augusto e Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe (Jaguar).
          A ideia do nome foi do próprio Jaguar: referência ao termo italiano ‘paschino’, um tipo de panfleto difamador." Nós fizemos o jornal porque estava todo mundo demitido e a gente precisava de um meio de ganhar dinheiro. Queríamos produzir um informativo de Ipanema, feito nos botecos, mas, pela própria 
natureza dos participantes, começamos a fazer aquela brincadeira toda".
          Em seu auge, O Pasquim chegou a vender mais de 200 mil exemplares numa única edição. A maioria das páginas não surgia de reuniões de pauta formais, mas de conversas de bar.
          O semanário foi perdendo a força, fechando as portas em outubro de 1991.
          "O pessoal do Pasquim assumia ser 'neto' do Barão de Itararé (jornalista gaúcho Apparício Torelly (1895-1971),  'filho' do Stanislaw Ponte Preta", observa o designer gráfico Sérgio Papi, responsável, ao lado de José Mendes André, pelo relançamento dos três volumes do Almanhaque, entre 1989 e 1995. "Não por coincidência, o jornalista Sérgio Porto foi 'foca' (jornalista iniciante) do Apparício no jornal Folha do Povo". Reza a lenda que foi o Barão quem convenceu Sérgio Porto, que estreou no jornalismo 
como crítico de cinema, de que tinha vocação para o humor.
          Ziraldo, um dos fundadores do “Pasquim”, morreu na tarde de sábado, 6 de abril de 2024, aos 91 anos, de causas naturais, segundo a família. Ele estava com a saúde debilitada desde que sofreu um
acidente vascular cerebral (AVC), em 2018.
          Jaguar, também um dos criadores do Pasquim, faleceu em 24 de agosto de 2025, aos 93 anos, no Rio de Janeiro – cidade onde nasceu. Jaguar marcou época na imprensa brasileira e no combate à ditadura militar, ele estava internado no hospital Copa D’or.
(Fonte: Estadão - 08.04.2024 / Tribuna de Santos - 25.08.2025 / BBC News Brasil - partes)

22 de ago. de 2025

Evertec

          A porto-riquenha Evertec se define como uma empresa de tecnologia e processamento de transações, e atua em 26 países da América Latina e Caribe. A empresa é listada na Bolsa de Valores de Nova York,
          Em 20 de julho de 2023, a Sinqia assinou acordo para venda da companhia à Evertec em negócio de cerca de R$ 2,4 bilhões. As partes concordaram que a integração das atividades será implementada por meio da incorporação da totalidade das ações de emissão da Sinqia pela Evertec.
          Em meados de agosto de 2025,  a Evertec assinou acordo para a aquisição de 75% da Tecnobank, especializada em registro digital de contratos de financiamento de veículos, por R$ 787 milhões.
(Fonte: Valor - 28.09.2023 / 22.08.2025 - partes)