A siderúrgica — controlada 100% pela família mineira Nascimento, dona do grupo Ferroeste tem Silvia Nascimento como presidente desde 2022.
No início da fase produtiva, a empresa começou com a produção de ferro gusa em alto-forno a carvão.
No início da fase produtiva, a empresa começou com a produção de ferro gusa em alto-forno a carvão.
A construção da siderúrgica exigiu um investimento de mais de R$ 1,5 bilhão, disse o CEO da empresa ao Valor em outubro de 2022. Ela ressaltou na época: “AVB é um projeto profissional que reuniu o empreendedorismo dos acionistas, os ricos minério de ferro de Carajás, e a base florestal, a partir da qual é produzido o biocarbono que vai para os altos-fornos.”
Em 2018, a empresa começou a produzir aços laminados longos (vergalhão e fio-máquina). Ela planeja aumentar sua capacidade de produção de aço bruto de 730 mil toneladas para 1,2 milhão de toneladas.
Com a aquisição de um laminador com capacidade para produzir 600 mil toneladas por ano, desde 2018 entrou no mercado de laminados (vergalhões, vergalhões e trefilados), disputando clientes de diversos setores. A AVB abriu competição com as gigantes ArcelorMittal e Gerdau — que detêm 85% das vendas de aços longos —, as mexicanas Simec, Sinobras e CSN.
A AVB afirma que quer atrair “parceiros estratégicos” para crescer sem comprometer as reservas de caixa e o índice de alavancagem financeira da empresa. A empresa contratou o UBS para lançar uma procura internacional de parceiros na siderúrgica – empresas de private equity, investidores institucionais e fundos de investimento, e até potenciais grupos industriais dispostos a participar no projeto de expansão estão no radar.
Essa expansão (duplicação) de capacidade custaria cerca de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões, principalmente em duas novas unidades de produção — uma siderúrgica e uma nova laminadora — no complexo industrial de Açailândia, no Maranhão.
Depois de um caminho difícil até à criação da AVB, em que o endividamento aumentou e colocou em risco o futuro da empresa, os acionistas avaliam que o projeto pode ser feito com investidores que vejam valor no modelo da AVB. É considerada produtora de “aço verde” porque possui operação certificada como neutra em dióxido de carbono (CO2).
No final de 2022, de acordo com os últimos dados da empresa de auditoria internacional SGS, a AVB manteve inalterado o selo de planta de aços longos de carbono neutro em emissões reconhecido pela World Steel Association (WSA). O resultado do ano foi novamente de 0,02 toneladas de CO2 emitidas por tonelada de aço produzida.
Observando a corrida global pela descarbonização da siderurgia, maior emissor de CO2 do setor industrial (é responsável por 7%), a mini mill de aços longos localizada em Açailândia já vivenciou esse processo. A empresa aproveita os gases gerados no processo (em circuito fechado) nas linhas de produção e tem investido em usinas térmicas para gerar energia a partir desses gases. Além disso, o objetivo é gerar zero resíduos na fábrica.
Atualmente, existem duas instalações modernas, cuja produção abastece a planta de tarugos de aço com 600 mil toneladas por ano.
(Fonte: jornal Valor - 29.09.2023)
(Fonte: jornal Valor - 29.09.2023)
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