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21 de out. de 2022

Acelen

           A Acelen foi criada pelo fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Capital, para a operação da 
gestão de refinaria recém adquirida no Brasil.
          Em 30 de novembro de 2021, o Mubadala finalizou a compra da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, na Bahia e seus ativos logísticos associados.A unidade passa a se chamar Refinaria de Mataripe, que é o nome do distrito onde está localizada, no município de São 
Francisco do Conde.
          A operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões) para a Petrobras, valor que reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. A partir de 1º de dezembro de 2021 a Acelen assumiu a gestão da refinaria.
          De acordo com o presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren, “a prioridade é garantir excelência na produção e operação da refinaria, além de uma transição estruturada, serena e sem ruptura. É criar valor com atenção especial às pessoas e ao meio ambiente. Enfatizamos sempre o compromisso de longo prazo que temos com o país e as regiões onde atuamos.”
          Com a conclusão da venda, inicia-se uma fase de transição em que as equipes da Petrobras apoiarão a Acelen nas operações da Refinaria de Mataripe. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional. A Petrobras e o Mubadala Capital reafirmam o compromisso estrito com a segurança operacional na refinaria em todas as fases da operação.
          A estatal informou que nenhum empregado da Petrobras será demitido por conta da transferência do controle da RLAM para o novo dono. Os empregados da Petrobras poderão optar por transferência para outras áreas da empresa ou aderir ao Programa de Desligamento Voluntário, com pacote de benefícios.
          Em 21 de outubro de 2022, a Acelen informou que deu início à produção e venda de butano para o Brasil, já visando atender a 10% do mercado. Até então, segundo a Acelen, 100% do produto comercializado no país era importado da Argentina e da Bolívia.
          O produto desenvolvido e comercializado pela empresa possui alto nível de pureza e é utilizado, através da combinação com outros gases, em cosméticos, como espumas de barbear, e em alimentos, como chantilly. O butano também é aplicado em borrachas, isqueiros, lamparinas, aditivos de combustíveis, querosene de aviação para locais de baixa temperatura, entre outros fins.
          Esse é o terceiro produto incluído no portfólio de Mataripe desde a sua venda pela Petrobras. Em fevereiro e abril deste ano, a refinaria passou a produzir, respectivamente, solvente e propano especial.
         O programa em curso para modernização da refinaria soma 1,1 bilhão de reais em investimentos, segundo a Acelen.
          Em meados de outubro de 2023, a Acelen divulgou que firmou sua parceria inaugural para a produção de macaúba. Essa colaboração com a MulticanaPlus, empresa especializada em sistemas e automação para produção de mudas, marca o início de uma iniciativa de uma década apoiada por um investimento de R$ 12 bilhões. O óleo de palma macaúba, com uma eficácia até sete vezes superior à do óleo de soja para a produção de combustível, é fundamental para a estratégia da Acelen para a produção de diesel “verde” (óleo vegetal hidrotratado, HVO) e combustível de aviação sustentável (SAF). De acordo com o acordo, a MulticanaPlus está encarregada de desenvolver técnicas de propagação de macaúba em escala comercial. Isso permitirá à Acelen cultivar macaúba e óleo de palma em mais de 200 mil hectares dentro de uma década, uma extensão aproximadamente equivalente a 280 mil campos de futebol.
(Fonte: agênciabrasil.ebc - 30.11.2021 / Reuters - 21.10.2022 / Valor - 19.10.2023 - partes)

IHS

          A IHS é sócia da TIM Brasil na empresa de rede neutra I-Systems.
          A empresa já opera na Colômbia e no Peru. Na África, tem presença na Nigéria – “um mercado interessante porque tem a mesma população do Brasil e apenas 3% das casas passavam por fibra”, disse Fares Nassar, chefe da região da América Latina da IHS.
          A IHS fechou cinco aquisições em dois anos e meio – CSS, Centennial Torres, Skysites (pequena empresa de sites), 51% da rede de fibra da TIM e GTS, também de torres. O investimento em redes de 
acesso totalizou US$ 1,3 bilhão.
          Na compra da rede da TIM, recebeu metade da infraestrutura em fibra e metade em fibra para uma central, sendo complementada por cobre. Nassar disse que tudo será convertido em fibra para casa (FTTH). Atualmente, a I-Systems tem no Brasil 7.000 torres e 7 milhões de residências com fibra passada em frente, em 40 localidades. Do total, cerca de 2,8 milhões têm rede de cobre e 4 milhões têm fibra.
          A companhia está procurando provedores de fibra óptica e torres para comprar no Brasil, em outros mercados latino-americanos e na África,
          “Vamos analisar qualquer negócio de torre e fibra”, disse Nassar, incluindo os ativos que a TIM da Telecom Italia, a Claro da América Móvil e a Vivo da Telefónica terão que vender como condição imposta pelos reguladores para a compra do negócio de telefonia móvel da rival Oi. Entre os negócios em andamento está a Alloha Fibra, provedora de banda larga de propriedade da empresa de private equity EB Capital.
(Fonte: jornal Valor - 20.10.2022)

Sengi Solar

           A Sengi Solar é uma empresa do grupo paranaense Tangipar, que atua na distribuição de 
equipamentos fotovoltaicos.
          A empresa investiu R$ 440 milhões na construção de duas fábricas de módulos.
          A primeira, em Cascavel, no Paraná, foi inaugurada oficialmente em 21 de outubro de 2022, com operação em um turno, e a empresa espera abrir os outros dois turnos no início de 2023.
          Com a inauguração da primeira fábrica de módulos fotovoltaicos 100% brasileira, a Sengi Solar quer ser mais do que uma alternativa à China — fonte da maioria dos painéis solares fornecidos ao mundo — e espera abrir as portas para novos fabricantes de componentes de energia solar para se estabelecer no país, em um momento em que o Brasil assiste à ampliação da capacidade instalada da fonte de energia em ritmo acelerado. Ao contrário da geração eólica, que conta com fornecedores brasileiros de componentes como pás e torres eólicas, a geração solar não conseguiu formar uma cadeia local.
          A segunda planta, em Ipojuca (Pernambuco), está programada para entrar em operação em meados de 2023. As duas plantas combinadas serão capazes de produzir 1 gigawatt por ano, disse Everton Fardin, CEO da empresa. Ele conta que entre a primeira conversa e a produção do primeiro módulo fotovoltaico, houve um intervalo de apenas nove meses.
          Para atender a produção, a Sengi ainda depende da importação de matérias-primas. No entanto, a empresa já iniciou conversas para obter abastecimento local. A Sengi fechou negociações, por exemplo, com uma multinacional fabricante de vidros com produção brasileira para fornecer a matéria-prima à empresa, cujo nome não foi divulgado por questões estratégicas — o vidro é uma das principais matérias-primas para a fabricação dos painéis, e atualmente é importado da China.
          “A empresa viu uma oportunidade e disse que se garantíssemos uma demanda de 1 GW, forneceria o vidro necessário para a produção”, disse Fardin. Recentemente, a energia solar ultrapassou a marca dos 20 GW, dos quais 14 GW são pequenas centrais geradoras, e tornou-se a terceira fonte de eletricidade mais utilizada no país, atrás apenas da eólica (24 GW) e hídrica (109 GW).
          O executivo conta que a empresa viu o nível de evolução tecnológica desacelerar em relação ao que acontecia no passado, o que facilitou a decisão de apostar na produção brasileira — a empresa adotou a mais moderna tecnologia de fabricação, cujos ciclos de atualização intervalos entre seis e sete anos. Cada um dos processos de montagem leva em média 25 segundos.
          “A tecnologia do módulo atingiu tal nível que as mudanças são pequenas [entre ciclos]. Já dimensionamos a planta para que nos próximos seis ou sete anos ela ainda seja competitiva no mercado.”
          O Sr. Fardin também disse que a empresa está em negociações com institutos de pesquisa, universidades e empresas de consultoria para desenvolver projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) relacionados ao desenvolvimento de tecnologias solares nacionais. Parte dos recursos para a implantação das usinas veio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), que visa à formação de uma indústria nacional de semicondutores. O programa estabelece como contrapartida a aplicação de 5% da receita bruta em projetos de P&D.
          Um dos objetivos nesse caso, é o desenvolvimento de uma célula solar 100% brasileira, o que tornaria o país menos dependente da China e mais adequado às condições climáticas brasileiras. A célula é o componente que converte a energia solar em energia elétrica através do chamado efeito fotovoltaico, utilizando materiais semicondutores, principalmente o silício cristalizado. Várias células formam um módulo solar e vários módulos formam um painel solar.
(Fonte: jornal Valor - 20.10.2022)

20 de out. de 2022

MP Lafer

Um MP Lafer em Quebec, Canadá

          A história do MP Lafer do Brasil começou nos idos de 1970, mais precisamente em 1972 com a fabricação do belo roadster MP que replicava o MG TD 1952. Mas para que este sonho fosse alcançado, Percival Lafer - um empresário no ramo da construção de móveis – decidiu fabricar um carro fora-de-série que atendesse ao gosto dos jovens da época.
          Com uma equipe de profissionais altamente especializados na construção com plástico reforçado com fibra de vidro, logo o MP não demoraria para ganhar o sucesso.
          A dúvida era qual carro poderia ser fabricado. Não demorou muito e Percival logo se decidiu pelo MG TD 1952 , um carro pertencente à Sra. Ivone, esposa de um funcionário da Lafer - João Arnault - o qual a tinha presenteado pelo seu aniversário. Tudo isso só veio à tona por causa do atraso de Arnault em chegar à empresa, pegando assim o carro de Ivone para chegar a tempo.
          Logo trataram de desmontar o MG para que o projeto fosse colocado em prática com os novos moldes dos futuros MP. Com isso, em 1974 começavam a ser produzidas as primeiras unidades do MP , logo após a aprovação do público durante o Salão do Automóvel em São Paulo, ocorrido em 1972.
          Nos primeiros exemplares, produzidos em 1974, foi utilizado o motor VW 1500 cc, substituído pelo VW 1600 cc cerca de seis meses depois. Em 1976 já contabilizava 600 unidades vendidas.
          Por dentro, o painel revestido em madeira era bastante nostálgico, lembrando o carro que o originou. No centro do painel estavam medidor de combustível, de temperatura, relógio (opcional), indicador de pressão do óleo, voltímetro e, ao lado, como não poderia deixar de estar, velocímetro e o conta-giros com mostradores maiores.
          No ano de 1980, chegou a vender 600 unidades. No final de 1983 o modelo TI, lançado cinco anos antes, passaria por mais uma atualização de estilo afastando-o de vez do seu grande inspirador britânico. E também do mercado externo, que continuava preferindo o design original. Em 1986, buscando recuperar a atratividade dos seus carros tornando-os verdadeiramente esportivos, a Lafer preparou um protótipo com motor dianteiro baseado nos antigos MG. Apresentado no XIV Salão com o nome MP-TX.
          Em 1990, a produção foi interrompida. Em quase 17 anos, foram construídos cerca de 4.300 automóveis, mais de mil deles exportados para mais de três dezenas de países. Os moldes das carrocerias de fibra de vidro do MP foram enterrados no terreno da fábrica, em São Bernardo do Campo, onde jazem até hoje, sob as fundações de um grande supermercado.
(Fonte: carros.ig - 21.09.2021 / Wikipédia - partes)

19 de out. de 2022

Genu-in

          O gigante frigorífico JBS tem um novo empreendimento. A empresa inicia em agosto de 2022 as operações da Genu-in, nova empresa que produzirá peptídeos de colágeno e gelatina de pele bovina provenientes da cadeia produtiva da empresa. O investimento no negócio totalizou R$ 400 milhões, visando um mercado de US$ 4 bilhões ao ano que cresceu mais de 15% no período de 2018 a 2022, como mostram dados da consultoria Allied Market Research.
          A JBS já anunciara o empreendimento, com investimento superior aos R$ 280 milhões, em fevereiro de 2021.
          O novo negócio venderá peptídeos e gelatina para as indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. O colágeno é amplamente conhecido como uma proteína que auxilia na hidratação da pele, redução de rugas e regeneração da cartilagem, entre outros benefícios.
          “É uma empresa que já nasceu grande, posicionando-se entre os três maiores players do mercado com 10% do mercado global de peptídeos e gelatina de pele bovina”, disse Claudia Yamana, CEO da nova empresa do grupo.
          A Genu-in será a principal empresa brasileira neste ramo. Concorrente direta da JBS no processamento de proteína bovina, a Marfrig, por exemplo, só vende os subprodutos de sua produção para fabricantes de colágeno e gelatina. Globalmente, os maiores concorrentes são a alemã Gelita e a Rousselot, da norte-americana Darling Ingredients. Ambos têm operações no Brasil.
          A Genu-in ingressa na nova divisão de negócios da JBS, com operações que transformam os subprodutos das cadeias de processamento de bovinos, suínos e aves em produtos como couro, biodiesel, fertilizantes, rações, insumos farmacêuticos, higiene pessoal e materiais de limpeza . O colágeno já era produzido pela JBS, mas para uso em alimentos industrializados à base de carne.
          A sra. Yamana argumenta que o diferencial para os concorrentes está justamente no controle de toda a cadeia, “da origem à planta”, preservando o colágeno nativo e seus benefícios. No primeiro momento, a produção será concentrada em produtos feitos de pele bovina.
          O primeiro lançamento é o peptídeo de colágeno Genu-in Life, ingrediente para produtos de saúde e beleza. O componente estará na formulação de marcas de terceiros que chegarão ao consumidor final por meio do varejo até o início de 2023, segundo a Sra. Yamana. Outro produto é a gelatina Genu-in Gel, que é utilizada pela indústria alimentícia na produção de sobremesas, sorvetes e balas, e pela farmacêutica no desenvolvimento de comprimidos e cápsulas de remédios.
          Com a recém-criada Genu-In, a JBS tem ambições de competir no mercado com a Rousselot e Gelita.
          Com unidade em Presidente Epitácio, São Paulo, a Genu-in inicia suas operações com mais de 130 funcionários. A capacidade de produção é de 6.000 toneladas de peptídeos de colágeno e 6.000 toneladas de gelatina por ano.
(Fonte: jornal Valor - 10.08.2022 / 18.10.2022 - partes)

Gelnex

          A Gelnex foi fundada em Itá, Santa Catarina. É controlada por três holdings – Gel Holdings, Ibo Participações e Itá Investors – representadas por um grupo de diretores, mas de propriedade de um empresário local.
          A companhia é pouco conhecida pelos consumidores, embora a maioria possivelmente já tenha consumido alguns de seus produtos utilizados como insumos para as indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética.
          A empresa é uma das maiores fabricantes mundiais de gelatina e peptídeos de colágeno, com quatro plantas no Brasil, uma no Paraguai e outra nos Estados Unidos. Exporta ingredientes usados ​​em suplementos, barras de cereais, bebidas lácteas, balas, pílulas e produtos de beleza para mais de 60 países. A companhia tem capacidade para produzir cerca de 50 mil toneladas por ano de colágeno.
          Em 18 de outubro de 2022, a Gelnex informa a seus funcionários que foi vendida para a americana Darling Ingredients, por US$ 1,2 bilhão em dinheiro. Esse é o maior negócio no setor de consumo do Brasil em 2022, costurado pelo Santander na ponta vendedora e Morgan Stanley na ponta compradora. O acordo deve ser fechado no início de 2023, após aprovações regulatórias
          No processo competitivo, a Darling superou as propostas de fundos internacionais de private equity e gigantes de proteínas – as brasileiras JBS e Marfrig estudaram o negócio. A relevância da matéria-prima da Gelnex, que são os subprodutos da carne suína e bovina, justifica o interesse das empresas de proteína, que viram grande sinergia na operação.
(Fonte: jornal Valor - 18.10.2022)

Darling Ingredients

          A Darling Ingredients tem sede no Texas, Estados Unidos. A origem da empresa remonta a uma empresa familiar em Chicago, mas sua sede atual fica em Irving, Texas.
          A empresa é pouco conhecida pelos consumidores, embora a maioria possivelmente já tenha consumido alguns de seus produtos utilizados como insumos para as indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. A Darling também atua em outros segmentos, transformando subprodutos comestíveis e resíduos de alimentos em produtos sustentáveis ​​e energia renovável.
          É um gigante com 250 fábricas em 17 países que reutiliza quase 15% dos resíduos da indústria de carnes do mundo em produtos como energia verde, diesel renovável, colágeno, fertilizantes e ração. Só a Rousselot (sua controlada) tem 11 fábricas.
          Com ações negociadas nos EUA, a Darling está avaliada em US$ 12 bilhões (outubro de 2022). A proclamada sustentabilidade nos negócios da empresa se refletiu no mercado, com forte e contínua valorização de suas ações.
          Em 18 de outubro de 2022, a Darling informa que concordou em comprar a empresa brasileira Gelnex por US$ 1,2 bilhão em dinheiro. Esse é o maior negócio no setor de consumo do Brasil em 2022, costurado pelo Santander na ponta vendedora e Morgan Stanley na ponta compradora. O acordo deve ser fechado no início de 2023, após aprovações regulatórias.
          Essa é a segunda aquisição da Darling no Brasil somente em 2022. O maior país da América do Sul é considerado um mercado estratégico pelo CEO e presidente Randall C. Stuewe. Em maio de 2022, a empresa anunciou a compra do grupo Fasa por US$ 542,6 milhões em dinheiro.
          “O Brasil terá um grande papel na alimentação de uma população mundial crescente, o que o torna um local privilegiado para o crescimento de nossos negócios de ingredientes especiais”, disse ele no início de 2022. Desta vez, o Sr. Stuewe reforçou a aposta na procura específica de colágeno.
          No processo competitivo, a Darling superou as propostas de fundos internacionais de private equity e gigantes de proteínas – as brasileiras JBS e Marfrig estudaram o negócio. A relevância da matéria-prima da Gelnex, que são os subprodutos da carne suína e bovina, justifica o interesse das empresas de proteína, que viram grande sinergia na operação.
          O negócio também atraiu recursos internacionais devido ao seu tamanho já que não é tão comum no ambiente de M&A do Brasil cheques acima de um bilhão de dólares. A Gelnex era até agora controlada por três holdings – Gel Holdings, Ibo Participações e Itá Investors – representadas por um 
grupo de diretores, mas de propriedade de um empresário local.
(Fonte: jornal Valor - 18.10.2022)

16 de out. de 2022

Unit (Grupo Tiradentes)

          A Unit foi fundada em 1962 em Sergipe pela família Uchoa, onde fica a sede do Grupo Tiradentes.
          Em 13 de outubro de 2022, após quase um ano de negociações, o Grupo Tiradentes (Unit) concordou em vender para a Afya duas instituições de ensino, totalizando 340 vagas médicas, por R$ 825 milhões — ou R$ 2,4 milhões por vaga.
          A transação pode ser aumentada em R$ 105 milhões se forem aprovadas outras 84 vagas, atualmente em análise pelo Ministério da Educação (MEC).
          As instituições que fazem parte do convênio são o Centro Universitário Tiradentes, em Alagoas, e a faculdade Tiradentes, localizada em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, que tem nota máxima do Ministério da Educação.
          A Unit não vendeu todo o seu negócio de faculdades de medicina. Essas unidades ficam em Sergipe, e na cidade de Goiana, em Pernambuco. O centro universitário em Sergipe, onde fica a sede do grupo, e a faculdade localizada na cidade de Goiana, Pernambuco, que tem 250 vagas de medicina, permanecem com o grupo. Não há acordo de preferência em caso de venda futura desses ativos e, dentro de um ano, as duas instituições de ensino vendidas não poderão mais utilizar a marca Tiradentes.
          Por muitos anos, consolidadores e investidores abordaram o grupo. Por volta de 2015, houve negociações para a venda de toda a instituição de ensino, mas a família fundadora sempre resistiu a deixar totalmente o campo da educação. Perante uma forte valorização do negócio médico, os fundadores decidiram vender parte deste ativo e há cerca de um ano abriram um processo competitivo com a ajuda de bancos. A transação foi liderado pelo banco Santander.
          A Unit é o 11º maior grupo educacional no ensino superior do Brasil, com cerca de 32 mil alunos e receita líquida de R$ 436 milhões em 2020, segundo estimativas da consultoria Hoper.
(Fonte: jornal Valor - 13.10.2022)

11 de out. de 2022

Beralv

          O empreendedor gaúcho Álvaro Alves Sobrinho teve pelo menos meia dúzia de ideias bem originais antes de criar a Beralv, fabricante de produtos de limpeza.
          O negócio com produtos de limpeza da Beralv começou em 1976. Em 1985, a empresa criou o primeiro bastão sanitário para vasos, o Fluss Azul Ativo. Em seguida, colocou no mercado um limpador de tênis. Em setembro de 1995, depois de dezoito meses de pesquisas, lançou o Ovo Azul, um produto 
especialmente desenvolvido para eliminar odores na geladeira.
          Em 1995, a Beralv teve um faturamento de 20 milhões de dólares.
(Fonte: revista Exame - 27.09.1995)