"Skål", em sueco e em dinamarquês (por onde andavam os Vikings), significa nosso cumprimento "saúde", quando estamos tomando bebida alcoólica. Provavelmente, nessas línguas a pronúncia de "Skål" deve ser bem próxima à nossa pronúncia para "skol". Essa seria um das versões para a origem da marca Skol.
Em 1970, a companhia anglo-holandesa Skol chega ao Brasil para concorrer com as líderes Brahma e Antarctica, que juntas dominavam 80% do mercado de cervejas. A empresa coordenou o lançamento da primeira cerveja em lata do país.
Em 1980, a marca foi comprada pela Companhia Cervejaria Brahma, que tinha sede no Rio de Janeiro.
Era o ano de 1988 quando os banqueiros do Banco Garantia Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira compraram a Brahma.
A Brahma se expandiu exponencialmente mas, pasmem, quem realmente fez a empresa crescer foi a marca Skol, que ultrapassou a Brahma e assumiu a condição de cerveja mais consumida no país. O embrião do crescimento da Skol baseado em inovação surgiu em 1996, quando a Skol foi escolhida pela antiga cervejaria Brahma para atingir o que se considerava um distante mercado potencial: jovens de 18 a 25 anos de idade que se considerassem "descolados" demais para consumir o mesmo produto que os pais.
Em meados de 1999, a Brahma (empresa), se fundiu com a Antarctica formando a AmBev - American Beverage.
No dia 11 de novembro de 1999, a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae), finalmente divulgou o parecer sobre a fusão da AmBev. E o alvoroço foi enorme.
A AmBev tinha discursos prontos para cinco decisões diferentes da secretaria, entre elas até um parecer totalmente contrário à fusão. Não passou pela cabeça de ninguém que a Seae pudesse falar na venda de uma marca inteira, com todos os seus ativos. Mas foi o que aconteceu.
A sugestão recaiu sobre a Skol. A explicação é que a Skol só tem cervejas, enquanto a Brahma e Antarctica trabalham também com refrigerantes, águas e outras bebidas. Não teria lógica mandar a AmBev se desfazer da cerveja Antarctica e continuar com o guaraná Antarctica.
Lógica é o que mais faltou à Seae na opinião da AmBev. "Se vendermos a Skol, será a primeira vez em que as companhias ficam menores depois de uma fusão", disse Marcel Herrmann Telles. A decisão do Cade ainda estava por vir.
A AmBev teve que vender a marca Bavaria, então com 4,5% do mercado, por imposição do Cade. Teve que vender também alguns outros ativos mas nenhuma outra marca.
Poucos meses depois da fusão, no final de 1999, a Skol era a líder de vendas em cervejas, com 26,8% do mercado de marcas pílsen, o mais disputado. A Antarctica tinha 12,9% do mercado. A Brahma aparecia com 21,3%, a Kaiser possuía 14,5% e a Schincariol, 8,7%.
Em junho de 2018, a AmBev se prepara para lançar mais uma versão da marca Skol, em garrafas de 600 ml. Trata-se da Skol Hops. Em texto captado da empresa extraoficialmente consta: "Skol Hops é uma cerveja puro malte diferente. Sua receita é feita com lúpulo aromático exclusivo que, além de conferir aroma e sabor únicos à cerveja, dá uma sensação muito refrescante a cada gole."
(Fonte: revista Exame - 15.05.2002 / 09.02.2011 - partes)