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30 de mar. de 2022

Revolut

          A fintech Revolut tem sede em Londres e foi fundada em 2015 por Nikolay Storonsky e Vlad Yatsenko. O banco oferece contas globais, com câmbio instantâneo, cartões de débito, cartões virtuais, 
Apple Pay, "cofres" com juros, negociação de ações, criptomoedas, dentre outros serviços.
          É o banco digital mais popular da Europa e sempre citado pelos analistas como um dos
melhores do mundo, e já está em mais de 35 países.
          Com mais de 18 milhões de clientes em todo o mundo, o Revolut foi avaliado em US$ 33 bilhões em sua última rodada de investimentos e concorre com o Nubank pela posição de banco digital mais valioso do mundo. Em junho de 2021, em sua última rodada antes do IPO, o banco brasileiro foi avaliado em US$ 30 bilhões. No IPO em dezembro, chegou a US$ 41,5 bilhões, mas, considerando como base março de 2022, o Nubank tem uma capitalização de mercado de US$ 36,9 bilhões depois que as ações caíram na Nyse.
          No primeiro semestre de 2022, o Revolut finalmente chega ao Brasil. O executivo Glauber Mota, parcialmente responsável pela criação do banco digital do BTG, vai liderar a operação local. O grupo não revelou sua base de usuários projetada no país, mas a expectativa é que o Brasil esteja entre os cinco maiores mercados da Revolut.
          A operação oferecerá inicialmente uma conta e cartão internacional com acesso a várias moedas e, aos poucos, trará a experiência completa do super app global para o Brasil. Espera-se que a oferta completa esteja disponível até o segundo semestre do ano (2022).
          “O Brasil é o maior mercado da América Latina e uma prioridade estratégica para a expansão internacional da Revolut. Com sua vasta experiência no setor financeiro e um excelente histórico, estamos muito satisfeitos que Glauber se junte à Revolut e nos ajude em nossa missão de criar o primeiro super aplicativo financeiro verdadeiramente global”, disse Nik Storonsky, CEO e cofundador da Revolut, em comunicado.
          Glauber Mota se junta ao empreendedor serial Felipe Lachowski, que lidera a equipe de estratégia e operações da Revolut no Brasil, e vai montar a equipe. Além da sede local, o Brasil terá um hub de tecnologia para a América Latina – o banco digital desembarcou em fins de 2021 no México – e servirá de suporte aos brasileiros que já trabalham remotamente para a operação global da Revolut.
          O executivo diz que a Revolut praticamente não investe em marketing, contando com a boa experiência do usuário e o boca a boca, mas pode ter que mudar um pouco essa estratégia para tornar a marca conhecida no Brasil. Questionado sobre o potencial da base de clientes aqui, ele diz que, mesmo pelo fato de começar com uma conta internacional, o público é mais restrito que o do Nubank, por exemplo, que tem 54 milhões de clientes. “Vou ter 50 milhões de clientes? Provavelmente não. No 
primeiro ano, seremos algo como uma mistura de Avenue, Nomad e Wise.
          Quando tivermos uma conta local, crédito, seguro e tudo mais, seremos mais como o negócio de alta renda da C6”, disse ele. Quanto ao cenário competitivo no Brasil, Mota reconheceu que existem muitos bancos digitais, mas acredita que a experiência do cliente na Revolut é algo que fará a diferença. “Lidamos com produtos e clientes de forma diferenciada, por isso nosso NPS [Net Promoter Score] é alto. É tudo baseado em tecnologia, com análise de dados. Nossas sugestões aos clientes são bastante assertivas e oferecemos diversos benefícios. O Reino Unido é pioneiro em open banking e o Revolut aproveita muito isso, e agora poderemos fazer o mesmo no Brasil.”
          Por ser uma empresa privada, não existem informações detalhadas sobre o desempenho financeiro da Revolut. Em sua última rodada de financiamento, em julho de 2021, a fintech revelou que teve receita de £261 milhões em 2020.
          Em fins de maio de 2023, o Revolut foi autorizado pelo Banco Central do Brasil (BCB) a operar como Sociedade de Crédito Direto (SCD), o que lhe permitirá ampliar seu portfólio de produtos e serviços. Glauber Mota enfatizou a urgência de adquirir a licença para habilitar a funcionalidade de 
investimento dentro de sua plataforma, disse ele em entrevista à iupana em 2022.
          Considerando dados de agosto de 2023, a Revolut é a fintech mais popular da Europa, com 27 milhões de clientes em 37 países, que realizam cerca de 400 milhões de transações por ano, e reúne mais de 50 produtos, de compra de criptomoedas a aluguel de casas.
(Fonte: Valor - 29.03.2022 / Wikipédia / iupana - 26.05.2023 / Época Negócios - 10.08.2023 - partes)







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