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18 de abr. de 2024

Embraed

          Em 12 de setembro de 1984, o filho de pescador, empreendedor nato e visionário Rogério Rosa fundou a Embraed Empreendimentos, Empresa Brasileira de Edificações, na cidade litorânea catarinense de Balneário Camboriú. Na época, mesmo quando tudo parecia desviá-lo de seus projetos e, apesar de todos os desafios vividos durante a sua trajetória, o empresário manteve o foco e não desistiu de seus sonhos: “construir apartamentos de alta qualidade e proporcionar bem-estar e lazer aos seus moradores”.        
          Segunda menor cidade em extensão territorial de Santa Catarina, Balneário Camboriú renova de tempos em tempos a posição de metro quadrado mais caro do país. O munícipio virou destino certo de ricaços em busca de uma segunda casa para chamar de sua. Boa parte dos arranha-céus que contornam o litoral do munícipio surgiram a partir dos investimentos da incorporadora Embraed.
          No fim de 2013, Tatiana Rosa assumiu a empresa após a morte de seu pai, o fundador.  Ela conta que viu a vida virar do avesso do dia para noite.
          “Foi um desafio grande. Eu precisei de uma hora para outra aprender direito, controladoria, vendas, arquitetura, engenharia e tudo mais. E me vi naquela pressão de agir como o meu pai agiria”, diz Tatiana. “Em certo momento, caí na real de que eu deveria agir como eu mesma. Daí, as coisas começaram a fluir mais e comecei a trabalhar dando um passo de cada vez.”
          Uma das poucas mulheres na linha de frente do setor imobiliário no país, sob o comando de Tatiana Rosa, a empresa tem dado vazão ao mercado de condomínios de luxo na região. Diante da baixa vacância no local, a Embraed tem apostado em substituir projetos antigos por unidades novas e buscado diversificar seu roteiro de expansão, fazendo lançamentos, inclusive, no Paraná.
          Ela conta que a empresa estava “na cabeça do pai”. “De relatórios financeiros a clientes, fornecedores, a quem procurar”, diz a CEO da Embraed. Diante disso, enxergou a necessidade de promover uma profissionalização da gestão da companhia. “Começamos a caminhada da governança corporativa, avaliando processos e trazendo funcionários de outras regiões, com outros pensamentos e outros jeitos de resolver problemas que tínhamos na operação.
          Um dos projetos que a CEO fala com mais orgulho é o Hyde Atlântica 4312. Com 200 metros de altura, o arranha-céu de Balneário Camboriú será um dos dez edifícios mais altos do país e tem previsão de entrega para 2028. O projeto conta com uma “praia privativa” em um espaço de 2,4 mil metros quadrados, uma piscina revestida em cristal pool, que proporciona sensação de pisar na areia.
          Tatiana chama o projeto de “pérola” e diz que o foco é promover uma experiência calcada na natureza e no bem-estar em seus edifícios. Apesar dos atrativos, ela revela que os apartamentos ficam vazios na maior parte do tempo. “A maioria dos nossos edifícios fica vazio durante 80% do ano. Eles lotam mais aos fins de semana”.
          Para 2024, a grande aposta da empresa está em um empreendimento que será lançado em Curitiba, no segundo semestre. Com valor geral de vendas (VGV) de R$ 250 milhões e apartamentos de 380 metros quadrados, será o primeiro projeto da Embraed na capital paranaense, após um investimento em outra cidade do estado: Maringá.
          Embora diversificar pareça um movimento inevitável para a construtora, a executiva adota parcimônia antes de desbravar novas regiões. “Sair para além de Santa Catarina e do Paraná não é uma coisa que a gente está estudando agora”, diz a executiva ao IM Business. “Mas queremos, aos poucos, testar novos mercados, de preferência em cidades onde os moradores já têm uma segunda casa em Balneário.”
          Um fenômeno apontado por Bruno Cassola, corretor de imóveis de Balneário Camboriú, é a derrubada de prédios antigos a fim de dar espaço para novas estruturas. “A gente vê uma virada de chave que é a demolição de prédios mais baixos e pequenos comércios antigos para substituir por novos hotéis e novas construções”, diz. Nesse sentido, a Embraed pretende demolir um prédio de 16 andares para construir um de 75 no mesmo local.
(Fonte: site da empresa / InfoMoney - 17.04.2024 - partes)

 Empreendimento da Embraed em Balneário Camboriú. 

Tatiana Rosa, CEO da Embraed - Divulgação

17 de abr. de 2024

Fras-le

          Em 1996, a Randon adquire o controle da Fras-le (FRAS3, na B3), fabricante de lonas e pastilhas de freios com sede também em Caxias do Sul.
          Em meados de dezembro de 2019, a Fras-le, anunciou a aquisição da Nakata no Brasil por R$ 457 milhões. Esta transação está alinhada com o visão da empresa, segundo seus executivos. Nakata é produtora de amortecedores e outros componentes, como suportes a montagem de motores para o mercado de reposição. Os principais destaques da teleconferência para discutir esta transação de M&A foram: 1) A Fras-le pagará R$ 457 milhões (R$ 17 milhões em dívida líquida) por uma participação de 100% da Nakata, resultando em um múltiplo de aquisição de 6,6x EV/EBITDA (esperado para 2019). Nakata reportou receita líquida em 2018 de R$ 464 milhões.
          Em meados de fevereiro de 2023 a Fras-le (FRAS3) amplia atuação global com aquisição de empresa no Reino Unido. O conselho de administração da Fras-le aprovou a celebração do contrato no qual foram estabelecidos os principais termos e condições para aquisição da totalidade das ações da AML Juratek Limited, com sede em Doncaster, Reino Unido. O preço de aquisição é de £18,22 milhões, estando o valor final sujeito a ajustes. A AML Juratek é controladora da Juratek, que atuava há 28 anos e da Bettaparts, que atuava há mais de 40 anos, ambas no mercado europeu de reposição de autopeças. No ano de 2022, o Grupo de empresas teve receita de aproximadamente £25 milhões.
“A operação insere-se na estratégia da companhia de ampliação de seus negócios no setor de reposição em mercados maduros, por meio da diversificação de produto e expansão de marcas em seu portfólio”, afirmou a Fras-le.
          A Fras-le destacou que segue reafirmando seu posicionamento como uma das maiores “house of brands” do mercado de reposição de autopeças do Brasil, expandindo esse modelo em mercados que permitam crescimento, boas sinergias operacionais e consequentemente adição de valor em seu modelo de negócios.
          Em meados de abril de 2024, a Fras-le comunicou o encerramento das atividades da sua controlada Fanacif, unidade industrial fabricante de material de fricção, localizada em Montevideo, no Uruguai.
(Fonte: Rel.Bradesco - 18.12.2019 / Dica de Hoje Research - 17.02.2023 / Valor - 17.04.2024 - partes)

16 de abr. de 2024

Stagwell

          A gigante americana de publicidade Stagwell foi fundada em 2015 por Mark Penn, um ex-
executivo da Microsoft.
          O grupo americano de publicidade inicia sua operação na América Latina em 2922.
          Em 2024 a Stagwell aumenta sua aposta no mercado brasileiro ao fechar a compra da agência de relações públicas e marketing Pros. Pelo contrato assinado entre empresas, os sócios fundadores da Pros, Daniela Graicar e Alan Strozenberg, vão continuar à frente da gestão da companhia, que será integrada à Stagwell. Ambos vão passar a responder ao CEO da multinacional no Brasil, Vinícius Reis.           A operação envolve um pagamento inicial em ações da companhia americana – que tem seu capital listado na Bolsa de Nova York – e desembolsos adicionais a serem feitos com base no 
cumprimento de metas financeiras nos próximos anos.
          Um levantamento do escritório RGS Partners, especializado em fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), mostrou que a participação dos estrangeiros nas compras de empresas no país chegou a 47% em 2023. Na avaliação de Fábio Jamra, sócio da RGS Partners, o mercado brasileiro ganhou relevância devido ao conturbado cenário macroeconômico global, principalmente na comparação com 
outros mercados emergentes.
          Ainda segundo a análise de Jamra, a atratividade do país aos olhos do capital estrangeiro deve se manter enquanto a situação fiscal e econômica do país se mantiver de forma razoável na comparação 
com os problemas geopolíticos do mundo.
          Assim como outros grupos internacionais ligados ao setor criativo – caso do Publicis Groupe, que trouxe uma nova marca ao Brasil com operações focadas em mídia e dados –, a Stagwell também olha para o potencial de crescimento do mercado doméstico em meio ao seu processo de expansão mundial – que tem como prioridade a América Latina e a Ásia.
          Reis acumula a presidência da Stagwell no país e também a da Crispin Porter Bogusky (CP+B) – 
que já integra o portfólio de marcas da Stagwell mundial.
          No início de 2024, o grupo já havia concluído a compra das marcas Team Epiphany e Movers+Shakers, duas agências americanas de comunicação especializadas em relações públicas e marketing de influência, que possuem operações parecidas com o trabalho da Pros no Brasil. Atualmente, a Pros atua com foco em “PR criativo”, que une disciplinas de relações públicas tradicionais com um viés criativo, se aproximando mais do universo das agências de publicidade e 
propaganda.
          Com 26 clientes na carteira, como as marcas do Grupo Boticário, Motorola e Dell, a empresa possui hoje cerca de 130 profissionais, entre publicitários, designers, jornalistas e relações públicas. Daniela Graicar conta que as projeções são de novo aumento de dois dígitos.
(Fonte: Estadão - 15.04.2024)

15 de abr. de 2024

Phibro

          A americana Phibro Saúde Animal, fundada em 1946, é uma empresa com atuação global em saúde e nutrição animal e tem sede em Teaneck, Nova Jersey.
          Com base na experiência adquirida nos EUA e em Israel, a Phibro inaugurou em 2023 em Guarulhos (SP) um laboratório de diagnóstico e uma unidade de fabricação de vacinas inicialmente voltadas para doenças de suínos. O investimento foi de US$ 7 milhões
          A empresa entrará neste ano no mercado brasileiro de vacinas autógenas para piscicultura. Vacinas autógenas são compostos desenvolvidos para prevenir problemas sanitários de um plantel ou propriedade. Maurício Graziani, country manager no país, diz que a ideia é usar a estrutura e a expertise já adquiridas em suinocultura para obter produtos customizados conforme a necessidade do plantel.
          O mercado de peixes, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura, faturou mais de R$ 9,7 bi em 2023. “Com a intensificação da produção, novas doenças surgem”, diz Graziani. “Já iniciamos conversas com potenciais clientes para produzir vacinas para tilápias.
          A Phibro do Brasil também quer entrar com vacinas customizadas para aves, um dos setores mais avançados em termos sanitários, diz Graziani. “Percebemos que há espaço para fazermos algo no mesmo nível de nossos demais produtos.” A Phibro Animal Health Corporation teve receita líquida de US$ 977,9 milhões em 2023.
(Fonte: Estadão - 15.04.2024)

14 de abr. de 2024

DEV (Pedra Branca Alliance)

          A DEV pertence à Pedra Branca Alliance, uma joint venture entre a trading de Singapura Indo Sino, com 70% de participação, e a britânica Cadence Minerals, com 30%.
          O Ferro Amapá, projeto da mineradora MMX de Eike Batista foi desativado em 2017.
          Depois da MMX (e antes da DEV como será visto abaixo), o projeto de mineração no Amapá teve proprietários como Anglo American e Cliffs Natural Resources, que vendeu a operação para a Zamin Ferrous em 2013.
          Em meados de abril de 2024 o |Ferro |Amapá está prestes a retomar as operações sob a gestão da DEV Mineração. O projeto integrado de minério de ferro, ferrovia e porto receberá US$ 320 milhões em investimentos nos 24 meses seguintes para a reativação da mina Pedra Branca do Amapari, no estado do Amapá, e da ferrovia que liga Pedra Branca ao Porto de Santana.
          Em 11 de abril de 2024, o DEV encaminhou à Secretaria de Meio Ambiente do estado pedidos de reativação das licenças ambientais da mina e da ferrovia, pré-requisito para o início das obras, previsto para o segundo semestre de 2024. São novos estudos que atualizam o estudo/relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA) produzido na década de 2000.
          A DEV Mineração assumiu o projeto em 2019, incluindo dívidas, e concluiu a aquisição de 100% em 2022, quando fechou acordo com um grupo de sete bancos credores.
          No caminho para encerrar a recuperação judicial, a mineradora pretende levar os estudos relativos ao terminal portuário – o Relatório de Controle Ambiental e o Projeto de Controle Ambiental – para a renovação do alvará em 40 ou 50 dias, disse Raquel Dalseco , diretor de operações da DEV.
          “Decidimos solicitar a reativação das licenças imediatamente por uma questão de agilidade”, disse ela. Segundo Dona Dalseco, o governo do Amapá se comprometeu a entregar as licenças em até 90 dias. “O projeto já existia. Esta fase de licenciamento foi uma forma de saber quais são as condições atuais”, acrescentou.
          Os US$ 320 milhões serão investidos na reativação da mina e da malha de 190 quilômetros que forma a ferrovia, cujas operações estão paralisadas desde 2019. Segundo o executivo, a empresa usará seus recursos e também levantará capital no mercado. As atividades no Porto de Santana também estão suspensas desde 2014. A DEV planeja reconstruir o terminal em uma segunda etapa de investimentos.
          Segundo Dona Dalseco, a ideia é iniciar as obras da ferrovia dada sua relevância para o estado. Além do minério de ferro, um acordo com o governo do estado garante que outros tipos de carga possam utilizar a ferrovia. Ainda não está decidido se a DEV, detentora da concessão, irá operar a ferrovia ou contratar serviços de terceiros.
          A mina Pedra Branca tem capacidade de produção de 6 milhões de toneladas por ano, com vida útil de 16 anos. A empresa prevê o início das operações assim que o projeto for aprovado pelos órgãos ambientais, com a geração de 1.100 empregos diretos e 2.200 empregos indiretos quando o complexo estiver em operação.
          Segundo a DEV, as vendas anteriores e os testes com amostras do minério explorado no Amapá indicaram um concentrado de “alta qualidade, com baixo teor de contaminantes”. A informação consta de relatório enviado ao governo federal.
(Fonte: Valor - 12.04.2024)

13 de abr. de 2024

Roberto Cavalli

          O estilista italiano Roberto Cavalli, era conhecido pelas estampas de animais e pelo estilo extravagante.
          Ele começou a ser conhecido na década de 1970, quando estrelas como Sophia Loren e Brigitte Bardot usavam suas peças, que deixavam a pele à mostra e, décadas depois, foram usadas por celebridades como Kim Kardashian e Jennifer Lopez – depois de Cavalli ter sido abandonado no apogeu dos looks minimalistas, nos anos 1980.
          Era conhecido ainda pelo uso de couro estampado e jeans e sempre apostava no fator surpresa no design. Mais tarde, seu império da moda se expandiu para decoração, vinho, sapatos, joias e até uma linha de vodca, cujas garrafas eram revestidas de pele de cobra.
          Roberto Cavalli morreu em 12 de abril de 2024, aos 83 anos, na Itália.  De acordo com a agência de notícias italiana Ansa, o designer de moda morreu em sua casa em Florença, após longa doença, sem dar detalhes. As redes sociais da marca Cavalli confirmaram o óbito.
(Fonte: Estadão - 13.04.2024)

12 de abr. de 2024

EPR

          A EPR surgiu em 2022 como um novo player no mercado de concessões rodoviárias e tem crescido rapidamente desde então. A operadora rodoviária é uma joint venture entre Equipav e Perfin.
          Em 2023, o grupo conquistou o Lote 2 de rodovias paranaenses. Antes, também havia conquistado três concessões estaduais em Minas Gerais – na região do Triângulo Mineiro, no Sul de Minas Gerais, e na rota Varginha-Furnas.
          Em leilão realizado na B3 em 11 de abril de 2024, a EPR conquistou a concessão da rodovia federal BR-040, que liga Belo Horizonte a Juiz de Fora, em Minas Gerais. O grupo venceu ao propor um desconto de 11,21% na tarifa máxima de pedágio prevista no edital. O grupo superou os concorrentes com folga, pois a CCR ofereceu desconto de apenas 1% e o consórcio Vetor Norte, formado por construtoras de médio porte, não propôs desconto na concessão. Outro consórcio, liderado por Azevedo & Travassos, havia apresentado oferta, mas foi desclassificado porque as garantias oferecidas não atendiam às regras do edital de propostas segundo a comissão responsável pelo leilão.
          Como vencedora da concessão, a EPR deverá realizar investimentos de cerca de R$ 5,1 bilhões em obras, além de custos operacionais estimados em R$ 3,53 bilhões ao longo dos 30 anos de contrato.
          Após vencer o leilão da BR-040, José Carlos Cassaniga, presidente da EPR, disse que o grupo continua estudando novas concessões rodoviárias. “Há espaço para isso. Valorizamos a qualificação de projetos e estudos, mas há espaço para isso. Estamos analisando todo o pipeline de projetos federais e estaduais. A relação risco/recompensa é importante para nós”, afirmou após o leilão.
          A BR-040 é emblemática porque faz parte da relicitação da Via040, concessão da Invepar que está em processo de devolução. A empresa tenta devolver a concessão desde 2017, mas só em 2020 conseguiu assinar o acordo de relicitação. Naquela época, a previsão era que o novo leilão ocorresse até 2022, mas ocorreram contratempos que atrasaram o projeto. Em 2023, a Justiça teve que garantir que a Invepar continuaria operando até que uma nova operadora assumisse.
(Fonte: Valor - 12.04.2024)

11 de abr. de 2024

Almaviva

          Almaviva é um grupo italiano, com sede em Roma, que atua com serviços de digitalização e gestão de relacionamento entre empresas e seus clientes.
          A empresa, que opera em 11 países, também pretende aumentar a parcela das receitas geradas fora de Itália para 50% em 2026, contra 30% em 2023, disse o executivo Marco Tripi, CEO da Almaviva.
          No Brasil, a Almaviva vem diversificando seus negócios de contact center e cobrança, com mais atenção aos setores financeiro e de serviços e menos ao telemarketing.
          O foco nos canais digitais e no uso de inteligência artificial, reduzindo as interações humanas, levou a uma redução significativa no número de funcionários de contact center no Brasil.
          Somente em 2023, a subsidiária reduziu o número de funcionários no Brasil de 40,5 mil para 33,5 mil. Na Colômbia, base de contact center e serviços de cobrança nos países de língua espanhola, o número de funcionários diminuiu de 42 mil para 36 mil no ano passado. “Eliminaremos empregos ‘commodities’. É um desafio, mas a empresa precisa evoluir, e o avanço tecnológico pode levar à redução do número de funcionários”, Marco Tripi.
          Em abril de 2024, a Almaviva adquiriu 51% da Magna Sistemas, empresa brasileira de software e serviços de tecnologia, por R$ 340 milhões. Com a aquisição, a Almaviva busca expandir seu negócio de transformação digital com foco em serviços públicos no Brasil.
          A aquisição do restante do capital da Magna, que passou a se chamar Almaviva Solutions, está nos planos do grupo para os próximos cinco anos, o que elevaria o preço de compra para R$ 800 milhões, disse Tripi. “Passamos cerca de dois anos avaliando empresas de tecnologia no Brasil, e a equipe de gestão da empresa nos conduziu à decisão [de fechar o negócio]. Precisamos de gestores de alto escalão”, disse Tripi, que veio a São Paulo para formalizar a transação.
A aquisição da Magna foi finalizada pela Brita S.A. A empresa brasileira é 90% detida pela Almaviva e 10% pela italiana Simest, que apoia negócios no exterior. A Simest é controlada pelo banco de desenvolvimento italiano Cassa Depositi e Prestiti (CDP).
          Os 49% restantes de participação na Magna Sistemas,  permanecem com os sócios fundadores. Adriano Dias, sócio fundador e presidente executivo da Magna, continuará à frente da Almaviva Solutions. A previsão é de que seus 1.200 funcionários sejam integrados à subsidiária brasileira da AlmaViva até agosto.
          Os clientes da Magna Sistemas incluem a Divisão de Tecnologia da Informação do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIPOL) de São Paulo e a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (ARTESP).
          Do lado da evolução tecnológica, segundo o executivo, o compromisso de 15 anos da empresa com a inteligência artificial vem dando frutos. No ano passado, a Almawave, empresa focada em projetos de IA, reportou receitas líquidas de 57,5 milhões de euros, um aumento de 20% em relação a 2022.
          Em 2023, 75% da receita global da Almaviva veio de projetos de digitalização, especialmente em setores como saneamento e transporte público. Os call centers responderam por 25% do resultado. As receitas totalizaram 1,2 bilhões de euros em 2023. No Brasil, a receita líquida foi de R$ 1,61 bilhão.
          No Brasil, a proporção é invertida. A maior parte da receita vem de serviços de gerenciamento de clientes e faturamento. Mas o plano é que outros serviços tecnológicos, especialmente para empresas do sector público, respondam pela maior parte das receitas nos próximos anos.
(Fonte: jornal Valor - 11.04.2024)

10 de abr. de 2024

Ibitu Energia

          A empresa de energia renovável Ibitu Energia é controlada pela gestora de ativos norte-
americana Castlelake.
          A Ibitu possui ativos eólicos e hidrelétricos no Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Santa Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais, totalizando mais de 800 megawatts de capacidade instalada. Além disso, 
possui um pipeline de projetos eólicos, solares e híbridos totalizando 1,2 GW.
          Em setembro de 2023, a empresa vendeu duas usinas solares na Bahia por aproximadamente R$ 350 milhões para a Atiaia Renováveis, empresa de energia do grupo Cornélio Brennand, com sede em Pernambuco, como parte de seus esforços de captação de capital.
          Nos últimos meses de 2023 e início de 2024, a Ibitu tem se concentrado em restaurar o
desempenho dos seus ativos operacionais.
          Em abril de 2024, a Ibitu voltou a colocar à venda os seus ativos de geração de energia, apurou o jornal Valor. A empresa deverá arrecadar entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões por meio do potencial negócio, que abrange projetos operacionais e também aqueles que ainda estão em andamento, dizem as fontes.
          O BTG Pactual foi incumbido de assessorar o negócio. Esta não é a primeira vez que a empresa explora o mercado em busca de comprador para suas fábricas. Em 2021, os ativos foram disponibilizados, mas as negociações não avançaram devido a questões operacionais com os 
empreendimentos previstos para venda.
(Fonte: jornal Valor - 10.04.2024)