O banco Bozano ganha, em 1995, a concorrência feita para administrar o Banerj e prepará-lo para a
privatização.
Paulo Ferraz era presidente do Bozano. Ao instituir a gestão profissionalizada do banco, Júlio Bozano escala Ferraz para assumir a presidência. Ferraz começou na tesouraria e no final de 1994 ascendeu à presidência, substituindo Júlio Bozano, o fundador do banco.
Em janeiro de 1996, Ferraz e sua tropa de choque, composta por 8 diretores do Bozano, se instalaram no Banerj, a situação er crítica: o banco sangrava operacionalmente a uma velocidade de 35 milhões de reais por mês. Em junho, o Banerj já atingia o equilíbrio operacional. Antes da reforma, 90% das 220 agências eram deficitárias. Ferraz fechou 27. Das que restaram, 95% passaram a ser superavitárias.
Foi uma experiência inédita. Pela primeira vez, uma instituição privada assumiu a administração de um banco público. Ao longo de 1996, Ferraz foi presidente tanto do Bozano quanto do Banerj.
(Fonte: Exame - 01.01.1997)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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9 de nov. de 2023
Banerj
EMS
8 de nov. de 2023
Tocantins Bioenergia
Este é o primeiro empreendimento da britânica Czarnikow como sócia de um ativo no Brasil – antes a empresa atuava apenas como trader. A companhia deverá ter uma participação minoritária de até 15%. A Agrojem provavelmente liderará o projeto com uma participação de 50%, e a ACP ficará com o restante.
José Eduardo Motta, fundador e CEO da Agrojem, disse ao jornal Valor que a ideia de investir em etanol de milho no Tocantins veio de uma combinação de fatores, incluindo seus 25 anos de experiência empreendedora no estado, quando trabalhou na indústria de fertilizantes. Motta vendeu o negócio de fertilizantes para a EuroChem em 2020 e começou a trabalhar nesse novo projeto. Ele ressalta que já existe uma indústria de etanol de milho em desenvolvimento na região Centro-Oeste, principalmente no Mato Grosso, e viu que o Tocantins já foi desenvolvido para isso, mas todo o milho atualmente é para exportação.
Outro fator fundamental para viabilizar a usina foi a garantia de oferta e demanda. Pelas projeções dos sócios, a Tocantins Bioenergia necessitará de cerca de 500 mil toneladas de milho por ano para produzir 220 milhões de litros de etanol e 152 mil toneladas de DDGs (grãos secos de destilaria, subproduto do processamento do milho). Também produzirá 10 mil toneladas de óleo vegetal por ano, gerará 74 GWh de energia e emitirá créditos de descarbonização, os Cbios.
A Agrojem, tem 120 mil cabeças de gado em confinamento, todas no Tocantins. Há 38 mil hectares plantados de cereais, dos quais 10 mil são de milho. Quando o projeto da planta estiver maduro, cerca de 70% do milho seria fornecido pela Agrojem e os 30% seriam comprados de produtores da região.
Na segunda fase do acordo, a procura de milho deverá duplicar para 1 milhão de toneladas, o que permitiria a produção de 440 milhões de litros de biocombustível. A meta é atingir esse resultado até 2035.
O Brasil possui atualmente (novembro de 2023) 21 usinas de etanol de milho, localizadas em Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Alagoas, São Paulo e Paraná. Outras nove fábricas têm projetos em andamento, segundo a Unem, associação do setor.
6 de nov. de 2023
OHI
O grupo português Omni Helicopters International (OHI) é proprietário do aplicativo de transporte de helicóptero Revo e da Omni Táxi Aéreo.
O principal acionista da OHI é a Stirling Square Capital Partners, uma gestora de private equity sediada no Reino Unido com uma carteira atual de mais de 3 bilhões de euros.
A OHI possui uma frota total de 90 helicópteros no Brasil e na Guiana, em comparação com 60 em 2019. A expectativa é chegar a 150 em cinco anos.
A Omni Táxi Aéreo atua no Brasil desde aproximadamente 2003. Seus clientes no Brasil, seu principal mercado, incluem Petrobras, Total, Shell e Exxon. Embora a empresa seja controlada por cidadãos portugueses, 85% dos seus colaboradores estão baseados no mercado brasileiro.
Diversas empresas têm buscado alternativas para facilitar as viagens de helicóptero, como a própria Uber, sem sucesso. Jeremy Akel, presidente da OHI, explicou que a proposta da Revo é diferente: em vez de o usuário definir o horário do voo, o que envolve custos operacionais altíssimos, a
empresa oferece rotas fixas em horários estratégicos, com assentos vendidos individualmente.
Atualmente (novembro 2023), há seis voos diários para o Aeroporto de Guarulhos, além de conexões para a Fazenda Boa Vista, um luxuoso condomínio fechado a uma hora de carro da cidade de São Paulo. A operação é realizada com um H155, que pode transportar até 8 passageiros, e no final de outubro (2023) foi adicionado à frota mais um helicóptero (H135, que pode transportar até 5
passageiros).
O setor do petróleo e gás é responsável por 90% das receitas. O grupo busca diversificar com foco em clientes de alta renda.,
O Revo, aplicativo de transporte de helicóptero para empresários e ricos do bairro da Avenida Faria Lima, em São Paulo, lançado em agosto (2023), é o foco da diversificação e pode trazer grandes resultados. A Revo teve um investimento de US$ 5 milhões e está a caminho de ter uma receita anual de US$ 2 milhões, disse Akel. No futuro, a empresa planeja utilizar veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVtol) para reduzir custos e tarifas e tentar popularizar esse tipo de viagem.
(Fonte: jornal Valor - 06.11.2023)
1 de nov. de 2023
SouthRock
Em 1º de novembro de 2023 a SouthRock Capital entrou com pedido de recuperação judicial para suas principais marcas de varejo, incluindo a rede de cafeterias Starbucks e o Eataly. As dívidas são estimadas em R$ 1,8 bilhão, dizem fontes.
O jornal Valor apurou que o escritório, administrado por Keneth Pope, contratou a consultoria Galeazzi para auxiliar no processo de reestruturação empresarial. A rede de restaurantes Subway está ausente do pedido de proteção ao credor, segundo uma fonte.
A empresa de gestão de ativos procurava ativamente um investidor para o negócio, sem sucesso, e abordou fundos para situações especiais.
Fontes revelaram que a expansão impulsionada pela gestora foi desorganizada. Algumas franquias recentemente tiveram dificuldades para pagar o aluguel de determinados locais.
Num comunicado, a SouthRock observou que os desafios econômicos resultantes da pandemia e do aumento da inflação e das taxas de juro afetaram todos os retalhistas. A SouthRock está “entrando em uma nova fase que exige a reestruturação de seus negócios”. Os ajustes incluirão a revisão do número de lojas, o cronograma de abertura, alinhamentos com fornecedores e partes interessadas e considerações sobre a força de trabalho.
(Fonte: jornal Valor - 01.11.2023 / 03.11.2023 / 13.12.2023 - partes)
31 de out. de 2023
Kinsol
Inicialmente a Kinsol, companhia sediada em Uberaba (MG), era uma pequena empresa de aluguel de aparelhos fotovoltaicos. Em 2018, o empresário Maurício Crivelin comprou a Kinsol de um sócio por R$ 400 mil.
A empresa mudou seu foco de atuação e passou a atender residências, além de empresas, e a oferecer outros serviços relacionados a energia solar, por meio de uma rede de cerca de 300 franqueados.
“Energia solar, em 2018, era para o público A e B”, afirma Crivelin, que também é CEO da Kinsol. “Com o tempo, muitas pessoas começaram a ver o modelo como uma oportunidade de reduzir a conta de energia”, completa. Ele cita que parte da reformulação implementada no início foi mudar a experiência de compra, com foco em um atendimento que conversasse mais com os consumidores. “O processo de atendimento era muito técnico. O ponto de mudança foi colocar o cliente em primeiro lugar e atender como gostaríamos de ser atendidos”, conta. Com isso, ele teve que reformular as estruturas da empresa.
Em 2018, a Kinsol começou a focar na venda de energia mais barata para empresas por meio de “fazendas de painéis solares”. Neste modelo, os equipamentos ficavam instalados em áreas específicas,
e empresas podiam comprar a energia gerada para baratear seus custos.
As mudanças implementadas surtiram efeito, e outras novidades vieram. Em 2019, a Kinsol começou a oferecer a instalação de sistemas de energia solar localmente, em residências e empresas. A companhia estima que as instalações podem levar a uma redução de 80% a 90% na conta de energia. Neste meio tempo, fechou parceria com a gigante de motores WEG para o fornecimento dos equipamentos de energia solar. Hoje a Kinsol é a maior compradora deste segmento da WEG. Mas o crescimento inicial sofreu um revés, que obrigou a companhia a fazer mudanças profundas no negócio para sobreviver. Crivelin se lembra até hoje da data. “Fiz o ‘plano de guerra’ no dia 22 de março de 2020, e apresentei no dia seguinte”, conta. O documento feito às pressas, por conta das restrições sanitárias impostas no início da pandemia de covid-19, cortava custos, reduzia pessoal e diminuía os gastos fixos mensais da empresa de R$ 96 mil para R$ 16 mil, do dia para a noite. Os vendedores deixaram de receber seus salários e passaram a ganhar somente a comissão por vendas, medida, segundo Crivelin, necessária para evitar demissões. Os sócios também deixaram de receber seus salários para reajustar as despesas. Todas as mudanças permitiram que a Kinsol não somente
conseguisse continuar de pé, mas prosperasse.
Com o mercado consumidor percebendo a possibilidade de redução de custos com a instalação de painéis solares, a procura pelos equipamentos disparou.
O faturamento da Kinsol também mudou. Saltou de “modesto” R$ 1,4 milhão em 2019 para R$ 48,7 milhões em 2022. Um crescimento de mais de 3.300% – ou cerca de 35 vezes.
(Fonte: Estadão - 29.10.2023)
28 de out. de 2023
AVB - Aço Verde do Brasil
No início da fase produtiva, a empresa começou com a produção de ferro gusa em alto-forno a carvão.
(Fonte: jornal Valor - 29.09.2023)
27 de out. de 2023
Restaurante São Judas Tadeu.
Pioneira na "rota do frango com polenta" - sucessão de restaurantes especializados no prato localizados na Avenida Maria Servidei Demarchi, em São Bernardo do Campo, a matriz do tradicional
São Judas Tadeu foi inaugurada em 1949.
A casa espalhou-se por uma área de 16.000 metros quadrados e tinha capacidade para 4.000 clientes, o que a tornava a segunda maior do país. A primeira (casa) é o Restaurante Madalosso, em Curitiba, com 4.680 lugares em uma área de 7.671 metros quadrados.
Até 2014, o restaurante chegou a preparar mais de 1 tonelada da ave por semana. O enorme letreiro em frente ao restaurante, além de mostrar o nome S.JUDAS TADEU, também trazia a palavra DEMARCHI, nome da avenida e "chopp ANTARCTICA".
O restaurante São Judas Tadeu fechou as portas em janeiro de 2016 e a marca passou a atuar com
franquia e serviços de delivery.
(Fonte: Veja SP - 16.11.2016 / produçao@olharturistico - partes)
26 de out. de 2023
Lavoro Agro
A Lavoro Agro, distribuidora de produtos agrícolas, foi adquirida pelo Pátria, que começou a formar e rede em 2016. O fundo de private equity (que compra participações em empresas) enxergou nessa pulverização uma oportunidade e começou a fazer aquisições para criar um competidor
sulamericano da área.
Em agosto de 2017, comprou o colombiano Grupo Gral. Na sequência, foi a vez da mato-grossense Lavoro – de onde veio o nome do grupo. De lá para cá, foram mais de 30 aquisições, sendo a grande maioria de distribuidoras e revendas. Assim, em vez das pequenas lojas locais, ficou mais
comum nas maiores cidades do interior do país unidades padronizadas de redes como as da Lavoro.
“Temos em torno de 80 empresas em algum ponto da nossa fila de fusões e aquisições”, afirma Cunha. “Temos olhado Peru, Chile e Paraguai, mercados que nos interessam eventualmente entrar com nosso modelo de negócios, e sermos líderes da América do Sul.”
” Parte dessas aquisições foi feita com recursos de uma Spac, como são chamadas as “empresas cheque em branco”, criadas com o propósito de se fundirem e aportarem capital em companhias emergentes e com alto potencial de crescimento. Ao se unir com a Spac The Production Board (TPB), em março, a Lavoro abriu capital na Nasdaq. Foi avaliada em US$ 1,2 bilhão, e captou US$ 225 milhões. “A ideia inicial era fazer um IPO (oferta pública de ações, na sigla em inglês), mas, no meio do caminho, encontramos o time do TPB e criamos uma parceria estratégica”, afirma. “Eles são especialistas em agro, investem em empresas de tecnologia agrícola e testes de solo, que inclusive estamos trazendo para o Brasil.”
A estrutura da Lavoro é um pouco diferente do que existe nas concorrentes. Além da distribuição via lojas, que é o negócio principal, a empresa fabrica produtos de marca própria, que também vende para outros grandes clientes e empresas. “A fabricação de insumos está crescendo bastante dentro do grupo”, afirma Ruy Cunha, presidente da Lavoro Agro.
Há uma linha de negócios, dentro da holding Crop Care controlada pela Lavoro Limited, que junta fabricantes de defensivos biológicos, fertilizantes especiais e adjuvantes, compostos que prometem aumentar a eficiência dos produtos. Entre eles, está uma empresa na área de defensivos
biológicos, a Agrobiológica, na qual estão quadruplicando a capacidade de produção.
A holding Crop Care é formada pela Agrobiológica Sustentabilidade, Cromo Química, K2, Union Agro e Perterra e tem centros de distribuição em Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná e equipe comercial em mais sete Estados.
A intenção, com toda a gama de produtos, é ter em mãos um arsenal para oferecer ao cliente em várias frentes. “O grande produtor, mais sofisticado, é atendido diretamente pela indústria”, afirma. “Já o pequeno e médio são bem capitalizados, jovens, e têm um gap de tecnologia para suprir, o que os torna muito interessantes do ponto de vista dos negócios.” Assim, apesar da oferta nas lojas, a venda é feita na fazenda – e a prestação de serviços está embutida no negócio. São mais de mil especialistas para 72 mil clientes. “Esses produtores precisam de alguém que dê recomendações técnicas e apoie o crescimento”, afirma. “Mais do que vender o insumo, quero ser o conselheiro preferencial e fazer com que seja mais produtivo. Meu negócio não é ficar empurrando o produto, mas olhar, entender a
operação e recomendar alguma coisa que vá fazer sentido para ele.”
Por isso, na hora das aquisições, a Lavoro busca empresas tradicionais em uma região, que já se relacionam e têm bom nome com o produtor. “Compramos uma posição majoritária, em geral 85% da empresa, e mantemos o dono como sócio”, afirma. “Em geral, ele fica na operação por um ou dois anos na área comercial, para a transição com o modelo Lavoro.” O nome original é mantido e, mesmo quando a loja é transformada em Lavoro, ele permanece como uma submarca.
Com receita de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 7,5 bilhões) nos primeiros nove meses de 2023, a Lovoro tem, em outubro de 2023, a Lavoro tem 215 revendas espalhadas pelo Brasil e pela Colômbia e uma trading no Uruguai. Hoje, é a maior da América do Sul.
(Fonte: Estadão - 25.10.2023 / 29.04.2024 - partes)