
Juntas, elas formam A Era do Pão. O fundador da Panera ainda confidenciou que o nome significa “cesta de pães” em latim.
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
Thomas H. Lee (Tom Lee), um pioneiro no negócio de patrimônio privado de trilhões de dólares, fundou sua loja de aquisições em 1974, aproveitando uma herança e um empréstimo familiar,
depois de trabalhar na LF Rothschild e no First National Bank of Boston.
O que era então conhecido como Thomas H. Lee Partners ajudou a desenvolver o manual tradicional para aquisições alavancadas: emprestar grandes somas de dinheiro para comprar uma empresa, depois cortar custos e melhorar os resultados financeiros antes de vendê-la novamente.
Durante sua carreira de quatro décadas em aquisições alavancadas, Lee fez enormes aquisições, incluindo algumas extremamente lucrativas, e ajudou a definir o setor como uma grande força em Wall Street.
Um exemplo de modelo de acordo firmado com a assinatura de Lee foi a aquisição da Snapple em 1992. Sua empresa comprou a fabricante de bebidas por US$ 135 milhões – com apenas US$ 28 milhões vindo de seus próprios cofres – antes de vendê-la para a Quaker Oats dois anos depois por US$ 1,7 bilhão.
Os outros negócios notáveis da empresa incluem sucessos e fracassos. Um sucesso foi a aquisição da Warner Music em 2003 com parceiros como Edgar Bronfman Jr., o herdeiro do império de bebidas Seagram. “Posso ver a manchete agora - 'Lee faz um negócio maluco'”, disse Lee naquele ano, aludindo à perplexidade inicial que saudou a transação. Mas Thomas H. Lee acabou obtendo uma taxa interna de retorno de 34%.
Os negócios mal sucedidos incluem a aquisição da corretora de commodities Refco pela empresa, que entrou com pedido de falência após divulgar que seu C.E.O. tinha escondido US$ 430 milhões em dívidas.
Lee deixou sua empresa homônima em 2006, e a empresa mais tarde mudou a denominação para
THL Partners.
Mas Lee continuou a investir por meio de um segundo empreendimento, Lee Equity Partners. (Em 2014, ele disse que se chamava “Tomcat”, porque tinha “nove vidas diferentes”.)
Tom Lee também foi um filantropo prolífico, doando dinheiro para instituições como o Lincoln Center, o Museu de Arte Moderna, o Museu Whitney de Arte Americana e o Museu da Herança Judaica.
Thomas H. Lee morre em 23 de fevereiro de 2023, aos 78 anos.
(Fonte: NY Times - 24.02.2023)
A Blaupunkt era originalmente uma empresa alemã e foi controlada pelo grupo Bosch-Siemens até 2008. Nesse ano, foi vendida ao grupo de investimento Aurelius AG.
Por ocasião da venda da Blaupunkt, o grupo Bosch-Siemens reteve as fábricas de produção de componentes. Apenas as linhas de montagem foram vendidas. O novo proprietário começou a reduzir os custos de produção deslocando a produção terceirizada para outros países. A partir de 2011 todos os produtos Blaupunkt passaram a ser feitos sob medida na China em linhas de montagem de terceiros. Naturalmente, a qualidade sofreu, e muitas empresas que anteriormente compravam itens para
instalar nos seus produtos (por exemplo, automóveis) recusaram-se a fazê-lo.
Em 2016, foi decretada a falência da empresa que no mesmo ano entrou em liquidação. As fábricas foram vendidas, o pessoal foi despedido.
Desde 2016, uma vez que a marca Blaupunkt é propriedade da empresa de investimento Aurelius AG, os direitos de marca são controlados pela subsidiária da Aurelius AG, GIP Development SARL, que trata do licenciamento de marcas registradas.
Como resultado, qualquer fabricante de eletrônica pode agora licenciar e produzir produtos sob a marca Blaupunkt. Os televisores Blaupunkt são atualmente fabricados por várias empresas. Os fabricantes diferem de país para país.
Se olharmos para a produção de televisores, esses são feitos principalmente na Índia e na China. Além disso, alguns fabricantes montam televisores em países do Leste da Europa a partir de componentes chineses. Os televisores desse segmento têm um mínimo de características e funcionalidade. São na sua maioria montados na China a partir de componentes baratos.
A Companhia Geral do Comércio do Brasil foi criada em 1649 pelo padre português Antônio Vieira (1608-1697). Essa companhia unia Portugal e Holanda contra os interesses britânicos.
Vieira foi o responsável pelas negociações com o governo holandês e judeus da Holanda e de Roma. Mas a ideia não vingou, pois a Igreja se opôs à mistura de dinheiro católico com dinheiro judeu.
(Fonte: Guia dos Curiosos - 2ª edição - Marcelo Duarte)
Celson Rangel Cintra começou no varejo aos 21 anos de idade, com uma barraca na Água dos Meninos, antiga feira livre de Salvador. Vendia charque e, anos mais tarde, passou também a preparar esse tipo de carne ele mesmo.
Em 1967 Cintra abriu um mercadinho na Baixa do Sapateiro, um dos pontos mais populares da cidade. Acanhada, a loja tinha uma área de 200 metros quadrados e recebeu o nome de Olhepreço. Os
clientes olharam.
A recessão (início da década de 1990), que fez encolher as receitas da maioria das grandes cadeias de supermercados, não bateu com a mesma intensidade às portas das redes menores. Ao contrário de mamutes como Pão de Açúcar, Paes Mendonça e Casas da Banha, que diminuíram de tamanho, uma modesta rede baiana de periferia, a Cintra & Cia. de Rangel Cintra, deu-se bem.
Suas lojas eram feias e não estavam equipadas com caixas informatizados. Também não fazia
propaganda na televisão. Mas vendia. E como vendia.
Com quarenta lojas espalhadas pelos subúrbios de Salvador com o sugestivo nome de fantasia de Olhepreço, a Cintra & Cia. quase dobrou de faturamento em dois anos. Suas vendas atingiram 65,3 milhões de dólares em 1991. Com isso, o Olhepreço decolou de um longínquo 63º lugar para o 29º no
ranking do setor, elaborado pela Associação Brasileira de Supermercados, Abras.
Cintra, o presidente da empresa, resgatou os velhos hábitos das mercearias - origem do seu negócio: uma boa parte de suas vendas eram feitas fiado. Houve, é verdade, alguma evolução nessa modalidade. Em lugar de anotar as "penduras" no caderno (ou caderneta), a rede Olhepreço aceita vales-refeição, cheques pré-datados e cartões de crédito. Além disso, tenta fazer jus ao nome, oferecendo preços abaixo dos da concorrência. Outra forma de conquistar a clientela é a propaganda
direta. Uma frota de vinte carros de som trombeteia suas ofertas.
(Fonte: revista Exame - 22.07.1992)