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16 de jun. de 2024

Gatos de Rua Café

          Igor Ribeiro Vasconcelos começou seu negócio vendendo empadas e café com a família em uma pequena barraca nas ruas de Goiânia. A guinada aconteceu quando ele decidiu usar o dinheiro de um empréstimo para montar um quiosque. Filho de uma entusiasta na cozinha, Vasconcelos se formou em 
gastronomia.
          Compartilhando da mesma paixão, a sua irmã Luana Ribeiro Costa fez um curso de barista em São Paulo. Quando voltou para Goiânia, em outubro de 2018, propôs o empreendimento. A família topou e, sem dinheiro para uma operação em loja, começou do jeito que podia. Eles investiram R$ 1 mil para comprar os materiais necessários para montar a barraca e complementaram com o que já tinham em casa. “Manter a cafeteria, equipamentos, era muito caro para nós. Esse período serviu para avaliar o negócio, planejar o atendimento”, diz Vasconcelos.
          Eles tiveram de encerrar a atuação presencial na pandemia de coronavírus, em março de 2020. 
Continuaram vendendo os produtos por delivery.
          Em outubro de 2021, Vasconcelos conseguiu condições especiais para um empréstimo de R$ 12 mil com um programa do governo estadual que visava incentivar a permanência e a criação de negócios após a pandemia. Com mais cerca de R$ 5 mil de capital próprio acumulado durante as vendas na rua, alugou um quiosque. “Nesse novo lugar, começamos a implementar a identidade visual, que já estava pronta. Levamos o nosso público da barraquinha para o novo Gatos de Rua Café, que passou a lidar 
com cafés especiais”, conta.
          Em julho de 2024, uma segunda unidade e a fábrica da marca devem ser inauguradas. Os sócios são Vasconcelos e a irmã; a mãe ajuda com algumas necessidades da cozinha e cedeu a receita exclusiva da sua empada para a empresa. ‘PIT DOG’. O Gatos de Rua Café se denomina um fast food de café em “pit dog”. “Pit dog” é como são chamados popularmente os quiosques de rua em Goiânia. 
“Usamos o nome para valorizar o nosso Estado”, explica Vasconcelos.
          Os sócios caracterizam o modelo como um fast food pela agilidade nos atendimentos. O goiano garante que as bebidas são servidas em menos de dois minutos. Com os alimentos, três mesas são servidas em cerca de cinco minutos. O negócio tem um manual próprio de atendimento, e os funcionários são treinados para servir com rapidez. “Tem uma quantidade certa de pessoas, gestos corporais, a maneira como pega as coisas, a distribuição dos materiais para a facilidade de acesso”, diz. As regras, diz, foram construídas com base na observação de redes de fast food, como McDonald’s, Subway e Starbucks: “Além disso, estar na rua com um quiosque torna o acesso ainda mais rápido, 
porque os clientes não precisam entrar no local”.
          Com receitas exclusivas feitas pela irmã, o negócio leva métodos de mixologia da Coreia do Sul, da Itália e dos EUA para a rua. O cardápio de bebidas oferece mais de 60 opções de sabores, cerca de 30 quentes e 30 geladas, feitas à base de café e/ou leite. “Para cada versão quente, tem a gelada”, diz Vasconcelos.
          Hoje, o Gatos de Rua Café funciona como um fast food de cafés especiais, que oferece 60 combinações de sabores diferentes e prevê faturar R$ 507 mil até o fim de 2024. O negócio faturou R$ 240 mil até o fim de 2023.
(Fonte: Estadão - 16.06.2024)

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