A Agrodan se tornou um dos maiores exportadores de manga do Brasil e envia 97% da sua produção para a Europa,
Segundo Paulo Dantas, CEO da Agrodan, a conquista de uma posição no mercado europeu no início da década de 1990 foi um golpe de sorte. As vendas iniciais ocorreram depois que a Agrodan se conectou com um exportador francês que já exportava inhame para o continente. Com o que na época considerou uma dívida “impagável”, resultante do financiamento para início do plantio, Dantas viu a exportação como uma tábua de salvação, quitando a dívida em dois anos. “Nunca imaginei que exportaria”, disse ele.
Porém, em 2022, as mudanças globais alertaram a empresa para a necessidade de depender menos das exportações. O aumento dos custos dos insumos, o frete marítimo, as dificuldades na obtenção de contêineres refrigerados e as taxas de câmbio instáveis resultaram em lucro zero para a Agrodan, disse Dantas. “Foi uma combinação perigosa. Hoje acho que devemos produzir para o mercado interno e só exportar se for viável”, acrescentou.
A empresa passou então a investir 20% da sua receita para conquistar um mercado com 10 vezes o consumo europeu e um vasto potencial de expansão: o Brasil.
Entre os principais desafios está convencer o consumidor brasileiro a pagar um pouco mais pela fruta. As variedades palmer e tommy, também produzidas pela Agrodan, hoje dominam o mercado nacional. A estratégia da empresa, no entanto, tem sido concentrar-se nas variedades kent e keitt, desenvolvidas por investigadores americanos no final da década de 1930 e início da década de 1940. Conhecidas pelo baixo teor de fibras, essas variedades permitiram ao empresário do Vale do São Francisco comercializá-las como mangas próprias para comer com colher.
Em São Paulo – primeiro alvo da nova estratégia da empresa – a fruta tem sido apresentada aos consumidores por meio de eventos de degustação em redes varejistas que comercializam produtos Agrodan.
“Cada pessoa no Brasil consome cerca de 6 quilos de manga por ano. Isso é aproximadamente uma manga por mês. "É necessário incentivar o consumo de manga no Brasil e podemos crescer significativamente aqui”, disse Dantas.
Considerando números de meados de 2024, a Agrodan produz 30 mil toneladas de manga anuais.
Produz a manga Keitt, própria para comer de colher, e a manga Tommy Atkins
(Fontre: jornal Valor - 20.06.2024)
A empresa passou então a investir 20% da sua receita para conquistar um mercado com 10 vezes o consumo europeu e um vasto potencial de expansão: o Brasil.
Entre os principais desafios está convencer o consumidor brasileiro a pagar um pouco mais pela fruta. As variedades palmer e tommy, também produzidas pela Agrodan, hoje dominam o mercado nacional. A estratégia da empresa, no entanto, tem sido concentrar-se nas variedades kent e keitt, desenvolvidas por investigadores americanos no final da década de 1930 e início da década de 1940. Conhecidas pelo baixo teor de fibras, essas variedades permitiram ao empresário do Vale do São Francisco comercializá-las como mangas próprias para comer com colher.
Em São Paulo – primeiro alvo da nova estratégia da empresa – a fruta tem sido apresentada aos consumidores por meio de eventos de degustação em redes varejistas que comercializam produtos Agrodan.
“Cada pessoa no Brasil consome cerca de 6 quilos de manga por ano. Isso é aproximadamente uma manga por mês. "É necessário incentivar o consumo de manga no Brasil e podemos crescer significativamente aqui”, disse Dantas.
Considerando números de meados de 2024, a Agrodan produz 30 mil toneladas de manga anuais.
Produz a manga Keitt, própria para comer de colher, e a manga Tommy Atkins
(Fontre: jornal Valor - 20.06.2024)
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