A empresa madeireira Berneck & Cia. foi fundada em 1952 por Bernardo von Muller Berneck, com um serraria em Bituruna e uma fábrica de beneficiamento de madeira em União da Vitória, ambas no estado do Paraná. No final do ano de fundação, por uma coincidência desastrosa, as duas fábricas foram consumidas por incêndios sem nenhuma relação entre si.
Em 1953, acreditando no ramo da madeira, Berneck investiu na produção de lâminas torneadas de pinho, utilizadas para a produção de compensados. Em 1956, iniciou a produção de compensados de pinho. Nesse mesmo ano, a empresa se deparou com mais um incêndio na unidade de Biturama, destruindo por completo a fábrica de compensados. Com a ajuda de colonos da região, a fábrica foi
reconstruída num tempo recorde de 50 dias.
Em 1961, a família Berneck se mudou para Curitiba, onde iniciaram uma nova fábrica de compensados. Três anos depois, em 1964, a Berneck inaugurou a primeira laminadora de cedro, em Toledo, no interior do Paraná. Nos anos seguintes, iniciou laminadoras em Cascavel, Assis Chateaubriand, Palotina, Catanduvas, Medianeira e Guaíra, todas no Paraná, totalizando sete unidades de produção de lâminas onduladas (matéria prima para a produção de compensados), com a centralização da produção de
compensados em Curitiba.
Na região da Lapa, no Paraná, por volta de 1967, a Berneck começou o reflorestamento de pinus, numa época em que as empresas de uma maneira geral extraíam em grande ritmo as araucárias nativas. No ano seguinte, 1968, iniciou a exportação de compensado para clientes de Porto Rico. Em 1970,
numa nova unidade fabril na Cidade Industrial de Curitiba, a empresa começou a produzir portas.
Em 1972, a Berneck instalou mais uma unidade de produção de lâminas torneadas e também uma fábrica de lâminas fraqueadas de madeiras tropicas em Várzea Grande, no Mato Grosso. Com essas lâminas, deu início à fabricação de compensados decorativos. Com o sucesso de vendas do compensado decorativo, a Berneck investiu em mais uma fábrica de lâminas, em Vilhena, Rondônia, em 1976.
Gilson Mueller Berneck, então com 26 anos assume o comando da empresa em 1976. Dois anos depois, em 1978, a empresa investiu em outra unidade industrial, em Brasnorte, Mato Grosso, para serrar madeira, oferecendo mais um produto em seu mix. Outra unidade de produção de lâminas fraqueadas foi inaugurada em 1980, em Belém, estado do Pará. A Berneck & Cia. passou a contar com
11 unidades em cinco estados.
Uma nova planta industrial, com uma nova linha de produto, os painéis de aglomerado foi inaugurada em 1985, em Araucária, nos arredores de Curitiba. Junto com a prensa de painel, que tinha capacidade de produção de 60.000 metros cúbicos, foi instalada uma serraria para pinus, formando a geração de cavacos para fabricação do aglomerado. A unidade de Araucária se transformou na matriz da empresa.
No final da década de 1980, a Berneck buscou garantir a continuidade do manejo de madeira tropical, com o reflorestamento do mogno, madeira nobre de grande valor. Mas, mais de 1,5 milhão de árvores foi totalmente dizimada com o ataque de borboletas. Em 1990 a Berneck iniciou o plantio de
teca (tectona grandis) com grande êxito.
Ao se associar ao grupo Bozano Simonsen, em 1992, a empresa mudou a razão social para Berneck Aglomerados S.A. após expansão com grande áreas florestais. Em dezembro de 2003, a Berneck recomprou a participação do grupo Bozano Simonsen após 12 anos de uma parceria muito
profícua.
Com a expansão da produção de painéis de madeira reconstituída e a dificuldade cada vez maior de lidar com madeira tropical, em 2005 a Berneck encerrou a fabricação de compensados, produto que
foi o início da empresa e responsável por grande parte de seu crescimento até o final dos anos 1980.
Em outubro de 2008, a unidade do Paraná inaugurou uma fábrica de MDF voltada para a produção de painéis finos, conhecidos como HDF. Com essa linha de produtos, a Berneck completa seu mix para a indústria de móveis e altera sua razão social para Berneck S.A. Paínéis e Serrados.
Em 2012, a Berneck marca seus 60 anos de fundação com a inauguração de um complexo
industrial em Curitibanos, Santa Catarina.
Com um projeto inovado, em 2022, a Berneck inaugura sua nova unidade fabril, com 105 mil
metros quadrados de área construída, em Lages, Santa Catarina.
(Fonte: site da empresa)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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10 de jul. de 2022
Berneck
8 de jul. de 2022
Eisenmann
(Fonte: IstoÉDinheiro - 07.07.2022)
4 de jul. de 2022
M.A.C.
A canadense M.A.C foi fundada por um maquiador e um fotógrafo cansados de como as
maquiagens normalmente pareciam ruins nas fotos de editoriais.
Na cozinha deles, decidiram colocar mãos à obra e criar os próprios produtos. Mas a maior sacada mesmo foi embalar os cosméticos em potinhos pretos, em vez dos famosos compactos, algo que logo
virou a marca-registrada da companhia.
Quanto ao nome, nada de mistério, é simplesmente as iniciais de Make-up Art Cosmetics
(Maquiagem Arte Cosméticos).
(Fonte: revista Cláudia - 18.08.2016)
Colcci
Em 2000, a Colcci foi adquirida pelo grupo AMC têxtil (grupo Menegotti) e Lila continuou como sua diretora criativa. O símbolo de estilo da grife foi reformulado, a marca tornou-se de alto luxo e os consumidores passaram a encontrar os produtos da marca em lojas multimarcas. A grife voltou seus produtos para o público jovem, trazendo sempre novas tendências de moda.
Desde então, a grife ganhou espaço no mercado internacional e está presente em mais de trinta países. A Colcci é uma marca reconhecida por seu bom gosto em design e estilo.
Cora Bank
Foi idealizada por Igor Senra e Leonardo Mendes, que também criaram a plataforma Moip (Vendida em 2016, à alemã Wirecard, por R$ 165 milhões). De acordo com o portal Globo, o novo projeto contou com R$10 milhões em investimentos iniciais.
Após obter aprovação do Banco Central, a Cora Bank passou a disponibilizar contas digitais e diferentes funcionalidades para seus clientes.
Higer
A Higer montou um plano de negócios para sair às ruas no Brasil e fazer do país a porta de entrada para seus vizinhos da América do Sul e Central, como Peru e Colômbia. A empresa pretende disputar espaço com grandes marcas que dominam o mercado brasileiro, algumas das quais atuam no país há mais de 60 anos.
O plano de negócios prevê que os operadores do sistema de transporte, sejam eles privados ou públicos, não precisarão comprar os veículos nem se preocupar com a infraestrutura de recarga. Tudo será alugado. O ônibus elétrico é 2,5 vezes mais caro que um movido a diesel. “Um ônibus a combustão custa cerca de R$ 900 mil. O elétrico chega a R$ 2,6 milhões”, disse Marcelo Barella, executivo chefe da Higer para a América Latina. Barella trabalha na Higer desde 2004 em diversos países. No Brasil, a empresa chinesa atuará com a TEVx Motors, que importará e distribuirá os veículos.
Em São Paulo, a Higer assinou um acordo com a Enel para disputar o fornecimento de ônibus elétricos na cidade, que é o maior mercado do Brasil – e o lugar perfeito para estrear no país, na visão da empresa chinesa. A empresa italiana de energia detém a concessão de distribuição de energia na capital paulista e em outras 22 cidades da região metropolitana ao seu redor. A Enel concorrerá em licitações para o fornecimento dos veículos. Se vencer, a Enel comprará os veículos da Higer, montará a infraestrutura de recarga e alugará o pacote completo para as operadoras. A Higer fará manutenção de ônibus e treinamento de motoristas, o que inclui ter seu próprio pessoal dentro das garagens dos operadores. Barella lembrou que São Paulo tem 14.000 ônibus e planeja chegar a 12.000 ônibus elétricos até 2028. Desse total, 2.600 estariam rodando até 2024 e 600 entre 2022 e 2023. A empresa pretende ganhar espaço em São Paulo, por ser um dos sistemas de transporte urbano mais complexos do mundo. Se conseguir atender aos padrões da SPTrans, que administra o sistema da cidade, a empresa poderia atender qualquer outra cidade do país.
A princípio, os veículos movidos a bateria serão importados inteiros, mas a empresa está negociando com o governo cearense uma área no porto para instalar uma linha de montagem, com investimento estimado em R$ 20 milhões. Com a unidade local, a ideia é importar os ônibus em sistema PKD (Partial Knock-Down). A estrutura do carro viria pronta e aqui seriam colocadas as janelas, bancos e motor.
Em um segundo momento, seria adotado o sistema SKD (Semi Knock-Down), com maior valor agregado. Barella explica que boa parte dos fornecedores da montadora na China já estão no Brasil e podem atender às necessidades da Higer no Ceará. São fornecedores globais, como Siemens e Dana, para motores; ZF para suspensão; Bosch para caixas de direção; ou Wabco para freios. As baterias são da CATL, que assinou um acordo com a fabricante brasileira de baterias Moura para serviços de pós-venda. A unidade cearense também será a base de exportação da região.
A escolha do Ceará revela o próximo passo na estratégia da montadora para o Brasil: os ônibus movidos a hidrogênio. O estado possui uma grande oferta de energia limpa e diversos projetos para produção de hidrogênio verde no médio prazo. A Higer já tem 400 ônibus a hidrogênio rodando na China. Mas é um projeto de longo prazo no Brasil.
Bem antes do uso do hidrogênio, o grupo asiático planeja entrar no segmento de furgões e caminhões elétricos de passageiros e cargas no Brasil. As vans devem chegar ainda em 2022 e exigirão uma rede de revendedores. Por outro lado, Barella reconheceu que a concorrência por caminhões provavelmente será acirrada.
A Higer tem quatro fábricas na China e faturou US$ 5,5 bilhões em 2021. Já tem 50.000 ônibus elétricos nas ruas – principalmente na China, mas também na Europa.
(Fonte: jornal Valor - 04.07.2022)
1 de jul. de 2022
Simec
Três anos após iniciar a produção no Brasil, a Simec tornou-se a terceira maior fabricante de aços longos (vergalhões, fio-máquina, barras e perfis) do mercado brasileiro. Está atrás da líder ArcelorMittal e Gerdau. Também concorre com a AVB (Aço Verde), Sinobras e o negócio de aços longos da CSN.
No Brasil, a Simec já atende os mercados das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e parte do Nordeste, por meio de siderúrgicas localizadas em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O grupo Simec é o terceiro maior produtor de aços longos do Brasil.
Em 30 de junho de 2022 o grupo Simec divulgou um investimento de US$ 300 milhões para duplicar sua siderúrgica localizada em Pindamonhangaba, a 140 quilômetros de São Paulo.
A expectativa é que a expansão esteja pronta em meados de 2024, com obras de construção e montagem começando no segundo semestre do ano, disse Jaime Moncada Ramos, presidente-executivo da empresa no Brasil. O investimento consiste em uma nova aciaria elétrica e um novo laminador, com tecnologia alemã de última geração. O equipamento será enviado da China em julho.
Com a duplicação, a capacidade instalada da siderúrgica de Pindamonhangaba aumentará para 1 milhão de toneladas de aço bruto (tarugos) por ano. Atualmente, a capacidade é de 500 mil toneladas por ano.
A unidade de Pindamonhangaba vai ampliar a oferta ao mercado de vergalhões retos e laminados – produto utilizado para construção civil e projetos imobiliários – e fio-máquina, para diversas aplicações industriais, como arames e pregos.
Segundo Moncada, grande parte da infra-estrutura para expansão já existe no local, próximo à atual linha de produção, facilitando a instalação da nova planta. A localização, próxima à Rodovia Presidente Dutra, na região São Paulo-Rio de Janeiro, é uma vantagem logística para a aquisição de sucata de ferro e aço e para a distribuição dos produtos ao mercado.
De acordo com a empresa, serão gerados 1.200 empregos durante as obras e contratados 450 funcionários para operar a nova linha em Pindamonhangaba. A geração de empregos e impostos adicionais faz parte do programa do governo do estado de São Paulo para estimular novos investimentos no estado.
(Fonte: jornal Valor - 30.06.2022)
29 de jun. de 2022
Telefunken
Os televisores sob a marca Telefunken são produzidos pela empresa turca Profilio-Telra. Enquadra-se no segmento de produtos simples, uma vez que são utilizados componentes baratos no processo de montagem.
Mas os consumidores não devem esperar uma revolução em termos de televisores ou imagem. A marca vai reaparecer com uma linha de eletrodomésticos e eletroportáteis, e é representada no Brasil pela empresa de capital argentino Someco, e que atua por aqui há 25 anos.
Os eletros da marca Telefunken serão fabricados na China e vendidos por meio do comércio eletrônico e em lojas físicas de varejistas.
Segundo Palacios, hoje a marca está presente em 120 países. Destes, o grupo Someco, familiar e de capital fechado, é o licenciador na América do Sul. Operando na Argentina, no Chile e no Brasil, a marca chega, em breve, ao Peru e à Bolívia. Palacios comanda a Someco no Brasil desde 2004.
No Brasil, a companhia adquiriu o direito da Telefunken Licenses de explorar a marca por dez anos, com possibilidade de renovar o contrato. Os produtos Telefunken vendidos no Brasil são fabricados na Ásia e importados pela Someco. A empresa argentina, fundada em 1947, está no Brasil desde 1997. A Someco atua no Brasil com as marcas próprias Novik, SKP Pro Audio e Probass, de equipamentos de áudio profissional e para o consumidor final. Também é distribuidora das marcas americanas de instrumentos musicais Peavey e Fender.
(Fonte: Wikipédia - Blog do Almir Freitas - 29.06.2022 / OESP - 31.08.2022 - partes)
28 de jun. de 2022
Vivix (Grupo Cornélio Brennand)
O forno será praticamente todo importado. Será abastecido principalmente com gás natural. Uma parte residual usará eletricidade. O grupo possui minas de minério para abastecer a usina em região próxima.
A unidade empregava, em meados de 2022, 360 pessoas. Quando o novo forno estiver totalmente operacional, a expectativa é que a força de trabalho ultrapasse 600 pessoas.