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2 de mai. de 2024

Copag

          A Copag, empresa que fabrica baralhos e cartas de jogos, produz um dos baralhos mais tradicionais do mundo
          Criada em 1908 pelo imigrante português Albino Gonçalves, a Copag nasceu em São Paulo como uma empresa de papelaria, que importava baralhos para vender no Brasil - na época, o nome adotado ainda era Albino Gonçalves Cia. Importadores.
          O nome mais conhecido - Companhia Paulista de Papeis e Artes Gráficas (Copag) - veio dez anos mais tarde, quando a empresa começou a fabricar seus próprios baralhos para o mercado nacional.
          Foi com a produção no Brasil que a empresa criou uma de suas assinaturas no mercado mundial: o Baralho 139. Feito com acabamento em papel couchê envernizado e naipes portugueses, o conjunto se tornou o mais antigo do país, sendo fabricado desde 1923.
          O sucesso dos baralhos levou a Copag a abrir uma fábrica em Manaus em 1987, após vender a parte de papelaria e gráfica para focar apenas no negócio de jogos.
          Nestor faleceu em 1994. O casal não teve filhos, e Regina tomou a frente nos negócios. A herança herdada do marido era calculada em cerca de 500 milhões de dólares, e incluía imóveis, joias e objetos de arte. A coleção de obras de arte construída ao longo de sua vida seria uma das maiores do País. Parentes relatam quadros de Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti, entre outras.
          Desde 2005, a empresa é controlada pelo grupo Cartamundi, da Bélgica, que adquiriu 50% da empresa na ocasião. Em 2019, a Cartamundi comprou mais 25% de participação da Copag, somando 75% - a companhia é uma das principais fornecedoras de baralhos no mundo, com 8 fábricas e 13 escritórios pelo mundo.
          Nestor Gonçalves, filho do fundador, faleceu em 1994. Sua esposa, Regina Glaura Lemos Gonçalves nasceu na cidade de Passos, no interior de Minas Gerais. Filha de fazendeiros, aprendeu equitação e natação ainda na infância. Depois, mudou-se para o Rio de Janeiro e se casou com Nestor Gonçalves. Fazendeiro e empresário paulista, ele era dono de um conglomerado com atuação em diversos setores. Um dos mais conhecidos era o parque gráfico Copag.
          Ele também atuou na construção civil, no mercado imobiliário e no agronegócio. Estima-se que, ao longo das décadas, as empresas do grupo empregaram mais de 20 mil pessoas apenas no Estado do Rio.
          Nestor faleceu em 1994. O casal não teve filhos, e Regina tomou a frente nos negócios. A herança herdada do marido era calculada em cerca de 500 milhões de dólares, e incluía imóveis, joias e objetos de arte. A coleção de obras de arte construída ao longo de sua vida seria uma das maiores do País. Parentes relatam quadros de Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti, entre outras
          Os imóveis, por sua vez, estão localizados em alguns dos endereços mais cobiçados do Rio, como no icônico Edifício Chopin, que fica ao lado do Copacabana Palace, e mansões em São Conrado, ambos na zona sul do Rio.
          A Copag, ganhou os holofotes nesta semana após denúncia de cárcere privado feita pela socialite bilionária Regina Lemos Gonçalves, de 88 anos, viúva do ex-proprietário da empresa, Nestor Gonçalves.
          No domingo, 28 de abril de 2024, o Fantástico, da TV Globo, exibiu uma entrevista em que Regina afirma ter vivido "em cativeiro, sem contato com ninguém". Ela e familiares acusam o ex-motorista José Marcos Chaves Ribeiro, de 53 anos, de enganar a socialite.
          Em 2021, em meio à pandemia, eles assinaram um contrato de união estável. Regina diz não se lembrar de ter assinado o papel. Ribeiro não foi encontrado pela reportagem do programa da Globo, e os advogados dele não quiseram se pronunciar.
(Fonte: Estadão - 01.05.2024)

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