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27 de nov. de 2023

Scion Capital

          O fundo de hedge Scion Capital foi fundado em 2000 pelo investidor americano e gestor de fundos de hedge Michael James Burry nascido em 1971.
          Burry nasceu e cresceu em San Jose, Califórnia. Ele tem ascendência Rusyn. Aos dois anos de idade, ele perdeu o olho esquerdo devido ao retinoblastoma e desde então tem uma prótese ocular.
Burry dirigiu o Sion Capital de 2000 a 2008, antes de fechá-lo para se concentrar em seus investimentos pessoais. Ele é mais conhecido por estar entre os primeiros investidores a prever e lucrar com a crise das hipotecas subprime que ocorreu entre 2007 e 2010.
          Michael Burry estudou economia e medicina na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, obteve um diploma de MD pela Faculdade de Medicina da Universidade Vanderbilt, e iniciou, mas não terminou, sua residência em patologia no Centro Médico da Universidade de Stanford. Enquanto estava de folga à noite, ele trabalhava em seu hobby: investimentos financeiros.
          Apesar de não praticar, Burry manteve sua licença como médico ativa no Conselho Médico da Califórnia, incluindo requisitos de educação continuada.
          Após a faculdade de medicina, Burry trabalhou como residente de neurologia do Stanford Hospital e, em seguida, residente de patologia do Stanford Hospital.
          Ele então saiu para iniciar seu próprio fundo de hedge. Ele já havia desenvolvido uma reputação como investidor ao demonstrar sucesso em investimentos em valor, sobre o qual escreveu em painéis de mensagens no site de discussão de ações Silicon Investor a partir de 1996. Teve tanto sucesso com suas escolhas de ações que atraiu o interesse de empresas como como Vanguard, White Mountains Insurance Group e investidores proeminentes como Joel Greenblatt. Burry tem uma compreensão estritamente tradicional de valor. Ele disse mais de uma vez que seu estilo de investimento é baseado no livro Security Analysis, de Benjamin Graham e David Dodd, de 1934: "Toda a minha seleção de ações é 100% baseada no conceito de margem de segurança."
          Depois de encerrar seu site em novembro de 2000, Burry fundou o fundo de hedge Scion Capital, financiado por uma herança e empréstimos de sua família. Ele o nomeou em homenagem a The Scions of Shannara (1990), de Terry Brooks, um de seus romances favoritos. Ele rapidamente obteve lucros extraordinários para seus investidores. De acordo com o autor Michael Lewis, "em seu primeiro ano completo, 2001, o S&P 500 caiu 11,88%. O Scion subiu 55%. No ano seguinte, o S&P 500 caiu novamente, 22,1%, e o Scion subiu novamente: 16%. No ano seguinte, 2003, o mercado de ações finalmente deu uma reviravolta e subiu 28,69%, mas Burry venceu novamente, com retornos de 50%. No final de 2004, ele administrava US$ 600 milhões e rejeitava dinheiro." Burry conseguiu alcançar estes retornos, em parte, vendendo a descoberto ações de tecnologia sobrevalorizadas no auge da bolha da Internet.
          Em 2005, Burry começou a focar no mercado subprime. Através da sua análise das práticas de empréstimos hipotecários em 2003 e 2004, ele previu corretamente que a bolha imobiliária entraria em colapso já em 2007. A sua investigação sobre os valores dos imóveis residenciais convenceu-o de que as hipotecas subprime, especialmente aquelas com taxas "provocativas", e os títulos baseados nestas hipotecas começariam a perder valor quando as taxas originais fossem substituídas por taxas muito mais elevadas, muitas vezes apenas dois anos após o início. Esta conclusão levou-o a vender a descoberto no mercado, persuadindo a Goldman Sachs e outras empresas de investimento a venderem-
lhe swaps de incumprimento de crédito contra negócios subprime que ele considerava vulneráveis.
          Pelo menos dois anos antes, portanto, o californiano percebeu a fragilidade dos títulos lastreados em dívidas imobiliárias “subprime”, apostou contra estes papéis e, quando veio a queda, fez uma fortuna para si e para seus clientes, enquanto instituições tradicionais quebravam.
          Durante os seus pagamentos para os credit default swaps, Burry sofreu uma revolta dos investidores, onde alguns investidores no seu fundo temeram que as suas previsões fossem imprecisas e exigiram a retirada do seu capital. A análise de Burry, entretanto, mostrou-se correta: ele obteve um lucro pessoal de US$ 100 milhões e um lucro para seus investidores restantes de mais de US$ 700 milhões.  A Scion Capital finalmente registrou retornos de 489,34% (líquidos de taxas e despesas) entre seu início em 1º de novembro de 2000 e junho de 2008. O S&P 500, amplamente considerado como referência para o mercado dos EUA, retornou pouco menos de 3%, incluindo dividendos sobre no 
mesmo período.
          De acordo com seu site, Burry liquidou suas posições curtas em credit default swaps até abril de 2008 e não se beneficiou dos resgates de 2008 e 2009. Posteriormente, ele liquidou sua empresa para se concentrar em seus investimentos pessoais.
          Num artigo de opinião de 3 de Abril de 2010 para o The New York Times, Burry argumentou que qualquer pessoa que estudasse cuidadosamente os mercados financeiros em 2003, 2004 e 2005 poderia ter reconhecido o risco crescente nos mercados subprime. Ele culpou os reguladores federais por não darem ouvidos aos avisos de fora de um círculo fechado de conselheiros.
          Em 2013, Burry reabriu seu fundo de hedge, desta vez chamado Scion Asset Management, apresentando relatórios como consultor de relatórios isentos (ERA) ativo no estado da Califórnia e aprovado pela SEC. Ele concentrou grande parte de sua atenção no investimento em água, ouro e terras agrícolas. Ele disse: "Água doce e limpa não pode ser considerada garantida. E não é - a água é política e litigiosa."
          Burry iniciou posições vendidas na Tesla antes ou por volta do início de dezembro de 2020, de acordo com um tweet agora excluído e provavelmente adicionado às suas posições vendidas depois que a capitalização de mercado da Tesla ultrapassou esse valor do Facebook. Burry previu que as ações da Tesla entrariam em colapso como a bolha imobiliária, dizendo que "minha última Big Short ficou cada vez maior e MAIOR" e provocou os touros da Tesla para 'aproveitar enquanto dura'. Em maio de 2021, relatou que detinha opções de venda sobre mais de 800.000 ações da Tesla. Em outubro de 2021, após um aumento de 100% no valor das ações da Tesla, ele revelou que não estava mais operando a descoberto. Durante o segundo trimestre de 2021, ele supostamente detinha opções de venda avaliadas em quase US$ 31 milhões no índice de inovação ETF ARKK gerenciado pela Ark Invest.
          Em agosto de 2023, foi amplamente divulgado que o fundo de hedge de Burry, Scion Asset Management, havia feito uma aposta de US$ 1,6 bilhão na quebra do mercado de ações dos EUA. Os registros de títulos mostraram que Burry detinha opções de venda tanto no S&P 500 quanto no Nasdaq-100 no final do segundo trimestre de 2023. Embora as opções de venda tenham sido amplamente divulgadas como sendo 93% de todo o portfólio da Scion, isso é enganoso, já que o valor de US$ 1,6 bilhão é baseado no valor máximo possível que as opções de venda poderiam atingir, e não no valor pelo qual foram realmente compradas. Além disso, os ativos sob gestão da Scion são de US$
237.971.170, significativamente inferiores a US$ 1,6 bilhão.
(Fonte: Wikipédia)

26 de nov. de 2023

Barzel Properties

          A Barzel Properties foi fundada pelo ex-executivo da Cyrela, Nessim Sarfati, em 2015.
          A Barzel aproveita seca de crédito a empresas para comprar imóveis em ‘saldão’. O sócio-fundador da Barzel, Nessim Sarfati, tem larga experiência nesse tipo de empreitada. Ele passou quase 20 anos na Cyrela, onde recebeu a missão de comprar mais de uma dezena de prédios de escritórios em São Paulo por valores abaixo de mercado. O trabalho deu origem à Cyrela Commercial Properties, hoje Syn.
          Esse currículo deu confiança para Nessim fundar a Barzel. De lá para cá, comprou prédios de escritórios, galpões e imóveis de varejo. A lista inclui o Edifício Pinheiro One, antiga sede da Odebrecht. Em maio de 2023, arrematou cinco centros de distribuição e cinco lojas do Carrefour Brasil por R$ 1,2 bilhão.
          A filosofia por trás de todos estes negócios está na máxima de que é na hora da compra (a um precinho camarada) que se ganha dinheiro numa transação imobiliária, e não na hora da venda (esperando atingir um preço mais alto). Nesse meio tempo, os prédios ganham um “banho de administração”, que pode envolver reforma e ajustes em contratos.
          Para Nessim, há vários motivos para crer que muitas empresas vão topar vender imóveis a valores atraentes. Um deles é a taxa de juros alta nos Estados Unidos, na Europa e Brasil. Isso deve levar multinacionais e grupos locais a venderem imóveis para reforçar o caixa, já que os financiamentos estão mais custosos.
          Outro ponto é a crise de varejistas, como Americanas, Marisa, TokStok e outras. Para elas, faz sentido vender imóveis para focar nas operações. Nessim não revela nomes, mas diz que mantém conversas com empresas assim.
          Por fim, há uma secura de investimento em equity (participação societária). Há mais de dois anos não são realizadas ofertas públicas iniciais de ações na Bolsa, via tradicional para capitalização de empresas. Mais uma vez, a venda de imóveis pode ser uma saída.
          Em novembro de 2023, a Barzel Properties,definiu sua estratégia para 2024. Com muito dinheiro à mão, oriundo de parceria com o GIC (sigla em inglês para Corporação de Investimentos do Governo de Cingapura), fundo soberano da cidade-estado asiática, o grupo vai mirar as chamadas “compras oportunísticas”, isto é: imóveis de qualidade, cujo dono aceite negociar a um preço reduzido em troca da liquidez imediata, algo que combina bem com a temporada de escassez de crédito a taxas módicas para empresas. Entre as razões que o grupo vê para encontrar empresas dispostas a vender a bons preços estão as altas taxas de juros e a crise das varejistas.
          A Barzel Properties é uma das maiores gestoras de investimentos imobiliários do Brasil, com R$ 6,5 bilhões em ativos no portfólio, considerando dados de novembro de 2023.
(Fonte: Estadão - 24.11.2023)

25 de nov. de 2023

Canetas Birome

          Antes de existir o computador, existia a caneta esferográfica, e sua invenção transformou a escrita e a comunicação humana como uma tecnologia verdadeiramente revolucionária. Essa história começa no final do século XIX, com a primeira patente de uma caneta com uma esfera rolante na ponta registrada pelo inventor norte-americano John J. Loud em 1888, mas só se tornaria realmente popular e eficaz na década de 1930, pelas mãos do jornalista húngaro naturalizado argentino László József Bíró.
          O modelo de Loud foi desenvolvido para ser uma caneta capaz de escrever em superfícies duras, e utilizava aço com a esfera na ponta. A aplicação, portanto, era limitada e distante da eficácia que a caneta esferográfica como conhecemos viria a trazer: a caneta de Loud não fez sucesso, e a patente original simplesmente expirou. Mais de 20 anos após a morte de Loud, o jornalista e editor László Bíró desenvolveu uma nova versão de uma caneta esferográfica, utilizando uma tinta diferente.
          Mais leve, fina e portátil, a invenção foi chamada de Birome, e utilizava uma tinta de jornal, porém um pouco mais grossa, desenvolvida pelo irmão de László, György Bíró, que também havia fugido do nazismo na Europa para a Argentina ao lado do irmão. A esfera era molhada no cartucho interno da tinta e, assim, a Birome permitiu uma escrita fácil e macia sobre qualquer tipo de papel, e principalmente que secava rapidamente, resolvendo assim os problemas das velhas canetas tinteiro.
          A caneta esferográfica tornou-se inicialmente um grande sucesso na Argentina, e ganhou o planeta após as empresas Eversharp Co. e Eberhard Faber Co. adquirirem o direito de venderem a Birome nos EUA e no resto do mundo. A invenção transformou por completo a escrita e mesmo a comunicação humana, facilitando a escrita de cartas, cartões postais, trabalhos e livros. Em 1945, o empresário francês Marcel Bich comprou a patente da caneta de Biró, para tornar a esferográfica o principal produto de sua empresa, a Bic.
          Não é por acaso, portanto, que o Dia do Inventor é comemorado na Argentina em 29 de setembro, data de nascimento do inventor. László József Bíró faleceu em Buenos Aires em 1985, aos 86 anos de idade, mas sua invenção permanece atual, funcional e imortal, sendo utilizada em toda parte: estima-se que a Bic já tenha vendido mais de 100 bilhões de canetas esferográficas em todo o mundo.
(Fonte: hypeness - 14.07.2022 - Vitor Paiva (redator))

À esquerda, a Birome, primeira esferográfica do mundo; à direita, um anúncio da caneta na Argentina

À esquerda, a Birome, primeira esferográfica do mundo; à direita, anúncio da caneta na Argentina

24 de nov. de 2023

Gulliver Brinquedos

          A Gulliver Brinquedos foi fundada em 1973 pelos filhos do empresário espanhol Mariano Lavin Ortiz, que na década de 1950 era proprietário de uma fábrica de brinquedos em Madri e que em 1959 se mudou para o Brasil com a família.
          Inicialmente, eram brinquedos feitos de PVC, que evoluíram depois para diversos processos de transformação de plásticos, produzindo miniaturas pintadas artesanalmente, baseadas em seriados de TV.
          Nos anos 1980, estabeleceu parcerias com empresas de fora do país e passou também a importar brinquedos.
          Ao longo se sus cinco décadas de história a empresa produziu brinquedos icônicos, como o Forte Apache, personagens como Batman e Robin, Super-Homem, Mulher-Maravilha, Homem-Aranha, Hulk, Capitão América, Homem de Ferro, além das bonecas Agarradinha, da Turma da Mônica e, mais recentemente, a miniatura do jogador Neymar.
          Na crise de 2008, com o Real desvalorizado 47% em relação ao dólar, a empresa foi fortemente atingida. O faturamento da companhia despencou de R$ 35 milhões para menos de R$ 8 milhões entre 2011 e 2016. Até que em agosto de 2017, com problemas financeiros, a Gulliver entrou com o pedido de recuperação judicial..
          Em fins de novembro de 2023, a fábrica desativada da Brinquedos Gulliver, de São Caetano do Sul, entrou em leilão, com lance mínimo de R$ 74.777.511,00. O edital do leilão está no site da Leje (Leilão Virtual Eletrônico) e descreve os dois terrenos da tradicional empresa que estão à venda da seguinte forma: “Imovel I, lote de terreno urbano, em esquina, com área de 4.413,97 m² e área edificada de 8.687,00 m², em dois pavimentos. Imóvel II, lote de terreno urbano com área de 2.864,00 m² e área edificada de 2,864,00 m²”.
          Além de detalhar a localização dos imóveis. “Próximo a estabelecimentos comerciais mistos, galpões e nas proximidades do ParkShopping São Caetano e do Centro Médico São Luiz”.
          A primeira fase do leilão fica aberta até o dia 18 de dezembro (2023). Se não houver interessados, inicia-se a segunda fase, com lances a partir de R$ 52.337.257,70. O pagamento pode ser à vista ou parcelado, com entrada de 25% + 30 parcelas mensais.
          Os valores arrecadados servirão para quitar dívidas com credores da empresa e o comprador receberá os imóveis livres de quaisquer ônus. O edital de leilão, assinado pela juíza Daniela Anholeto Valbao Pinheiro Lima, da 6ª Vara Cível da Comarca ee São Caetano, foi publicado no dia 14 de novembro (2023)..
(Fonte: Diário do Grande ABC - 22.11.2023)
Divulgação Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra

23 de nov. de 2023

Firefox

          Originalmente fundado como Phoenix, em 2002, o navegador web foi renomeado pouco depois devido às questões da marca com a Phoenix Technologies.
          Eles, então, escolheram Firebird, que novamente enfrentou a pressão do projeto de software de banco de dados Firebird já existente.
          A Fundação Mozilla foi finalmente nomeada em Mozilla Firefox, o apelido do panda vermelho, em 2004.
(Fonte: msn-19.09.2018)

22 de nov. de 2023

Jabil Circuit

          A Jabil Circuit é uma fabricante norte-americana de eletrônicos customizados que concorre com a Foxconn.
          A Jabil produz eletrônicos personalizados para grandes grupos. Entre os itens produzidos estão conversores de TV a cabo, terminais de ponto de venda, módulos eletrônicos para aerogeradores, notebooks, tablets, smartphones e equipamentos para redes telefônicas 4G.
          Em abril de 2022, a Jabil divulga que busca startups brasileiras com projetos em inovação de hardware. O foco está em projetos para os segmentos de agronegócio, energia renovável, segurança e tecnologias para a Internet das Coisas. A empresa pretende apoiar essas empresas para facilitar o desenvolvimento de equipamentos que possam ser produzidos em larga escala, por meio da inovação aberta.
          “A chegada do 5G [tecnologia sem fio] no país é uma oportunidade de criar tecnologias que antes não estavam disponíveis. Há uma necessidade de desenvolver hardware para preencher lacunas no mercado. No Brasil, as startups investem muito em software, mas são poucos os projetos de hardware”, disse Christiano Porto, diretor de negócios sênior da Jabil Brasil.
          Para apoiar as startups, a Jabil Brasil abriu em março de 2022 um centro de inovação anexo à sua fábrica em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. É o primeiro da empresa no mundo com foco em inovação aberta..
          O centro conta com ambiente para reuniões e desenvolvimento de projetos, laboratório com linha de montagem de placas eletrônicas e impressora 3D para prototipagem de hardware e sistema de verificação de falhas. O Sr. Porto disse que os engenheiros da fábrica da Jabil fornecerão orientação na aquisição de matéria-prima, logística de produção e busca de fornecedores, entre outros assuntos.
          Segundo a empresa, o centro receberá startups que já possuem projetos de hardware e também lançará desafios – propostos pela Jabil ou por seus clientes – para desenvolver inovações, remunerando as startups. “As startups que podem lançar seus produtos e vender em maior escala podem se tornar parceiras de fabricação da Jabil”.
          Em todo o mundo, a Jabil atende clientes como Apple, Cisco Systems, Dell Technologies, HP, General Electric, NetApp e Zebra Technologies. No Brasil, a empresa possui unidades fabris em Manaus (Amazonas), Betim e Valinhos (São Paulo).
          A Jabil emprega 260.000 pessoas em todo o mundo em 100 unidades localizadas em 30 países. Em Betim, a Jabil emprega cerca de 1.500 pessoas. A unidade produz itens como conversores de energia renovável, reguladores de tensão, placas e cartões de telecomunicações.
           A empresa possui centros de desenvolvimento de produtos nos Estados Unidos, Alemanha, Israel e Taiwan.
          Para um ano fiscal completo, considerando 2022 como base, a Jabil tem receita aproximada de US$ 32,6 bilhões.
(Fonte: Valor - 28.04.2022)

21 de nov. de 2023

DPA Brasil

          A DPA Brasil foi criada em 2003 e é controlada pelas multinacionais Nestlé e Fonterra. A DPA afirma ser a maior empresa de iogurtes, sobremesas lácteas e requeijão do Brasil, detendo marcas como Chambinho, Molico e Chandelle. 
          Em 11 de outubro de 2023, o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com a imposição de remédios, a compra da DPA Brasil pela francesa Lactalis.
          Entre as restrições, disse o relator do caso, está a obrigação de que marcas vinculadas à Batavo, da Lactalis, sejam adquiridas pela Tirol Lacticínios, de Santa Catarina.
          “Acordo preza pela transferência de marcas bastante valiosas. A consumação da operação depende de efetiva conclusão do contrato de licenciamento”, afirmou o relator Victor Oliveira, que foi acompanhado por unanimidade pelos outros conselheiros do tribunal.
          O negócio foi anunciado no final de 2022, com a imprensa local citando valor de R$ 700 milhões.
          A DPA tem duas fábricas, uma em Pernambuco e outra em São Paulo. Enquanto isso, no Brasil, a Lactalis possui 13 marcas, incluindo Parmalat, Batavo, Itambé e Poços de Caldas.
(Fonte: Reuters/InfoMoney - 11.10.2023)

17 de nov. de 2023

Brasil TecPar

          A Brasil TecPar, holding gaúcha de serviços de internet, possui mais de 440 mil clientes, sendo 30% corporativos e 70% residenciais, e atua no Rio Grande do Sul, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais. Além disso, ainda possui um centro de dados em Joinville (SC).
          Em 25 de outubro de 2023, a Brasil TecPar anunciou a compra da Blink Telecom, empresa mineira de acesso à internet, em uma transação avaliada em R$ 370 milhões. O negócio, que foi fechado no início do mês, representa a maior negociação em valores do grupo, além de sua estreia em uma nova região e envolve 30% do valor em troca de ações e os 70% restantes em dinheiro.
          Com a aquisição, o grupo recebe 150 mil clientes e 550 colaboradores da provedora mineira. “Com isso, a gente abre o mercado em Minas Gerais, um Estado que já estudávamos há um bom tempo”, disse Gustavo Pozzebon Stock, presidente da Brasil TecPar.
          A Blink possui uma receita bruta anual superior a R$ 180 milhões, e segundo Stock, a negociação adiantou para outubro a meta de faturamento anual da Brasil TecPar para R$ 1 bilhão, em 2023, mais do que o dobro da receita de R$ 483 milhões no ano passado.
          A Blink é a nona aquisição da empresa este em 2023 e não deve ser a última, sinaliza o executivo. Este ano, a Brasil TecPar arrematou as empresas de acesso à internet Usafibra, de Porto Alegre; Zecta, de Cuiabá; Selko, da Chapada dos Guimarães (MT); e Hi Telecom, de Sinop (MT); IVeloz, de Itaquaquecetuba (SP); Cybernet e DZ7, de Guarulhos (SP); e TV Alphaville, de Barueri (SP).
          A Brasil TecPar ainda planeja adquirir outras empresas para dar continuidade aos planos de expansão para 2024 e 2025, que também passam pela entrada em Santa Catarina, Paraná, Goiás e Espírito Santo. A holding tem cerca de 100 empresas no radar para futuras aquisições com contratos de confidencialidade assinados, afirma Stock.
(Fonte: Estadão - 26.10.2023)

16 de nov. de 2023

BBF - Brasil BioFuels

          Criada em 2008, a companhia começou explorando óleo de palma em São João da Baliza, em Roraima, para a produção de biodiesel. Com o biocombustível, gera energia elétrica em usinas 
termoelétricas.
          Tido como a principal saída para a descarbonização do transporte aéreo e com grande potencial de exploração no Brasil, o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) tem, por ora,
pouquíssimos projetos em desenvolvimento no paìs.
          O mais avançado é o da Brasil BioFuels (BBF), empresa hoje (novembro de 2023) dedicada à produção de biodiesel, mas que prevê começar a fabricar SAF em 2026, após investir R$ 2,2 bilhões em uma biorrefinaria em Manaus, e outros R$ 2,5 bilhões no plantio de palma de óleo, sua matéria-prima.              A BBF já tem contrato assinado com a Vibra, que terá exclusividade na distribuição do
combustível de aviação por cinco anos.
          A refinaria de SAF, que também produzirá diesel verde (HVO), está em fase de desenvolvimento do projeto executivo. Milton Steagall, presidente da BBF, espera que ela comece a operar a tempo de atender ao futuro aumento da demanda pelo combustível – as companhias aéreas terão de reduzir suas emissões a partir de 2027, o que deve gerar uma forte procura por SAF. O SAF pode ser fabricado a partir de cana-de-açúcar, milho ou palma, gordura animal (como o sebo bovino) e óleo de cozinha usado. E emite de 60% a 80% menos carbono do que o querosene de aviação (QAV). Mas há obstáculos. As empresas dizem ser necessária uma regulamentação que garanta segurança jurídica para
investimentos tão altos.
          A BBF gera 6 mil empregos diretos e 18 mil indiretos na região. E enquanto espera a regulamentação, a empresa expande sua área plantada de palma. Hoje, são 75,6 mil hectares em Rondônia e no Pará, em cinco polos de produção. Mais cem mil hectares serão adicionados até 2026.
          Algumas das áreas em que a empresa planta na cidade de Tomé-Açu (a quase 200 km de Belém, no Pará) são alvo de disputa com comunidades quilombolas e indígenas. Segundo a promotora Ione Nakamura, do Ministério Público do Pará, parte dessas áreas são consideradas públicas – dado que não há um histórico de documentação – e reivindicadas pelas populações tradicionais. A BBF comprou áreas, mas, quando se analisa a cadeia, algumas têm problema de origem”, diz a promotora Ione Nakamura. A empresa, porém, diz que, de acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), não existe sobreposição de suas terras com territórios indígenas e quilombolas. O Incra disse estar levantando dados para saber se há ou não sobreposição de “áreas da BBF com as do território pleiteado pelas comunidades quilombolas”.
          Além da questão fundiária de suas terras no Pará, que não é simples, o Ministério Público do Estado afirma ainda que a BBF deveria ter feito um estudo de impacto ambiental na área de cultivo e criado uma zona de amortecimento entre a sua fazenda e o território indígena. Há também preocupação com o futuro das comunidades locais em razão do empobrecimento da vegetação na região por causa da monocultura de palma e do uso de agrotóxicos que podem contaminar os igarapés. Esses problemas, porém, são anteriores à aquisição das terras pela BBF. O clima na região é de tensão e, segundo apurou a reportagem do Estadão, ambos os lados estão exaltados.
          Em agosto de 2023, poucos dias antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar a Belém para participar da Cúpula da Amazônia, quatro indígenas foram baleados. A versão da BBF é de que a sua propriedade foi invadida e que foi ateado fogo em seus veículos. Os indígenas, por sua vez, dizem que estavam ocupando um território que lhes pertence. Apesar do incidente, Steagall diz que a relação com as comunidades tradicionais das áreas onde a BBF atua “sempre foi boa”. “O problema são aqueles que se infiltram nas comunidades e agem de forma diferente.” Na sua avaliação, para o conflito ser resolvido o Estado precisa ampliar a presença na localidade
          Considerando números de novembro de 2023, a BBF tem 25 usinas em operação, 13 em implementação, atende 140 mil clientes e fatura R$ 1 bilhão por ano. Esse último número deve saltar para cerca de R$ 5 bilhões quando a empresa começar a produzir SAF, prevê Steagall.
(Fonte: Estadão - 09.11.2023)