Total de visualizações de página

6 de set. de 2022

Eurochem

          A Eurochem é uma multinacional de origem russa com sede na Suíça e é uma das maiores fabricantes globais de fertilizantes.
          Em 2016, a Eurochem comprou o controle da Fertilizantes Tocantins, dona de nove fábricas no Nordeste e Centro-Oeste do país, e adquiriu o restante das ações em 2020.
          Em meados de 2021 a Eurochem comprou a Serra do Salitre, um projeto de fosfato integrado em estágio avançado, em Minas Gerais. Quando atingir a capacidade total de produção, em 2024, esse projeto vai adicionar 1 milhão de toneladas à capacidade anual de produção de fosfato da Eurochem. 
          Em 21 de dezembro de 2021, a Eurochem comprou o controle da brasileira Fertilizantes Heringer, que estava em recuperação judicial desde 2019, numa transação secundária com a HeringerPar, a holding que detém as participações da família fundadora da companhia. A Eurochem pagou R$ 554 milhões por 51,48% da empresa, o equivalente a um preço por ação de R$ 20, próximo ao preço de tela. O pagamento é feito em tranches: metade à vista no fechamento do contrato, 15% retido para garantias dos ajustes de preço, e 35% para garantias de indenizações que os vendedores possam ter que pagar para os compradores. A transação dispara o direito de tag along para os demais acionistas, obrigando a Eurochem a fazer uma oferta nas mesmas condições para os minoritários. A Eurochem disse que eventualmente pode fazer uma OPA para fechar o capital da empresa.
          Em fins de janeiro de 2022, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a aquisição do controle indireto da Fertilizantes Heringer pela Eurochem, de acordo com o documento enviado pela companhia ao mercado.
          A Heringer foi a terceira aquisição da Eurochem no Brasil entre 2017 e 2021, e vem num momento em que a multinacional tem ampliado sua capacidade de produção e distribuição. A compra da Heringer é estratégica para a expansão da Eurochem no Brasil pela complementaridade geográfica com a operação já existente, o que permite aumentar sua rede de distribuição, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. A Eurochem disse ainda que a compra da Heringer traria sinergias importantes, “melhorando a eficiência no transporte e logística” de seus produtos e gerando uma redução de custos para os clientes e uma melhora da rentabilidade da companhia.
          Na América do Sul, a Eurochem também opera na Argentina. As principais unidades produtivas da empresa estão na Rússia, Bélgica, Cazaquistão e Lituânia. Para a Heringer, a transação veio num momento em que a operação vinha sofrendo com a perda de vendas — impactada pelo aumento da concorrência — e com uma dívida de mais de R$ 1 bilhão. A receita da empresa, que em 2016 chegou a R$ 5,3 bilhões, caiu para R$ 4,7 bi em 2017, R$ 3,8 bi no ano seguinte e para R$ 1,1 bi em 2019. Em 2020, a receita recuperou um pouco, para R$ 2,2 bi.
          Em fevereiro de 2023, a EuroChem informa que concluiu 50% das obras da segunda fase do projeto no complexo do Salitre, em Minas Gerais. O marco foi alcançado três meses antes do previsto. O projeto de mineração de fosfato no local foi adquirido da norueguesa Yara, por US$ 410 milhões, em agosto de 2021.
          Em 24 de maio de 2023, a Eurochem informa à Heringer Fertilizantes, que, nessa data, foi lançada a Oferta, com a divulgação da versão final do “Edital de Oferta Pública de Aquisição de Ações Ordinárias de Emissão da Fertilizantes Heringer S.A.”, contendo todos os termos e condições da Oferta e atualizado conforme recomendações expedidas pela CVM através do Ofício datado de 22 de maio de 2023.
(Fonte: BrazilJournal - 21.12.2021 / Valor - 23.02.2023 - partes)

1 de set. de 2022

Banco BV (ex-Banco Votorantim)

          O Banco BV foi constituído em 28 de setembro de 1988, pela família “Ermírio de Moraes”, como uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) com a denominação Baltar Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., posteriormente alterada para Votorantim Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
          Em 25 de fevereiro de 1991, tornou-se uma sociedade por ações e obteve, em 12 de agosto do mesmo ano, autorização do Banco Central do Brasil para funcionamento como banco múltiplo, com o nome Banco Votorantim S.A.
          Em abril de 1996, o banco constituiu a oferta de crédito, financiamento e investimento para atuação no financiamento a consumidores pessoas físicas. No mesmo ano, passou a operar nas atividades de intermediação pela criação da Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (“Votorantim Corretora”). Em 1997, nascia a BV Leasing Arrendamento Mercantil S.A., tendo como atividade a prática de operações de arrendamento mercantil (“BV Leasing”). Em 1999, surgia, como subsidiária do banco, a Votorantim Asset Management DTVM Ltda. (“BV Asset”) para administração e gestão de fundos.
          Em 20 de fevereiro de 2002, obteve licença do Banco Central das Bahamas para realizar operações bancárias naquele país.
          Com o intuito de ampliar a oferta de produtos e serviços aos clientes, em 2 de agosto de 2007, fundou a Votorantim Corretora de Seguros S.A. para atuação no mercado de corretagem de seguros.
          Em 2008, depois de ter perdas bilionárias na gigante de celulose Aracruz (hoje Fibria) e ter passado por um aperto no banco Votorantim, o grupo teve de se organizar: vendeu participação na CPFL, quase metade das ações do banco e duas empresas de biotecnologia.
          Em janeiro de 2009, estabeleceu uma parceria com o Banco do Brasil, a segunda maior instituição financeira da América Latina, que adquiriu da Votorantim Finanças S.A., 49,99% do capital votante, correspondente a 50% do capital social total do Banco Votorantim. A parceria foi firmada com forte racional estratégico e visão de longo prazo, permitindo a exploração de oportunidades de negócios em diversos segmentos.
          Em 2016, o BV realizou aporte no fundo de ventura capital BR Startups, que atualmente possui investimentos em diversas empresas, entre elas “Quero Quitar”, “Yalo”, “Olivia” e “Carflix”.
          Durante o ano de 2017, foram estabelecidas parcerias com o “Portal Solar” e “Guiabolso” e, em 2018, com a “Yalo”, “Olivia”, “Avonale” e “Weel”, além de aporte no fundo de venture capital “Monashees”. Também em 2018, foi criado o BV Lab, laboratório de inovação dedicado a conectar o banco BV com novas tecnologias e melhorar a experiência dos usuários.
          Em maio de 2018, foi divulgado o início de uma nova parceria estratégica com a Neon Pagamentos, pela qual o BV assumiu os serviços de custódia e movimentação das contas de pagamento da Neon. Pelos termos do acordo, as partes se comprometeram a desenvolver um conjunto de iniciativas no mercado de banco digital, mantendo independência nas operações e buscando alavancar seus pontos fortes, dando um importante passo na estratégia de diversificação de negócios e transformação digital do banco.
          Ainda em 2018, houve a integração das atividades da Votorantim Corretora com a BV Asset, passando a BV Asset a atuar, adicionalmente, como participante de negociação pleno – PNP admitido na B3.
          Em 2019, foi comunicada a mudança de marca de “Banco Votorantim” para “banco BV”, com uma nova assinatura: “Leve para a vida”.
          Em 24 de agosto de 2022, o Bradesco anunciou uma parceria estratégica com o banco BV para a formação de uma gestora de investimentos independente (ainda sem nome), que terá marca própria, a ser definida. O Bradesco, por meio de uma de suas controladas, irá adquirir 51% do capital da BV DTVM, que concentra a gestão de recursos de terceiros e a atividade de private banking do banco BV. “A sociedade já detém R$ 41 bilhões de ativos sob gestão e R$ 22 bilhões sob custodia no private banking”, diz o Bradesco. O valor do negócio não foi informado. Com atuação no mercado brasileiro desde 1999, a BV DTVM é a 9ª maior gestora de fundos imobiliários no ranking de junho/2022 da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). A Organização Bradesco já possui ampla e sólida plataforma local de asset management, com mais de R$ 544 bilhões sob gestão, e de private banking, com mais de R$ 380 bilhões sob gestão, sendo o 3º e 2º maior gestor em cada segmento, respectivamente”. Considerando a parte de custódia, a BV DTVM possui quase 150 funcionários.
          Em 1º de junho de 2023, a Méliuz informa que celebrou o acordo de investimento definitivo para a venda ao Banco Votorantim S.A. da totalidade das ações de titularidade da companhia de emissão da Acesso Soluções de Pagamento S.A. (“Bankly”) e de até 100% das ações de emissão da Acessopar Investimentos e Participações S.A (“Acessopar”). A venda das ações de emissão do Bankly e de até 100% das ações de emissão da Acessopar, subsidiária integral da companhia (nos termos do artigo 252 e seguintes da Lei das S.A.) que detém 52,19% do capital social do Bankly será realizada com base em um enterprise value de R$ 210 milhões, sendo que o valor será pago em parcela única, em dinheiro, sujeito a determinados ajustes e correção pela variação positiva acumulada do CDI entre 30 de março de 2023, e a data do efetivo pagamento do preço pelo banco BV à companhia.  
(Fonte: Wikipédia / Valor - 24.08.2022)

30 de ago. de 2022

Willys / Ford Rural Willys

          A indústria automotiva brasileira não tinha nem dez anos de idade quando a Willys-Overland resolveu dar ao país sua primeira limusine. Era a Willys Itamaraty Executivo, que também trazia a primazia do ar-condicionado em um modelo nacional (só para o banco traseiro). O Itamaraty Executivo era luxuosíssimo para os padrões da época
          A versão Especial (havia também a Standard) chegava ao cúmulo de trazer um barbeador elétrico (Remington Roll-a-Matic), mas também vinha com um toca-fitas de cartucho, um gravador, divisória entre o motorista e os passageiros por vidro elétrico e acendedor de cigarros. Todos tinham bancos de couro. Dos 25 fabricados para o público, só 19 têm destino conhecido e ainda estão por aí, considerando dados de meados de 2018.

Ford Rural Willys
          A Rural Willys foi lançada pela Willys Overland nos anos 1950. Em 1972, quando a Willys foi adquirida pela montadora americana Ford, o modelo passou a denominar-se Ford Rural Willys. No Brasil, ficou em linha até 1977.
(Fonte: Autocar - msn - 31.07.2018 - parte)

26 de ago. de 2022

Bamaq

          Bamaq é grupo com participação em equipamentos pesados ​​de construção, carros de luxo, financiamento e seguro de carro.
          A Bamaq foi fundada em 1974 por Clemente Faria, neto do banqueiro que fundou o Banco da Lavoura, em 1925, também chamado Clemente Faria. Em 1971, seus filhos Gilberto e Aloísio Faria dividiram o Banco da Lavoura em Banco Bandeirantes e Banco Real, que posteriormente foram vendidos para Caixa Geral de Depósitos (hoje Itaú-Unibanco) e ABN (hoje Santander). Em 1974, o neto do banqueiro, Clemente Faria, fundou a Bamaq, que começou como uma concessionária Fiatallis (hoje New Holland Construction).
          Em 25 de agosto de 2022, o CEO do Grupo Bamaq, Clemente Faria Junior, disse que até 2023 será feito um investimento de R$ 134 milhões com recursos próprios na estruturação do negócio de equipamentos pesados ​​e aluguel de caminhões. O maior investimento será feito em um novo negócio focado na locação de equipamentos pesados ​​(como retroescavadeiras e motoniveladoras), caminhões e utilitários para construção.
          Outra aposta da Bamaq é no setor financeiro. O grupo entrou com pedido no Banco Central para abertura de uma fintech, que oferecerá produtos e serviços financeiros por meio digital, incluindo financiamento de veículos e equipamentos pesados, empréstimos, cartões de crédito e aquisição de recebíveis. A fintech será composta por uma empresa de crédito direto (SCD) e um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC).
          A área de máquinas pesadas e caminhões opera, considerando dados de agosto de 2022, com 14 unidades de negócios. Em 2022, a Bamaq prevê a abertura das unidades Iveco e New Holland Construction, duas delas em Marabá (PA), uma em Sinop ( Mato Grosso) e uma em Luís Eduardo Magalhães (Bahia).
          Na área de máquinas pesadas, outra aposta é a venda do Koneq, um serviço de telemetria remota que permite a gestão remota de equipamentos. O serviço controla a temperatura do motor, o sistema hidráulico, o nível de combustível, as máquinas em operação e a cerca elétrica. Atualmente, existem 940 equipamentos pesados ​​em campo no país monitorados por esse sistema. A meta, segundo Faria, é atingir 3.000 sistemas instalados em 12 meses.
          Na área de carros de luxo, que responde por 25% da receita do grupo, há planos para abrir uma loja Porsche em Salvador este ano. A Bamaq também está investindo na expansão do consórcio para veículos de luxo. O grupo tem concessionárias Mercedes-Benz e Porsche e representa as duas marcas em Minas Gerais. Foi nomeado para representar a Porsche na Bahia. A loja de Salvador, com inauguração prevista para o quarto trimestre de 2022, é a primeira do estado.
       O grupo Bamaq atua em 16 estados das regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Minas Gerais, emprega 770 pessoas e tem pouco mais de 70 mil clientes ativos. Representa as marcas Iveco, New Holland Construction, FPT Powertrain Technologies e Continental em 14 estados. Além da venda de equipamentos, o grupo comercializa autopeças, pneus e lubrificantes. Também faz manutenção de equipamentos e gestão remota de frotas. O grupo encerrou 2021 com faturamento de R$ 1,6 bilhão.
(Fonte: jornal Valor - 26.08.2022)

24 de ago. de 2022

Interbrand

          A consultoria Interbrand foi fundada por John Murphy em 1974 e tem sua sede em Nova York.
          A empresa é especializada em avaliações de marca. A cada ano, a equipe de profissionais se debruça sobre balanços de centenas de empresas em todo o planeta, destrincha relatórios de analistas especializados e realiza pesquisas de opinião para montar a lista das 100 marcas globais mais valiosas. Trata-se da mais respeitada avaliação sobre marcas, publicada em parceria com a revista americana de negócios Business Week.
          O executivo inglês Jez Frampton, então presidente mundial da Interbrand, costumava utilizar uma imagem emprestada do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe para definir seu negócio. No livro As Afinidades Eletivas, de 1809, Goethe explica que a Marinha inglesa, na época a mais poderosa do mundo, costumava colocar um fio vermelho na urdidura de todas as cordas usadas em seus navios com o objetivo de identificá-las como propriedade da Coroa Britânica. O fio era impossível de ser removido da corda sem que fosse necessário desmanchá-la completamente. Para Frampton, essa é uma metáfora perfeita para o valor da marca de uma grande corporação. "A marca é como o fio vermelho. Ela permeia todo o negócio, torna-se um poderoso instrumento econômico capaz de gerar valor para a companhia e é impossível de ser separada do todo", disse Frampton à revista Exame em visita ao Brasil em 2008.
          O cálculo do valor das marcas surgiu em meados dos anos 1970 como uma ferramenta auxiliar nos processos de fusões e aquisições de empresas. A ideia era atribuir valor a um ativo até então considerado intangível.
          Para chegar ao valor de uma marca, a Interbrand, por exemplo, calcula três variáveis. A primeira leva em conta o peso da marca na receita e na lucratividade da empresa com base em dados do balanço financeiro. A segunda avalia por meio de pesquisas a preferência dos consumidores pela marca em relação aos concorrentes. E, por fim, mede-se a competitividade da marca para gerar lucros futuros. Nesse quesito são avaliados fatores como a performance global e a presença dessas empresas em mercados promissores.
(Fonte: revista Exame - 05.11.2008)

19 de ago. de 2022

Kirin Holdings

          A gigante cervejaria japonesa Kirin é a sexta maior cervejaria do mundo.
          Em meados de 2019, a Kirin adquire a americana New Belgium Brewing. A New Belgium se destaca por ser a cervejaria adquirida de maior tamanho, muito maior do que a Dogfish Head por exemplo, o que provavelmente cria oportunidades para que a Kirin possa inserir uma parte de seu
portfólio nas unidades de produção.
          A New Belgium é a quarta maior cervejaria artesanal dos EUA entre as independentes (lista da qual ela deixa de fazer parte) segundo a Brewers Association. Fatores muito importantes da história da New Belgium são o seu forte comprometimento com sustentabilidade ambiental, com destaque para investimento em energia solar e a valorização da bicicleta como meio de transporte, e o fato dela ser 100% propriedade de seus 700 funcionários que possuem cotas da cervejaria e receberão um valor financeiro na venda da empresa para a Kirin.
          A Kirin, através de sua subsidiária australiana Lion Little World Beverages, tem investido de maneira consistente na aquisição de diversas cervejarias artesanais pelo mundo cuja estratégia inicialmente focou na Oceania e Europa, e agora começa a chegar nos EUA com a compra da New Belgium.
          A atividade da Kirin no mercado norte-americano, porém, não é uma novidade por completo. A empresa detém uma participação minoritária de 24,5% na cervejaria nova-iorquina Brooklyn Brewery, adquirida em 2016.
          Globalmente se destacam no portfólio artesanal da Kirin a britânica Fourpure Brewing Co e a australiana Little Creatures, sendo esta última um alvo de investimento da japonesa na direção 
de ganhar taprooms em diferentes locais do mundo como Califórnia e Londres.
          Em agosto de 2022, a Lion Little World Beverages comunica que vendeu suas marcas Fourpure e Magic Rock e deixa o mercado do Reino Unido para se concentrar na América. A venda foi para a Odissey Inns, mais conhecida pela sua atuação no ramo da hotelaria. A Lion havia comprado as duas marcas em 2018, com a intenção de atuar no mercado de artesanais no Reino Unido. Agora, porém, sacramentou sua saída com a venda das duas companhias, além de outros ativos.
(Fonte: Catalisi - 19.11.2019 / Guia da Cerveja - 16.08.2022 - partes)

18 de ago. de 2022

Equipav

          O grupo Equipav tem interesses em diversos setores, incluindo concessões de infraestrutura, mineração, açúcar e álcool, e engenharia.
          A Equipav é acionista da Aegea, que é uma das maiores empresas de saneamento do segmento privado no país. A Aegea está presente em 57 cidades em 12 estados brasileiros, sendo eles Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Santa Catarina, Rondônia, Maranhão, Espírito Santo, Piauí, Amazonas e Rio Grande do Sul . Outro sócio de peso (da Aegea) é o fundo soberano de Cingapura GIC e do Internacional Finance Corporation (IFC).
          A Equipav, e a gestora de ativos Perfin planejam desenvolver juntas uma plataforma de concessão de rodovias no Brasil. A parceria começou com duas concessões em Minas Gerais, mas há planos para estudar novos ativos.
          Na primeira quinzena de agosto de 2022, o consórcio formado pelas duas empresas conquistou uma concessão rodoviária na região do Triângulo Mineiro. O Lote Triângulo Mineiro contempla 627 quilômetros de rodovias e prevê R$ 3,2 bilhões em obras.
          Alguns dias depois, em 17 de agosto de 2022, o consórcio venceu o leilão para construir o lote Sul de Minas por meio de uma parceria público-privada (PPP). A ideia é que, a partir de então, a parceria se consolide, disse José Carlos Cassaniga, diretor da Equipav Rodovias.
          No leilão do Lote Sul de Minas, o consórcio superou a oferta de seu único concorrente, a Monte Rodovias, após leilão a céu aberto. Terminou com uma proposta final de R$ 378 milhões, ou um desconto de 14% sobre o pagamento máximo definido no edital. O lote inclui 454,3 quilômetros de estradas. O investimento estimado é de R$ 2,3 bilhões, e as despesas operacionais são estimadas em mais R$ 2,3 bilhões ao longo do período de 30 anos do contrato.
          Os leilões marcam a estreia da Equipav e da Perfin no setor rodoviário. A Equipav já atuou em rodovias. A Perfin já atuava no setor de infraestrutura, mas nas áreas de energia elétrica e saneamento básico. A gestora de recursos possui mais de R$ 23 bilhões sob gestão, dos quais cerca de R$ 6 bilhões são destinados a fundos de infraestrutura.
(Fonte: jornal Valor - 17.08.2022)

17 de ago. de 2022

Eletrosul

          A privatização da empresa de energia Eletrosul ocorreu em 1998. Na ocasião, a empresa foi dividida em duas, e somente a parte de geração de energia (a Gerasul) foi vendida.
          Seus ativos equivaliam a 5% do valor de mercado da Eletrobras, da qual fazia parte. A Gerasul e nove de suas usinas foi adquirida pela franco-belga Tractebel (hoje Engie Brasil), que desembolsou 2 bilhões de dólares e a transformou ao longo dos anos, graças a uma gestão profissional e livre de interferência política, na mais valiosa empresa do país no setor elétrico.
          Quando privatizou a Gerasul, Fernando Henrique Cardoso tinha o plano de vender outras empresas da Eletrobras, mas esbarrou na mesma resistência política que perdurou por pelo menos duas décadas.
(Fonte: revista Exame - 18.04.2001 - parte)

15 de ago. de 2022

INC

          O grupo italiano INC, que tem sede em Turim e é controlado pela família Dogliani, atua como construtora, mas também administra duas importantes concessões rodoviárias na Itália.
          A INC tenta ingressar no mercado de infraestrutura do Brasil desde 2019. Naquele ano, a empresa chegou a estudar a PPP da ponte Salvador-Itaparica, mas acabou não participando do leilão, que foi vencido por um consórcio formado pelos grupos chineses CRCC e CCCC.
          Em 12 de agosto de 2022, o INC venceu o leilão da parceria público-privada (PPP) do Rodoanel de Belo Horizonte. Com isso, estreia como concessionária de rodovias no Brasil. No leilão, a empresa ofereceu um desconto de 12,14% sobre o valor que o estado vai pagar. Com isso, derrotou as ofertas de seu único concorrente, o grupo China Railway Construction Corporation (CRCC), que oferecia um desconto de 10,2%.
          Com o desconto, o governo mineiro terá que desembolsar R$ 2,4 bilhões. Esse desconto incide sobre a contraprestação (R$ 91,1 milhões) a ser paga nos três primeiros anos e a contribuição inicial para a obra (R$ 2,1 bilhões). Além disso, será feito um pagamento adicional de R$ 211 milhões, que será direcionado para uma conta de contingência do projeto. Parte do dinheiro vem do acordo de indenização firmado entre o governo do estado e a mineradora Vale vinculado aos danos causados ​​pela tragédia de Brumadinho.
          Com a vitória, o INC terá que seguir em frente com o projeto do anel viário do zero. Inicialmente, o projeto terá 70 quilômetros de extensão e exigirá investimentos de R$ 4,1 bilhões considerando as obras e as desapropriações necessárias.
          A construção está prevista para começar em 2024, de acordo com Fernando Marcato, secretário estadual de infraestrutura. O contrato com o INC deve ser assinado em um mês e meio, e a etapa de licenciamento ambiental e plano executivo deve demorar pelo menos um ano e meio.
          No total, o anel viário deve ter 100 quilômetros de extensão. Os 30 quilômetros restantes necessários para a conclusão do projeto ainda poderão ser adicionados ao contrato mediante reequilíbrio econômico. Para isso, provavelmente será necessária uma contribuição adicional do estado, que pode vir do novo acordo de compensação que o governo de Minas Gerais está negociando com a Vale, relacionado à tragédia de Mariana, disse Marcato. É provável que seja necessária uma contribuição adicional de R$ 2,1 bilhões.
(Fonte: jornal Valor - 15.08.2022)