Em junho de 2024 a Petro-Victory e a também petrolífera e brasileira Azevedo & Travassos firmaram parceria para estudar e explorar petróleo no campo de Andorinha e no bloco POT-281, ambos localizados na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.
As duas empresas pretendem unir forças para realizar estudos sísmicos e geológicos avançados, começar a produzir barris de petróleo para avaliar os campos e depois submeter um plano de desenvolvimento de ativos à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A parceria é uma negociação conhecida na indústria de petróleo e gás como farm-in e farm-out, ou acordos que envolvem a transferência de participação em concessões ou acordos de exploração e produção de petróleo e gás entre empresas. A Petro-Victory detém direito de exploração concedido pela ANP. Porém, ao final do processo, a Azevedo & Travassos terá a opção de adquirir parcial ou totalmente os campos, seguindo seu plano de crescimento inorgânico para 2024.
“Desde que a Azevedo & Travassos voltou a buscar oportunidades de investimento na indústria de petróleo e gás, a Petro-Victory se destacou. Não é uma empresa com áreas maduras; em vez disso, seu portfólio é composto por campos exploratórios”, disse Gabriel Freire, presidente da Azevedo & Travassos.
Como parte do plano de crescimento da Petro-Victory, a empresa tem se concentrado na exploração de hidrocarbonetos em campos terrestres na Bacia Potiguar e em blocos que estão em fase inicial de produção, em vez de entrar em ativos maduros como fizeram outras petrolíferas juniores. Essas empresas adotaram o modelo de revitalização de áreas que pertenciam à Petrobras.
“Temos um comitê operacional e as decisões serão tomadas em conjunto. Estamos no Brasil há oito anos e, para atuar nessas áreas, foi fundamental ter um parceiro com experiência na bacia Potiguar”, disse Gonzalez.
A abordagem das empresas insere-se no processo de consolidação do mercado de petrolíferas independentes. Como o setor de petróleo e gás exige reposição constante de reservas e a nova gestão da Petrobras interrompeu o desinvestimento de ativos, as empresas começaram a estudar fusões, aquisições e parcerias.
(Fonte: jornal Valor - 25.06.2024)