O empreendedor gaúcho Álvaro Alves Sobrinho teve pelo menos meia dúzia de ideias bem originais antes de criar a Beralv, fabricante de produtos de limpeza.
O negócio com produtos de limpeza da Beralv começou em 1976. Em 1985, a empresa criou o primeiro bastão sanitário para vasos, o Fluss Azul Ativo. Em seguida, colocou no mercado um limpador de tênis. Em setembro de 1995, depois de dezoito meses de pesquisas, lançou o Ovo Azul, um produto
especialmente desenvolvido para eliminar odores na geladeira.
Em 1995, a Beralv teve um faturamento de 20 milhões de dólares.
(Fonte: revista Exame - 27.09.1995)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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11 de out. de 2022
Beralv
C&C
A C&C foi fundada pelo banqueiro Aloysio Faria, dono do banco Alfa. Faria já controlava a Conibra, uma rede de médio porte com cinco lojas em São Paulo. Depois da venda do Real para o ABN AmRo, em 1998 - e de embolsar mais de 2 bilhões de dólares com o negócio -, o banqueiro decidiu
entrar para valer no varejo de materiais para construção.
No início de 2000 ele comprou a Madeirense, até então a maior rede do país, com 12 lojas no estado de São Paulo. No fim do 1º semestre de 2001, abriu a 18ª loja, em São José do Rio Preto, no interior paulista. Isso a consolidava como a maior rede do país.
Segundo Jorge Gonçalves Filho, diretor-geral da C&C, fazia parte da estratégia de crescimento a expansão para outros estados nas regiões Sul e Sudeste.
Em 2019, a cadeia de materiais de construção da família Faria passou por uma reestruturação, mas a empresa chegou enfraquecida em 2020, ano marcado pela pandemia, pois não estava preparada para vendas online, dizem fontes. Aloysio Faria resistiu à ideia de vender a rede que fundou, dizem
fontes familiarizadas com o assunto.
Após a morte do banqueiro, em 2020, as filhas herdeiras contrataram bancos de investimento para avaliar o negócio – além do Alfa Bank e C&C, a família Faria é dona da Agropalma, da rede de
sorvetes La Basque, da rede hoteleira Transamérica, da Águas Prata e de emissoras de rádio.
A C&C estava (em outubro de 2022) em negociações com o BTG Pactual para estudar a venda do negócio. A rede tinha então 36 unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. As negociações para a venda da rede acontecem informalmente há alguns anos.
Com faturamento abaixo de R$ 1 bilhão, a empresa já começou a demitir executivos e fecharia pelo menos 12 lojas até o final de 2023, apurou o jornal Valor. É consenso que o modelo de grandes lojas para varejistas de materiais de construção não está mais funcionando e que pelo menos um terço das lojas do grupo é deficitária. A rede faturava então de R$ 70 milhões a R$ 80 milhões por mês.
Em 10 de outubro de 2023 é feita a divulgação que o conglomerado Grupo Alfa vendeu a varejista de casa e construção C&C, então com 28 lojas em funcionamento, para a Arcos Gestão e Investimento (AGI). O negócio aconteceu no fim de setembro e o valor da operação não foi divulgado.
A operação de venda foi estruturada pela Prisma Capital, que atuou como assessora financeira da AGI. Já o BTG Pactual operou como assessor financeiro do Grupo Alfa durante a transação.
A AGI foi criada por executivos egressos da Legion Holdings, empresa de investimentos do empresário Fábio Carvalho, ex-presidente da Casa & Vídeo e que foi responsável pela reestruturação da Lojas Leader.
Em registro na Junta Comercial de São Paulo, sede da C&C, a C&C reporta um capital de R$ 1,4 bilhão. A venda vem em um momento em que a varejista trabalhava na redução da operação, com o fechamento de lojas. Ao menos seis unidades foram encerradas no último ano. Segundo comunicado da empresa, a Prisma irá continuar "oferecendo apoio à C&C, trazendo uma visão técnica e complementar, além de promover soluções financeiras e de capital".
(Fonte: revista Exame - 22.08.2001 / jornal Valor - 11.10.2022 / 28.06.2023 / Agência Globo - 10.10.2023 - partes)
10 de out. de 2022
Arby's
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992 / msn - Photos - 15.06.2018 - partes)
CBC - Companhia Brasileira de Cartuchos
A CBC - Companhia Brasileira de Cartuchos, fabricante de armas e munições, foi fundada em 1926, pela família Matarazzo. Depois disso a CBC teve vários donos até que o grupo Arbi do Rio de Janeiro adquiriu 70% de seu controle.
Logo depois do Plano Collor, em março de 1990, a CBC recebeu um impacto semelhante a um tiro de uma MT 586P, uma pump action, espingarda de repetição produzida pela empresa. As alíquotas de importação para balas e cartuchos despencaram, de uma só vez, de 80% para 20%. Para piorar, as Forças Armadas, um dos principais clientes, entraram num duro período de contenção de despesas, o que abalou ainda mais a situação da empresa. Doloroso num primeiro momento, o golpe serviu para
abrir os olhos dos dois acionistas da CBC, o grupo Arbi e a estatal Imbel.
Em março de 1990, o grupo enviou seu presidente Antonio Marcos Moraes Barros para encontrar uma saída para esses problemas. Cercada no mercado interno, a empresa se voltou para o exterior. Menos de dois anos depois (setembro de 1992), 70% do faturamento de 50 milhões de dólares vinha das vendas de munições para mais de cinquenta países, entre eles Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha. Mesmo com a virada, a empresa não conseguiu superar inteiramente as dificuldades, o que esperava fazê-lo com os resultados de um amplo controle de qualidade e produtividade lançado na empresa no final de 1991.
Em 2013, Luis Fernando Costa Estima, diretor e sócio da Forjas Taurus negociou a entrada da CBC no capital da empresa: vendeu parte de suas ações à CBC, que comprou outras no mercado até ficar com 15% de participação. Assim, Estima, CBC e outros acionistas passaram a ter maioria no conselho da Forjas Taurus. Em meados de 2014, a Taurus enfrentava um conjunto nada simples de problemas. Sócios em guerra, mais concorrência - a austríaca Glock e a checa CZ planejavam instalar fábricas aqui -, dívida em alta e a pior de todas, para a imagem da empresa: a Polícia Militar de São
Paulo parou de usar, temporariamente, 98.000 pistolas da Taurus, depois de algumas terem disparado
sozinhas.
Em 2015, a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) assume a Taurus, então uma monopolista em grave crise financeira e de imagem. Após a compra, foi dado início a uma reestruturação, em que a
empresa fechou duas das três fábricas, concentrando a produção em São Leopoldo (RS).
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992 / 26.07.2014 - partes)
Mineirão Supermercados
Em 1987, os sócios, todos mineiros, Walter Santos Anantes, Vicente Bretz da Silva e Ronosalto Pereira Neves compraram quatro lojas de uma rede de supermercados mineira que enfrentava dificuldades financeiras.
Desde o início da sociedade, os três sócios nunca pensaram em depender de receitas financeiras. "Não entendemos nada de bancos", diz Silva, responsável pela área de administração e finanças da rede. Em compensação, comércio é um assunto pelo qual eles transitam com desenvoltura. Quando tinha 6 anos, Neves, nascido em 1958, comprava verduras dos feirantes e as revendia à vizinhança do bairro. Com o tempo, passou a fazer encomendas, regatear no preço e aumentar seu lucro. A partir daí, ele e
Silva, amigos desde essa época, nunca mais deixaram o comércio.
Ao terceiro sócio, Anantes, então funcionário da rede de supermercados Dragão, eles se uniram em 1987, para fundar a rede.
Vendendo grandes volumes de mercadorias a preço baixo, a Mineirão expandiu seus negócios. Em 1990, tinha aumentado sua rede para dez lojas.
Em setembro de 1998 já possuíam 25 lojas na região de Belo Horizonte e era a primeira em número de pontos-de-venda entre as redes de supermercado de Minas Gerias..
Seu faturamento em 1997 foi de 36,8 milhões de dólares, com 1.400 funcionários.
Por volta de 2006, a rede Mineirão foi vendida ao Carrefour.
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992)
8 de out. de 2022
ING Bank
O ING (Internationale Nederlanden Group) Bank é resultado da fusão do NMB Bank com a Nationale Nederlanden, a maior companhia de seguros da Holanda.
No Brasil, a notícia sobre a fusão veio a lume em setembro de 1992. Em anúncios publicados na imprensa brasileira, é informada a mudança do nome NMB Bank, que passou a se chamar ING Bank, não só no Brasil mas em todos os países em que opera.
Considerando dados de setembro de 1992, o ING Group era um dos principais conglomerados
financeiros da Europa, com ativos de US$ 174 bilhões e patrimônio de US$ 8,8 bilhões.
Em 5 de março de 1995, administradores do ING e do Barings anunciaram a compra do Barings pelo ING pelo valor simbólico de 1 libra. A Ernst & Young administrava o Barings desde a sua falência, uma semana antes. Segundo o acordo, o grupo holandês forneceria 660 milhões de libras (US$ 1,07 bilhão) à vista para que o banco pudesse retomar suas atividades no mercado. O nome Barings seria mantido. O banco mais antigo do mundo, com 233 anos de existência, sucumbiu.
(Fonte: revista Exame (anúncio comercial) - 16.09.1992 / Folha de S.Paulo - 06.03.1995 - partes)
7 de out. de 2022
Noar
Nordeste Linha Aéreas
A Nordeste Linhas Aéreas era controlada pela família do ex-governador da Bahia Nilo Coelho.
Em meados de 1992, o empresário Marcos Sampaio Ferreira, ex-dono da Bombril, dispunha-se a desembolsar os 7 milhões de dólares pedidos pela Nordeste. Era pouco, mas a companhia não valia mais do que isso: estava afundada em dívidas, tivera 40 milhões de dólares de prejuízo em 1991, e sua frota
sucateara-se. Ferreira já era dono da Pantanal, companhia de voos regionais de Mato Grosso.
O maior patrimônio da Nordeste eram as linhas para 26 cidades e a operação exclusiva das rotas
para Fernando de Noronha.
O negócio só estava emperrado porque o governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, não se
conformava com o fato de o estado ter perdido o controle da companhia.
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992)
Tampax
As mulheres encontraram maneiras de conviver com seus períodos desde os antigos egípcios e gregos – e essas soluções só ficaram mais avançadas e convenientes à medida que a ciência médica e a diligência humana floresceram. O tampão, como o conhecemos hoje, foi inventado pela primeira vez em 1929 pelo Dr. Earle Haas. Sete anos depois, em 1936, a empresária de Denver Gertrude Tenderich comprou a patente e fundou a Tampax Sales Corporation – onde atuou como presidente.
Em 7 de março de 1936, a Tampax Incorporated é formalmente constituída sob as leis do estado de Delaware. Poucos meses depois, em 26 de julho de 1936, o primeiro anúncio de Tampax aparece na American Weekly.
Em1939, o médico Harry S. Sackren conduz um estudo abrangente sobre tampões, concluindo que os produtos Tampax são seguros e fáceis de usar, bem como geralmente considerados favoravelmente pelas mulheres que os usam.
Em março de 1941, a primeira consultora educacional em tempo integral da Tampax, Mabel Mathews, estabelece o primeiro departamento educacional formal da empresa.
Também em 1941, diante da expulsão de sua fábrica e posterior venda para a Johnson & Johnson, a Tampax transfere as operações de Nova Jersey para uma fábrica têxtil em Three Rivers, Massachusetts. Ainda em 1941, Tampax começa a produzir bandagens de algodão e curativos cirúrgicos para os militares dos EUA, juntamente com a produção de tampões durante a Segunda Guerra Mundial.
No período de 1941 a 1945, com milhões de mulheres entrando no mercado de trabalho e um período de prosperidade sem precedentes em tempos de guerra, a Tampax experimenta um crescimento explosivo de vendas
Em 1951, a Tampax constrói novas instalações de produção, expande as existentes e lança subsidiárias internacionais de fabricação para acompanhar a demanda.
Quatro anos depois, em 1955, a “família Tampax” se une para se recuperar da devastação do furacão Diane.
Na década de 1970, à medida que Playtex, Kimberly-Clark e Johnson & Johnson surgem como concorrentes diretos do Tampax, o mercado de absorventes internos fica consideravelmente mais acirrado.
Na década de 1980, relatórios médicos começam a discutir a síndrome do choque tóxico (TSS) e seus efeitos nocivos para mulheres menstruadas. Depois que os testes do CDC mostram que o Tampax está entre as opções mais seguras do mercado, a Tampax lança uma campanha educativa para informar os consumidores sobre o TSS.
Em 1981, a Tampax apresenta o Maxithins, um novo absorvente revolucionário tão fino que pode ser dobrado para facilitar o armazenamento, mas suficientemente absorvente para fornecer proteção de tamanho completo. Em junho do mesmo ano (1981), Edwin H. Shutt, Jr., recém-nomeado presidente da Tampax, começa a expandir rapidamente as ofertas de produtos por meio de aquisição e desenvolvimento.
A Tampax comemora seu 50º aniversário em 1986 com participação de mercado de mais de 60%
nos EUA, além de enviar quase metade de todas as unidades de varejo para mercados além dos EUA.
No Brasil, em 1992, a americana Tambrands ficou com um único produto, o Tampax, após enxugar seu quadro de funcionários de 350 para dezoito, após a venda de suas linhas de fraldas descartáveis e absorventes externos. O Tampax era importado e distribuído pela Gessy Lever. A Tambrands iria começar do zero após inauguração de uma fábrica mais moderna do Tampax, em 1994.
A Tampax é comprada pela Procter & Gamble em 1997 e continua a manter uma participação dominante no mercado de absorventes internos dos EUA até os dias atuais.
Em 2002, a Tampax apresenta a linha de produtos Pearl, com aplicador plástico e ponta arredondada, que rapidamente se torna um item básico da família Tampax.
Tampax e Always se unem em 2013, para criar a coleção Radiant – uma linha de tampões e absorventes com embalagem discreta.
Em 2015, a Tampax lança o Pocket Pearl – trazendo a proteção poderosa dos tampões Pearl de tamanho normal para um aplicador de bolso.
(Fonte: site da empresa / revista Exame - 16.09.1992 - partes)