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22 de dez. de 2022

Linhas Corrente (Coats Corrente)

          As origens da Coats podem ser encontradas nas famílias Clark e Coats, que criaram as indústrias de tecelagem e têxtil de Paisley, na Escócia, no final do século XVIII, formando a empresa J&P Coats.
          Em 1912 a J&P Coats tornou-se uma das três empresas mais valiosas do mundo com ações na Bolsa de Valores de Londres, atrás somente da United States Steel e da Standard Oil Company.
          A empresa se estabeleceu no Brasil em 1907 como Cia Brasileira de Linhas para Coser. Na década de 1950 ficou conhecida como Linhas Corrente.
          Em 1995, alinhando-se com o grupo global, assumiu o nome Coats Corrente.
          A Coats fornece produtos, serviços e soluções de software para as indústrias de vestuário e calçados. Seu segmento de Performance Materials atua em áreas como Transportes, Telecomunicações e Energia e Proteção Individual, portanto os produtos estão em itens e locais que muitas vezes não são notados pelo público, mas que fazem parte da vida de todos.
          Coats Corrente Ltda. (no Brasil), ou simplesmente Coats, continua como uma multinacional britânica. É uma das maiores fabricantes de linha de costura do mundo e única realmente com atuação global. Seus produtos atendem tanto o uso doméstico como o industrial, ou seja, empresas que adquirem insumos como matéria prima para a fabricação de seus produtos.
          No segmento do artesanato (Crafts), a Coats conta com marcas como Drima, Laranja, Cadena, Anchor, Cisne, Camila, Esterlina, Milward e Linha 10. São marcas top of mind que se tornaram sinônimo de qualidade e desejo pelos consumidores.
           Na unidade de negócios industrial são atendidos segmentos como vestuário, calçado, automotivo, cama, mesa, banho, vestuário de segurança, telecomunicações, higiene e médico, dentre outros. Nesse segmento há marcas fortes como Dual Duty e Epic, Astra, Sylko e Gramax dentre inúmeras outras, que são utilizadas pelas principais empresas e marcas do Brasil e do mundo.
          A empresa segue forte com princípios que cobrem os Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção. Desde 28 de janeiro de 2022, a Coats é membro da prestigiosa Fundação Ellen MacArthur, que desenvolve e promove a economia circular.
Peça vintage da marca no Brasil.

          Os produtos da Coats incluem linhas industriais, linhas domésticas, agulhas, acessórios de artesanato, zíperes, entretelas, fecho de contato e faixa refletivas.
          No Brasil, a empresa tem duas plantas, uma em São Paulo no bairro Ipiranga e outra em Extremoz (Natal/Rio Grande do Norte) que produzem itens para atender os dois segmentos, indústria e consumo (Crafts).
          A Coats opera em mais de 50 países nos 6 continentes, tendo seus produtos sendo vendidos em mais de 100 países. A Coats conta com 17 mil colaboradores no mundo e possui três centros de inovação, com foco no desenvolvimento de produtos para clientes e consumidores, sendo um nos Estados Unidos, outro na Turquia e finalmente um na China.
(Fonte: Wikipédia)

21 de dez. de 2022

Corsan

          A Corsan - Companhia Riograndense de Saneamento é a empresa estatal de água e esgoto do Rio Grande do Sul. Considerando dados de fins de 2022, atende mais de 6 milhões de pessoas no estado, distribuídas em 317 municípios que contratam os serviços da empresa.
          Em 20 de dezembro de 2022, um único interessado, o Consórcio liderado pela Aegea juntamente com Perfin e Kinea, comprou a Corsan, com uma oferta de R$ 4,15 bilhões, ágio de apenas 1,15% sobre o lance mínimo de R$ 4,1 bilhões. O edital de privatização prevê a venda em lote único de 630 
milhões de ações. A licitação ocorreu na sede da B3, em São Paulo.
          Com a privatização, a estatal de água e esgoto deverá cumprir as condições de qualquer convenção coletiva de trabalho referente a compromissos de retenção de funcionários, bem como contratos de serviços de saneamento básico firmados com municípios.
          Segundo o CEO Roberto Barbuti, esse foi um processo complexo e estressante porque envolve muitos interesses. O governo do Rio Grande do Sul argumenta que a privatização atende ao marco legal do saneamento aprovado pelo governo federal, que determina que 99% da população deve ter acesso à água potável e 90% à coleta e tratamento de esgoto até 2033.
          “A Corsan, como empresa estatal de água e esgoto, não tem condições de fazer investimentos consistentes para atender as necessidades de saneamento básico nas cidades onde atua, que é muito superior ao investimento feito nos últimos anos. Assim, a privatização visa restabelecer a capacidade da empresa de fazer os investimentos setoriais necessários e aumentar a qualidade e cobertura do serviço oferecido ao cidadão”, diz o edital.
          O leilão foi marcado por tentativas de suspensão e batalhas judiciais, fatos que geram incertezas
sobre o processo.
          A Corsan que foi efetivamente privatizada em julho de 2023, após meses de disputas judiciais e
polêmicas com o tribunal de contas.
          O valor (R$ 4,15 bilhões) foi desembolsado apenas em julho, quando o contrato foi assinado. A conclusão da transação foi adiada em cerca de três meses devido a liminares obtidas pelo sindicato dos trabalhadores e uma controvérsia com o tribunal de contas sobre o valor da venda.
          Em agosto de 2023, a Aegea inicia as primeiras ações de reestruturação da Corsan. Além de acelerar os investimentos, que devem chegar a R$ 1,5 bilhão por ano até 2024, a empresa lançou um programa de desligamento voluntário de funcionários e iniciou negociações com dezenas de municípios que ainda precisam regularizar seus contratos.
          Uma medida tomada para sanar a assinatura do contrato foi o acordo trabalhista que garantiu 18 meses de estabilidade a todos os funcionários. O programa de desligamento voluntário lançado pela Corsan permite que os funcionários convertam sua estabilidade em verbas rescisórias.
          O plano de investimentos da Corsan para universalizar os serviços até 2033 prevê R$ 15 bilhões em investimentos. O volume de aportes, em torno de R$ 400 milhões por ano, deve subir para cerca de R$ 1 bilhão em 2023 e deverá chegar a R$ 1,5 bilhão anuais a partir de 2024, segundo Leandro Marin, vice-presidente da Aegea e chefe de operações para a região sul do Brasil
          Além disso, a empresa já iniciou negociações com os municípios para regularizar os contratos — há cerca de 230 a serem reajustados, considerando dados de agosto de 2023. Dos 317 municípios atendidos pela Corsan, 87 já fizeram a regularização em função da nova lei de saneamento de 2020. Esses municípios respondem por 55% da receita. Dos 230 restantes, dez estão atrasados.
          A regularização dos contratos era uma das incertezas mais significativas na privatização da Corsan. O temor era de uma debandada de municípios e uma onda de litígios nas cidades que não aceitavam a privatização. No mercado, ainda não está 100% claro o que acontece neste caso, uma vez que, juridicamente, os contratos não são regulares à luz da nova lei, mas estão em vigor.
          Um assunto em discussão é como será tratada a parceria público-privada (PPP) para a região metropolitana de Porto Alegre, contrato firmado entre a Corsan e a Aegea em 2020. Uma possibilidade em discussão é incorporar a PPP à Corsan agora que a Aegea a controla
          No momento da privatização, a Corsan tinha 5.600 funcionários.
(Fonte: jornal Valor - 20.12.2022 / 17.08.2023 - partes)

Agrorobótica

          A startup Agrorobótica foi fundada por Fábio Angelis, que ocupa a posição de CEO.
          Funcionou para o rover Curiosity explorar o solo de Marte, funciona também para o agronegócio. A startup Agrorobótica tem chamado a atenção do mercado com uma proposta que combina análise fotônica com inteligência artificial para fazer uma leitura detalhada de áreas para o plantio.
          A análise detalhada do terreno permite que o produtor use fertilizantes de modo mais preciso, corte custos, evite desperdícios e excesso de agroquímicos. O sistema começou a ser desenvolvido em parceria com pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), e é usada por mais de 400 agricultores em 14 estados. A técnica é conhecida como Libs (sigla em inglês para Espectroscopia por Ruptura Induzida a Laser). O robô Curiosity a usou em 2012 para explorar a superfície de Marte. Funciona assim: um pulso de laser incide sobre a amostra de solo. O material superaquece e é transformado em plasma. Por meio da fotônica, é possível identificar a presença de qualquer elemento constante na amostra, porque cada um deles emite uma luz característica.
          O software da Agrorobótica transforma, em tempo real, os dados em informações sobre a quantidade e a qualidade dos nutrientes, a textura e a acidez da terra. A tecnologia acelera a análise do solo, que, por métodos tradicionais e dependendo do terreno, pode levar de dez a 40 dias para ser concluída. Também é mais limpa: o método convencional de perícia chega a usar até 15 reagentes químicos, segundo Fábio Angelis, CEO da Agrorobótica.
          A startup, residente do novo LifeHub São Paulo, centro de inovação da Bayer no Brasil, recebeu dois aportes, de valores não revelados, nos últimos dois anos: da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e do fundo de investimento NT Agro, especializado em novas tecnologias do agronegócio.
          A empresa também assinou um contrato com a Bayer para desenvolver uma metodologia capaz de medir taxas de sequestro de carbono na agricultura. 
          É cada vez maior o número de empresas que, tradicionalmente, desenvolviam produtos por meio de rotas convencionais e agora investem em alternativas sustentáveis. Quem garante é Thiago Falda, presidente executivo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI). A entidade foi criada em 2016 para apoiar e desenvolver iniciativas de inovação na área da bioeconomia, modelo de produção baseado no uso sustentável dos recursos biológicos.
          A Agrorobótica conta com 95 funcionários, sendo 70 em operações no campo, considerando dados de fins de 2020.
(Fonte: Época Negócios - 16.12.2020)

20 de dez. de 2022

FTX

          A exchange de criptomoedas FTX foi criada nos Estados Unidos em 2019, pelo jovem promissor Sam Bankman-Fried e Gary Wang e logo se tornou a maior dos EUA.
          Pouco antes de meados de novembro de 2022, uma crise de confiança abalou todo o setor e teve como estopim a divulgação de um relatório que colocava em xeque a liquidez da FTT, principal token da plataforma de Bankman-Fried. A informação levou a uma reação em cadeia: a Binance, principal concorrente da FTX, desistiu do acordo de compra da companhia. Além disso, uma corrida frenética de clientes por saques retirou US$ 6 bilhões da FTT em apenas 72 horas.
          Em um único dia, Sam Bankman-Fried viu a sua fortuna virar pó. A estimativa da Bloomberg é que o fundador da FTX tenha perdido 94% de seu patrimônio, que passou de US$ 16 bilhões para US$ 1 bilhão em 9 de novembro (2022).
          Ao fim da semana de 10 e 11 de novembro de 2022, a crise envolvendo SBF, se agravou: com um rombo bilionário na empresa, Sam Bankman-Fried renunciou ao comando da companhia e a FTX entrou com um pedido de recuperação judicial.
          O colapso atinge dimensões gigantescas por se tratar de uma das maiores plataformas de negociação de criptoativos do mundo. A FTX, que atuava junto com outra empresa do grupo, a Alabama, com empréstimos de criptomoedas, fundos de investimentos arriscados e derivativos se tornou insolvente diante da alta alavancagem.
          A turbulência se refletiu nas cotações das moedas virtuais. Ao longo da semana, o bitcoin atingiu o menor valor de mercado desde 2020, e levou com ele todo o mercado cripto. Segundo alguns analistas, a crise do FTX é comparável ao colapso do banco de investimento Lehman Brothers na grande crise de 2008. A pergunta, agora, é se ela levaria a um efeito dominó em todo o setor.
          O procurador a cargo do caso, Damian Williams, já solicitou a prisão de SBF, que já foi preso e está em vias de ser extraditado para os EUA. Ele morava nas Bahamas. De acordo com o procurador trata-se de uma das maiores fraudes financeiras da história americana e as penas acumuladas, por pelo menos oito crimes, podem levar SBF a uma condenação de 115 anos.
          Apesar de todas as acusações e evidências, curiosamente, o mesmo procurador Damian Williams observou que SBF não se assemelha ao típico criminoso de colarinho branco. Ao que parece não havia uma intenção prévia em se fraudar, enriquecer e dar no pé com uma montanha de dinheiro. As evidências indicam que um misto de incompetência associada a alguns vieses comportamentais atuaram fortemente para o desfecho da história.
          Tudo isso possibilitado pela ausência de regulação. Fraudadores profissionais, ou picaretas convictos, planejam seus golpes e buscam travestir suas empreitadas com ares de seriedade e solidez. Pois no caso da FTX, nada disso existia.
          A corretora não atendia aos requisitos mais básicos de compliance e governança de instituições do mercado financeiro: a CEO tinha apenas 20 anos e nenhuma experiência em mercado financeiro, aparentemente era namorada de SBF; não existiam barreiras de informação entre os diferentes negócios, notadamente entre a corretora e a Alameda Research; não havia segregação de funções; não havia segregação entre os recursos de clientes e o da empresa; inexistência de gestão de risco.
          No início de outubro de 2023, Gary Wang, o cofundador da FTX diz que Sam Bankman-Fried cometeu fraude. Wang, que está cooperando com promotores federais, testemunhou em 5 de outubro no julgamento de Bankman-Fried que eles deram privilégios especiais à Alameda Research, uma empresa comercial afiliada à FTX acusada de roubar bilhões de dólares em fundos de clientes da bolsa, e mentiu sobre isso. (Bankman-Fried declarou-se inocente). Entretanto, um programador da FTX disse que Bankman-Fried parecia preocupado com a dívida da bolsa em meados de 2022, dizendo-lhe que “não somos à prova de balas”.
          Em 7 de novembro de 2023, o júri declarou Sam Bankman-Fried, ex-CEO da FTX e ex-bilionário das criptomoedas, culpado em sete acusações, incluindo fraude eletrônica, fraude de títulos e lavagem de dinheiro, relacionadas à implosão de seu império cripto no final de 2022. Segundo a acusação, US$ 10 bilhões em dinheiro de clientes desapareceram, e parte do valor foi para pagar imóveis, investimentos, pagamentos de empréstimos e doações políticas. A defesa alegou que o executivo agiu de boa-fé e sem intenção criminosa, acreditando que tudo daria certo. A sentença só será definida em março de 2024.
          Em fins de março de 2024, o ex-rei das criptomoedas é sentenciado a 25 anos de prisão por cometer "fraude da década". O cofundador da FTX Sam Bankman-Fried foi condenado em novembro de 2023 por usar dinheiro — mais de US$ 8 bilhões — de usuários de sua plataforma para financiar diversos projetos pessoais. Responsável pela sentença, o juiz Lewis Kaplan disse que o ex-bilionário agiu "com ambição" e "sem remorso", movido por um desejo de ser politicamente influente.
(Fonte: Época Negócios 12.11.2022 / Valor - 21.12.2022 / The New York Times - 06.10.2023 / Época Negócios - 07.11.2023 / 02.04.2024 - partes)

Pearson

          A britânica Pearson adquiriu, em 2013, as escolas de idiomas Wizard e Yázigi, por R$ 1,7 bilhão, do Grupo Multi.          
          A Pearson vendeu os sistemas de ensino COC e Dom Bosco para a Arco Educação em 2021, por R$ 920 milhões.
          No Brasil, a Pearson é proprietária das escolas de inglês Wizard e Yázigi. A Wizard possui 375 mil alunos matriculados em 1.100 unidades franqueadas e 60 mil matriculados em cursos online. O Yázigi está presente em cerca de 120 cidades e 240 escolas, com 70 mil alunos por ano.
          O grupo britânico também vende seu material didático de inglês para escolas particulares, como Porto Seguro, em São Paulo, e também para escolas públicas. Outra fonte de receita da empresa é o mercado corporativo, no qual a Pearson oferece cursos de idiomas para empresas, além de testes de proficiência e emissão de certificados.
          Presente em 118 países, a Pearson atende a 21 milhões de alunos, sendo 4 milhões na América Latina. A empresa não divulga dados por país, mas o italiano Gio Giovanelli, CEO global da divisão de ensino de inglês da Pearson, confirma que o Brasil é o maior mercado em número de alunos no ensino de inglês. que entre 2011 e 2013 foi CEO do Grupo Multi, ex-proprietário das escolas Wizard e Yázigi. 
(Fonte: jornal Valor - 19.12.2022)

19 de dez. de 2022

Casa di San Giorgio / Wisselbank

          Moedas como moeda corrente de um país ou região foram rastreadas até o século VII a.C. O papel-moeda foi impresso na China já no século XI. Mas nenhuma instituição econômica moldou o mundo como o banco. (A palavra vem do italiano banco, ou balcão, de onde os cambistas faziam negócios nas feiras medievais).
          Antes do surgimento dos primeiros bancos públicos - a Casa di San Giorgio, fundada em Gênova em 1407, era a mais proeminente - os comerciantes faziam negócios usando letras de câmbio 
que funcionavam como IOUs.
          Os bancos, administrados por famílias ricas, muitas vezes iam à falência quando reis distantes renegavam os empréstimos. A Casa di San Giorgio durou apenas 37 anos, mas suas inovações levaram até o cartão de crédito.
          O banco servia de modelo para os bancos públicos que "compensavam" ou transferiam saldos entre contas. E estabeleceu uma confiança sem precedentes: o governo tinha um incentivo para pagar suas dívidas para ter uma fonte contínua de recursos.
          Esses desenvolvimentos deram origem ao moderno banco de compensação - o Wisselbak de 
Amsterdã foi o primeiro, em 1609 - que tornou possível usar letras de câmbio como dinheiro.
          Pagar uma dívida com alguém em outra cidade costumava levar semanas. Agora, 90 por cento de todas as transações financeiras são feitas eletronicamente - em segundos. Hoje podemos mover milhões através dos continentes com o toque de um teclado.
(Fonte: Life Books Time Inc. 1998)


English version:
          Coins as currency have been traced back to the 7th century b.C. Paper money was printed in China as early as the 11th century. But no economic institution has shaped the world like the bank. (The word steams from the Italian banco, or bench, from which money changers did business at medieval fairs.) Before the first public banks appeared - Casa di San Giorgio, founded in Genoa in 1407, was the most prominet - merchants conducted business using bills of exchange that functioned as IOUs; banks, operated by wealthy families, often went bankrupt when distant kings reneged on loans. Casa di San Giorgio lasted only 37 years, but its innovations led all the way to the credit card.
          The bank served as the model for public banks that "cleared," or transferred, balances between accounts. And it established an unprecedented trust: The government had an incentive to repay its debts so it would have a continuing source of funds.
          These developments gave rise to the modern clearing bank - Amsterdam's Wisselbak was the first, in 1609 - which made it possible to use bills of exchange like money. Paying a debt owed to someone in another city used to take weeks. Now 90 percent of all financiql transactions are made electronically - in seconds.Today we can move millions across continents with the touch of a keyboard.

18 de dez. de 2022

Singer (máquina de costura)

          A máquina de costura vestiu os exércitos da Guerra Civil dos Estados Unidos em tempo recorde.
          Mas em 1830, quando o alfaiate francês Barthélemy Thimonnier patenteou a primeiro máquina, poucos de seus colegas previram quaisquer benefícios. Em vez disso, eles temiam que se tornassem obsoletos: esse novo dispositivo fazia 200 pontos por minuto, enquanto um homem fazia apenas 30.
          Em 1841, eles saquearam a loja de Thimonnier em Paris. O crédito pela automação da indústria de vestuário iria, em vez disso, para o filho de um imigrante alemão na América, Isaac Merritt Singer
que em 1851 aprimorou um projeto anterior de Elias Howe.
          Então, em 1856, Singer tornou as máquinas de costura acessíveis, oferecendo o primeiro plano de layaway. Com cinco dólares de entrada, era possível levar para casa uma máquina de US$ 125 e pagar o restante em parcelas mensais com juros.
          A "costureira de ferro" também deu origem a roupas prontas. Uma mulher poderia andar pela Fifth Avenue em Manhattan e - horrores! - esbarrar em alguém vestindo uma roupa idêntica. Mas mesmo que o prêt-à-porter libertasse aqueles com poder aquisitivo, ele escravizava mulheres e crianças imigrantes em fábricas clandestinas. Apesar da formação, em 1900, do Sindicato Internacional dos Trabalhadores de Vestuário Feminino, roupas hoje estão disponíveis graças não apenas a Singer, mas também a pessoas em todo o mundo que operam suas máquinas por pouco dinheiro.
          Em 1911, as máquinas Singer já estavam por toda parte, incluindo salas de aula de costura no Japão.
          A título de curiosidade, 1.433.954.000 blusas femininas foram fabricadas para venda nos Estados Unidos em 1996.
(Fonte: The Life Millennium - Life Books - Time Inc. - 1998)

9 de dez. de 2022

Statkraft

          A Statkraft tem sua origem lá pelos idos de 1895, na Noruega. É uma empresa líder em energia hidrelétrica internacionalmente e a maior geradora de energia renovável da Europa.
          O grupo Statkraft produz energia hidrelétrica, energia eólica, energia solar, energia a gás e fornece aquecimento urbano.
          A Statkraft é uma empresa global em operações no mercado de energia. A Statkraft tem 4.800 funcionários em 20 países.
          No Brasil, a Statkraft está presente desde 2009. Em 2011, começou a operar por meio de sua comercializadora de energia elétrica e, em 2012, iniciou suas atividades no setor de Geração de Energia Renovável.
          A empresa tem em Florianópolis, Santa Catarina, sua sede nacional, e no Rio de Janeiro (RJ), seu escritório comercial. Hoje a Statkraft Brasil conta com 18 ativos de geração em operação nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, correspondentes a 450,7 MW de capacidade instalada e um portifólio de projetos em desenvolvimento de 2216 MW.
(Fonte: site da empresa)













Sua sede está localizada em Florianópolis, Santa Catarina e possui escritório comercial no Rio de Janeiro.

8 de dez. de 2022

Supermercado BH

          O supermercado BH começou como um mercadinho e foi fundado em 1996 por Pedro Oliveira, um ex-carregador de caixas de supermercados de Belo Horizonte.
          Filho de lavradores que moravam em Paineiras, a 250 quilômetros de Belo Horizonte, Oliveira resolveu sair de casa aos 18 anos para trabalhar na capital mineira. Havia estudado até o 8º ano do ensino fundamental e, de cara, foi trabalhar em supermercados - primeiro como encarregado do depósito, depois como carregador, repositor e vendedor. Em alguns anos, virou gerente e, em seguida, supervisor de vendas do atacadista Ferreirão. Em 1996, quando tinha 40 anos e algum dinheiro guardado, ele decidiu usar as economias para abrir uma mercearia em um bairro da periferia de Santa Luzia, cidade próxima a Belo Horizonte. Usou o lucro para ampliar a loja e, em seguida, para abrir filiais em bairros e cidades vizinhas.
          Em 2004, vendeu cerca de 40% da empresa para dois sócios e, com os recursos, inaugurou mais lojas e comprou mercadinhos que iam mal.
          Após a chegada ao país da maioria dos grupos estrangeiros, o BH decidiu crescer pelas beiradas, abrindo lojas onde havia poucos competidores. Escolheu como alvo a periferia de Belo Horizonte e, em seguida, pequenas cidades no interior de Minas Gerais - sempre vendendo produtos de marcas mais baratas. Assim, foi beneficiado pelo aumento do poder aquisitivo das classes C e D de 1996 em diante.
          O BH comprou a rede Atacarejo (antiga ViaBrasil) por 78 milhões de reais e transformou suas lojas em filiais de varejo tradicional.
          Seus dois filhos trabalham na companhia - um como diretor comercial e outro como diretor de operações. Os gerentes são todos amigos de Oliveira e estão no BH há mais de dez anos.
          Em 20 anos a rede de supermercados já se transformara numa das maiores redes de varejo do país e passou a chamar a atenção de seus concorrentes.
          Considerando dados de março de 2017, a rede faturava 5 bilhões de reais, tinha 16.000 funcionários e 172 lojas. O plano de então, era comprar ou juntar-se ao principal concorrente no estado, o grupo DMA, dono da marca EPA, que faturava 2,6 bilhões de reais e tinha pouco mais de 100 lojas em Minas Geris e no Espírito Santo. Tornar-se-ia então a quinta maior rede nacional, logo depois dos chilenos do Cencosud. O BH ocupava a 7ª posição. Segundo Oliveira, Carrefour, Walmart e fundos de private equity já tentaram comprar o BH mas ele não quer vender.
          A sede da empresa é em Contagem, na Grande Belo Horizonte. Aos poucos, Oliveira foi se tornando uma espécie de celebridade em Minas Gerais. Volta e meia, pega seu jatinho para comer galinha caipira na fazenda do cantor sertanejo Gustavo Lima, em João Pinheiro, a 340 quilômetros de Belo Horizonte.
          O problema do BH é a baixa margem de rentabilidade. Para conseguir crescer e manter os preços baixos, a empresa lucra menos do que a maioria das grandes redes de supermercados. O indicador que mede o faturamento por metro quadrado de loja, um dos mais monitorados pelos varejistas, foi de 2% em 2015, um dos piores do setor - o índice do Zaffari, por exemplo, era de 5,7%; e o do Pão de Açúcar, 4,9% (o Walmart estava pior, com 1,3%).
(Fonte: revista Exame - 29.03.2017)