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16 de ago. de 2024

Ulta Beauty

          A rede Ulta Beauty opera centenas de lojas de cosméticos.
          A Ulta Beauty concorre com a gigante Sephora, que faz parte do grupo francês LVMH, na estratégia de “loja dentro da loja”. A Sephora tem aberto postos dentro de lojas Kohl’s, enquanto a Ulta tem feito parcerias com a Target. 
          Em 14 de agosto de 2024, a empresa do megainvestidor Warren Buffett, a Berkshire Hathaway anunciou que comprou uma participação de cerca de US$ 260 milhões na Ulta Beauty. O comunicado foi feito em documento regulatório enviado à CVM americana, a SEC. Como consequência, as ações da Ulta disparam 12,44% no dia seguinte.
(Fonte: Valor - 16.08.2024)

15 de ago. de 2024

Reddit

          Diferentemente de uma recente safra de startups que se concentram inteiramente em inteligência artificial, o Reddit, fundado em 2005, é um retrocesso a uma era anterior da mídia social. Foi fundado por Steve Huffman e outros e tem sede em São Francisco, na Califórnia. Reddit funciona como um grande fórum on-line, que é dividido entre diversas comunidades, chamadas de subreddits.
          Durante uma crise em 2015, o Reddit pediu a Steve Huffman, que retornasse à companhia para administrar a plataforma de mídia social. Huffman, que trabalhava em um site de viagens, não parecia ansioso para voltar, afinal o Reddit era uma dor de cabeça, com presidentes entrando e saindo a todo momento. A propriedade do Reddit também era complicada, e sua tecnologia estava ficando para trás. “Corri para o prédio em chamas”, disse Huffman em um podcast de 2017 descrevendo seu retorno.                  Em março de 2024, o Reddit estava pronto para entrar no mercado de ações em uma das primeiras ofertas públicas iniciais de tecnologia do ano. Seu movimento se destaca. A companhia também está tentando abrir o capital em um momento em que os investidores estão céticos em relação às ofertas de tecnologia. Depois de ser pioneira na mídia social, a empresa estagnou por anos. Enfrentou dúvidas e controvérsias por sua postura em relação à liberdade de expressão. Teve dificuldades para construir um negócio viável e era resistente à publicidade.
          Após o retorno de Huffman, as receitas da empresa aumentaram de US$ 12 milhões (cerca de R$ 60 milhões) para mais de US$ 800 milhões (R$ 4 bilhões) por ano e de 80 para 2 mil funcionários. Mas Huffman continuou encontrando obstáculos. Em junho de 2024, quando ele aumentou as taxas para desenvolvedores independentes que usavam os dados do Reddit, muitos moderadores do site se revoltaram, fechando seções da plataforma. “O Reddit conseguiu sobreviver, quase apesar de si mesmo”, disse Ellen Pao, ex-CEO do Reddit que dirige o Project Include, uma organização sem fins lucrativos no Vale do Silício voltada para a diversidade.
          No início de maio de 2024, quando o Reddit iniciou uma exposição itinerante para atrair investidores em potencial, os obstáculos enfrentados ficaram evidentes. A empresa disse que seu objetivo era levantar até US$ 748 milhões (R$ 3,7 bilhões) em sua oferta, vendendo cerca de 22 milhões de ações de US$ 31 (R$ 155) a US$ 34 (R$ 170) cada, de acordo com um registro. Isso colocaria sua avaliação em cerca de US$ 6,4 bilhões (R$ 31,9 bilhões), abaixo da avaliação de US$ 10 bilhões (R$ 49,9 bilhões) que obteve em 2021, durante rodada privada de financiamento.
          Mas o que mais se destaca é o fato de o Reddit ter conseguido abrir o capital. O ceticismo em relação à IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) foi demonstrado em uma conhecida comunidade do Reddit chamada WallStreetBets, um fórum onde as pessoas discutem ações e negociações e que ajudou a alimentar o aumento das “ações meme”. Houve quem dissesse que o Reddit não havia provado que poderia ganhar dinheiro com seus usuários ou com seus dados. Outros disseram que os mercados públicos estavam ávidos por ofertas de tecnologia como o Reddit. “Parece que há muita demanda”, disse Barrett Daniels, colíder de serviços de IPO dos EUA na Deloitte. “A relutância aqui é ser a cobaia.”
          O Reddit é uma reminiscência dos antigos fóruns online. Com mais de 73 milhões de usuários diários, ele é composto em textos divididos por diferentes tópicos de interesse, chamados de “subreddits”. Milhares de moderadores voluntários supervisionam os subreddits. “O Reddit é um daqueles raros lugares na internet onde você encontra interesses de nicho e interesses amplos, tudo no mesmo lugar”, disse Alfred Lin, sócio da Sequoia Capital, uma empresa de capital de risco que investiu na empresa.
(Fonte: NY Times / Estadão 18.03.2024)

14 de ago. de 2024

Brasil Paralelo

          A Brasil Paralelo nasceu com três jovens que buscavam um futuro melhor para seu país. Em uma pequena sala, pouco dinheiro e um grande propósito, reuniram-se em Porto Alegre, a capital gaúcha e tomaram uma decisão: investir na transformação cultural dos brasileiros.
          A equipe explica que não tinham dinheiro ou apoiadores. Escutaram muito as frases “o brasileiro não liga para história”, “isso não tem como dar certo”.
          Com aproximadamente R$ 13.000,00 e alguns empréstimos no banco, iniciaram a empreitada e lançaram gratuitamente a primeira série, o Congresso Brasil Paralelo.
          Ao decidir unir entretenimento com educação, criaram um produto que quebra paradigmas. Com uma boa forma de contar histórias e ensinar, começaram a tentar transformar a cultura do Brasil.
          Segundo os fundadores, um dos maiores feedback de quem assiste às produções originais é: “A Brasil Paralelo mudou a minha vida”/
          A Brasil Paralelo é uma mídia 100% independente e, sendo assim, não aceitam nenhum centavo de dinheiro público.
          A sua independência é assegurada por milhares de pessoas que, ao acreditar em seus valores, decidem virar membros e financiar essa transformação cultural.
          Ao longo de sua história já produziram mais de 100 produções originais, diversos cursos e adquiriram um catálogo de filmes internacionais com sua curadoria. Tudo isso com apenas uma fonte de renda: a venda de assinaturas.
          Segundo a equipe, sua orientação é sempre a verdade histórica, ancorada na realidade dos fatos.
Deixam claro também que só conseguem desenvolver o seu trabalho desta maneira, pois têm total domínio sobre o seu editorial. E isso só é possível por conta da independência financeira.
          Resgatar os bons valores no coração de todos os brasileiros, segundo a Brasil Paralelo, é algo ambicioso e necessário para o país e para o futuro das próximas gerações.
(Fonte: anúncio da Brasil Paralelo, com texto adaptado)



13 de ago. de 2024

Traive

          A Traive é uma agfintech que conecta fundos de investimento com grupos de distribuição de insumos agrícolas. A agfintech tem como cofundador Fabricio Pezente, atual CEO.
          A empresa mantém a estratégia de avançar com as grandes revendas de insumos e cooperativas. A ideia é alcançar cem grupos até o fim do ano de 2024, ante 60 atuais (agosto de 2024). Outra aposta para conectar o mercado financeiro à cadeia agro é um marketplace de crédito, previsto para outubro.
          Após iniciar operação no México, a Traive quer entrar na Colômbia, no Chile e na Argentina. E não descarta novas rodadas de investimento para reforçar os planos de expansão. “Mantemos no radar, mas não está no foco no curto prazo”, diz Pezente. O aporte mais recente, de US$ 20 milhões, foi liderado pelo Banco do Brasil.
          A Traive espera intermediar US$ 3 bilhões até o fim de 2024 e alcançar US$ 5 bilhões em 2025.
(Fonte: Estadão - 12.08.2024)

12 de ago. de 2024

Bucherer

           A Bucherer é uma varejista multimarcas internacional de relógios e joias, com lojas na Suíça, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França, Dinamarca e Áustria. A rede tem passado por um grande processo de expansão no mercado dos EUA, que inclui a recente reabertura do TimeDome, em Las Vegas, a maior loja de varejo de relógios da América do Norte. A empresa familiar está em sua terceira geração e é liderada por Jörg Bucherer, que ocupa presidência da empresa.
          Em 24 de agosto de 2023, a Rolex anuncia a compra a Bucherer, uma das maiores varejistas de relógios do mundo. Apesar da aquisição, a Bucherer continuará a operar como uma empresa independente e seguirá com o mesmo nome, informou a Rolex.
          São dois nomes históricos da indústria relojoeira que se tornaram parceiros. A decisão de comprar a Bucherer, segundo a Rolex, foi tomada depois que Jörg Bucherer, presidente da varejista e líder da terceira geração da empresa familiar, estava considerando vender a empresa devido à ausência de descendentes diretos. “Essa medida reflete o desejo da marca com sede em Genebra de perpetuar o sucesso da Bucherer e preservar os estreitos laços de parceria que ligam ambas as empresas desde 1924”, afirmou a Rolex no comunicado.
          Alexander Linz, do WatchAdvisor, um canal no YouTube especializado sobre relógios e a indústria, afirma que a aquisição provavelmente permitirá à Rolex vender seus relógios mais procurados exclusivamente nas lojas Bucherer — apesar de a empresa ter declarado que o relacionamento com os demais varejistas de sua rede de vendas não vai mudar.
          Linz afirma que Jean-Frédéric Dufour, CEO da Rolex, “é um dos gestores mais brilhantes do setor” e que a aquisição é uma grande vitória para a marca de relógios.
          A Rolex, em comunicado, afirma que a equipe administrativa da Bucherer permanecerá inalterada: “O grupo Rolex está convencido de que esta aquisição é a melhor solução não só para as suas próprias marcas, mas também para todas as marcas parceiras de relógios e joias, bem como para todos os funcionários do grupo Bucherer”.
          A Bucherer possui mais de 100 pontos de venda em todo o mundo, dos quais 53 distribuem a marca Rolex e 48 distribuem a marca Tudor, empresa irmã da Rolex.
(Fonte: Forbes - 24.08.2023)

10 de ago. de 2024

John Deere

          A John Deere é empresa norte-americana de máquinas e equipamentos agrícolas.
          A empresa anunciou, em 30 de novembro de 2023, que investirá R$ 180 milhões na construção de um novo centro de desenvolvimento tecnológico. A instalação ficará localizada em Indaiatuba, no estado de São Paulo.
          Segundo a empresa, será o primeiro do tipo a ser instalado em área tropical no mundo. Espera-se que o centro reduza o tempo necessário para lançar novos produtos no mercado em cerca de 40%.  O investimento de R$ 180 milhões inclui instalações com escritórios para mais de 150 funcionários, laboratórios hidráulicos e estruturais, oficina para montagem e testes de equipamentos agrícolas de todos os portes e pista de testes para operação de veículos e implementos .
          Indaiatuba foi escolhida para o projeto pela proximidade com o escritório brasileiro da John Deere e com outros centros de pesquisa e universidades com os quais a empresa mantém parceria. Isto deverá facilitar o recrutamento de especialistas em tecnologia.
          A nova instalação, a 12ª da empresa no Brasil, deverá estar operacional até novembro de 2024. “O centro permitirá o desenvolvimento de tecnologias e soluções locais para as variáveis e desafios enfrentados pelos produtores no Brasil e na América Latina”, disse Antonio Carrère, CEO da John Deere Brasil.
          Em meados de abril de 2024, Marcelo Lopes, diretor de vendas do país, conta que “centenas de milhões de dólares” estão sendo aplicados desde 2023 na construção do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia em Indaiatuba (SP), na expansão do centro de distribuição de peças de Campinas (SP) e na ampliação e modernização das fábricas de Catalão (GO), Horizontina (RS), Monte Negro (RS) e Canoas (RS). O projeto inclui parcerias com a SpaceX para fornecimento de conectividade via satélite, utilizando a rede Starlink, e com a Claro e a startup SOL, para cobertura de internet.
          Anunciou também que investirá mais de R$ 700 milhões na ampliação da infraestrutura de sua fábrica de máquinas agrícolas em Catalão, no estado de Goiás. A empresa fabrica colhedoras e pulverizadores de cana na unidade.
          A ampliação vai agregar mais de 20 mil metros quadrados à fábrica, que atualmente conta com 69 mil metros quadrados, disse Edison Drescher, diretor da fábrica, em comunicado. Segundo a empresa, o projeto de expansão criará 400 novos empregos em 60 meses. Desse total, 100 serão empregos diretos e 300 serão indiretos.
          Com o investimento, a John Deere também trará ao Brasil a produção de sua ferramenta de pulverização inteligente. O sistema usa visão computacional, inteligência artificial e aprendizado de máquina para identificar ervas daninhas nas lavouras e aplicar herbicidas na quantidade exata.
          De olho na expansão do setor agropecuário, o Bradesco anunciou, em 9 de agosto de 2024,  acordo para comprar 50% do Banco John Deere. A instituição pertence à empresa John Deere Brasil S.A., uma subsidiária da americana Deere & Company, gigante global do setor de equipamentos agrícolas. O valor do investimento não foi informado.
(Fonte: Valor - 04.12.2023 / Estadão - 15.04.2024 /10.08.2024 - partes)

8 de ago. de 2024

SideWalk

          A marca de calçados e roupas SideWalk foi fundada em 1982 por Luis Gelpi, Eduardo Rizk e Tinho Azambuja, que se propuseram a criar um estilo de moda inédito voltado ao público jovem. A primeira loja da marca foi inaugurada na Rua Melo Alves, nos Jardins, em São Paulo. Em pouco tempo, os calçados da SideWalk, embalados em saquinhos de tecido, conquistaram o público, seguidos pelas camisas polo, que se tornaram um sucesso de vendas. O grupo SideWalk é composto pelas companhias Canroo e Mult-Side.
          No início de agosto de 2024, a SideWalk apresentou pedido de recuperação judicial para fazer frente a dívidas estimadas em R$ 25,5 milhões. Segundo o grupo, a pandemia da covid-19, os altos preços dos aluguéis cobrados pelos shoppings e as mudanças climáticas foram os principais fatores que levaram à crise da rede, cujas maiores coleções são voltadas à moda de inverno.
          No momento da solicitação re recuperação judicial, a SideWalk possui 42 lojas em todo o Brasil, incluindo 17 em São Paulo e 3 outlets. Embora o pedido de recuperação judicial afete algumas dessas lojas, as franquias não estão inclusas no pedido e continuam operando normalmente. No momento, a empresa solicitou à Justiça a proteção antecipada contra credores e a manutenção de serviços essenciais como internet, energia elétrica, água e telefone, até que o juiz Adler Batista Oliveira Nobre analise o pedido.         
          Entre os fornecedores com quem a empresa tem débitos em aberto, o grupo cita Claro, Telefônica Brasil (dona da Vivo), America Net, Vogel, Terra, Telesp, Eletropaulo e Linx.
(Fonte: InfoMoney - 08.08.2024 / O Antagonista - 09.08.2024 - partes)
Loja da SideWalk no Shopping Vila Olímpia (Foto: Shopping Vila Olímpia)
Loja da SideWalk no Shopping Vila Olímpia (Foto: Shopping Vila Olímpia)

6 de ago. de 2024

SMZTO

          Foi ainda menino, aos 12 anos, que ele começou a sair de bicicleta pelas ruas de Lins, no interior paulista, vendendo coxinhas feitas pela mãe. Com o dinheiro, pagou um curso de computação – que lhe 
valeu o primeiro emprego, aos 15 anos. E, aos 23, já havia fundado uma escola de computação.
          Na outra ponta dessa história, José Carlos Semenzato passou essa empresa adiante quando ela já controlava 750 escolas frequentadas por 500 mil alunos em 500 cidades do país.
          E o que a sucedeu foi a SMZTO Holding de Franquias Setoriais. “Ao comprar uma franquia, em vez de abrir uma empresa, o investidor reduz em mais de 50% o risco de quebrar o negócio”, resume o executivo, para quem “o franchising é hoje um setor maduro no mundo todo”. “No Brasil, ele cresce 
25% ao ano e tem muitas marcas grandes como Boticário, Bobs.”
          Semenzato revela: “Nosso foco é o Brasil. Quero comprar umas oito empresas nos próximos 5 anos, o que vale dizer que vamos chegar a um total de 10 mil franquias”. Segundo o empresário, o franchising é um setor já maduro no mundo todo, em especial nos EUA e na Índia. No Brasil, ele se expandiu nos últimos 30 anos. Gerou sucessos como as marcas O Boticário e Bobs, e vive um processo de consolidação. Mas existem bons e maus operadores. Franqueadores que trabalham com governança e ética, dando bom suporte aos franqueados, vendem de fato um bom know-how.
          O executivo diz que pode afirmar com segurança que, ao comprar uma franquia, o investidor reduz em mais de 50% o risco de quebra do negócio. Exemplo prático: vou investir R$ 500 mil para abrir minha própria padaria. Há vários riscos: a escolha de um ponto errado, comprar os equipamentos inadequados, as chances de erro e de fechar no primeiro ano são grandes. Mas se você opta por abrir uma franquia, reduz esse risco. Eu costumo dar uma garantia de 75% de sucesso, os outros 25% 
dependem do compromisso e empenho do franqueado na loja.
          Há, entretanto, os que têm um negócio ainda em fase experimental e já tentam licenciar franquias. Se você está franqueando algo não testado, está replicando algo que pode dar errado. E quais os truques para a franquia dar certo? Primeiro, escolher uma marca que já tenha entre 20 e 30 franquias com pelo menos dois anos de operação. Significa que essa marca já passou por erros e ajustes, já tem certa maturidade. Também é bom contatar outros franqueados para ter um raio X completo do negócio. Eu analiso a escala daquele negócio, seu potencial de crescimento. E convém avaliar a liquidez, para 
saber se poderei vender a um terceiro.
          Semenzato não entra como controlador da franquia. Ele ntra como sócio minoritário com direito a vetos importantes, em decisões estratégicas. Tem aproximadamente 50 sócios hoje (início de 2024). Segundo ele, respeita e é respeitado por eles. Seu nível de briga judicial é zero. Normalmente, assume a parte financeira ou nomeia um CFO para a empresa. São estratégias nas quais ele não preciso controlar.           Os valores em jogo nessas compras são a partir de R$ 50 mil, para uma microfranquia. A Associação Brasileira de Franchising tem um portfólio extenso de microfranquias com investimentos abaixo de R$ 90 mil. Acima disso, já são chamadas de franquias. Os investimentos do portfólio da 
SMZTO vão de R$ 90 mil a R$ 1,5 milhão. Um restaurante pode chegar a esse valor.
          O foco da SMZTO é o Brasil. A holding quer comprar sete a oito empresas nos próximos cinco anos, o que equivale a dizer que chegaria a 10 mil franquias até lá. No início de 2021, a empresa comprou uma participação na Oral Sin, uma companhia especializada em implantes. Na época, eram cento e poucas clínicas; hoje, são 500 em operação no Brasil. Ela cresceu 20 vezes nesse período em termos de faturamento. A última aquisição do grupo foi na área de harmonização facial, a Royal Face. 
Eram 250 clínicas, um negócio já grande. A meta é chegar a 700 clínicas em quatro anos.
          A holding destaca que tem uma preocupação muito grande com a questão ambiental. Com o Peça Rara, um brechó, colocam mais de 3 milhões de roupas e acessórios de segunda mão de volta no mercado. Uma economia absurda no meio ambiente. Uma outra, a Oakberry Açaí, está transformando a vida dos ribeirinhos na Amazônia. Nós incentivamos e homologamos essas cooperativas – e essas pessoas estão compreendendo que a floresta viva vale mais do que se for derrubada. Com a HCC – Energia Solar, que é uma das investidas do grupo, é gerada energia para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes. E isso equivale à retirada de 25 mil toneladas por ano de CO2 por ano.
          A SMZTO Holding é hoje é um dos maiores grupos desse setor no país, vendendo marcas e representações de outras empresas – o franchising. Em 2020, a SMZTO faturou R$ 3,3 bilhões.
(Fonte: Estadão - Sonia Racy - 24.01.2024)

5 de ago. de 2024

Fulwood

          A empresa de galpões logísticos brasileira Fulwood foi fundada pelo empresário Gilson Schilis, que ocupa o cargo de presidente.
          Nos últimos anos, o crescimento da Fulwood se deu em parceria com a gestora de recursos Vinci Partners. Pouco antes de meados de 2021, as empresas se uniram em um plano de investimentos conjuntos de R$ 1 bilhão para desenvolver galpões em São Paulo e Minas Gerais. Desde então, as entregas da parceria somaram 395 mil metros quadrados.
          Então já como uma das maiores empresas de galpões logísticos do Brasil, a empresa começou o ano de 2024 em rota de crescimento, otimista com as perspectivas do setor. A companhia inaugurou, no início de 2024, seu 18.º empreendimento. Trata-se de um galpão de 44 mil metros quadrados, equivalente a seis campos de futebol, na cidade de Betim, em Minas Gerais. Havia conversas em andamento com empresas de varejo, farmacêutica, alimentos e bebidas, autopeças, entre outras. Em seguida, a ideia é erguer mais 68 mil m² no polo de Betim até 2025, com investimento total de R$ 170 milhões
          Estão previstas ainda as entregas de um galpão de 55 mil metros quadrados em Guarulhos (SP) em outubro de 2024, e outro de 42 mil metros quadrados, em Extrema (MG), em março de 2025. O portfólio deve crescer de 850 mil para cerca de 1 milhão de metros quadrados de área bruta locável (ABL) até março de 2026. A GLP, maior do segmento no País, soma 4 milhões de metros quadrados de ABL, considerando números de março de 2024..
          Schilis diz acreditar que o mercado ainda tem muitas oportunidades, mesmo depois do ciclo de crescimento dos últimos anos. Um ponto importante é a melhora da economia. “A demanda por galpões segue forte, e prevemos que continuará crescendo por, pelo menos, mais dois anos. O aquecimento aumenta à medida que a taxa de juros cai”, afirma
          Outro ponto é que o comércio eletrônico ainda está se expandindo, puxado por setores que estão dando os primeiros passos nas vendas online, como farmácias, alimentos, autopeças e materiais de construção. Por fim, há necessidade de condomínios logísticos fora de São Paulo, onde há concentração desses ativos.
          Atualmente (março de 2024), 94% dos imóveis da Fulwood estão ocupados, e ela tem terrenos já negociados onde poderiam ser construídos mais 600 mil metros quadrados de galpões. As áreas estão em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Para acelerar o crescimento, a ideia é fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão, assim que houver 
apetite de investidores.
          A Fulwood tentou IPO em 2021, mas recuou diante da piora do mercado na época. Desde então, segue trabalhando como uma companhia aberta, contando com conselho de administração com membros independentes e comitês de auditoria e compliance.
(Fonte: Estadão - 13.03.2024)