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7 de fev. de 2024

New York Community Bank - NYCB

          O New York Community Bank  - NYCB foi fundado em 14 de abril de 1859, em Flushing, Queens, como Queens County Savings Bank.
          Em 1993, o banco tornou-se uma empresa pública através de uma oferta pública inicial, IPO.
          Em 15 de dezembro de 2000, o banco muda o nome para New York Community Bank - NYCB para melhor refletir sua área de mercado além do Queens.
          O NYCB efetuou várias aquisições na década de 2000, comprando o Haven Bancorp por US$ 196 milhões em 2000, o Richmond County Financial em uma transação de US$ 802 milhões em 2001, o gestor de ativos Peter B. Cannell & Co. Bancorp em uma transação de US$ 1,6 bilhão em 2003, o Long Island Financial em uma transação de US$ 70 milhões em 2005, o Atlantic Bank of New York do Banco Nacional da Grécia por US$ 400 milhões em 2006, onze agências em New York York City da Doral Financial Corporation em março de 2007, o Penn Federal Savings Bank por US$ 262 milhões em abril de 2007 (adicionando filiais em East Central e North East New Jersey), e o Synergy Bank of Cranford, New Jersey por US$ 168 milhões em ações em outubro de 2007. Em setembro de 2009, mudou a marca das agências Synergy para Garden State Community Bank.
          Em dezembro de 2009, a Federal Deposit Insurance Corporation - FDIC confiscou o AmTrust, um banco sediado em Cleveland, OH, com 66 agências e US$ 13 bilhões em ativos em Ohio, Flórida e Arizona. O NYCB adquirira a Amtrust, que serviu para expandir pela primeira vez a presença de filiais da NYCB fora da área metropolitana de Nova York. Em 2017, o banco vendeu o negócio de hipotecas adquirido com a compra da AmTrust com um lucro de US$ 90 milhões.
          Em março de 2010, o Desert Hills Bank de Phoenix, Arizona, com US$ 496 milhões em ativos, foi apreendido pelo FDIC e adquirido pela NYCB.
          Em junho de 2012, o NYCB adquiriu os ativos do Aurora Bank do Lehman Brothers.
          Em 29 de outubro de 2015, o banco anunciou um acordo de fusão com o Astoria Bank, mas a fusão proposta foi encerrada em dezembro de 2016, após não conseguir obter a aprovação regulatória.
          Em 4 de novembro de 2016, a Brooklyn Sports & Entertainment anunciou que o banco havia adquirido os direitos de nomeação do Nassau Coliseum; foi renomeado como "NYCB Live: Home of the Nassau Veterans Memorial Coliseum", devido a acordos que exigem que "Nassau Veterans Memorial Coliseum" permaneça no nome da arena. A NYCB rescindiu seu contrato de naming rights no final de agosto de 2020 devido à incerteza em torno da propriedade após o fechamento em junho de 2020 e o subsequente novo arrendatário.
          Em dezembro de 2020, o presidente, CEO e membro do conselho Joseph Ficalora anunciou sua aposentadoria. Thomas Cangemi, Diretor Financeiro da empresa desde 2005, tornou-se presidente e CEO.
          Em dezembro de 2022, o NYCB adquiriu o Flagstar Bank.
          Em 19 de março de 2023, a NYCB adquiriu US$ 38,4 bilhões em ativos do liquidado Signature Bank em um negócio de US$ 2,7 bilhões, com 40 agências Signature sendo convertidas em locais Flagstar.
          Em 6 de fevereiro de 2024, o provedor de classificação de crédito de títulos Moody's Investors Service rebaixou a classificação de crédito da NYCB para o status de "Junk" (lixo), atribuído à sua exposição em empréstimos imobiliários comerciais. O NYCB relatou um prejuízo trimestral de US$ 252 milhões uma semana antes.
(Fonte: Wikipédia)

6 de fev. de 2024

Bauminas

          A Bauminas é um grupo brasileiro familiar sediado em Minas Gerais que atua nos mercados químicos para tratamento de água e esgoto, mineração e logística, e fornece insumos para as maiores empresas de saneamento do país. Foi fundada em 1961 como Indústria Química Cataguases.
          Em 2018, um dos sócios do grupo, Márcio Barbosa Silva Bissoli, morreu em um acidente de helicóptero no sul de Minas Gerais. Um acordo de acionistas garantiu que um de seus irmãos, Túlio, continuaria à frente do grupo.
          Hoje, o grupo é composto por cinco empresas: Bauminas Águas (líder no fornecimento de coagulantes para tratamento de água), Bauminas Agro (nutrientes e compostos químicos para agricultura e indústria), Bauminas Mineração (mineração de minérios utilizados em sais para tratamento de água), Bauminas Log (logística de produtos químicos) e Bauminas Hidroazul (tratamento de água para piscinas).
          Em fins de janeiro de 2024, a Bauminas busca parceiro para ampliar atuação e
contrata banco de investimento para explorar “oportunidades estratégicas”. A empresa vê um potencial significativo de expansão com a nova estrutura de saneamento, que já começou a atrair recursos significativos do setor privado.
          As alternativas em avaliação podem variar desde a contratação de novos sócios até possíveis fusões e aquisições (M&A). Segundo fonte próxima à Bauminas, o grupo não está à venda, mas estaria aberto a um investidor ou sócio minoritário estratégico para acelerar seus planos de crescimento. “Estaremos analisando diferentes possibilidades”, disse a fonte.
          Em comunicado após a notícia de que o grupo estava em negociações preliminares para vender suas operações à Brookfield, Bauminas negou a existência de tais negociações. No entanto, o Valor apurou que tem havido uma aproximação informal entre o banco de investimento, que o aconselhará na procura de oportunidades estratégicas, e a sociedade gestora de ativos, bem como com outros potenciais parceiros.
          Segundo levantamento da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços de Água e Esgoto (ABCON), foram contratados R$ 64,6 bilhões em investimentos nos leilões realizados de 2020, quando a lei foi aprovada, até 2023. Para alcançar o saneamento universal no país, a associação estima que serão necessários R$ 893 bilhões em investimentos.
          O grupo fatura anualmente cerca de R$ 2 bilhões, 70% dos quais provenientes de tratamento de água. Com mais de 1.000 colaboradores, o grupo conta com 21 unidades produtivas, sendo 17 fábricas e 4 minas.
(Fonte: jornal Valor - 02.02.2024)

4 de fev. de 2024

Varam Motors

          Fundada pelo imigrante armênio Varam Keutenedjian, a Varam Motores, S.A. foi a segunda empresa do setor automobilístico a se instalar em São Bernardo do Campo (SP).
          Nomeada representante oficial da Nash no início de 1946, operou entre 1948 e 1956 como montadora, quando a vedação à importação de veículos – mesmo sob a forma CKD - obrigou-a a interromper as atividades.
          Em paralelo com sua principal operação – a montagem de automóveis e caminhões norte-americanos Nash -, na primeira metade da década de 50 a Varam também produziu carros Fiat e jipes Nissan Patrol, estes por pouco tempo, a partir do início de 1955, com cerca de 40% de conteúdo nacional.           Embora possuísse instalações com capacidade para 15.000 veículos/ano, a empresa jamais se aproximou de tal volume de fabricação.
          Em 1958 suas instalações foram alugadas para a Simca e mais tarde foi por ela adquiridas.
(Fonte: Lexicar Brasil)

3 de fev. de 2024

Cepam

          A tradicional padaria Cepam foi fundada em 1954 por Germano Amaro e Antônio Diogo, que criaram o negócio a partir da aquisição de uma pequena panificadora da Vila Zelina, na região da Vila Prudente, zona leste de São Paulo. Oficialmente, a marca passou a existir em 1968, cinco anos antes da criação da Village, marca que também pertence à panificadora e é conhecida por produtos como panetones e pães.
          Considerando números de janeiro de 2024, a empresa produz diariamente 16 mil pães franceses, 11,2 mil produtos diversos e tem 550 funcionários. Aos finais de semana, a circulação de clientes chega a 8 mil pessoas.
          A Cepam vende seus produtos também para empresas, como o Hospital Israelita Albert Einstein 
e a rede de fast-food Bob’s.
          A unidade da Cepam na Vila Prudente, em São Paulo, é considerada a maior padaria da América Latina, com 2,5 mil metros quadrados.
          No início de fevereiro de 2024, com dívidas de R$ 73,4 milhões, a Cepam entrou com um pedido de recuperação na Justiça..
          Segundo o pedido de recuperação judicial, as dívidas do negócio foram acumuladas entre 2020 e 2022, como efeito da pandemia. “É de observar que praticamente todo o endividamento bancário das requerentes foi contraído no começo da pandemia, de modo que a interrupção total da produção foi a 
causa motriz para a necessidade elevada de tomada de empréstimos”, informa o documento.
          A empresa alegou ainda ter sido obrigada a contratar 50 entregadores da noite para o dia para
viabilizar o atendimento de pedidos via aplicativos de delivery.
(Fonte: CNN - 30.10.2023 / Estadão - 03.02.2024 - partes)

2 de fev. de 2024

Jeffrey's Toys

          A Jeffrey’s Toys, loja de brinquedos localizada no centro de São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, foi fundada em 1938.
          A loja é bastante conhecida por dois motivos: primeiro, por ser um dos estabelecimentos mais antigos da cidade e afirma ser a loja mais antiga do gênero. Segundo, por ser a loja que inspirou as aventuras de Woody e Buzz Lightyear em “Toy Story” da Pixar.
          A loja foi administrada pela família do proprietário Matthew Luhn, por quatro gerações, e ele a administrava conjuntamente com seu pai, Mark, e sua madrasta Rosie Coronado-Luhn, depois de passar toda a sua infância lá. Seus tataravós começaram a loja em 1938 como uma loja de variedades, mas mudaram exclusivamente para brinquedos em 1953 e, no seu auge, o negócio cresceu para vários locais em toda a Bay Area, incluindo San Leandro, Oakland e Hayward.
          Foi em seu posto avançado em São Francisco que Luhn aprendeu a operar a caixa registradora e a contar o troco ainda jovem e era pago em brinquedos. O ambiente colorido e criativo o estimulou a ir para a escola de animação quando ficou mais velho, e ele foi contratado para trabalhar em “Os Simpsons” aos 19 anos, antes de passar 20 anos como animador, escritor e diretor de histórias na Pixar, trabalhando em “Os Simpsons”. Monsters, Inc.”, “Ratatouille” e “Cars”, entre outros sucessos do estúdio de Emeryville.
          Logo chegou a hora de Luhn assumir ele mesmo o controle da loja, mas uma série de obstáculos crescentes levaram ao seu lento desaparecimento. Em 2015, a loja teve que se mudar de sua antiga localização em 685 Market St. para Berkeley após a ameaça de um aumento no aluguel, antes de se mudar para sua localização atual na Kearny Street, dois anos depois. A norma crescente das compras online foi outro duro golpe, mas a Jeffrey’s Toys também sofreu uma queda acentuada nos negócios como resultado da pandemia e do menor número de trabalhadores de escritório no centro da cidade. A criminalidade na área agravou o problema, disse ele, relatando incidentes de tentativa de furto em lojas e um caso em que alguém tentou esfaquear uma de suas funcionárias, fazendo com que ela pedisse demissão depois de trabalhar lá por cinco anos.
          “Queremos continuar no mercado, mas precisamos de um relacionamento mais saudável com a cidade”, disse ele no mês passado, acrescentando que a loja paga US$ 20 mil por mês apenas em aluguel. “Estamos investindo nosso dinheiro, trabalhando duro e colocando nosso amor nisso. Mas, na relação que temos com a cidade, isso não está sendo devolvido.”​       
          No início de 2024, porém, a loja prepara-se para fechar suas portas. Matthew Luhn, proprietário do estabelecimento, confirmou o encerramento das atividades da loja, que foi administrada por sua família por quatro gerações. A Jeffrey’s Toys fica em 45 Kearny St. Sterling disse ao SFGATE que o último dia de funcionamento da loja está previsto para 10 de fevereiro de 2024, depois de mais de 85 anos de atividade. A Jeffrey’s Toys viu o tráfego de pedestres diminuir em sua loja na 45 Kearny St.
          “A família está triste por ter chegado a este ponto”, escreveu Sterling em um comunicado por e-mail. “A liderança da cidade de São Francisco e da Downtown Association têm um trabalho difícil para eles sobre como revitalizar o que antes era uma experiência vibrante e divertida no centro da cidade.
          Quando questionado sobre qual pode ter sido a gota d’água para a loja, Ken Sterling, da Sterling Venture Law, advogado que representa a família Luhn, citou “os perigos e a violência do ambiente do centro da cidade, a inflação, a diminuição nos gastos do consumidor e o fim do varejo”. através do mundo." Ele disse ao SFGATE que a empresa simplesmente esgotou todas as suas opções para tentar se manter à tona.
(Fonte: SFGATE - 28.01.2024 / Época Negócios - 02.02.2024 - partes)

1 de fev. de 2024

Real Transportes Aéreos


REAL Transportes Aéreos

          Em 1943 o empresário Vicente Mammana Neto criou a Companhia Santista de Aviação e adquiriu duas pequenas aeronaves Relliant. Mammana Neto vislumbrou a possibilidade de ampliar a frota da empresa com uma aeronave americana Aeronca em 1944, porém o negócio acabou barrado pelo governo brasileiro e a “Santista” acabou encerrando as atividades.
          Após o final da Segunda Guerra Mundial o governo dos Estados Unidos se viu com uma frota de milhares de aeronaves de transporte que se tornaram desnecessárias com o final do conflito. Assim, foi decidido pelo governo dos Estados Unidos que as aeronaves seriam vendidas para empresas aéreas e ou para a sucata.
          Mammana Neto viu nesse evento uma oportunidade e associou-se ao piloto Lineu Gomes em novembro de 1945 fundando a empresa Redes Estaduais Aéreas Limitadas (REAL). Com um capital inicial de 400 mil cruzeiros, adquiriram do governo dos Estados Unidos uma aeronave Douglas DC-3. A iniciativa atraiu o empresário Armando de Aguiar Campos e dois outros DC-3 foram adquiridos.
          Iniciou operando a rota Rio de Janeiro Brasília, mas logo começou a adquirir diversas companhias aéreas menores para expandir para a América do Sul. A empresa tinha sua sede em São Paulo.
          Com as aeronaves DC-3 a REAL inaugurou sua primeira rota ligando o Rio de Janeiro (Aeroporto Santos Dumont) a São Paulo (Aeroporto de Congonhas) em 7 de fevereiro de 1946. Diferente das companhias aéreas existentes no país, a REAL decidiu operar com passagens mais acessíveis e isso fez com que seus voos partissem lotados. Até o final de 1946 a empresa atendia Curitiba. Para atender a grande demanda de passageiros, a REAL adquiriu dois Bristol 170. Devido a problemas técnicos e reclamações dos passageiros, as aeronaves acabaram revendidas em 1948.
          Visando ampliar sua frota, a REAL transformou-se de empresa limitada para uma sociedade por ações em 13 de dezembro de 1946 e foi denominada REAL Transportes Aéreos S.A. A criação dessa sociedade, presidida agora pelo empresário Sebastião Paes de Almeida, permitiu a ampliação do capital da empresa e angariou recursos para a aquisição de dez DC-3.
          Da segunda metade da década de 1940 até 1955, a empresa experimentou sua primeira grande expansão, pela aquisição de empresas menores. Em 1948 adquiriu a Linhas Aéreas Wright e em 1950 a LAN - Linhas Aéreas NATAL. Com essas compras, a frota da REAL chegou a 20 Douglas DC-3/C-47.
          Com a compra da LATB - Linha Aérea Transcontinental Brasileira, em agosto de 1951, a REAL expandiu consideravelmente sua malha na região nordeste do país.
Convair CV-440 Metropolitan, operado pela Real Aerovias entre 1956 e 1961.
          Entre 1954 e 1956 foram adquiridas também a Aerovias Brasil e a Transporte Aéreo Nacional. Finalmente, em 1957 adquiriu do empresário catarinense Omar Fontana, 50% do capital da Sadia, que em contrapartida passou a ocupar um cargo na Real.
          Com todas estas incorporações, a frota chegou a 117 aeronaves, que colocaram a empresa em 7° lugar no ranking da IATA, a mais alta posição já ocupada por uma empresa aérea brasileira até então.
          As primeiras rotas internacionais foram abertas em 1951, com voos para o Paraguai. Mas foi a compra dos 87% da companhia que se chamava Aerovias, que fazia voos charter para Miami, que levou a REAL a alçar voos para os Estados Unidos.
          Em 1960 a Real mudou sua denominação para Real Aerovias Brasília e expandiu suas rotas, chegando a Tókio. A homenagem à nova capital federal também combinava com o fato de que era a Real que levava o presidente Juscelino Kubitschek para acompanhar as obras e foi a primeira empresa a colocar linha regular para Brasília. 
          No início da década de 1960, a Real estaria com sérios problemas financeiros e solicitou uma reunião com o então recém empossado presidente da república Jânio Quadros. Logo depois, Jânio quadros teria chamado Rubem Berta, presidente da Varig, intimando-o a comprar a empresa com problema financeiro. Em agosto de 1961, a Real foi comprada pela Varig.
          Erik de Carvalho, o sucessor de Ruben Berta na presidência da aérea gaúcha Varig, chegou a admitir à revista estrangeira Air Travel, que sua companhia, mergulhada no déficit desde 1960 ― teve sua situação agravada pela aquisição do Consórcio REAL-Aerovias-Nacional no ano seguinte (1961).
          A Real chegou a ter uma frota de 117 aviões, dentre eles 86 Douglas DC-3/C-47 e 12 Convair, seis CV-340 e seis CV-440. Tais números a colocaram em 7° lugar no ranking da IATA em relação ao tamanho da frota, a mais alta posição já ocupada por uma empresa aérea brasileira, até então;
          Sua frota de 86 unidades de Douglas DC-3, em 1959, se constituía na maior frota dessa aeronave no mundo.
          Os Electras e Convairs 990A operados pela Varig, foram encomendados pela Real Aerovias. Curiosamente, os primeiros Electras possuíam uma falha de projeto que poderiam fazer com que as asas se partissem durante o voo, o que fez com que ele tivesse uma péssima reputação no país de origem, embora o problema já tivesse sido solucionado. Devido a essa reputação, a Varig tentou cancelar a encomenda da Real, sem sucesso. Porém, os aviões se transformaram num sucesso no Brasil, operando a ponte-aérea Rio-São Paulo durante nada menos que 30 anos.
(Fonte: Wikipédia / IstoDinheiro - 19.01.2019 -partes)

30 de jan. de 2024

Osten

          O grupo Osten está desde 2001 sob o comando da família Yamaniski, de origem japonesa.
          O grupo é mais conhecido pela rede de concessionárias de automóveis de luxo de marcas icônicas, como BMW, Jaguar, Land Rover, Jeep e mais recentemente pela chinesa BYD e seus carros elétricos. Também está se transformando num grupo voltado para soluções ligadas à mobilidade, indo além da venda de veículos.
          Em 2020, a empresa entrou no mercado de locação de frota de veículos premium e também diversificou no segmento de seguros, indo além de veículos. 
          Em 2021, iniciou no segmento de carro de luxo por assinatura. Em 2022, virou aceleradora de startups em áreas com potencial de crescimento – não apenas as ligadas à mobilidade –, como jogos e aprendizado de máquina (machine learning), por exemplo. 
          Em 2023, a maior parte do faturamento (67%) foi da comercialização de veículos e do pós-venda. Segmentos de locação e carro por assinatura representaram 32%. Mas a intenção da empresa é mudar esse mix a médio prazo, ampliando a fatia de outros segmentos ligados à mobilidade. A meta é, em no máximo cinco anos, que a locação e a assinatura respondam pela metade do faturamento do grupo. Nos últimos tempos, com o avanço dos carros eletrificados (híbridos e elétricos) de várias marcas de luxo que a empresa representa e a mudança do comportamento do consumidor – que tem preferido alugar veículo de luxo no lugar de comprar –, a companhia precisou mudar para atender a essas novas demandas.
          Terminado o ano de 2023, a Osten vira uma empresa bilionária. A companhia faturou pela primeira vez R$ 1 bilhão. 
          Em 2024 a companhia desenvolve um projeto piloto de uma nova empresa de soluções para veículos elétricos, a Revo, cuja assinatura da marca é “Electric Revolution” e está desde dezembro de 2023 funcionando em caráter experimental. A transformação da concessionária de carros de luxo para um grupo com foco na mobilidade acompanha as mudanças que estão ocorrendo no mercado de veículos. “Não podemos ficar dependentes das concessionárias, temos de diversificar”, diz Jorge Yamaniski Neto, diretor da Osten Group. Nascido em 1992, Yamaniski Neto começou na empresa da família aos 25 anos de idade. O executivo diz que o modelo de concessionárias pode ter prazo de validade no Brasil, assim como já ocorre no mercado externo. Como as pessoas estão cada vez mais tendo acesso ao ambiente online, as marcas de veículos entenderam que não faz sentido ter tantas lojas físicas, que exigem investimento, argumenta.
          Em 2024, duas novas revendas da Osten que estão em construção, localizadas em São Paulo (SP) e Santos (SP), por exemplo, irão revender carros da marca BYD. As duas novas lojas se juntam às dez concessionárias em funcionamento hoje no grupo.
          Outro acelerador da transformação da Osten foi o avanço do carro elétrico. Esse tipo de veículo exige menos manutenção e revisões do que o carro a combustão. Como as idas às concessionárias após a venda devem diminuir, a perspectiva é que a receita com serviços também recue. Por isso, a saída do grupo é buscar faturamento em outros mercados relacionados à mobilidade.
          A atividade da companhia irá além dos equipamentos. Entre empresas e pessoas físicas, Yamaniski Neto observa que ainda há pouco conhecimento sobre carros elétricos. E os temas sobre os quais falta informação são infraestrutura, pós-venda, manutenção e autonomia, por exemplo.
(Fonte: Estadão - 26.01.2024)

29 de jan. de 2024

Momo Gelato

          A gelateria Momo foi fundada por Walter de Mattos Júnior que é o CEO da empresa.
          Antes de abrir a casa-mãe, em 2014, no Leblon, Walter, economista com MBA em Harvard, foi aprender com os italianos a fazer gelato. Na volta ao Rio, deu uma “cariocada” nas receitas. Surgiu assim o best-seller Momocookies (com biscoitinhos e brigadeiro de chocolate belga), o pavê de doce de leite e o grego de Momo (de iogurte grego com damascos, amêndoas e mel orgânico), vendidos em casquinhas e copinhos.
          Por incrível que pareça, sorvete não é um amor de verão. Sorvete é uma receita comestível de prazer, autoindulgência e bom humor. Para o Momo Gelato, é um modo de vida. Aliás, sorvete não: gelato, que tem menos gordura e é batido em velocidade mais lenta para evitar a adição de ar. Como resultado, a massa tem textura densa e sabor mais intenso. Não congela completamente e é servida em temperatura mais elevada, 11 graus negativos. “A gente não serve produto congelado, a 18, 20 graus negativos, que só não vira pedra porque incorpora muito ar, gordura e açúcar”, explica Walter de Mattos Júnior.
          Apesar de vender 10 toneladas por mês, algo como 100 mil porções, a Momo não é um negócio de volume. As produções são diárias e artesanais. A casa conta ainda com as Tortas di Gelato, caso da 
Fior di Pistacchio (pão de ló caseiro, recheio e cobertura de pistache mediterrâneo).
          Em São Paulo a Momo tem unidade na Rua Oscar Freire, 168, Jardim Paulista.
(Fonte: Estadão - 29.01.2024)

28 de jan. de 2024

Coelho da Fonseca

          A tradicional imobiliária Coelho da Fonseca, especializada em imóveis de alto padrão, foi 
fundada por Alvaro Coelho da Fonseca, em 1975.
          Alvaro Marco Coelho da Fonseca, de nascido em 1986 e o irmão Luiz Alfredo Coelho da 
Fonseca, nascido em 1994, são os diretores da companhia. Ambos tocam o dia a dia da imobiliária.
          O fundador, nascido em 1952 está no conselho da empresa e coordena projetos especiais, como a 
incorporação do Haras Larissa, condomínio de luxo de casas de campo em Monte Mor (SP).
          No início de 2024 a empresa anuncia que vai passar a usar ferramentas de inteligência artificial para facilitar a venda de imóveis – uma atividade que tem cada vez mais a ajuda dos meios online. É uma forma de alcançar um público que vem rejuvenescendo. “A ideia é implementar a inteligência artificial em 2024. É um projeto grande, complexo, desenvolvido por uma equipe interna, mas 
queremos fazer o quanto antes”, disse ao Estadão Alvaro Marco Coelho da Fonseca.
          O projeto de IA está recebendo investimentos de mais de R$ 1 milhão. Com o uso dessas ferramentas, quem acessar o site poderá descrever oralmente ou por meio de texto as características do imóvel que procura, como se estivesse em contato com um corretor. Até então, a busca no site da imobiliária ocorre por meio da seleção de vários quesitos: se a procura é por casa ou apartamento, o valor ou a localização, por exemplo. É uma dinâmica um tanto cansativa, na opinião de Alvaro Marco. Já com o uso da inteligência artificial, argumenta ele, será possível fazer uma busca mais apurada, com muitos detalhes, como o estilo do imóvel, o arquiteto que o projetou e o tamanho do terreno. A partir de cada demanda, as informações serão processadas por meio da inteligência artificial mais rapidamente e com mais detalhes. A ferramenta fará uma leitura do banco de dados, hoje com 20 mil imóveis, 
selecionando os que se enquadram no perfil do comprador.
          O movimento de usar inteligência artificial no dia a dia da empresa ganha importância especialmente no momento em que a clientela de imóveis de alto padrão está rejuvenescendo. Com a explosão das startups, das consultorias, das gestoras de ativos e das butiques financeiras, por exemplo, um público mais jovem, na faixa de 40 anos, começou a comprar imóveis de alto padrão. “Os ‘faria limers’ (em alusão às pessoas que trabalham nessas novas empresas localizadas na Avenida Faria Lima, em São Paulo) estão ganhando muito dinheiro hoje”, observou Alvaro Marco. Por isso, disse ele, a imobiliária precisa estar em constante modernização. “Não podemos ser só tradicionais, atendendo o 
cara de 60, 70 anos.”
          Além do rejuvenescimento do perfil dos compradores de imóveis de alto padrão, avaliados acima de R$ 2 milhões, a pandemia de covid-19 aumentou a demanda por casas fora da cidade de São Paulo. Com a normalização das atividades, o que se observa agora é o aumento da procura por casas dentro da capital, mas em condomínios fechados. No entanto, esse produto está escasso. “Antigamente, a procura era muito maior por apartamentos do que casas, e agora está equilibrada”, disse Luiz Alfredo.
(Fonte: Estadão - 24.01.2024)