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20 de set. de 2022

Oppo

          A fabricante chinesa de celulares Oppo foi fundada em Dongguan, China, em 2001, para produzir Blu-ray players, amplificadores e fones de ouvido. O primeiro celular da marca foi lançado em 2008. A empresa faz parte da BBK Electronics, grupo fundado pelo empresário Duan Yongping. Além da Oppo, a BBK controla outras marcas como OnePlus, Realme, IQOO e Vivo.
          Em setembro de 2022, a empresa divulga que vem ao Brasil com um modelo que custará R$ 2.999 (US$ 580). O preço original do modelo Reno 7 – aparelho escolhido para a estreia – era de R$ 3.799, mas a empresa decidiu rever a estratégia e reduzir o valor para atrair mais consumidores. A empresa vai lançar até o final do ano outros três modelos, da série A, que são mais baratos que o Reno, disse Jim Zhang, CEO da Oppo no Brasil.
          As vendas estão programadas para fins de setembro (2022). Os aparelhos da Oppo serão vendidos online pela Amazon e Vivo da Telefônica em lojas físicas. A princípio, os produtos estarão disponíveis em 10 lojas Vivo em São Paulo.
          A chegada da Oppo será seguida de várias campanhas de vendas para despertar o interesse do público. Uma loja temporária será aberta na Avenida Paulista, em São Paulo, para que o consumidor possa conhecer o design da marca e manusear o aparelho. Os primeiros compradores terão direito a um período de garantia de cinco anos, gratuitamente.
          Investir no Brasil é um passo natural na estratégia de globalização da Oppo, disse Zhang. Ele foi encarregado da missão no final de 2020. “Temos negócios em cinco continentes e a América Latina foi a última região em que entramos”. O esforço começou no México em 2019. Desde então, a empresa abriu operação na Colômbia, Chile, Peru e Guatemala. O Brasil – o quinto maior mercado de celulares do mundo e o maior da América Latina – foi um destino inevitável, disse o executivo.
          A Oppo percebeu que a marca vinha despertando a curiosidade dos brasileiros, que compravam seus aparelhos em sites de comércio eletrônico transnacionais, principalmente chineses. O número de vendas nessas lojas chegou a 10.000 unidades por ano, disse Zhang, o que deu à empresa mais um motivo para investir no país: uma base de usuários inicial vantajosa.
          No Brasil, a chegada da Oppo ocorre à medida que o mercado encolhe. As vendas no país devem cair abaixo de 40 milhões de unidades este ano, uma queda de 12,7% em relação ao total de 45,8 milhões de telefones do ano passado, segundo a consultoria IDC. Em 2021, as vendas já haviam sido 6,1% menores em volume, embora tenham crescido 9,5% em receita – um indicador de aumento nas vendas de aparelhos mais caros.
          A princípio, todos os dispositivos Oppo disponíveis no Brasil serão importados da China. A empresa possui nove fábricas no exterior, incluindo países como Índia, Indonésia, Turquia e Paquistão.
          A Oppo, considerando dados de setembro de 2022, é a quarta maior fabricante de celulares do mundo, segundo diversos rankings internacionais. A empresa respondeu por 10% dos embarques globais no segundo trimestre (2022), atrás da Samsung (21%), Apple (17%) e Xiaomi (14%), segundo a consultoria Canalys. Na China, a posição é ainda mais relevante. Segundo a Counterpoint, a Oppo detinha 18% de participação no mercado chinês no segundo trimestre, atrás da Honor (que já foi propriedade da Huawei) e da Vivo (que não está relacionada à operadora de telefonia brasileira), e à frente da Xiaomi e da Apple.
(Fonte: jornal Valor - 19.09.2022)

15 de set. de 2022

Voqen

          A criação da empresa independente Voqen, em meados de setembro de 2022, é resultado do desmembramento das operações de compra e gestão de energia efetuadas pela Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas.
          A nova trader atenderá tanto a petroquímica quanto outros clientes, principalmente na cadeia petroquímica, com foco na entrega de energia renovável e soluções de transição energética.
          A Voqen, que por enquanto é totalmente controlada pela Braskem, nasceu com uma carteira relevante de mais de R$ 3 bilhões por ano em contratos de energia elétrica e gás natural sob gestão e atuará em um mercado disputado por grandes empresas do setor elétrico e independentes como a Comerc e a Delta Energia.
          Esses primeiros contratos administrados pela Voqen – o nome refere-se à inclinação energética da Braskem, empresa intensiva em energia e uma das maiores consumidoras do mercado livre – cobrem cerca de 750 megawatts médios e 2,5 milhões de metros cúbicos por dia consumidos pela petroquímica em operações no Brasil.
          A carteira de clientes potenciais da Voqen, que em tese corresponde à própria carteira de clientes da petroquímica no país, não é divulgada por questões estratégicas. “Este é mais um passo importante no processo de descarbonização e queremos levar isso para a cadeia petroquímica como um todo”, disse Gustava Checcucci, diretor de energia da Braskem.
          Formada por 11 profissionais, a Voqen ocupará inicialmente uma sala dentro da Braskem e será liderada por dois executivos que vieram da petroquímica. Claudio Lindenmeyer será o responsável pela comercialização de gás natural e Fábio Yanaguita, o responsável pela comercialização de energia elétrica da nova empresa.
(Fonte: jornal Valor - 14.09.2022)

11 de set. de 2022

Refrigerantes Triângulo / Guaraná Mineiro

          Aos 25 anos de idade, em 1964, Luiz Alfredo Massaro iniciou seu próprio empreendimento na fabricação de bebidas: a Refrigerantes do Triângulo, com sede em Uberlândia, Minas Gerais.
          A ideia do Guaraná Mineiro começou a aparecer na cabeça de seu fabricante, Luiz Massaro, quando ele ainda era uma criança. 
(Fonte: Almanaque SOS - 30.07.2020)

Guaraná JF

          Em 1949, José Faria Neto (está explicado o “jota efe”!) comprou uma fábrica pequena de bebidas que estava prestes a falir em Ouro Fino, Minas Gerais.
          De lá para cá muita coisa aconteceu e a marca conseguiu ficar entre as três maiores produtoras de refrigerantes do seu estado, além de ter recebido o prêmio “Os Melhores Sabores do Brasil” na categoria Guaraná, durante uma das edições da Feira dos Fornecedores da Indústria de Bebidas.
(Fonte: Almanaque SOS - 30.07.2020)

Guaraná Pureza

          O refrigerante Pureza tinha tudo para ser cerveja. Em 1926, no sul do país, fabricantes da cerveja “Tira-Prosa” utilizaram alguns ingredientes da bebida para produzir uma cerveja doce sem álcool que caiu no gosto do pessoal de Santa Catarina.
          Por conta da pureza dos itens usados na fabricação a “cerveja doce” recebeu nome de…Pureza! A marca é fabricada pela Bebidas Leonardo Shell e até a década de 1970 toda a produção era manual. Só em 1996 a empresa passou a usar embalagens PET e produzir as versões de 2 litros.
(Fonte: Almanaque SOS - 30.07.2020)

Guaraná Baré

          O Guaraná Baré surgiu em Manaus na década de 1960 e se popularizou a partir de 1987, ano em que a marca lançou refrigerantes de cola e tutti-frutti que acabaram sendo descontinuados mais tarde.
          O nome foi inspirado na tribo dos índios Barés que vivia em um território que ia de Manaus até a região do alto Rio Negro.
          A embalagem original da bebida é uma garrafa âmbar de 600ml como as de cerveja, e somente, há seis anos, foi adotada a latinha. Atualmente, a marca é da AmBev e sua distribuição está limitada à região amazônica – mas já foi encontrada em outros estados.
(Fonte: Almanaque SOS - 30.07.2020)

6 de set. de 2022

Eurochem

          A Eurochem é uma multinacional de origem russa com sede na Suíça e é uma das maiores fabricantes globais de fertilizantes.
          Em 2016, a Eurochem comprou o controle da Fertilizantes Tocantins, dona de nove fábricas no Nordeste e Centro-Oeste do país, e adquiriu o restante das ações em 2020.
          Em meados de 2021 a Eurochem comprou a Serra do Salitre, um projeto de fosfato integrado em estágio avançado, em Minas Gerais. Quando atingir a capacidade total de produção, em 2024, esse projeto vai adicionar 1 milhão de toneladas à capacidade anual de produção de fosfato da Eurochem. 
          Em 21 de dezembro de 2021, a Eurochem comprou o controle da brasileira Fertilizantes Heringer, que estava em recuperação judicial desde 2019, numa transação secundária com a HeringerPar, a holding que detém as participações da família fundadora da companhia. A Eurochem pagou R$ 554 milhões por 51,48% da empresa, o equivalente a um preço por ação de R$ 20, próximo ao preço de tela. O pagamento é feito em tranches: metade à vista no fechamento do contrato, 15% retido para garantias dos ajustes de preço, e 35% para garantias de indenizações que os vendedores possam ter que pagar para os compradores. A transação dispara o direito de tag along para os demais acionistas, obrigando a Eurochem a fazer uma oferta nas mesmas condições para os minoritários. A Eurochem disse que eventualmente pode fazer uma OPA para fechar o capital da empresa.
          Em fins de janeiro de 2022, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a aquisição do controle indireto da Fertilizantes Heringer pela Eurochem, de acordo com o documento enviado pela companhia ao mercado.
          A Heringer foi a terceira aquisição da Eurochem no Brasil entre 2017 e 2021, e vem num momento em que a multinacional tem ampliado sua capacidade de produção e distribuição. A compra da Heringer é estratégica para a expansão da Eurochem no Brasil pela complementaridade geográfica com a operação já existente, o que permite aumentar sua rede de distribuição, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. A Eurochem disse ainda que a compra da Heringer traria sinergias importantes, “melhorando a eficiência no transporte e logística” de seus produtos e gerando uma redução de custos para os clientes e uma melhora da rentabilidade da companhia.
          Na América do Sul, a Eurochem também opera na Argentina. As principais unidades produtivas da empresa estão na Rússia, Bélgica, Cazaquistão e Lituânia. Para a Heringer, a transação veio num momento em que a operação vinha sofrendo com a perda de vendas — impactada pelo aumento da concorrência — e com uma dívida de mais de R$ 1 bilhão. A receita da empresa, que em 2016 chegou a R$ 5,3 bilhões, caiu para R$ 4,7 bi em 2017, R$ 3,8 bi no ano seguinte e para R$ 1,1 bi em 2019. Em 2020, a receita recuperou um pouco, para R$ 2,2 bi.
          Em fevereiro de 2023, a EuroChem informa que concluiu 50% das obras da segunda fase do projeto no complexo do Salitre, em Minas Gerais. O marco foi alcançado três meses antes do previsto. O projeto de mineração de fosfato no local foi adquirido da norueguesa Yara, por US$ 410 milhões, em agosto de 2021.
          Em 24 de maio de 2023, a Eurochem informa à Heringer Fertilizantes, que, nessa data, foi lançada a Oferta, com a divulgação da versão final do “Edital de Oferta Pública de Aquisição de Ações Ordinárias de Emissão da Fertilizantes Heringer S.A.”, contendo todos os termos e condições da Oferta e atualizado conforme recomendações expedidas pela CVM através do Ofício datado de 22 de maio de 2023.
(Fonte: BrazilJournal - 21.12.2021 / Valor - 23.02.2023 - partes)

1 de set. de 2022

Banco BV (ex-Banco Votorantim)

          O Banco BV foi constituído em 28 de setembro de 1988, pela família “Ermírio de Moraes”, como uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) com a denominação Baltar Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., posteriormente alterada para Votorantim Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
          Em 25 de fevereiro de 1991, tornou-se uma sociedade por ações e obteve, em 12 de agosto do mesmo ano, autorização do Banco Central do Brasil para funcionamento como banco múltiplo, com o nome Banco Votorantim S.A.
          Em abril de 1996, o banco constituiu a oferta de crédito, financiamento e investimento para atuação no financiamento a consumidores pessoas físicas. No mesmo ano, passou a operar nas atividades de intermediação pela criação da Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (“Votorantim Corretora”). Em 1997, nascia a BV Leasing Arrendamento Mercantil S.A., tendo como atividade a prática de operações de arrendamento mercantil (“BV Leasing”). Em 1999, surgia, como subsidiária do banco, a Votorantim Asset Management DTVM Ltda. (“BV Asset”) para administração e gestão de fundos.
          Em 20 de fevereiro de 2002, obteve licença do Banco Central das Bahamas para realizar operações bancárias naquele país.
          Com o intuito de ampliar a oferta de produtos e serviços aos clientes, em 2 de agosto de 2007, fundou a Votorantim Corretora de Seguros S.A. para atuação no mercado de corretagem de seguros.
          Em 2008, depois de ter perdas bilionárias na gigante de celulose Aracruz (hoje Fibria) e ter passado por um aperto no banco Votorantim, o grupo teve de se organizar: vendeu participação na CPFL, quase metade das ações do banco e duas empresas de biotecnologia.
          Em janeiro de 2009, estabeleceu uma parceria com o Banco do Brasil, a segunda maior instituição financeira da América Latina, que adquiriu da Votorantim Finanças S.A., 49,99% do capital votante, correspondente a 50% do capital social total do Banco Votorantim. A parceria foi firmada com forte racional estratégico e visão de longo prazo, permitindo a exploração de oportunidades de negócios em diversos segmentos.
          Em 2016, o BV realizou aporte no fundo de ventura capital BR Startups, que atualmente possui investimentos em diversas empresas, entre elas “Quero Quitar”, “Yalo”, “Olivia” e “Carflix”.
          Durante o ano de 2017, foram estabelecidas parcerias com o “Portal Solar” e “Guiabolso” e, em 2018, com a “Yalo”, “Olivia”, “Avonale” e “Weel”, além de aporte no fundo de venture capital “Monashees”. Também em 2018, foi criado o BV Lab, laboratório de inovação dedicado a conectar o banco BV com novas tecnologias e melhorar a experiência dos usuários.
          Em maio de 2018, foi divulgado o início de uma nova parceria estratégica com a Neon Pagamentos, pela qual o BV assumiu os serviços de custódia e movimentação das contas de pagamento da Neon. Pelos termos do acordo, as partes se comprometeram a desenvolver um conjunto de iniciativas no mercado de banco digital, mantendo independência nas operações e buscando alavancar seus pontos fortes, dando um importante passo na estratégia de diversificação de negócios e transformação digital do banco.
          Ainda em 2018, houve a integração das atividades da Votorantim Corretora com a BV Asset, passando a BV Asset a atuar, adicionalmente, como participante de negociação pleno – PNP admitido na B3.
          Em 2019, foi comunicada a mudança de marca de “Banco Votorantim” para “banco BV”, com uma nova assinatura: “Leve para a vida”.
          Em 24 de agosto de 2022, o Bradesco anunciou uma parceria estratégica com o banco BV para a formação de uma gestora de investimentos independente (ainda sem nome), que terá marca própria, a ser definida. O Bradesco, por meio de uma de suas controladas, irá adquirir 51% do capital da BV DTVM, que concentra a gestão de recursos de terceiros e a atividade de private banking do banco BV. “A sociedade já detém R$ 41 bilhões de ativos sob gestão e R$ 22 bilhões sob custodia no private banking”, diz o Bradesco. O valor do negócio não foi informado. Com atuação no mercado brasileiro desde 1999, a BV DTVM é a 9ª maior gestora de fundos imobiliários no ranking de junho/2022 da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). A Organização Bradesco já possui ampla e sólida plataforma local de asset management, com mais de R$ 544 bilhões sob gestão, e de private banking, com mais de R$ 380 bilhões sob gestão, sendo o 3º e 2º maior gestor em cada segmento, respectivamente”. Considerando a parte de custódia, a BV DTVM possui quase 150 funcionários.
          Em 1º de junho de 2023, a Méliuz informa que celebrou o acordo de investimento definitivo para a venda ao Banco Votorantim S.A. da totalidade das ações de titularidade da companhia de emissão da Acesso Soluções de Pagamento S.A. (“Bankly”) e de até 100% das ações de emissão da Acessopar Investimentos e Participações S.A (“Acessopar”). A venda das ações de emissão do Bankly e de até 100% das ações de emissão da Acessopar, subsidiária integral da companhia (nos termos do artigo 252 e seguintes da Lei das S.A.) que detém 52,19% do capital social do Bankly será realizada com base em um enterprise value de R$ 210 milhões, sendo que o valor será pago em parcela única, em dinheiro, sujeito a determinados ajustes e correção pela variação positiva acumulada do CDI entre 30 de março de 2023, e a data do efetivo pagamento do preço pelo banco BV à companhia.  
(Fonte: Wikipédia / Valor - 24.08.2022)

30 de ago. de 2022

Willys / Ford Rural Willys

          A indústria automotiva brasileira não tinha nem dez anos de idade quando a Willys-Overland resolveu dar ao país sua primeira limusine. Era a Willys Itamaraty Executivo, que também trazia a primazia do ar-condicionado em um modelo nacional (só para o banco traseiro). O Itamaraty Executivo era luxuosíssimo para os padrões da época
          A versão Especial (havia também a Standard) chegava ao cúmulo de trazer um barbeador elétrico (Remington Roll-a-Matic), mas também vinha com um toca-fitas de cartucho, um gravador, divisória entre o motorista e os passageiros por vidro elétrico e acendedor de cigarros. Todos tinham bancos de couro. Dos 25 fabricados para o público, só 19 têm destino conhecido e ainda estão por aí, considerando dados de meados de 2018.

Ford Rural Willys
          A Rural Willys foi lançada pela Willys Overland nos anos 1950. Em 1972, quando a Willys foi adquirida pela montadora americana Ford, o modelo passou a denominar-se Ford Rural Willys. No Brasil, ficou em linha até 1977.
(Fonte: Autocar - msn - 31.07.2018 - parte)