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14 de ago. de 2023

CSN Inova

          A CSN Inova foi fundada em 2018 e teve como cofundador Felipe Steibruch. Ele é o segundo filho de Benjamin Steinbruch e sua esposa Carolina.  A mais velha é Victoria, assessora do CEO da CSN e diretora em algumas das empresas. Alessandra, a terceira dos filhos, também trabalha para a 
empresa e dirige um escritório recém-criado nos Estados Unidos. Mendel ainda é um estudante.
          Em 1993, quando a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi adquirida pelo grupo Vicunha em um leilão para privatizar as siderúrgicas do país, Felipe Steinbruch nem havia nascido. Nascido em 1994, o acionista do grupo quer transformar a plataforma de inovação CSN Inova no sexto principal 
negócio da empresa comandada por seu pai, Benjamin Steinbruch.
          Felipe Steinbruch, formado em comunicação social pela ESPM com extensão na Columbia University em desenvolvimento econômico de economias emergentes, trabalhou anteriormente em uma startup de microcrédito para microempreendedores. Em 2018, passou um ano em Israel. Quando voltou, começou a desenvolver o CSN Inova, que saiu no final daquele ano.
          “Nasci e quero morrer na CSN, mas não me identifico com finanças e operações. Passei por outras áreas, morei em Israel, depois me envolvi com startups e tive a ideia da tropicalização. Então, iniciamos a CSN Inova”, disse.
          Considerando dados de agosto de 2023, a mineração de aço e ferro tem o maior peso no faturamento anual da CSN, de R$ 40 bilhões, seguida por cimento, energia e logística. Ao longo de três décadas, a CSN vem incorporando novos negócios, deixando de ser apenas aquela fabricante de aços planos da fase estatal.
          “Desde a criação da CSN, em 1941, a inovação e a excelência operacional foram pulverizadas na empresa. Já a CSN Inova busca e reúne tudo o que há de novo. O que será a CSN no futuro?” disse Steinbruch, presidente-executivo da plataforma, que hoje reúne diversas frentes de startups e conta com um time estruturado de 22 profissionais. “No começo, eram apenas dois”, disse ele.
          Um dos caminhos que a CSN tem trilhado nos últimos anos tem sido o de se posicionar ativamente no ecossistema de inovação, trazendo soluções por meio de startups e projetos que contribuem para diversas vertentes da siderurgia, produção de cimento, mineração e outros negócios. A substituição de combustíveis fósseis é um exemplo. Iniciativas em projetos de produção de hidrogênio verde são outra, assim como soluções relacionadas a ESG.
          “Já começamos a gerar lucro para o grupo com as inovações que foram adotadas no negócio.” O valor gerado pelos projetos em escala, disse Steinbruch, já chega a R$ 300 milhões. Ele citou a UTIS, empresa fruto da parceria com o hidrogênio verde da fábrica de cimento Arcos, em Minas Gerais, responsável por R$ 60 milhões em lucro e produtividade.
          Até o final de 2023, ele espera um piloto de sucesso com eletrólise para a siderúrgica de Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Objetivo: menor geração de CO2 e redução de custos e maior competitividade.
          “Meu objetivo é ter uma área líder, mas devo continuar ajudando os negócios do grupo. Mais tarde, para se tornar um novo negócio e independente dos aportes da CSN. Já gerando caixa nas empresas e projetos investidos”, disse.
          A plataforma está estruturada em quatro pilares, sendo um deles o fundo de venture capital CSN Inova Ventures. Em 2020, recebeu aporte de R$ 100 milhões para investir em startups e empresas com tecnologias disruptivas. No total, já são nove, com o mais recente investimento na GaussFleet, startup de monitoramento e gerenciamento de máquinas móveis.
          Vale mencionar a 2DM de Cingapura no desenvolvimento de usos de grafeno, Oico (mercado online), clarke (energia) H2PRO e 1s1 Energy (hidrogênio) e i.Systems (inteligência artificial). Todos estão ligados a três bases: Indústria do Futuro, Transição ESG e B2B/Novos Negócios.
          As outras três são CSN Inova Open (execução de projetos piloto e em escala e adoção de inovação aberta), Tech (novos produtos e novas rotas e tendências tecnológicas) e Bridge (de temas integrados com ESG). Os quatro pilares focam na descarbonização, logística, recuperação ambiental e reaproveitamento de resíduos e resíduos, uso de dados para otimizar processos e novos produtos e materiais.
          “Nossa ideia desde o início foi ajudar o grupo a se posicionar estrategicamente no ecossistema global de inovação. Indústrias pesadas, como siderurgia, cimento e mineração, não estavam nos lugares avançados de inovação, como o Vale do Silício, Israel e outros hubs”, disse o empresário. Ele destaca que na CSN Inova, “todos têm que estar sempre preocupados; se não, não é uma área de inovação.”
          Em meados de 2023, a CSN Inova possuía 23 projetos-piloto concluídos. Destes, oito foram dimensionados com sucesso, incluindo Circula Mais, GaussFleet e i.Systems. Este último usa inteligência artificial para reduzir o consumo de combustíveis fósseis em siderúrgicas, mineradoras e cimenteiras. Outros 40 projetos da carteira atual estariam em fase piloto.
          A CSN Inova Soluções — criação de spin-offs com participação majoritária e acordos de cooperação tecnológica — é baseada em economia circular, e-fuel e software B2B. Um dos filhotes é o Circula Mais (gestão e venda de produtos e mercadorias indesejados através de uma plataforma digital). Ele tem clientes de fora e até concorrentes.
(Fonte: jornal Valor - 14.08.2023)

11 de ago. de 2023

Sheraton (Starwood Hotéis)

          O primeiro hotel Sheraton foi comprado em 1937, no Estados Unidos.
          A origem de seu nome é, no mínimo, curiosa. Sheraton era o nome de um famoso marceneiro nos Estados Unidos, no século XVII, cujo nome tornou-se, inclusive, um estilo de mobiliário mundialmente 
conhecido.
          Ao comprar o prédio destinado ao hotel percebeu-se a existência de um letreiro publicitário no alto do edifício com o nome Sheraton. Após conhecidos os orçamentos para a retirada do letreiro e verificado 
o elevado custo, decidiu-se então aproveitar o nome e não gastar o dinheiro.
          No Brasil, a rede surgiu em 1974, com o Rio Sheraton, situado em local privilegiado da Zona Sul. Em São Paulo, o hotel abriu as portas em 15 de abril de 1986, o Sheraton Mofarrej, situado em local nobre, junto à Avenida Paulista e Parque Trianon, na Alameda Santos. Depois, ficou só como Mofarrej e alguns anos mais tarde, Tívoli Mofarrej, cuja reinauguração oficial do Must, restaurante do hotel Tivoli Mofarrej, acontece em 16 de setembro de 2023 – com direito a um desfile de Amir Slama, que agora assina o design da piscina do hotel.
          O Sheraton pertence à rede Starwood de hotéis, que é dona, considerando dados de 2006, de 750 hotéis em 80 países, com bandeiras como Sheraton e Four Points.
(Fonte: livro Curiosidades (Marcelo Gomes Manoel) / Exame - 29.03.2006 / Estadão- 25.08.2023 - partes)

10 de ago. de 2023

Capitânia

          Especializada em crédito, a gestora Capitânia foi fundada em julho de 2003 e tem sede no Rio de Janeiro. Foi criada por Arturo Profili e Flávia Krauspenhar, que continuam como sócios.
          Durante os primeiros 14 anos a Capitânia teve porte de pequeno a médio, numa faixa de ativos até R$ 5 bilhões.
          A partir de 2017, ganhou escala, acompanhando o crescimento do mercado de crédito, até chegar a R$ 10 bilhões em 2021, quando deu a grande virada, com a venda de 20% para a XP. De lá para cá, mais do que duplicou seus ativos sob gestão.
          “Foi uma parceria que rendeu muita sinergia”, avalia Profili. Segundo ele, a XP foi uma espécie de consultor estratégico, fornecendo inteligência de produto e mostrando como aproveitar melhor sua capacidade como distribuidora. “E funcionou como um selo de qualidade, que reconheceu a perenidade da Capitânia”, diz Flávia Krauspenhar.
          E, até 2028, planeja dobrar de tamanho, com R$ 50 bilhões e nada menos do que um milhão de cotistas. Para isso, atua em três frentes: atuação em dois novos nichos de clientes, lançamento de quatro fundos — em dois deles já captou R$ 400 milhões — e compra de assets menores.
          “Passamos 20 anos no mesmo escritório com 40 posições. Acabamos de mudar para um novo, com 80, que aguenta os próximos 20”, diz Arturo Profili.
          Considerando dados de agosto de 2023, a gestora tem R$ 25 bilhões sob gestão e 400 mil cotistas.
(Fonte: jornal Valor - 09.08.2023)

9 de ago. de 2023

Kernel

          Em 2023, Steve Ells, fundador do Chipotle arrecada dinheiro para seu segundo ato: a abertura da 
start-up Kernel.
          Em 1993, Steve Ells abriu o primeiro Chipotle em Denver e construiu um gigante de restaurantes 
fast-casual de US$ 51 bilhões.
          Agora ele está trabalhando em seu próximo ato: um conceito de restaurante à base de vegetais de atendimento rápido que depende da automação.
          A Kernel, levantou US $ 36 milhões em financiamento da Série A. Isso ajudará a empresa a abrir seu primeiro local na cidade de Nova York no outono de 2023 do hemisfério norte, e desenvolver a tecnologia que pode eventualmente licenciar para outros.
          Como o Kernel funciona: é um modelo centralizado, com uma cozinha central que faz grande parte do trabalho de preparação ao longo do dia. A comida é então levada de bicicleta para os restaurantes; ali, máquinas e uma pequena equipe de humanos montam tudo para os clientes.
          O restaurante oferecerá uma variedade de pratos à base de plantas, incluindo um sanduíche crocante de frango falso, um hambúrguer vegetariano e uma salada Caesar de frango sem, bem, frango. (O foco nas plantas deve ser ecologicamente correto, embora Ells admita que foi difícil criar pratos que agradassem amplamente.)
          A Kernel se baseia nas lições que Ells aprendeu com o Chipotle. Quando ele começou a empresa, depois de deixar a Chipotle em 2020, ele se concentrou em melhorar a eficiência, a velocidade e a qualidade dos alimentos por meio de software e automação.
          Ells explica que o resultado é uma rede que pode operar restaurantes menores em mais locais (já que não precisam de equipamentos de cozinha volumosos) e ser mais consistente na qualidade das refeições. Ela também precisa de menos funcionários, mas Ells disse que a Kernel poderá pagá-los melhor..
          O esforço de arrecadação de fundos ocorreu após dois anos de autofinanciamento de Ells. Ele garantiu investimentos de grupos como Raga Capital, Willoughby Capital e Rethink Food.
          Eventualmente, poderia licenciar sua tecnologia para outras cadeias. “Não há dúvida de que mais e mais automação chegará aos restaurantes”, disse Ells. Sobre o Kernel, ele acrescentou: “Uma vez que 
o trabalho duro é feito, uma vez que a plataforma é comprovada, é muito, muito simples de replicar”.
(Fonte: NY Times - 09.08.2023)

8 de ago. de 2023

Sun Microsystems

          Um dos grandes feitos da americana Sun Microsystems foi a criação da linguagem Java.
          Java significa café. É uma gíria americana do tempo em que os grãos que se usava nos Estados Unidos vinham de algum lugar remoto da Indonésia. Mas é provável que no futuro a origem da palavra venha a ser completamente esquecida. Para as centenas de milhões de pessoas ligadas à internet, e para as dezenas de milhares de empresas que montaram intranets mundo afora, Java quer dizer outra coisa. É o nome de uma linguagem de programação que tem por símbolo uma xícara de café fumegante.
          É também uma onda que varreu a indústria de informática com uma intensidade nunca vista. Foi uma chance de reduzir dramaticamente os custos da computação empresarial. Mas foi, sobretudo, a promessa de conferir à Internet a única coisa que ela então ainda não tinha: a capacidade de criar. A l                Na JavaSoft, empresa criada pela Sun para desenvolver aplicações e dar suporte ao novo produto, contabilizava-se, já em 1996, 90.000 kits de programação Java sendo apanhados gratuitamente na Internet a cada mês. O engenheiro da Sun que a concebeu, James Gosling, era considerado por alguns como o melhor programador do mundo. Sua especialidade e obsessão são programas acionáveis através de redes.
          A SID foi uma das empresas que  fechou um acordo de distribuição de equipamentos para processamento corporativo fabricados pela Sun Microsystems.
(Fonte: revista Exame - 25.09.1996)

7 de ago. de 2023

Kahlúa (licor)

          A história do licor Kahlúa começa no México rural dos anos 1930 e envolve várias pessoas. Tudo começou quando os irmãos Alvarez, produtores de café arábica em Veracruz, abordaram Señor Blanco, um empresário local e produtor de rum mexicano, sobre a incorporação de café em uma bebida que ele estava ajudando a produzir. Kahlúa ganhou vida quando o químico Montalvo Lara foi contratado e criou a receita aproximada que conhecemos hoje.
          A origem por trás do nome de Kahlúa é um pouco menos certa. Alguns acreditam que foi inspirado por uma antiga palavra árabe que se diz ser uma gíria para café. Outra teoria mais provável é que a palavra Kahlúa é derivada da língua dos primeiros indígenas astecas da região de Veracruz, no leste do México. Kahlúa se traduz como “casa do povo Acolhua” na língua náuatle.
          O Kahlúa foi lançado oficialmente em 1936 e quatro anos depois, foi introduzido no mercado americano.
          Kahlúa, um licor de café à base de rum produzido em Veracruz, no México, é tão conhecido que se tornou sinônimo da categoria. Parte integrante de alguns dos coquetéis mais populares do planeta, Kahlúa passou de um humilde licor de café a uma das marcas de destilados mais reconhecidas do mundo.
          Kahlúa é feito de grãos de café 100% arábica que podem levar até seis anos para amadurecer. Depois que os grãos são colhidos, eles descansam por seis meses, depois são torrados. Depois que o café, o rum, o açúcar e a baunilha são misturados, eles descansam por mais quatro semanas para permitir que os sabores se integrem, antes de serem engarrafados com 20% ABV.
Através da popularidade de coquetéis como o Black Russian, o White Russian e o Mudslide, Kahlúa se tornou o licor de café mais vendido no mundo na década de 1980.
          Em 2005, o conglomerado de bebidas Pernod Ricard adquiriu a empresa.
          Embora o Kahlúa seja mais reconhecido como um ingrediente de coquetel em bebidas do tipo sobremesa, este rico licor de café é surpreendentemente versátil ao lado de uma ampla variedade de destilados e sabores.
          Abaixo, os 9 melhores cocktails feitos com Kahlúa

Black Russina
O Black Russian foi criado pelo bartender Gustave Tops no Hotel Metropole em Bruxelas no final dos anos 1940. O nome faz referência à cor escura do Kahlúa e à associação comum da vodca com a Rússia na época. Este coquetel simples de dois ingredientes combina vodka e Kahlúa mexidos sobre gelo e depois coados em um copo cheio de gelo.

White Russian
O White Russian pode ser o mais popular de todos os coquetéis Kahlúa e, além do Black Russian de duas partes, é um dos mais fáceis de fazer. Esta combinação de vodka, Kahlúa e creme é um milkshake adulto e sobremesa em um copo. Documentado pela primeira vez no Oakland Tribune em 1965, a bebida se originou quando o creme foi adicionado a um Black Russian, tornando-o branco leitoso.
A popularidade do coquetel aumentou com o filme de 1998 “O Grande Lebowski”, quando o personagem de Jeff Bridges, o Cara, ficou indelevelmente ligado à bebida. Desde então, a bebida encontrou uma nova geração de fãs.

Espresso Martini
Este estimulante clássico moderno foi criado pela lenda do bar Dick Bradsell no Soho Brasserie em Londres na década de 1980. A tradição dos coquetéis conta a história de uma supermodelo americana que pediu uma bebida que “me acordasse e depois me fodesse”. A máquina de café estava próxima e o Bradsell Espresso Martini nasceu. Esta bebida combina vodka, café expresso acabado de fazer, licor de café e xarope simples. Batido e coado em um copo de coquetel, é decorado com 3 grãos de café.

Mind Eraser
Esta criação dos anos 1980 é basicamente um Black Russian com bolhas e combina vodka, licor de café e água com gás. Em vez de uma proporção de 2:1, o Mind Eraser tem partes iguais. Esta bebida pode ser construída diretamente em um copo cheio de pedras ou em camadas para um efeito escuro a claro, começando com o licor de café, adicionando lentamente vodka e, em seguida, coberto com refrigerante.

Revolver
Essa reviravolta com cafeína em um Manhattan foi criada pelo barman Jon Santer no início dos anos 2000, onde ganhou notoriedade no renomado bar de coquetéis Bourbon & Branch de São Francisco. A receita original usava um bourbon de centeio com alto teor de especiarias e licor de café em vez de vermute. Duas pitadas de bitters de laranja e uma guarnição de casca de laranja inflamada conferem um elemento cítrico brilhante a este rico gole de espírito avançado.

White Bat
A lenda do bar, Simon Ford, criou este mashup de Rum & Coke e um White Russian para um evento da Pernod Ricard no meio da noite. O rum branco combina com Kahlúa, leite integral e um refrigerante de cola. Feito diretamente em um copo alto e batido com gelo, o drink é decorado com folhas de hortelã fresca.

Bahama Mama
Este clássico de meados do século XX é frequentemente feito sem o ingrediente crucial do licor de café, que ajuda a conter a doçura da bebida e confere uma rica complexidade. Rum à prova d'água e rum de coco combinam com licor de café e sucos de abacaxi e limão para um coquetel de férias com um toque especial. No verdadeiro estilo tropical, é decorado com uma rodela de abacaxi e cereja com conhaque.

Mudslide
Este milk-shake embriagado saiu do Wreck Bar no Rum Point Club na Ilha Grand Cayman na década de 1970. Foi criado quando um cliente pediu um White Russian e o bar aumentou o quociente de sobremesa com a adição de creme irlandês. Esta receita permanece fiel ao original com partes iguais de vodka, licor de café e creme irlandês com uma boa quantidade de creme de leite para garantir.

Dirty Banana
As origens desta bebida congelada não são claras, mas a combinação de rum envelhecido, banana, licor de café e meio a meio torna este um claro vencedor no verão e mesmo em outras estações do ano. Esta receita pede uma banana ligeiramente madura com uma doçura concentrada que é ideal para este smoothie alcoólico tropical. Usar um rum com alguma idade pode ajudar a criar uma espinha dorsal sólida e tons ricos e caramelados.
(Fonte: Liquor.com - autora: Prairie Rose - 21.07.2023)

5 de ago. de 2023

Santa Clara (fertilizantes)

          O grupo Santa Clara começou a produzir fertilizantes especiais em 1997. Tem sede em Ribeirão Preto (SP) e três unidades industriais em Jaboticabal, a 57 quilômetros da matriz.
          O fundador, José Amaro Cury, começou a trabalhar com fertilizantes na Dow Química em 1968 e fundou sua primeira empresa de nutrição vegetal em 1977.
          A Santa Clara Agrociência, que leva o nome da avó do senhor Cury, uma devota da santa, foi fundada em 1997, três anos depois que a família vendeu sua primeira empresa.
          A empresa exporta seus produtos para mais de 30 países da América do Sul e Central, atende Espanha e Portugal, e em 2023 entrou na Índia e África.
          “Enquanto o mercado crescia 23% ao ano, a Santa Clara aumentava suas vendas em 31% ao ano. Então a projeção de chegar a R$ 1 bilhão em 2030 é muito realista”, disse o CEO João Pedro Cury, filho de José Amaro, nascido em 1986. Segundo Cury, que está à frente do grupo desde 2017, o crescimento acelerado da empresa se deve à expertise do pai, ao investimento de 8% do faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento, ao profissionalismo e gestão em todos os ramos, e a abertura do mercado internacional, que representa 15% das vendas. A empresa tem seus resultados apurados por auditoria externa há cinco anos, tem uma filial no Paraguai e planeja abrir unidades no Panamá e na Espanha.
          A empresa familiar acaba de fazer mais uma aquisição, tornando-se uma holding com quatro empresas.
          A nova empresa biológica, Inflora Biociência, será apresentada no próximo congresso da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agropecuários e Veterinários (Andav), que será realizado em São Paulo de 8 a 10 de agosto. A unidade, que deve ficar pronta em três anos, será construída no complexo onde funcionava em Jaboticabal, em uma fazenda de 40 hectares adquirida recentemente. O grupo já tinha uma bioindústria, a CCA Agroindustrial, adquirida em 2013, mas produzia apenas um produto de base biológica para um único cliente.
          Com novas tecnologias, a Inflora fabricará produtos biológicos à base de plantas e microrganismos, apostando em um mercado de R$ 3,4 bilhões, que deve chegar a R$ 17 bilhões em 2030 no Brasil, segundo projeções. Outra vantagem é o menor tempo de registro dos biodefensivos (2 a 3 anos) em relação aos produtos químicos.
          O grupo vai investir R$ 100 milhões na construção de uma fábrica de biológicos e na ampliação das unidades que já possui. Também planeja investir R$ 65 milhões em inovação, validações agronômicas e registro de formulações. Um desses novos produtos, fruto de uma parceria com a Embrapa Agroenergia que envolve o pagamento de royalties, será totalmente disruptivo, segundo o CEO.
          “Os produtos biológicos no mercado dependem de organismos vivos (fungos, bactérias ou vírus), não duram muito no armazenamento e precisam ser usados com fungicidas químicos. Esse novo produto biológico que desenvolvemos com a Embrapa não tem organismos vivos e vai durar muito mais”, disse Cury, acrescentando que o produto está em processo de registro para comercialização.
          A principal empresa, a Santa Clara Agrociência, responde por 90% das vendas. Além da Inflora, o grupo adquiriu a Hydromol, que produz fertilizantes para outras empresas (modelo B2B) e recentemente comprou a Linax, que há 21 anos produz óleos essenciais e equipamentos de destilação.
          Além da Embrapa, a Santa Clara mantém parcerias com 47 instituições no Brasil e no exterior para validar as tecnologias que desenvolve e também trabalha com inovação aberta. Atualmente, possui um projeto inicial de prospecção no “Vale Caipira”, que abrange Piracicaba e Ribeirão Preto.
          A soja responde pela maior parte das vendas de fertilizantes especiais, que são produtos de alta qualidade para aumentar a produtividade da lavoura por meio de sementes e aplicação foliar, mas os produtos da Santa Clara também são utilizados nas culturas de milho, cana-de-açúcar, café e hortaliças. No exterior, são utilizados na produção de banana na Costa Rica, cana-de-açúcar na Guatemala e coco na República Dominicana.
          Para chegar aos clientes, a Santa Clara tem investido na ampliação de suas bases, aumentando de 8 para 11 o número de centros de distribuição terceirizados neste ano. Nesses centros, o atendimento é feito em dois ou três dias. O estado do Mato Grosso do Sul é o maior cliente.
(Fonte: Valor - 02.08.2023)

4 de ago. de 2023

Guerlain

          Uma das mais antigas casas de perfumes da França, a Guerlain foi fundada em 1828.
          A Guerlain acaba de iniciar as vendas online diretas no Brasil para atender o segmento ultra-premium. Seus produtos são voltados para um público de altíssimo poder aquisitivo, que compra loções faciais na faixa de R$ 8.400 (50 ml) e perfumes que custam R$ 5.100, como o Muguet (145 ml), cujos 
frascos são numerados e apenas 15 unidades virão para o Brasil.
          Os produtos da Guerlain que chegam ao mercado, considerando agosto de 2023, são exclusivos do seu e-commerce, que já foi lançado no Brasil. Como ainda não há butiques da marca no país e apenas lojas multimarcas, a venda online dessa linha é a única opção.
          “É um primeiro passo”, disse Viviane Koyama, diretora geral da Guerlain no Brasil, ao explicar que a alta perfumaria da marca optou por essa estratégia direta para ter “real controle da qualidade dos produtos de ultra luxo e manter em contato com aquele público-alvo que busca linhas de produtos cada vez mais exclusivas.” Embora o site — a ser lançado oficialmente em 16 de agosto de 2023 — venda toda a linha, as lojas multimarcas continuarão a comercializar o mesmo portfólio disponível até agora. Essas lojas são Beleza na Web, Época Cosméticos e Sephora.
          O Brasil é o segundo maior representante da marca na América Latina, considerando números de meados de 2023. O México assume a primeira posição no mapa global, onde a Ásia e a Europa são os maiores mercados. No entanto, o Brasil é o primeiro a ter um site para vender produtos de alto luxo, que inclui a linha de produtos L’Art & La Matière, com velas e difusores com preços que variam de R$ 725 a R$ 4.550, dependendo do tamanho.
          As loções da linha Orchidee Imperial Black, produzidas a partir da orquídea negra nativa do Peru, estão entre as loções mais caras do mundo, com preços superiores aos da suíça La Prairie, uma das concorrentes da Guerlain nessa faixa de mercado. O soro de 30 ml custa R$ 8.800. No entanto, o produto de entrada no Brasil é o Youth Watery Oil (R$ 329, 15 ml), da linha Abeille Royal, à venda nas lojas multimarcas.
          A nova estratégia de vendas, diz Koyama, visa um público amplo de várias faixas etárias e todos os gêneros, já que “os homens investem cada vez mais em cuidados com a pele”.
          “Pretendemos abrir boutiques Guerlain nos próximos anos e estamos investindo fortemente para atrair esse consumidor. É a nossa primeira aposta em uma nova era”, disse ela.
(Fonte: jornal Valor - 04.08.2023)

3 de ago. de 2023

Volvo (caminhões)

          Em 24 de outubro de 1977, foi constituída a Volvo do Brasil Motores e Veículos S.A., dando início à uma nova fase na história da marca no país, depois das importações nos anos 1930 a 1960.
          Além da proximidade do Porto de Paranaguá e do parque de autopeças de São Paulo, os empresários suecos encontraram em Curitiba boas escolas técnicas e mão-de-obra especializada. O sueco Tage Karlsson foi o primeiro diretor-superintendente da empresa. Nesse mesmo ano era fundada a Volvo Penta do Brasil, no Rio de Janeiro.
          A fábrica estava quase pronta, em 1979, quando os primeiros empregados, que trabalhavam no escritório, no centro de Curitiba, foram transferidos para as novas instalações, na CIC - Cidade Industrial de Curitiba. Nessa época, atendendo à nova política de descentralização industrial do Governo Federal, o estado do Paraná desenvolveu um arrojado projeto de cidade industrial pré-planejada, distante do centro urbano de Curitiba e com toda infra-estrutura para instalação de indústrias, como: energia, telecomunicações, vias pavimentadas para acesso rápido à cidade, etc.
          Em 1979, começa a produção da Volvo no Brasil com motores e chassis de ônibus B58, com motor central entre-eixos, caixa automática e opção de chassi articulado. No Rio de Janeiro, a Volvo Penta inicia a marinização dos motores AQB41.
          O presidente da República, João Figueiredo, inaugurou a nova fábrica, oficialmente, em 4 de dezembro de 1980. Foram feitos estudos sobre as exigências legais do país, as necessidades e tendências do mercado para identificar qual o tipo de veículo seria mais adequado para o transporte rodoviário de cargas no Brasil.
          A decisão final foi a escolha do caminhão global da série "N", vendido na Europa, América do Norte, outros países da América do Sul, Ásia e Austrália. Então, começa a ser produzido o caminhão pesado N10, com motor de 10 litros e, um ano mais tarde, iniciou-se a produção do caminhão pesado N12, com motor de 12 litros, formando a base da linha de produtos oferecida pela marca ao mercado brasileiro.
          A empresa logo percebeu que seria difícil convencer os transportadores de que haveria, em curto espaço de tempo, uma ampla rede de concessionários para prestar atendimento de pós-venda a eles. Veio, então, uma solução criativa e inovadora para a época: a criação do Voar - Volvo Atendimento Rápido (em junho de 1981), oferecendo atendimento emergencial, 24 horas por dia, para todos os veículos da marca, em qualquer ponto do País.
          No início, eram comuns relatos de mecânicos que viajavam da fábrica ou de algum concessionário utilizando aviões e até barcos para chegar ao local de atendimento. Em 1981, a Volvo Penta marinizou o primeiro motor náutico a álcool do mundo, o AQE41.
          Em 1983 foi lançado o Velox, sistema de entrega emergencial de peças de reposição que propunha entregar peças em qualquer capital do país em prazos reduzidos. Era mais uma forma de cativar os transportadores e fazê-los acreditar na seriedade da marca. No mesmo ano, foi lançado o motor TD100G, com maior potência e torque, e menor consumo de combustível.
          Outro lançamento importante de 1983 foi o dos ônibus B58E 4x2 e 6x2. Tratava-se de uma versão mais moderna do B58, que atendia os níveis de emissões exigidos pela legislação ambiental do país para os anos seguintes - por isso o "E", de "ecológico". A Volvo Penta introduziu os motores MD13 e MD16, a diesel.
          Novas modificações na linha de caminhões chegaram em 1984, com o lançamento de uma linha composta por três faixas de aplicação: os caminhões N10 e N12 passavam a receber novas identificações que os classificavam em "H" (heavy), "XH" (extra heavy) e "XHT" (extra heavy tandem).
          Na Brasil Transpo - maior feira especializada em transporte do país - de 1984, também foi lançado o primeiro caminhão pesado a álcool do país - um N10 XHT -, demonstrando a versatilidade da marca para adequar seus produtos às necessidades do Brasil.
          No ano de 1985, a empresa trouxe outras novidades, como o lançamento da série F de motores, equipando a nova linha de caminhões Intercooler, denominados também de "faixa preta", devido às faixas decorativas laterais e ao seu excelente desempenho. O Intercooler (resfriador do ar de admissão do turbo para o motor) foi uma das diversas inovações tecnológicas que a Volvo trouxe ao país, induzindo outros fabricantes a adotar soluções semelhantes em seguida. Com esse lançamento, a Volvo passava a disponibilizar a maior linha de caminhões pesados do Brasil.
          Também em 1985, nasce a Associação Viking dos funcionários da Volvo. Em junho daquele ano, foi anunciada a sucessão no comando da empresa, com Tage Karlsson deixando seu cargo no final do ano e Mats-Ola Palm assumindo a presidência a partir de janeiro de 1986. A Volvo Penta introduziu o VP229, que podia ser usado como motor de centro ou rabeta em embarcações.
          Em dezembro de 1986, foi apresentado o chassi de ônibus B10M, ônibus mundial, agora produzido no Brasil. Não havia outro veículo que se comparasse a ele no mercado brasileiro. No mesmo ano, a fábrica aumenta sua produção com investimentos da ordem de 1,7 milhões de dólares para a construção de novos prédios.
          Em 1986, o país estava sob a égide do Plano Cruzado - um novo plano de recuperação da economia, lançado pelo presidente José Sarney, que mudou o nome da moeda de Cruzeiro para Cruzado. Nesse período, houve uma escassez de peças no mercado, o que levou ao acúmulo de mais de 200 caminhões incompletos no pátio. Mas isso não impediu que se comemorassem marcas históricas, como o chassi número três mil, em abril, e do caminhão número dez mil.
          Em 1987, para comemorar seus dez anos de instalação no País, a empresa lança o Programa Volvo de Segurança nas Estradas, que, em seguida, teve seu nome alterado para Programa Volvo de Segurança no Trânsito. Para a Volvo, mais do que uma nova oportunidade de atuar junto à comunidade, através de um tema que está entre os seus valores essenciais - qualidade, segurança e meio ambiente -, o Programa Volvo de Segurança no Trânsito era uma contribuição efetiva para despertar a sociedade para a gravidade da situação do país nessa área.
          Também em 1987, a Volvo fez uma associação mundial com a Michigan e a Euclid, dando origem à VME Equipamentos de Construção, que já tinha fábrica em Pederneiras, SP.
          Em 1989, a empresa realizou o maior evento de sua história até então: a Volvo do Brasil Truck Convention, quando aconteceu o lançamento da linha de caminhões NL, formada pelos caminhões NL10 e NL12. Nesse mesmo ano, nova troca no comando na empresa: Bengt Calén assume a presidência.
          A abertura das importações favorece a volta dos automóveis Volvo ao país. Em fevereiro de 1991, chegam ao Brasil os 26 primeiros automóveis Volvo 960, importados da Suécia pela Volvo Car do Brasil. Nesse ano, entram em operação os ônibus Volvo B58 Ligeirinhos. O modelo de embarque em plataforma aboliu as escadas do ônibus e diminuiu muito o tempo de embarque e desembarque dos passageiros. Suas estações-tubo tornaram-se um cartão-postal da cidade de Curitiba. No final desse ano, a presidência da Volvo do Brasil foi assumida por Carl Lindeström.
          Em 1992, com 25 metros de comprimento e capaz de transportar 250 passageiros por viagem, os biarticulados deram um novo fôlego ao sistema de transporte de passageiros de Curitiba. O sistema de transporte de Curitiba já havia se consolidado - no início dos anos 1990 - e a demanda de passageiros continuava crescendo.
          Nesse período, a cidade passou a contar com os ônibus biarticulados, especialmente desenvolvidos pela Volvo do Brasil, e até hoje sem similares no mundo. Inicialmente desenvolvidos sobre chassis B58 e mais tarde sobre os B10M e B12M. Com sua grande capacidade, os biarticulados melhoraram a qualidade de vida das grandes cidades, por meio de um transporte mais eficiente. Além disso, trouxeram ganhos ambientais, pois diminuíram a emissão de poluentes por passageiro transportado.
          Em 1993, continuando a abertura às importações, a Volvo anunciou a chegada dos caminhões FH12 de cabine avançada da Suécia. Com isso, foi a primeira montadora a introduzir caminhões com motor eletrônico no Brasil. Ainda em 1993, a Volvo adquiriu o Transbanco (Banco de Investimentos S.A.) a fim de operar na captação de recursos para o financiamento de produtos da marca. Esse foi o embrião da atual Volvo Serviços Financeiros, que mais tarde assumiu o controle daquela instituição financeira.
          Em 1995, quando se comemorava a produção do caminhão número 50 mil, outro recorde histórico era estabelecido com a venda, em um só mês - março -, de 819 caminhões. Em uma decisão histórica, em maio daquele ano, a Volvo foi pioneira em todo o país ao adotar a jornada de trabalho de 40 horas semanais para empregados da produção. Da mesma forma, foi a primeira montadora brasileira a definir um sistema de participação dos empregados nos resultados.
          A Volvo comprou a totalidade da participação da VME em 1995, dando origem à Volvo Equipamentos de Construção. No Brasil, os negócios de equipamentos de construção da marca eram divididos entre Campinas-SP (comercial) e Pederneiras-SP (industrial).
          Em 1996, a Volvo lançou a linha de caminhões EDC - Electronic Diesel Control em três faixas de potência: 320, 360 e 410 CV. Seu novo gerenciador eletrônico de injeção de combustível garante maior desempenho, economia de combustível, menor custo operacional e menor emissão de poluentes.
          Em 1997, foi lançado o ônibus B12B, uma versão especial para o mercado brasileiro do B12, originalmente importado até então. Com o programa Factory 99 - lançado em 1997 -, a empresa aprimora o sistema de gestão de sua planta para as mudanças que aconteceriam nos anos seguintes, preparando-se para o novo século/milênio.
          Foi inaugurada em 1997, a fábrica de cabines de Curitiba, a terceira do grupo Volvo no mundo. Possuía a mais moderna tecnologia, incluindo 12 robôs na linha de produção, moderno sistema de pintura e utilização de materiais nobres, como aços leves e de alta resistência, além de tintas ambientalmente adequadas.
          A nacionalização dos caminhões FH12, que passaram a ser produzidos no Brasil em 1998, marcou uma nova fase na história da empresa. Os produtos brasileiros passaram a ter exatamente a mesma plataforma tecnológica da Europa. Ulf Selvin assume a presidência da Volvo em janeiro. A Volvo Construction Equipment brasileira passou a ser responsável pelos negócios na área de equipamentos da marca, em toda a América do Sul.
          A novidade vinha acompanhada da introdução das motoniveladoras, ocorrida com a compra da canadense Champion em 1997, e de escavadeiras, a partir da aquisição da coreana Samsung Heavy Industries, em 1998. Na fábrica de Curitiba, foi introduzido o conceito de Equipes Autogerenciáveis - EAGs: grupos com autonomia para coordenar as atividades do dia-a-dia, com um mínimo de supervisão. O modelo das EAGs é herdeiro das bem-sucedidas experiências nas fábricas suecas da Volvo Cars em Kalmar e Udevalla, nos anos 1970.
          A planta era a única a produzir os motores da marca fora da Suécia. Em 1999, a área comercial da Volvo Equipamentos de Construção foi transferida de Campinas, SP para Curitiba, PR, integrando-se definitivamente à estrutura de negócios da Volvo do Brasil. O mesmo aconteceu com a Volvo Penta. Em 1999, a Volvo Serviços Financeiros realizou suas primeiras operações de Leasing.
          Em 2001, o Grupo Volvo comprou a Renault e a Mack Caminhões, criando uma estrutura global multimarcas. No Brasil, acontecia uma nova mudança de comando: Peter Karlsten assumiu a presidência da Volvo no País.
          Em 2003, numa mudança de posicionamento de mercado, a Volvo decide ampliar sua linha de caminhões, introduzindo os semipesados Volvo VM 17 e VM 23, ambos com chassi rígido, nas versões 4x2 e 6x2. Em ônibus, a introdução do chassi B12R levou muita eletrônica embarcada para as estradas, com a introdução do computador de bordo e do software trip manager para ônibus.
          Também em 2003, a linha de caminhões pesados foi inteiramente renovada, com a introdução de novas versões do FH, NH e FM. Em equipamentos de construção, as novidades eram o caminhão articulado A30D e a carregadeira L220D. Em 2003, Tommy Svensson assumiu a presidência da Volvo do Brasil.
          Em 2004, a Volvo do Brasil lançou o maior ônibus do mundo: o B12M biarticulado com 27 metros de comprimento e capacidade para 270 passageiros. Baseada em sua tecnologia eletrônica, a empresa lançou o Volvo Link, sistema de rastreamento via satélite original de fábrica, que permite acompanhar e comandar remotamente a operação dos veículos. Através da internet, pode-se verificar a posição exata de qualquer caminhão da transportadora em tempo real, interagindo com o veículo e o motorista em situações emergenciais.
          O caminhão FM 8x4, dirigido a segmentos de mineração e construção, foi lançado no segundo semestre de 2005, quando também foram introduzidos os novos VM cavalo mecânico 4x2 e rígido 6x4.
          Em 2005, a Volvo do Brasil realizou a maior venda de ônibus do mundo: 1.779 unidades para o sistema Transantiago, que começou a operar em Santiago, no Chile; em outubro, com as primeiras 1.100 unidades de um total de 1.159 articulados B9 SALF produzidos no Brasil e 620 ônibus B7 RLE convencionais fabricados na Suécia.
          Nova renovação na linha FH/FM foi promovida em 2006, com novos motores mais potentes e econômicos e nova transmisssão I-Shift, para 60t. É a linha Total Performance. Foi produzida a última unidade do modelo NH, de cabine "nariguda". Com isso encerrou-se um ciclo iniciado com os modelos N, NL e NH, em 26 anos de fabricação. A linha de escavadeiras ganhou um novo modelo: a EC700B é a maior da marca, com capacidade para 70t.
          Também em 2006, a linha de motoniveladoras também foi atualizada, com a introdução da série G900. Destaque também para um novo modelo de carregadeiras: L150E. Em Pederneiras, foi construída novas linhas de montagem de eixos e escavadeiras.
          Em ônibus, em 2007 houve o lançamento do B9R, que introduziu um nível de eletrônica embarcada e segurança jamais vistos em ônibus no continente. Destaque para o câmbio automatizado I-Shift, que passou a estar disponível também no B12R. Foi lançado também o caminhão FM10x4, que transporta até 50t em operações de construção e mineração, projetado especialmente para a Vale. 104 unidades foram vendidas para a mineradora.
2009

Com o lançamento de uma linha de miniescavadeiras e retroescavadeiras a Volvo consolida sua participação no segmento de equipamentos de construção compactos. Em ônibus, o destaque do ano foi a venda de 100 biarticulados B9SALF para a cidade de São Paulo. Com piso totalmente baixo, estes veículos não têm degraus para embarque e desembarque, trazendo muito mais segurança e conforto aos passageiros.
          A Volvo Penta lança, em 2010, novos motores IPS, com potências de 1050 e 1200 hp, apresentados durante o tradicional Rio Boat Show. No segmento de ônibus rodoviários a Volvo passa a oferecer uma nova versão 8x2 do chassi B12R, especial para carrocerias “double-decker”. Outro destaque foi a importação de um ônibus híbrido Volvo 7700 para demonstrações nas cidades de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
          Em 2011, a Volvo lança as novas linhas F e VM de caminhões com tecnologia Euro 5 e o Dynafleet, seu gerenciador de frotas.
          Foram lançadas no Brasil em 2012 as novas minicarregadeiras série “C”, retroescavadeiras série “B” e escavadeiras série “D” da Volvo. Volvo é a marca do ano em caminhões pesados e FH440cv ganha Prêmio Lótus pela terceira vez.
          Em 2013, expandindo seu complexo industrial, Volvo automatiza a área de pintura da fábrica de cabines, com novos robôs e máquinas. Volvo Penta lança os motores marítimos V8 380 e V8430 e marca presença nos estádios da Copa do Mundo com motores industriais. A empresa lança o ônibus B270F com suspensão pneumática. O Parque Nacional do Iguaçu inicia operação com ônibus híbridos da marca. Lança o FH16 750cv, o caminhão mais potente do mundo e linha VM ganha configurações de eixos 8x2 e 8x4.
          A Volvo faz o maior lançamento de caminhões da sua história em 2014, atualizando totalmente as linhas F e VM. Amplia e moderniza seu parque fabril de Curitiba, com novos prédios, a instalação de novos equipamentos e robôs e a inauguração de um complexo de 20 mil m² para atender clientes.
          Testes em Curitiba mostram, em 2016, a eficiência do ônibus Elétrico-Híbrido, tecnologia que emite 55% menos CO2, 540% menos NOX e 1.500% menos material particulado (fumaça preta) do que modelos Diesel tradicionais, além de ser 65% mais econômica.
(Fonte: site da empresa)