Em 2020, porém, a família Trecenti ampliou seus horizontes na economia circular e inaugurou as operações da Lwart, que passou a se chamar Lwart Soluções Ambientais, para gestão de resíduos pós-consumo. A empresa é referência internacional em rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado. Thiago Trecenti, presidente-executivo da Lwart Soluções Ambientais faz parte da terceira geração da família fundadora da Lwart.
Em 23 de outubro de 2023, a Lwart Soluções Ambientais informa que investirá R$ 1 bilhão na expansão da unidade de Lençóis Paulista, no estado de São Paulo. Trata-se da ampliação do rerrefino de óleos lubrificantes. Com esse investimento, a empresa torna-se a segunda maior rerrefinaria do mundo.
Com base no investimento, a empresa também aumentará em 50% a capacidade de produção de óleo base reciclado, obtido no processo de rerrefino e que poderá ser reaproveitado na produção de lubrificantes, com características iguais ou superiores ao óleo bruto. O Brasil tem cerca de 40 produtores de lubrificantes, incluindo Petrobras, Iconic (Ipiranga/Chevron), Moove (Cosan), Petronas e ExxonMobil.
A Lwart se destacou entre seus concorrentes, inclusive estrangeiros, por ter investido em sofisticada tecnologia de rerrefino, parcialmente construída internamente, resultando em um óleo mineral de maior pureza, incolor e com muito melhor desempenho que os óleos do grupo I, os mais básicos. É o único produtor da América Latina de óleos básicos de alto desempenho (grupo II, no jargão da indústria), cujo consumo é o que mais cresce globalmente.
Na fábrica paulista, semelhante a uma minirrefinaria, a empresa processa 240 milhões de litros por ano de óleo lubrificante usado ou contaminado (UCLO). Com a ampliação, esse volume passará para 360 milhões de litros anuais. A capacidade de produção de óleos básicos é hoje de 180 milhões de litros por ano.
A decisão de avançar com o projeto bilionário considerou uma combinação de fatores, disse Trecenti ao Valor. Existe um déficit na produção local; os clientes, que são os próprios fabricantes de lubrificantes, têm exigido cada vez mais óleos base e de maior pureza; e a eletrificação da frota de veículos, que representa uma ameaça ao consumo de lubrificantes no mundo, ainda parece distante no Brasil —os híbridos precisam desse tipo de óleo, enquanto os veículos totalmente elétricos não. “Há uma janela importante e não poderíamos adiá-la. E a busca pela sustentabilidade está cada vez mais forte”, disse Trecenti.
Com base no investimento, a empresa também aumentará em 50% a capacidade de produção de óleo base reciclado, obtido no processo de rerrefino e que poderá ser reaproveitado na produção de lubrificantes, com características iguais ou superiores ao óleo bruto. O Brasil tem cerca de 40 produtores de lubrificantes, incluindo Petrobras, Iconic (Ipiranga/Chevron), Moove (Cosan), Petronas e ExxonMobil.
A Lwart se destacou entre seus concorrentes, inclusive estrangeiros, por ter investido em sofisticada tecnologia de rerrefino, parcialmente construída internamente, resultando em um óleo mineral de maior pureza, incolor e com muito melhor desempenho que os óleos do grupo I, os mais básicos. É o único produtor da América Latina de óleos básicos de alto desempenho (grupo II, no jargão da indústria), cujo consumo é o que mais cresce globalmente.
Na fábrica paulista, semelhante a uma minirrefinaria, a empresa processa 240 milhões de litros por ano de óleo lubrificante usado ou contaminado (UCLO). Com a ampliação, esse volume passará para 360 milhões de litros anuais. A capacidade de produção de óleos básicos é hoje de 180 milhões de litros por ano.
A decisão de avançar com o projeto bilionário considerou uma combinação de fatores, disse Trecenti ao Valor. Existe um déficit na produção local; os clientes, que são os próprios fabricantes de lubrificantes, têm exigido cada vez mais óleos base e de maior pureza; e a eletrificação da frota de veículos, que representa uma ameaça ao consumo de lubrificantes no mundo, ainda parece distante no Brasil —os híbridos precisam desse tipo de óleo, enquanto os veículos totalmente elétricos não. “Há uma janela importante e não poderíamos adiá-la. E a busca pela sustentabilidade está cada vez mais forte”, disse Trecenti.
A Lwart já tem bases suficientemente amplas para recolher maiores volumes de óleo usado. Com 19 unidades de armazenamento temporário espalhadas pelo Brasil e uma frota de 400 caminhões com capacidade de 2 mil a 20 mil litros cada, a empresa cobre mais de 70% do território nacional. Possui 80 mil fontes geradoras de petróleo, como concessionárias, frotistas, redes de postos de combustíveis e fabricantes. Todo o volume arrecadado é levado para Lençóis Paulista e reciclado.
Segundo Trecenti, cerca de R$ 600 milhões do investimento previsto serão direcionados para operações industriais. Outros R$ 300 milhões serão investidos na ampliação da rede coletora e R$ 100 milhões na autossuficiência energética, status que a Lwart perdeu ao vender a Lwarcel.
Além de reduzir a dependência do Brasil de óleos básicos importados, o investimento no projeto de expansão, com início de operação previsto para 2025, contribui para aumentar o reaproveitamento de óleo lubrificante. Por lei, pelo menos 47% do volume de produtos acabados vendidos no país devem ser recolhidos e reciclados devido à sua elevada carga poluente. Estima-se que pelo menos 20% dos lubrificantes usados poderiam ser reutilizados através de rerrefino. O pior destino é queimá-lo como combustível, o que é ilegal.
Hoje, a empresa gerencia 114 mil toneladas de resíduos por ano em sua base em Piracicaba (SP), mas deseja crescer em volume. “O foco é a tecnologia. Veremos isso e depois o [tipo] de resíduo. Como fizemos com os lubrificantes”, disse Trecenti.
Além de reduzir a dependência do Brasil de óleos básicos importados, o investimento no projeto de expansão, com início de operação previsto para 2025, contribui para aumentar o reaproveitamento de óleo lubrificante. Por lei, pelo menos 47% do volume de produtos acabados vendidos no país devem ser recolhidos e reciclados devido à sua elevada carga poluente. Estima-se que pelo menos 20% dos lubrificantes usados poderiam ser reutilizados através de rerrefino. O pior destino é queimá-lo como combustível, o que é ilegal.
Hoje, a empresa gerencia 114 mil toneladas de resíduos por ano em sua base em Piracicaba (SP), mas deseja crescer em volume. “O foco é a tecnologia. Veremos isso e depois o [tipo] de resíduo. Como fizemos com os lubrificantes”, disse Trecenti.
A Lwart teve receita líquida de R$ 1,2 bilhão em 2022. O número de funcionários chega a 1,4 mil e mais 400 vagas serão abertas com a expansão na fábrica de Lençóis Paulista. Outros 1.200 trabalhadores serão contratados durante a execução do projeto.
(Fonte: jornal Valor - 23.10.2023)
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