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30 de nov. de 2020

Vibra Energia (antiga BR Distribuidora)

          A Petrobras Distribuidora, mais conhecida como BR Distribuidora, é uma subsidiária da Petrobras que, desde 1971, atua no segmento de distribuição e comercialização de combustíveis.
          Em 2004, então sob o comando do executivo Rodolfo Landim, a Petrobras Distribuidora comprou os ativos brasileiros da italiana Agip e passou a deter 25% de participação de mercado, ultrapassando pela primeira vez, a parcela que chegou a ter em 1998, quando começou a perder espaço para a informalidade.
          A privatização da BR Distribuidora, em julho de 2019, colocou no caixa da Petrobras pelo menos R$ 8,56 bilhões e deve duplicar a liquidez em bolsa da líder do mercado de combustíveis e lubrificantes. 
          O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, na noite de 24 de novembro de 2020, a venda de ações correspondentes a ao menos 30% do capital da BR Distribuidora. Um dispositivo no acordo pode elevar a venda a 35% do capital da empresa e os valores da operação podem chegar a 9,6 bilhões de reais.
          Com a conclusão do processo, a companhia deixará de ser controlada majoritariamente pela estatal, que teve 100% das ações até 2017, quando comercializou parte da subsidiária ao setor privado pela primeira vez.
          O negócio fechado nesta terça-feira foi precificado a 24,50 reais por ação da BR Distribuidora e rendará ao menos 8,5 bilhões de reais para a Petrobras. O valor se refere a um mínimo de ações estipulado na venda, que garante a comercialização de 30% do capital da companhia, deixando a estatal com 41,5% de participação.
          A venda faz parte do programa de desinvestimentos promovido pela estatal nos últimos anos. De acordo com a Petrobras, a venda de ativos de subsidiárias visa “reduzir o endividamento e focar em negócios com menor risco e maior rentabilidade”.
          A empresa informou, no dia 26 de novembro de 2020, que assinou contrato para comprar 70% de participação na Targus Energia. O negócio foi fechado por R$ 62,1 milhões. O objetivo da BR é atuar no mercado de comercialização de energia elétrica em todo o território nacional. A transação prevê ainda mecanismos de earn-out e opções de compra e venda dos 30% restantes. A companhia pretende oferecer energia elétrica à sua rede de clientes, utilizando sua capilaridade comercial e estrutura financeira, aliados à expertise e capacidade de execução dos sócios da Targus Energia, que permanecerão na operação.
          Na primeira semana de julho de 2021 a Petrobras vendeu suas ações da BR Distribuidora na oferta follow on que marcou a saída definitiva da petroleira do capital da BR. Com a venda dos 37,5% que detinha, a Petrobras arrecadou 11,36 bilhões de reais, ou 2,3 bilhões de dólares.
          Em 19 de agosto de 2021, a BR Distribuidora anunciou que mudou seu nome para Vibra Energia. O movimento ocorre pouco mais de um mês depois de a Petrobras, ex-controladora da empresa, ter zerado sua participação.
          A Vibra Energia adquiriu 50% da Comerc, holding de comercialização e gestão de energia, atravessando a oferta pública de ações da empresa. O valor do negócio foi 3,25 bilhões de reais. A estrutura permite uma injeção rápida de capital na empresa de energia, mas dá espaço para diligências por parte da Vibra. A Comerc tinha estreia na B3 prevista para 13 de outubro de 2021.
          Em 23 de janeiro de 2023, a distribuidora de combustíveis Vibra anunciou que decidiu encerrar a parceria com a Americanas destinada à exploração do negócio de lojas de pequeno varejo, dentro e fora de postos de combustíveis. As duas empresas formaram uma Joint Venture chamada “Vem Conveniência”, com 50% do capital social de cada uma no negócio em fevereiro de 2022. Em nota, a Vibra declarou que a Vem Conveniência poderia sofrer com potenciais impactos da dívida de R$ 43 bilhões da Americanas.
          A Vibra recebeu carta da geradora de energia Eneva, propondo uma fusão entre as duas. Pela proposta apresentada no domingo, 26 de novembro de 2023, as duas teriam participações iguais na nova empresa combinada, operação conhecida como “fusão de iguais”. A ideia da transação foi apresentada pela gestora de recursos Dynamo, que é acionista das duas empresas. A notícia da proposta foi publicada pela primeira vez pelo Brazil Journal.
          A nova empresa teria capitalização de mercado de quase R$ 50 bilhões e se tornaria a terceira maior empresa de energia de capital aberto, atrás apenas da Petrobras e da Eletrobras. A relação de troca proposta de 50% para cada lado está em linha com a média negociada pelas empresas nos últimos seis meses.
          A Dynamo, que tem participação de 10,28% na Vibra e 10,06% na Eneva, viu o mérito da transação, pois a empresa de energia é vista como tendo crescimento relevante, capacidade de investimento comprovada, altos retornos e fluxos de caixa previsíveis. A Vibra, por outro lado, apresenta forte geração de caixa.
          Em 28 de novembro de 2023, a Vibra informou ao mercado que considera “injustificável” a troca de ações indicada na proposta de fusão com a Eneva. Ela afirmou ainda que “está claro que os termos de troca propostos para a proposta de fusão não são atrativos para os acionistas da Vibra”.
(Fonte: revista Exame - 16.03.2005 / relatório Abrasca - 30.11.2020 / Capital Aberto - 04.07.2021 / Valor - 19.08.2021 / 13.10.2021 / CNN - 24.01.2023 / Valor - 27.22.2023 / 29.11.2023  - partes)

Cortel (Grupo Cortel)

          O Grupo Cortel opera cemitérios, crematórios e funerárias. A companhia atua nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Amazonas e conta com dez cemitérios em seu portfólio.
          O grupo também possui cinco crematórios, crematório animal, casa funerária e administra três 
cemitérios nos quais possui participação minoritária.
          A empresa informa que realiza cerca de 4.900 sepultamentos e 5.500 cremações por ano.
          Em 23 de novembro de 2020 a Cortel informou que entrou com pedido de registro na CVM de uma oferta inicial de ações (IPO).
(Fonte: Abrasca Notícias - 30.11.2020)

29 de nov. de 2020

Amanco

          Em 1991, o grupo suíço Amanco entra no mercado brasileiro adquirindo a Fortilit.
          Em 1997, João Hansen Neto, nascido em 1946, vende sua cota de 25% do capital que tinha no Grupo Hansen para o Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Com o dinheiro, compra uma participação na Fortilit, que foi adquirida pelo grupo suíço Amanco em 1991. João Hansen Neto assumira o comando da Hansen, chamado pela viúva Rosane, sua cunhada, após a morte de seu irmão Carlos Roberto Hansen, o então presidente da empresa, em acidente aéreo na Colômbia em abril de 1994. Em 1995, João havia deixado o comado da Hansen após desentendimento com Rosane.
          Em 6 de outubro de 1999, o grupo Amanco anunciou a aquisição do controle da Akros, com sete fábricas, um dos maiores fabricantes de tubos e conexões de pvc do país, por valor não revelado, mas provavelmente superior a US$ 100 milhões. O presidente do Grupo Amanco, o brasileiro Júlio Moura, anunciou a compra e a integração da Akros à Amanco, que já tinha sua maior fábrica no país, em Sumaré, interior de São Paulo.
          Com a incorporação da Akros, o grupo Amanco reforça sua posição de principal concorrente da Tigre.
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992 / 31.08.1994 / Diário do Grande ABC - 06.10.1999 / Exame - 04.04.2001- partes)

27 de nov. de 2020

ARM

          Quem tem o mínimo de curiosidade por tecnologia certamente é capaz de associar os nomes Intel e AMD aos microprocessadores, o cérebro dos computadores. O mesmo, porém, provavelmente não acontece com a ARM, fabricante do chip que faz funcionar um smartphone.
          O berço da britânica ARM é o laboratório de tecnologia da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde foi fundada em 1990.
          A ARM Holdings é uma ilustre desconhecida, apesar de a empresa ser a principal fornecedora de chips para eletrônicos portáteis e registrar 4 bilhões de processadores vendidos em 2008. Eram os chips desenhados pela ARM que mantinham os executivos mundo afora conectados com seus BlackBerrys e 
jogadores de olhos colados às telas de seus PlayStations portáteis.
          Estilizado em letras minúsculas como arm, anteriormente era um acrônimo para Advanced RISC Machines e originalmente Acorn RISC Machine.
          Durante os primeiros 19 anos, a companhia cresceu de forma sólida, mas anônima. Porém, com seus chips de baixo custo e alta eficiência energética, a ARM começou a despertar a atenção de fabricantes de netbooks, os laptops ultraportáteis que revolucionaram a indústria dos computadores. E a Intel começou a prestar atenção no novo concorrente.
          A razão para a tecnologia da ARM estar em tantos produtos diferentes (celulares, MP3 players, videogames, e outros eletrônicos de consumo) é que a companhia se dedica integralmente aos projetos de chips. Diferentemente das empresas tradicionais de microprocessadores, como Intel e AMD, a ARM 
não tem produção, apenas desenvolve seus projetos e os vende aos fabricantes de eletrônicos.
          Como empresa “holding”, também detém ações de outras empresas. Desde 2016, é propriedade do conglomerado japonês SoftBank Group.
          Embora as CPUs ARM tenham aparecido pela primeira vez no Acorn Archimedes, um computador desktop, os sistemas atuais incluem principalmente sistemas embarcados, incluindo CPUs ARM usadas em praticamente todos os smartphones modernos. Processadores baseados em designs licenciados pela Arm, ou projetados por licenciados de uma das arquiteturas de conjunto de instruções ARM, são usados em todas as classes de dispositivos de computação.
          A Arm era listada na Bolsa de Valores de Londres (LSE) e fazia parte do Índice FTSE 100. Também tinha uma listagem secundária de American Depositary Receipts na Nasdaq de Nova York. No entanto, o conglomerado multinacional japonês SoftBank Group fez uma oferta acordada pela Arm em 18 de julho de 2016, sujeita à aprovação dos acionistas da Arm, avaliando a empresa em £ 24,3 bilhões (US$ 31,4 bilhões). A transação foi concluída em 5 de setembro de 2016. Um acordo de aquisição planejado pela Nvidia, anunciado em 2020, fracassou em fevereiro de 2022. Posteriormente, o SoftBank decidiu realizar uma oferta pública inicial na Nasdaq em 2023 (14 de setembro), avaliando a Arm em US$ 54,5 bilhões.
(Fonte: revista Exame - 03.06.2009 / Wikipédia - partes)

26 de nov. de 2020

Uninta

          O Centro Universitário IntaUninta, foi criado no dia 9 de agosto de 1999, primeiramente como Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA, e está situado na cidade de Sobral, no Estado do Ceará. A instituição é mantida pela Associação Igreja Adventista Missionária – AIAMIS, também com sede em Sobral.
          Considerando o Centro Universitário Inta – Uninta como ambiente propício para a operância, investigação, criatividade e busca do novo, o reitor, professor dr. Oscar Spíndola Rodrigues Junior, fez realizar estudos no sentido de diagnosticar a situação da educação na sua região de abrangência.
          Com a constatação da necessidade de criação de novos cursos superiores presenciais, na região, surgiu, em 1999 em Sobral, o Instituto Superior de Teologia Aplicada, que a princípio criou o curso de bacharelado em teologia, como determinação de sua mantenedora para depois dar início a uma série de cursos de graduação que atende estudantes provenientes de 55 municípios da Zona Noroeste do Ceará, com população estimada de 1,8 milhão de habitantes, que expandiria a partir da autorização dos cursos de graduação e pós-graduação.
          Em 2004, juntamente com os professores da Instituição de Ensino Superior - IES, iniciou as atividades de pós-graduação (nas áreas de educação, direito, saúde, informática e MBA) que veio aumentando anualmente, pela procura de estudantes egressos desta e de outras IES, vindo somar diversos cursos de especialização funcionando na sede e fora dela.
          Em 2005 foram submetidos ao MEC os projetos de história, serviço social, medicina veterinária, pedagogia e o Programa Especial de Formação Docente, obtendo-se as respectivas autorizações em 2007 e 2008, quando nesse mesmo ano protocolizaram-se no MEC novos cursos na área da saúde para autorização: enfermagem, fisioterapia e educação física.
          A partir de 2008 a IES iniciou construções ampliando seu campus com laboratórios e salas de aulas climatizadas, com recursos audiovisuais de última geração (data show, computadores em rede), biblioteca, auditório, hospital de grandes animais, ampliação do hospital veterinário (hospital de pequenos animais), estacionamentos e campos de estágios com ampliação dos convênios efetivados.
          O Uninta, após realizar nova pesquisa na região, solicitou autorização ao MEC para iniciar funcionamento, em 2009, os cursos de farmácia e nutrição, com objetivo de atender as necessidades regionais na área da saúde.
          No ano de 2011, foram reconhecidos os cursos de educação física, história, servi ço social e o recredenciamento da IES. E, também em 2011, recebeu a visita do MEC para o credenciamento dos cursos para educação à distância.
          No ano de 2012, foram reconhecidos os cursos de pedagogia, medicina veterinária, fisioterapia, enfermagem. Neste mesmo ano recebeu também as visitas do Ministério da Educação para autorização dos cursos de pedagogia, história e educação física na modalidade à distância, medicina e direito, ambos na modalidade presencial e implantou as clínicas de fisioterapia, psicopedagogia e dando início às atividades de mobilidade internacional (intercâmbio).
          No ano de 2013, o MEC autorizou os cursos de comunicação social com habilitação em jornalismo e arquitetura e urbanismo; o reconhecimento do mestrado de ciências biológicas na área de biotecnologia; e a renovação de reconhecimento do curso de educação física; renovação de reconhecimento do curso de pedagogia. Também iniciou outra mobilidade internacional (Programa Ciências sem Fronteiras).
          No ano de 2014, foi autorizado o curso de medicina e bacharelado em engenharia de produção.
          No ano de 2016, foram autorizados os cursos de bacharelado em psicologia e bacharelado em odontologia.
          O Centro Universitário Inta – Uninta tenta se destacar como uma instituição participativa na comunidade, servindo a população, inclusive estabelecendo parceria com outras instituições de ensino superior no sentido de acolher aulas em nossos laboratórios e possibilitando a utilização de nossa biblioteca e eventos interinstitucionais.
(Fonte: Wikipédia)

25 de nov. de 2020

JC Penney

          A cadeia de lojas de departamentos americana JC Penney recebeu esse nome de seu criador. O nome, aliás, é bom demais para ser verdade: James Cash Penney que, se pudéssemos traduzir, ficaria algo como “James Dinheiro Moedas”. 
          A varejista JC Penney é uma das maiores lojas de departamentos do mundo.
          No final de 1995, nem só a Mesbla estava nos planos da JC Penney para o Brasil. Executivos da empresa  estudavam a compra de uma participação na Casa Anglo Brasileira, holding controladora do Mappin. O negócio seria feito com a Actisa, dona de 51% das ações da holding. Outros acionistas da Casa Anglo Brasileira eram o Bradesco, com 10%, o JP Morgan, com 10,15%, e o grupo VR , dono da Vale Refeição, com 12,45% de participação. As atenções da JC Penney teriam se voltado para o Mappin devido à situação de outra candidata à associação, a Mesbla. A Mesbla esteve na mira da JC Penney, mas as negociações teriam esfriado após o pedido de concordata da empresa. Carlos Rocca, presidente do conselho de administração da Casa Anglo Brasileira, negou a existência de negociações com a JC Penney.
          Em 1998, a JC Penney compra a rede brasileira Lojas Renner, então com 21 lojas. Passaram-se sete anos e a companhia americana (em 2005) resolveu sair do Brasil. Mas, não achou interessados na compra. Foi quando a JC Penney vendeu suas ações de forma pulverizada na Bolsa de Valores de São Paulo, acabando assim, com a figura do controlador. A Renner deixou de ser uma empresa familiar. Hoje, a Renner é uma das poucas empresas brasileiras com o capital pulverizado, no modelo de "corporation", típico dos EUA.
(Fonte: revista Exame - 17.01.1996 / Negócios (Luciana Caczan) - 10.12.2018 - parte)

AES Brasil (Inclui AES Tietê) / AES Corp

          A americana AES Corporation foi criada em 1981.
          Em 1995 foi iniciada a construção da AES Uruguaiana. Dois anos depois, em 1997, a AES Corp adquiriu a AES Sul através de privatização.
          Em maio de 1996, o consórcio vencedor na privatização da Light era formado pelas AES Corporation e Houston Industries Energy Inc., a Eletricitè de France e a Companhia Siderúrgica Nacional. A Light é a distribuidora de energia de parte da cidade do Rio de Janeiro.
          Em 1998, a privatização da AES Eletropaulo foi vencida por um consórcio formado pela AES Corp e outras empresas locais e internacionais.
          Considerando dados de dezembro de 1998, a AES produzia e distribuía energia para 17 países em todo o mundo. Eram 100 usinas gerando 31.000 mW e 9 empresas distribuidoras de energia.
          No Brasil, a AES já tinha investido (em fins de 1998) US$ 2,6 bilhões, participando de projetos como Light no Rio de Janeiro, Cemig em Minas Gerais, Eletropaulo Metropolitana em São Paulo, AES Sul no Rio Grande do Sul e investimento na construção da usina térmica a gás AES Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
          O valor dos ativos, em fins de 1998, girava em torno de US$ 10 bilhões.
          Em 1999 a empresa foi vencedora do leilão para a privatização da AES Tietê. No ano seguinte,
2000, a AES Uruguaiana inicia sua operação.
          Nos anos 2001 e 2002 a AES Corp aumenta sua participação na AES Eletropaulo e AES Tietê. Em 2003, a empresa incorpora a Companhia Brasiliana de Energia.
          Em 2016 é feita a reestruturação da AES Tietê e Cia. Brasiliana, renomeada para AES Tietê Energia S.A.
          Após o fechamento do mercado em 4 de junho de 2018, a Eletropaulo informa em fato relevante que, em leilão realizado naquela data, a italiana Enel, através da Enel Brasil Investimentos S.A. adquiriu 73,4% do capital total e votante da companhia, por R$ 5,5 bilhões.
          Em 24 de novembro de 2020, a AES Tietê anunciou a mudança na nomenclatura da companhia para AES Brasil. “Hoje a empresa assumiu a identidade definitiva de AES Brasil e reforça o seu posicionamento de ser a opção número 1 no mercado livre de energia”, disse a nota. Além disso, foi realizado o lançamento da plataforma digital Energia+, “que busca oferecer às pequenas e médias empresas uma experiência completa, simplificando o processo de migração para o mercado livre”.
          Em 3 de dezembro de 2020, a AES Tietê informou em comunicado que concluiu a compra das sociedades de propósito específico que compõem os Parques Eólicos Brasventos Eolo (antigo Rei dos
Ventos 1), Rei dos Ventos 3 e Miassaba 3 (Complexo Eólico Ventus), localizados no Rio Grande do Norte. O valor da aquisição do empreendimento, que tinha a J.Malucelli Energia entre os sócios, foi de R$ 650 milhões, a ser ajustado conforme a variação de capital de giro e dívida líquida do Complexo
Eólico Ventus.
          A AES Brasil anunciou em 8 de agosto de 2022, que celebrou contrato com a Cubico Brasil para comprar sociedades de propósito específico (SPE) que compõem os complexos eólicos de Ventos do Araripe, Caetés e Cassino. O valor total do negócio é de até 2,033 bilhões de reais, sendo 1,105 bilhão de reais em equity e a assunção de dívida líquida de 928 milhões de reais. A empresa viabilizará o pagamento de parte do preço de aquisição através de um aumento de capital em que emitirá de 52,02 milhões a 116,21 milhões de novas ações, a 9,61 reais por ação. As três usinas eólicas possuem, no total, capacidade instalada de 455,9 megawatts. Para a AES, o negócio marca "mais um importante passo na estratégia de crescimento e diversificação de portfólio da companhia por meio da aquisição de ativos de fontes complementares à hídrica e com contratos de longo prazo", disse em comunicado.
(Fonte: Exame - 23.12.1998 (publicidade) / Apresentação Apimec - Junho 2016 / MoneyTimes - 24.11.2015 / Valor Investe - 03.12.2020 - Reuters - 08.08.2022 - partes)

Spiti

          A Spiti, fundada por Luciana Seabra em 2019, é uma casa de análise 100% independente que, a partir de recomendações assertivas sobre investimentos, mobiliza pessoas e impacta o mercado. É um site especializado em investimentos pessoais e educação financeira. Luciana Seabra nasceu em Belo Horizonte, mas só foi registrada em Diamantina com um mês de idade. É jornalista e mestre em economia. É a CEO da Spiti.
          Em meio à proliferação das casas de análise independentes, Luciana Seabra construiu um diferencial em seus três anos na Empiricus. Aliando didatismo a um networking que começou a ser construído ainda quando era repórter no Valor Econômico, conseguiu traduzir o mundo dos fundos de investimento para as pessoas físicas — fechando um gap importante de comunicação num mundo em que os aportes mínimos eram de R$ 1 mil.
          Ela deixou a sociedade com a Empiricus em agosto de 2019 por divergências com Felipe Miranda, um dos principais sócios da casa.
          A saída de Luciana Seabra da Empiricus é recheada de polêmicas. O que corre nos bastidores é que ela era pressionada a indicar produtos que fossem de encontro aos anseios da Vitreo. “Isso nunca aconteceu”, diz Miranda. “Tínhamos divergências técnicas e visões de estratégia de negócio diferentes".
          Seabra lançou sua própria casa de análise, a Spiti — do grego ‘casa’ — numa sociedade com a XP, com uma equipe que recomenda também outros ativos como renda fixa, Bolsa e investimentos globais.    
          Depois de conversar com diversos potenciais parceiros, Luciana fechou com a XP sob a garantia prevista em contrato de que poderá recomendar produtos disponíveis em quaisquer plataformas, não só os da gestora de Guilherme Benchimol.
          “Na parte de decisões de investimento, a XP não toca”, diz Luciana. “Mas é um negócio que, para ser legal, precisa de investimentos intensivos em tecnologia e em marketing, e é aí que a XP entra."
          Para compor a equipe, Luciana trouxe profissionais que construíram a carreira atendendo clientes institucionais. Para renda fixa, a Spiti trouxe Guilherme Cadonhotto, analista sênior com passagem pela Porto Seguro e Sul América. Carolina Oliveira, que selecionava fundos para o fundo de pensão da Light, é o braço-direito de Luciana para as recomendações voltadas para fundos de investimentos.
          Diferente dos traders encontrados no YouTube e até mesmo gestores renomados, com perfis no Wikipédia, que prometem ganhos acima da média, Seabra é sóbria no discurso de recomendação de compra e venda de ações. Não promete retornos mágicos. Ela mantém um tom informal, mas sóbrio, sem nunca prometer retornos mirabolantes na publicidade de suas recomendações.
          Em 1 de julho de 2022, Luciana Seabra anunciou em post nas redes sociais que deixou a casa de análise Spiti, e assim também o Grupo Primo, fundado em 2016 e controlado por Thiago Nigro (responsável pelo canal Primo Rico) e do qual havia se tornado sócia no fim de 2021. Mesmo sem sua "principal cara" comercial e institucional, a Spiti informou que seguirá funcionando com os demais analistas e que passará a ter o também sócio-fundador André Gradim como novo presidente. Em uma carta aberta com o título "A decisão mais difícil da minha vida", publicada em suas redes sociais, Seabra afirmou que tem convicção de "estar dando o passo correto". "Como em todos os momentos desafiadores pelos quais passei até aqui, mais uma vez me perguntei: o que é melhor para o cliente? Com o olhar de longo prazo que tanto ensino a você, acredito que a decisão correta é a que tomei", disse.
          Em março de 2022, o Grupo Primo comprara a fintech Grão. A empresa disponibiliza uma conta digital remunerada pelo CDI e tem licença para abertura de uma gestora de recursos, por meio da qual o grupo poderá ter seus próprios fundos. Embora não entre nos detalhes em sua carta aberta, Luciana Seabra diz que seu erro foi construir a "casa no terreno dos outros" e que rejeita a ideia de ter receita atrelada a taxas de administração de fundos que ela mesmo indique. "Onde fica a independência quando você analisa um produto sobre o qual você ganha?". Na Spiti, Seabra passou a indicar fundo de previdência baseado na sua carteira, e que tem a XP como gestora, mas sem se beneficiar financeiramente do sucesso de captação do produto. Como sócia do Grupo Primo, o cenário seria diferente se a casa tiver seus próprios fundos ou produtos financeiros.
          Conforme a empresa, a Spiti "segue como uma empresa independente" e o mesmo time de sócios e de colaboradores continuam à frente do negócio. Guilherme Cadonhotto, analista de renda fixa da empresa, será o estrategista-chefe e assumirá a "frente institucional" da empresa. Felipe Arrais será analista-chefe e o novo responsável pelo relatório de fundos de investimento que era assinado por Seabra.
          A casa de análise Spiti localiza-se na São Paulo Corporate Towers, na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1909, na capital paulista.
(Fonte: Brazil Journal - 18.11.2019 / Valor - 04.07.2022 - partes)

23 de nov. de 2020

Eternit

          A Eternit foi fundada em 1940, em Osasco, na Grande São Paulo, com a razão social Eternit Brasil Cimento Amianto S.A. Tem sua sede em São Paulo, capital.
          Em 1948, abriu o capital na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Em 1949 é inaugurada a fábrica na capital fluminense, Rio de Janeiro.
          Em 1967 é inaugurada a fábrica em Simões Filho, na Bahia e é constituída a Sama, com 50% de participação.
          A fábrica de Goiânia (GO) é inaugurada em 1971 e, em 1975, é inaugurada a fábrica de Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
          Em 1993 é criada a joint ventura Eterbras Tecnologia Industrial e a Eternit adquire 50% da Precon Goiás, que em 1995 passa a ser 100% da Eternit.
          Em 1997 são adquiridos os 50% da Sama e a Eternit passa a ter 100% do capital.
          Em 2006 passou a integrar o Novo Mercado da B3, mais alto nível de Governança Corporativa.
Hoje, a companhia é uma corporation, como são conhecidas as sociedades de capital pulverizado (sem controle definido).
          Por volta de meados de 2007, o goiano Élio Martins, presidente da empresa, passava cada vez mais tempo defendendo a companhia dos ataques a uma de suas principais matérias primas, o amianto - fibra de origem mineral utilizada na fabricação de telhas e caixas-d´agua. Já então banido em mais de 40 países por seu efeito cancerígeno, o amianto ainda era usado no Brasil. Por isso, Martins acabou se tornando uma espécie de "embaixador do amianto", cargo que pressupõe a construção de alianças com organizações que possam ajudá-lo na causa e a defesa pública do produto e da companhia.
          Pouco antes de meados de 2007, Martins aceitou um convite para participar de um debate com ouvintes numa rádio, em São Paulo, sobre o uso do amianto. Segundo ele, a discussão ficou tão acalorada que os microfones foram desligados para encerrar o programa. O cerco à Eternit estava se fechando cada vez mais. Em agosto de 2007, uma lei estadual proibiu o uso do amianto em São Paulo. Dias mais tarde, o Tribunal de Justiça de São Paulo considerou a decisão inconstitucional. Para acompanhar melhor discussões como essa, Martins decidiu voltar à sala de aula e estudar direito - o curso foi concluído em 2007. Seu argumento de defesa da Eternit é que consumidores e funcionários não correm riscos graças a procedimentos de segurança rigorosos.
          A entrada da empresa no segmento de louças sanitárias, dá-se em 2008 e em 2010, a Eternit adquire a Tégula.
          Em 2011 é constituída a joint venture Companhia Sulamericana de Cerâmica (CSC), fábrica de louças sanitárias em Caucaia no Ceará, com 60% de participação acionária da Eternit e 40% da Colcerâmica. O início da produção ocorreu em 2014.
          A Eternit da Amazônia começa a produção de fios de polipropileno em 2016.
          Em 2016, cerca de 43% do mercado total de coberturas no país (residencial, industrial e comercial), era composto de telhas de fibrocimento, sendo a Eternit líder no segmento. Isso só se tornou possível devido aos investimentos contínuos da Companhia ao longo dos anos em processos, inovação, pessoas e ações sustentáveis.
          A Eternit atua nos segmentos de telhas de fibrocimento e concreto, mineração do crisotila, louças e metais sanitários, soluções construtivas, entre outros produtos.
          A empresa é reconhecida no mercado brasileiro como “a marca da coruja”. Essa imagem está respaldada na história da Companhia e na popularidade das telhas de fibrocimento, que contribuem com o desenvolvimento do sistema habitacional brasileiro, devido ao custo acessível do material.
          O grupo possui oito fábricas próprias, estrategicamente localizadas em todas as regiões do país, uma mineradora e cerca de 15 mil revendas em todo o território nacional.
          Integram o grupo as empresas Eternit, Precon Goiás, Tégula, Eternit da Amazônia, a mineradora SAMA e a Companhia Sulamericana de Cerâmica – joint venture com a Companhia Colombiana de Cerâmica S.A. (empresa do Grupo Corona).
         A Eternit pediu recuperação judicial em março de 2018, como consequência das restrições ao amianto e da crise da construção. O plano foi aprovado pelos credores em 29 de maio de 2019 e homologado pelo Juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo no dia 30 de maio.
          No final de novembro de 2020, a fábrica da Eternit no Ceará foi vendida por R$ 102 milhões, em leilão, para o o grupo Roca, que também atua no segmento de materiais de construção. A fábrica tem aproximadamente 123 mil metros quadrados e é considerada uma dos mais modernas do segmento e sua alienação estava prevista no plano de recuperação judicial.
          Em janeiro de 2022, a Eternit informou a aquisição da Confibra, empresa que possui capacidade de produção anual de 168 mil toneladas de telhas de fibrocimento. Em 6 de julho de 2022, a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição da totalidade do capital da Confibra pela Eternit. No final de agosto de 2022, a Eernit concluiu a aquisição da Confibra, incluindo ações e o terreno onde a empresa está instalada, por R$ 110 milhões. Os vendedores ainda terão direito a receber R$ 10 milhões em pagamento adicional.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007 / site da empresa / G1 - 11.06.2019 / Money Times - 23.11.2020 / Finance News - 07.07.2022 / Valor - 01.08.2022 - partes)