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19 de out. de 2022

Darling Ingredients

          A Darling Ingredients tem sede no Texas, Estados Unidos. A origem da empresa remonta a uma empresa familiar em Chicago, mas sua sede atual fica em Irving, Texas.
          A empresa é pouco conhecida pelos consumidores, embora a maioria possivelmente já tenha consumido alguns de seus produtos utilizados como insumos para as indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. A Darling também atua em outros segmentos, transformando subprodutos comestíveis e resíduos de alimentos em produtos sustentáveis ​​e energia renovável.
          É um gigante com 250 fábricas em 17 países que reutiliza quase 15% dos resíduos da indústria de carnes do mundo em produtos como energia verde, diesel renovável, colágeno, fertilizantes e ração. Só a Rousselot (sua controlada) tem 11 fábricas.
          Com ações negociadas nos EUA, a Darling está avaliada em US$ 12 bilhões (outubro de 2022). A proclamada sustentabilidade nos negócios da empresa se refletiu no mercado, com forte e contínua valorização de suas ações.
          Em 18 de outubro de 2022, a Darling informa que concordou em comprar a empresa brasileira Gelnex por US$ 1,2 bilhão em dinheiro. Esse é o maior negócio no setor de consumo do Brasil em 2022, costurado pelo Santander na ponta vendedora e Morgan Stanley na ponta compradora. O acordo deve ser fechado no início de 2023, após aprovações regulatórias.
          Essa é a segunda aquisição da Darling no Brasil somente em 2022. O maior país da América do Sul é considerado um mercado estratégico pelo CEO e presidente Randall C. Stuewe. Em maio de 2022, a empresa anunciou a compra do grupo Fasa por US$ 542,6 milhões em dinheiro.
          “O Brasil terá um grande papel na alimentação de uma população mundial crescente, o que o torna um local privilegiado para o crescimento de nossos negócios de ingredientes especiais”, disse ele no início de 2022. Desta vez, o Sr. Stuewe reforçou a aposta na procura específica de colágeno.
          No processo competitivo, a Darling superou as propostas de fundos internacionais de private equity e gigantes de proteínas – as brasileiras JBS e Marfrig estudaram o negócio. A relevância da matéria-prima da Gelnex, que são os subprodutos da carne suína e bovina, justifica o interesse das empresas de proteína, que viram grande sinergia na operação.
          O negócio também atraiu recursos internacionais devido ao seu tamanho já que não é tão comum no ambiente de M&A do Brasil cheques acima de um bilhão de dólares. A Gelnex era até agora controlada por três holdings – Gel Holdings, Ibo Participações e Itá Investors – representadas por um 
grupo de diretores, mas de propriedade de um empresário local.
(Fonte: jornal Valor - 18.10.2022)

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