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30 de out. de 2011

Banco Master (antigo Máxima)

          O Banco Máxima foi fundado em 1984 e o grupo tem assumido uma posição de pioneirismo no lançamento de produtos e antecipação de tendências, mantendo-se na vanguarda do mercado de capitais com marcantes participações nos segmentos em que atua.
          A história do Máxima começou a mudar em 2016, quando o empresário mineiro do ramo imobiliário Daniel Vorcaro assumiu uma fatia minoritária na instituição. Com forte atuação em crédito imobiliário na época, o banco sofreu com a crise do setor naquele período e seu índice de Basileia ficou quase zerado. No ano seguinte, Vorcaro assumiu o controle e desde então se juntaram a ele novos sócios, incluindo Augusto Ferreira Lima. Desde a chegada, os acionistas já aportaram R$ 400 milhões.
          Sua estrutura enxuta e moderna possibilita agilidade nos processos decisórios e permite oferecer produtos personalizados e operações diferenciadas, de acordo com a necessidade de seus clientes.
          Na segunda quinzena de janeiro de 2019, o Máxima inaugurou uma plataforma que permite a qualquer empresa situada no Brasil oferecer serviços financeiros e bancários a seus clientes, funcionários e fornecedores. Chamada BBNK a plataforma tem plano de competir com instituições financeiras tradicionais e fintechs no segmento de contas digitais. Esse é o primeiro investimento anunciado pelo Banco Máxima depois de ter sido adquirido por Vorcaro.
          O Banco Máxima já tinha uma marca conhecida no mercado, mas após a mudança no controle societário e a reformulação da oferta de produtos, a instituição foi rebatizada. A partir do final de julho de 2021, passou a se chamar Banco Master, e começou a atuar de fato como um banco múltiplo.
          Além do braço comercial, que se voltará para o crédito pessoal, especialmente consignado, com forte presença nas regiões Norte e Nordeste, o Master agregou recentemente uma área de seguros, uma gestora de recursos e lançará nos próximos meses um banco de investimentos com uma corretora acoplada.
          Para ajudar na mudança de foco, Lima, especialista em consignado e microcrédito, será responsável pela parte de banco comercial. A intenção é atuar em nichos onde há menos concorrência, com ofertas customizadas para servidores estaduais e municipais, e até no ramo de consignado privado. A distribuição é toda digital, sem usar o modelo de “pastinhas”, como ficaram conhecidos os antigos correspondentes bancários, para reduzir fraude e inadimplência. Uma das parcerias locais é com o cartão Credcesta.
          Além dessa frente, o Master tem acordo de exclusividade com a fintech Remessa Online, que lhe ajuda a ter uma das maiores operações de câmbio do país. Outra parceria é com a Jeitto, aplicativo que concede crédito para pagamentos de compras on-line e contas de serviços e que já tem quase 700 mil clientes. Na Jeitto, o banco também concedeu uma linha de crédito que pode ser convertida em participação de até 50% na fintech.
          Em janeiro de 2022, o Master anunciou a compra do português BNI e a empresa diz que agora falta só uma instituição nos Estados Unidos para que a instituição tenha uma oferta completa para o cliente do private banking. 
          Em meados de março de 2022, o banco Master comprou a gestora de ativos da CM Capital. A aquisição traz cerca de R$ 7 bilhões para o guarda-chuva do grupo, que assim se aproxima de um total de R$ 50 bilhões em ativos sob gestão e custódia. O plano é reforçar a área de banco de investimento, que ainda aguarda aprovação do Banco Central (BC), de forma que ela abarque todo o ecossistema — inclusive de investimentos para pessoa física. Com a transação, cujo valor não foi revelado, a CM Capital concentrará sua atuação agora na corretora digital.
          O banco de investimento do Master passa a ser comandado por Maurício Quadrado, sócio do grupo e que tem extensa carreira no mercado financeiro. Depois de trabalhar no Bradesco, fundou a Planner junto com Carlos Arnaldo Borges de Souza e lá ficou por 15 anos. Quando saiu, levou consigo a parte de gestão, com R$ 22 bilhões em ativos, e foi ela que deu origem ao Banco Master de Investimento (BMI). Este comprou a licença do banco Vipal e espera a autorização do BC. O grupo tem ainda uma corretora própria e a gestora MAM. O BMI, que tem 180 funcionários, está criando também uma gestora especializada em fundos imobiliários.
          Mesmo sem ter ainda a aprovação regulatória para a compra do Vipal, Quadrado afirma que a equipe de banco de investimento já vem trabalhando em diversas operações dentro da estrutura do banco comercial, oferecendo assessoria e estruturando as operações. Essa atuação se deu, por exemplo, na compra da Promed pela Hapvida; no acordo entre Flytour e Belvitur; nos leilões de 5G vencidos por Copel Telecom e Sercomtel; nas operações de Nelson Tanure com a Alliar.
          Em março de 2024, o Master anunciou a aquisição do Voiter (antigo Indusval) e do Will Bank.
O Master alcançou R$ 5,452 bilhões em receitas de intermediação financeira, um aumento de 96%. “Esse crescimento afirma nossa trajetória, mostrando o progresso sustentável que conquistamos ano após ano”, afirmou Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master.
          Também em março (2024) o grupo anunciou uma reorganização societária, posicionando Daniel Vorcaro como acionista majoritário e Augusto Lima como responsável pelas operações de varejo, enquanto Maurício Quadrado permanecerá como acionista minoritário na vertical de atacado, para se concentrar no que hoje é conhecido como Voiter.
       Vorcaro disse que, como parte do acordo com Voiter, o atual acionista controlador, Roberto Barbosa, se comprometeu com um aporte de R$ 400 milhões antes da venda. Consequentemente, a aquisição deverá adicionar R$ 840 milhões aos ativos da Master. Em relação ao Will Bank, a Master adquiriu a financeira, e não a instituição de pagamento, que era líder do grupo. Espera-se que este negócio contribua com um capital adicional de R$ 200 milhões.
          O Master já tinha licença bancária após adquirir a Vipal, mas Vorcaro disse que a instituição não estava totalmente operacional e o grupo vinha montando a estrutura necessária. Com o Voiter, incluindo seus sistemas, processos e back-end, a Master está acelerando essas implementações. 
          Em relação à Will, a marca continuará a funcionar de forma independente e será modernizada. A família Piana, fundadora da instituição, vendeu a totalidade da sua participação, assim como a gestora Atmos. A XP continua acionista e o CEO Felipe Felix segue na instituição. Com forte presença no Nordeste, principalmente no setor de baixa renda, a atuação do Will complementa fortemente o negócio de varejo da Master, que tem foco significativo no cartão de benefícios consignado CredCesta.
          “O Will tem 6 milhões de clientes de banco digital e o nosso CredCesta tem 3,5 milhões de usuários, a maioria dos quais não possui conta. Há apenas uma sobreposição de 2% entre as duas bases de clientes, portanto a sinergia é poderosa. Will atingiu o ponto de equilíbrio em agosto de 2023.
(Fonte: LinkedIn / Valor - 23.01.2019 / Valor - 29.07.2021 / 16.03.2022 / 02.04.2024 - partes)


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