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10 de out. de 2023

Livraria da Vila

          Enquanto livrarias ícones, como Saraiva e Cultura, fecharam as portas, castigadas pela queda de receita e altos custos das lojas físicas, outras redes juntaram os cacos dessa crise e vêm ocupando o espaço. De olho na experiência dos antigos concorrentes, buscam trilhar caminhos novos e evitar os erros de quem não sobreviveu às mudanças desse mercado.
          A Leitura, de Minas, Travessa, do Rio, e Livraria da Vila, de São Paulo, vão na contramão das previsões e vêm em acelerada expansão nos últimos anos, período em que as até então líderes do mercado minguaram.
          Além disso, o espaço físico das livrarias tem se demonstrado importante também para as editoras fazerem lançamentos de autores menos conhecidos. “É a grande vitrine do mercado. Sem a livraria física, esses livros acabariam perdidos em meio a tantas outras ofertas nos sites. O leitor não teria sensibilidade a eles”, diz Samuel Seibel, presidente da Livraria da Vila.
          A Livraria da Vila tinha dez lojas até 2019, ano em que o mercado editorial brasileiro cresceu 6,1%, segundo a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, feita pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Os bons resultados naquele período fizeram a empresa apostar, no meio da pandemia, em um grande investimento em expansão.
          A empresa paulista não costumava expandir alavancada por crédito privado. Naquela época, no entanto, aproveitou o caixa de 2019 e um empréstimo a juros baixos para abrir oito novas lojas em quatro anos.
          Como seus pares (como a Leitura, de Minas e Travessa, do Rio), a Livraria da Vila não comercializa apenas livros. Parte da arrecadação das lojas vem por meio de itens de papelaria e jogos de tabuleiro, por exemplo. Apesar dos outros setores representarem pouco da arrecadação, eles têm sido uma forma de atrair consumidores para a venda de livros. “Existem pessoas que compram só o jogo, mas a maior parte não deixa de levar o livro, principalmente quando está lá com a criança”, explica Seibel.
          Outro foco das empresas é o público infantojuvenil. Há uma percepção entre os livreiros de que títulos destinados a adolescentes e crianças chamam a atenção e, ao contrário do que se pode imaginar da nova geração, há um grande interesse dos mais novos pela leitura.
          Eventos com autores dessas obras e a atuação de influenciadores de literatura em redes sociais movimentam as lojas. “Os títulos para esse público começaram, nos últimos três a quatro anos, a crescer muito”, diz Seibel. Para o presidente da Livraria da Vila, a manutenção do mercado livreiro também tem a função cultural de promover a renovação das gerações de leitores promovendo cursos, debates, eventos e rodas de conversa.
          A Livraria da Vila abrirá uma loja na Avenida Paulista. A 13.ª unidade da rede na cidade de São Paulo será aberta no Shopping Cidade São Paulo. O shopping fica no número 1.230 da avenida, no bloco entre a Alameda Campinas e a Rua Pamplona. A inauguração está programada para o início do segundo semestre de 2024. A loja terá 170 metros quadrados e promete um projeto arquitetônico moderno, que já é marca da rede. Serão mais de 18 mil itens, entre livros, artigos de papelaria, jogos e outros produtos. A unidade contará, também, com espaço destinado ao público infantil. O lançamento faz parte de um projeto de expansão da livraria, em curso nos últimos anos, com o objetivo de ocupar espaços deixados por redes como Livraria Cultura e Saraiva nos shoppings da capital. A aposta é em espaços menores e em curadoria interna específica, conforme o público frequentador. Na região, a Livraria da Vila já tem lojas no Shopping Jardim Pamplona (R. Pamplona, 1704) e no Shopping Pátio Paulista (R. Treze de Maio, 1947).
(Fonte: Estadão - 08.05.2024 - parte)

9 de out. de 2023

GreenCare

          A distribuidora de produtos à base de cannabis no Brasil GreenCare, tem como cofundador o 
empresário Martim Prado Mattos, atual presidente da empresa.
          A GreenCare é líder no mercado de produtos à base de cannabis no Brasil e agora lidera as vendas de produtos fitoterápicos no país, que incluem medicamentos derivados de plantas medicinais. Com 35% de participação de mercado, supera todos os demais concorrentes, conforme informa a Close Up Farma, empresa especializada em auditoria da indústria farmacêutica.
          A empresa, que detém mais de 30% das receitas médicas de produtos à base de cannabis nas farmácias brasileiras, possui o portfólio mais extenso com três ofertas. Domina o mercado de produtos 
de “espectro completo”, que incluem os diversos compostos da planta além do canabidiol.
          A GreenCare reporta um aumento mensal constante nas consultas de pacientes, tendo atendido mais de 35.000 pessoas desde o início das suas operações.
          O mercado brasileiro de produtos à base de cannabis, destinados a serem reconhecidos como tratamentos médicos num futuro próximo, está testemunhando uma rápida expansão. As vendas de cannabis medicinal aumentaram 137%, totalizando 140,1 mil unidades no primeiro semestre do ano de 2023. Em termos de receita, isso significa um aumento de 123%, atingindo R$ 59,5 milhões, segundo dados da IQVIA, empresa global de auditoria do varejo farmacêutico.
          Martim Prado Mattos destacou duas tendências significativas que moldam o mercado de cannabis. Após a Resolução 267 da Anvisa, que permite a venda de produtos à base de cannabis em farmácias brasileiras por cinco anos, houve uma mudança notável. Os médicos e os consumidores estão cada vez mais a favorecer as marcas disponíveis localmente em detrimento das importações, principalmente devido à relação custo-eficácia e à disponibilidade consistente.
          Além disso, há uma transição notável dos produtos de primeira geração, que contêm apenas canabidiol isolado, para os produtos de “espectro completo” de segunda geração. Estas ofertas de ervas contêm vários compostos ativos além do canabidiol, e pesquisas indicam que podem oferecer benefícios terapêuticos aprimorados.
          Os produtos que buscam registro na Anvisa agora precisarão de estudos clínicos que comprovem sua eficácia, afirmou Mattos. Ele vê isto como um filtro de mercado fundamental, prevendo que “apenas um punhado de empresas conseguirá garantir o registro definitivo”.
(Fonte: jornal Valor - 09.10.2023)

6 de out. de 2023

Housi

          A Housi foi criada para gerenciar locações de clientes da incorporadora Vitacon, ou seja, a empresa surgiu da incorporadora Vitacon.
          Por volta de 2019, a Housi ganhou vida própria e mudou de foco à medida que se expandia.
          O slogan é “sua casa por assinatura”, mas os aluguéis de curto e médio prazo fazem parte dos serviços oferecidos pelo aplicativo da empresa, que é o principal negócio da Housi.
          Alexandre Frankel, CEO da Housi, gosta de fazer uma analogia entre a relação do seu aplicativo com os edifícios e o papel do Windows nos computadores, como um produto que permite a utilização de vários outros produtos. Ele é irmão de Ariel Frankel, CEO da Vitacon, e faz parte do conselho da incorporadora imobiliária paulista.
          O nicho que Housi encontrou foi fornecer uma plataforma que pudesse agregar os diversos serviços que começavam a aparecer em prédios residenciais de todo o país, como mercearias, lavanderias, self storage e car sharing, além de aluguel de apartamentos. A empresa passou a atender outras incorporadoras e também condomínios mais antigos.
Ao contrário da empresa que a gerou, a Housi não possui ativos próprios. Nem sequer disponibiliza os serviços oferecidos na plataforma, incluindo o aluguel de unidades. Gerencia a entrega desses serviços e prospecta novos apartamentos e negócios para oferecer à sua base. “Há sempre um parceiro fazendo a execução”, disse ele. “Nosso papel é muito mais na inteligência e curadoria de dados do que no terreno.”
          O objetivo da empresa é que os edifícios com o sistema Housi não tenham que pagar taxas de condomínio, disse Frankel. O custo seria coberto pelas receitas geradas pelos serviços oferecidos no edifício. Os prestadores de serviço não pagam para estar no aplicativo, mas uma parte da receita vai para o condomínio e para a própria Housi.
          Segundo o CEO, nesse modelo o prédio passa a ser mais um ponto de venda e o negócio imobiliário se aproxima do varejo. A empresa pode participar de um novo empreendimento desde a concepção do projeto, utilizando estratégias de shopping para escolher onde cada máquina de venda automática ficará localizada nas áreas comuns, como mapas de calor para fluxo de tráfego.
          Hoje, a empresa concorre com multinacionais que possuem pontos de venda próprios em prédios, como Unilever e Ambev, mas estas também participam da plataforma da Housi. Para o CEO, com a popularização desse tipo de serviço, os administradores e administradores de condomínios vão querer evitar lidar com diferentes prestadores de serviços e preferir um sistema que centralize a gestão.
          O mesmo aplicativo usado para acessar os serviços do prédio pode ser usado para abrir a fechadura eletrônica das unidades e anunciar novos lançamentos de imóveis de parceiros, uma frente que a Housi vem tentando expandir. No início de outubro de 2023, a empresa anunciou um chatbot para tirar dúvidas sobre lançamentos.
          A próxima fronteira, disse Frankel, é oferecer serviços financeiros vinculados ao universo imobiliário, como rent factoring e financiamento de móveis, que já está em fase de testes. “Tudo está acontecendo muito rapidamente, potencialmente começaremos a oferecê-lo em 2023”, disse ele.
          Em 2022, a empresa gerou receita de R$ 100 milhões. Agora pretende triplicar esse valor só este ano, ao mesmo tempo que aumenta o número de unidades que utilizam os seus serviços.
          Considerando dados do início de outubro de 2023, cerca de 30 mil apartamentos utilizam os serviços da empresa e outros 70 mil estão em construção, levando o CEO a prever um novo aumento nas vendas em 2024. A empresa atende cerca de 300 outras incorporadoras. 
(Fonte: jornal Valor - 06.10.2023)

4 de out. de 2023

Deutsche Börse

          A Frankfurter Wertpapierbörse é uma das mais antigas do mundo, sendo o seu surgimento atribuído ao ano de 1585. Ou seja, ela possui quase 450 anos de história.
          Na época os comerciantes da Europa ocidental se encontravam no local de negociação mais desenvolvido que era a cidade de Frankfurt.
          No início, o que acontecia no local eram as feiras comuns, nas quais os participantes vinham de toda a parte da Europa, isso data até antes de 1585.
          A data de 1585 foi estabelecida como o início da Bolsa de Valores porque foi a partir de então que foram inseridas taxas de câmbio uniformes.
          No ano de 1625 foi adotada a primeira folha oficial de diferenças de câmbio para a troca de moedas. Na ocasião, a lista incluiu 12 moedas com datas de transações de fechamento de prisioneiros na feira.
          A Bolsa de Frankfurt é a maior bolsa de valores da Alemanha e uma das mais importantes do mundo. Ela pertence a Deutsche Börse, que também é proprietária de outras bolsas alemãs.
          É a Deutsche Börse responsável pelo bom funcionamento do comércio de câmbio no país, sendo que o principal índice desta Bolsa é o DAX-30 com base no sistema xetra.
          Atualmente existem centenas de ações que são negociadas na Bolsa de Valores de Frankfurt, sendo que nela são listadas algumas das maiores empresas do mundo.
          Dentre as principais organizações presentes na Bolsa de Frankfurt estão a Bayer, Volkswagen Group, Siemens, Daimler, Deutsche Telekom, BMW, Allianz, BASF, Merck, SAF, dentre outras.
          O principal índice que representa a Bolsa de Frankfurt é o DAX 30. Ele é composto pelas ações das 30 empresas alemãs que possuem a maior capitalização financeira do país.
          Além disso, esse índice é acessível através de qualquer plataforma credenciada, sendo que o seu acompanhamento indica a situação econômica do país.
          Ou seja, para saber como está a valorização ou desvalorização da Bolsa de Frankfurt, basta acompanhar o índice DAX 30 que dá uma importante leitura para o investidor.
          Para investir na Bolsa de Valores de Frankfurt é preciso abrir uma conta em uma corretora de valores do país, mas antes disso é necessário fazer a tradução juramentada dos documentos para o alemão.
          Depois será preciso procurar o cartório do consulado da Alemanha mais próximo da sua cidade, antes de realizar a abertura da sua conta no país.
          Na hora de abrir a conta é preciso ter o montante exigido pela corretora, assim como apresentar outros documentos como passaporte, documento com foto e comprovante de residência.
          Será preciso então, entregar um formulário de investidor estrangeiro com todas as informações preenchidas. Depois é só expatriar o dinheiro e escolher as ações que se deseja investir.
(Fonte: suno.com.br)

3 de out. de 2023

Colégio Santa Catarina de Sena

          O Colégio Santa Catarina de Sena foi fundado em 1934, com o lema "Educar é formar a mente, o espírito e o coração", palavras de Teresa de Saldanha, a fundadora das Irmãs Dominicanas.
          O inicio do funcionamento da escola ocorreu em 19 de março 1934, com o nome "Externato Santa Catarina de Sena" e disponibilizava os cursos Pré-primário e Primário Fundamental. O colégio estava localizado na Rua Martiniano de Carvalho, 22 e 24 e já no dia 7 de maio de 1934 foi autorizado para funcionar sob o nº 1.339.
          A transferência para a Rua Manuel de Nóbrega, 307, onde está localizado até hoje, aconteceu no dia 12 de dezembro de 1945.
          A abertura do curso ginasial foi realizada em 18 de novembro de 1957. Em 9 de novembro de 1965, passou a denominar-se Escola Normal Particular Santa Catarina de Sena.
          O curso Colegial foi instituído em 12 de março de 1969. A habilitação específica de Segundo Grau para o Magistério foi conquistada 13 de junho de 1978.
          O Colégio Santa Catarina de Sena é dirigido pelas Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, uma Congregação fundada pela Madre Teresa de Saldanha (1837-1916) em 1866.
          As Irmãs Dominicanas buscam o absoluto de Deus, encarnando a contemplação e a ação, numa atenção permanente aos apelos de Deus no mundo. Para tal, incorporam os elementos fundamentais para do carisma Dominicano: a oração, a vida fraterna em comunidade, o estudo e o apostolado. Pretendem viver e expressar a misericórdia em gestos, serviços e fundações de educação, de solidariedade e compaixão para crianças, jovens e idosos. Querem dilatar e perpetuar a obra de Teresa de Saldanha junto dos pobres, dos famintos, das crianças e jovens etc.
          Desde 1934 elas têm o Colégio Santa Catarina de Sena como uma oportunidade para concretizar o seu ideal de “Fazer o bem sempre e onde seja possível”. Com o seu caráter aberto, elas procuram estender seu ideal para toda a comunidade escolar, de maneira que, em união com a comunidade educativa, buscam formar uma grande corrente do bem com seus educadores e todas as pessoas que frequentam o colégio.
          No decorrer do processo educativo, oferecem uma educação que engloba o desenvolvimento harmonioso das faculdades intelectuais, morais e espirituais dos seus educandos. Estes, por sua vez, têm um ambiente favorável para aprender a conhecer, a fazer, a ser e a conviver. Trata-se de um aprendizado que se constitui num sólido alicerce para obter personalidades firmes e responsáveis, competentes, solidárias e preparadas para enfrentar a competitividade sempre presente tanto no ambiente universitário como no mercado de trabalho.
          O Colégio Santa Catarina de Sena espera que os seus membros, imbuídos pelo espírito de misericórdia, solidariedade e amor ao próximo e, sentindo a urgência de fazer algo na Igreja e na sociedade, continuem com o ideal de fazer o bem sempre e onde quer que estejam, dando assim um contributo qualitativo na transformação da sociedade.
          Grande tem sido a gratificação das irmãs dominicanas pelos ex-alunos que sempre visitam a escola com muitas saudades. A direção se lisonjeia em saber que estão bem posicionados na vida.
(Fonte: site da escola, com texto adaptado).

2 de out. de 2023

Grupo Handz (Gocil)

          O Grupo Handz é um conglomerado que controla empresas como a de segurança Gocil. O grupo tem controle compartilhado pela família Cinel, centrado principalmente no empresário Washington 
Cinel.
          As empresas do grupo têm atuação em três segmentos: prestação de serviços de segurança, agronegócio e imobiliário (por meio da holding imobiliária Maná).
          Em 29 de setembro de 2023, o Gropo Handz entrou com um pedido de recuperação judicial no valor de R$ 1,758 bilhão. O pedido foi apresentado à 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
          Na petição inicial, os advogados afirmam que, apesar dos segmentos distintos, as requerentes “operam em harmonia” e dependem uma das outras para continuidade da operação.
(Fonte: jornal Valor - 01.10.2023)

30 de set. de 2023

Liquid Death

          O primeiro esboço do que viria ser a Liquid Death surgiu em 2014, enquanto o empreendedor americano Mike Cesario trabalhava em uma campanha publicitária para conscientização do público sobre os riscos do consumo excessivo de bebidas com açúcar. Assim surgiu a primeira versão da água enlatada "Morte Líquida", em uma espécie de chacota às marcas já existentes. O slogan também tem propósito igual: "Mate sua sede".
          A abertura de um novo negócio passa pela difícil etapa de escolha do nome. Uma árdua decisão e que muitas vezes pode deixar os empreendedores de cabelo em pé. Afinal, como definir o nome e slogan perfeitos para um novo empreendimento e que possam ser originais, criativos e, ao mesmo tempo, memoráveis?
          Para Mike Cesario, a irreverência respondia parte desta questão. Ele é criador da Liquid Death (morte líquida, na tradução livre), marca de água enlatada popular entre os jovens e que hoje compete num disputado mercado de 350 bilhões de dólares ao lado de gigantes como Danone, PepsiCo e Coca-Cola.
          A inspiração para o negócio veio após Cesario, um designer e profissional de marketing, perceber que músicos careciam de opções saudáveis durante shows. Um admirador do estilo musical punk-rock, era comum encontrá-lo acompanhando shows pelos Estados Unidos, especialmente em grandes festivais.
          Em uma dessas ocasiões, Cesario percebeu que era comum que marcas de bebidas energéticas fossem os principais patrocinadores de eventos desse tipo, o que tornava comum o consumo de energéticos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas — entre os visitantes e também pelos próprios músicos. O que ele também reparou, porém, era que os músicos estavam substituindo os energéticos por água para se manterem hidratados durante os shows.
          Dessa análise surgiu o incômodo de Cesario em criar uma alternativa saudável, mas com embalagens igualmente coloridas, chamativas e irreverentes — assim como a dos energéticos. “Isso começou a me fazer pensar: por que não existem produtos mais saudáveis ​​que ainda tenham marcas engraçadas, legais e irreverentes? A maior parte do marketing de marca mais engraçado, memorável e irreverente é todo para junk food”, disse Cesario à CNBC.
          Ao que tudo indica, muitas pessoas não temem ingerir uma bebida com o nome de morte. A inspiração, segundo ele, veio do desejo de pensar no nome mais "idiota possível" para o negócio e assim, passar longe da associação do público a marcas de sucesso. “Funciona muito bem porque você começa a pensar: ’Oh, qual é o nome mais idiota possível para uma bebida super saudável e segura possível? Morte Líquida", disse.
          Cesario registrou a marca em 2017, e dois anos depois, lançou sua primeira linha de produtos. O que o empresário não esperava, contudo, era que o sucesso da marca se daria de forma tão repentina. Em apenas três anos, as vendas da Morte Líquida saltaram de US$ 2,8 milhões para US$ 130 milhões.
          Parte do crescimento da marca se deve ao sucesso do combo nome engraçado e design das latas que foge à regra dos típicos desenhos de montanhas e alpes, nas redes sociais. Por lá, postagens da marca viralizaram não apenas entre os fãs de música punk-rock, mas também entre o público mais jovem até mães que precisam convencer seus filhos a beber mais água no dia a dia.
          A marca também atraiu a atenção de investidores dispostos a injetar capital para fazê-la crescer. Em três anos, a Liquid Death já recebeu cerca de 195 milhões de dólares. Atualmente, o valor de mercado da marca é de 700 milhões de dólares, (algo como 3 bilhões de reais), segundo o fundador.
          A ascensão meteórica da Liquid Death em apenas três anos torna a empresa mais do que apenas um nome inteligente, mas um exemplo de boas práticas de diálogo com o publico por meio da internet.
          Depois de um tempo restrito ao e-commerce próprio, a Liquid Death passou a vender seus produtos em redes de varejo pelos Estados Unidos, como Whole Foods, 7-Eleven e Publix, que juntas somaram vendas de 45 milhões de dólares em 2022. O preço médio de venda das latas é US$ 1,89.
          Para Cesario, a única maneira de manter os bons resultados da Liquid Death em meio à dura concorrência com líderes no mercado de bebidas enlatadas é continuar apostando no humor e na identificação do público. "A única maneira de a marca ter uma chance de sobrevivência é se o produto em si seja incrivelmente interessante, com grande parte do marketing embutido no produto”, disse.          Considerando dados de janeiro de 2023, a Liquid Death tem mais de 1,5 milhão de seguidores no Instagram. A marca é vendida em mais de 60.000 pontos de venda no país, incluindo as lojas de departamento Kroger e Target. Segundo a CNBC, a Liquid Death é a marca de água sem gás mais vendida da Amazon.
(Fonte: Exame - 28.01.2023)

29 de set. de 2023

Copasul

          A cooperativa agropecuária Copasul tem sede em Naviraí, a 360 quilômetros da capital do estado, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Está localizada às margens da rodovia BR-163.
          A empresa conta com duas unidades industriais – uma fiação de algodão, instalada em 1996 e e uma fábrica de fécula, inaugurada em 2012. Na época do primeiro projeto agroindustrial da cooperativa – a fiação de algodão – o investimento girou em torno de R$ 9 milhões e o faturamento da cooperativa era inferior a R$ 10 milhões, segundo Gervásio Kamitani, presidente da Copasul.
          A cooperativa iniciará em 2024 as obras de sua primeira planta industrial de processamento de soja em Naviraí. O projeto deverá estar operacional em 2026, com investimento de R$ 1,4 bilhão.
          A planta de processamento de soja é considerada parte essencial do plano da cooperativa para atingir a meta de R$ 10 bilhões em vendas anuais até 2026, e deve responder por 30% desse total, segundo Gervásio Kamitani. “A britagem é o nosso grande sonho, depois da fiação e da fábrica de amido”, disse Kamitani.
          A nova unidade terá capacidade para processar 3 mil toneladas ou 50 mil sacas de soja por dia e armazenar 150 mil toneladas de soja, 70 mil toneladas de farelo de soja, 10 mil toneladas de óleo bruto degomado e 3,6 mil toneladas de cascas. A produção estimada da nova planta é de 944.230 toneladas por ano, entre óleo, farelo de soja e pellets de casca. Segundo a cooperativa, a expectativa é que o projeto gere 150 empregos diretos e 1,9 mil indiretos.
          A nova unidade será construída ao lado da fábrica de fécula da cooperativa, às margens da rodovia BR-163. A unidade de processamento ocupará 42 hectares de uma área total de 115 hectares.
          Segundo a Copasul, um dos diferenciais da unidade será o conceito de zero efluentes. Isso será alcançado por meio do controle da geração de resíduos e do plantio de 1.000 hectares de eucalipto por ano para produção de madeira própria, que será utilizada no processo de esmagamento da soja.
          A previsão para o faturamento do grupo em 2023 gira em torno de R$ 6,2 bilhões
(Fonte: jornal Valor - 29.09.2023)

28 de set. de 2023

Bitso

          A plataforma de negociação de bitcoins e outros criptoativos Bitso foi fundada no México em 2014.
          Em junho de 2021, a empresa recebeu um aporte de US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão) de importantes fundos globais de venture capital, como Tiger e Coatue, além de Kaszek, Valor Capital e Paradigm.
          Com esses investimentos, se tornou o primeiro unicórnio do segmento de criptomoedas na América Latina (unicórnios são as startups que atingem valor de mercado superior a US$ 1 bilhão).
          Instalada no Brasil em maio de 2021, a Bitso já viu, poucos meses depois, sinais relevantes de crescimento na base de usuários e no volume negociado no país, mas quer mais.
          A base de clientes e o volume negociado vêm apresentando fortes crescimentos, e, de olho em rivalizar com as líderes do mercado local, a exchange “importou” seu presidente (CEO), o mexicano Daniel Vogel, que passou a morar em São Paulo em julho (de 2021).
          A ideia dele é supervisionar de perto os ambiciosos planos da empresa: tomar a liderança do mercado de criptoativos no país, hoje repartida entre diversos players, principalmente a brasileira Mercado Bitcoin e a estrangeira Binance.
          “O Brasil é nossa prioridade, e vemos a liderança local como um projeto de longo prazo. Na nossa visão, há oportunidades enormes para inclusão financeira a partir do uso de tecnologia. Já oferecemos a melhor experiência para comprar e vender criptoativos, e agora queremos melhorar a infraestrutura para lançar produtos que sejam úteis no dia a dia”, comenta o presidente da Bitso.
          Em setembro de 2021, planejava investir R$ 1,5 bilhão no crescimento da operação no Brasil. Mais especificamente, em tecnologia, lançamento de novos produtos e serviços, contratações e publicidade, como em comercial já veiculado após o Jornal Nacional, da Globo.
          O volume negociado em reais cresceu quase 90% nos primeiros meses do lançamento. E, em outros reflexos de que a empresa está ganhando impulso no Brasil, o número de clientes dobrou no período, e o total de clientes ativos (ou seja, que efetuaram negociações) cresceu 25% nesses meses. Isso tudo apenas de maio a setembro de 2021.
          A empresa não abre o número de clientes no país, mas especula-se que a meta é chegar a 1 milhão em um ano. Nesse patamar, Vogel calcula que seria possível competir com as marcas mais conhecidas no mercado e sair vitoriosa de um processo de crescimento e consolidação de segmento cripto local, que começou no início de2021, com a compra da brasileira BitcoinTrade pela argentina Ripio.
          Também cresceram, desde então, as opções ao investimento em bitcoin via exchanges, como os fundos de investimentos e os ETFs, em alguns casos até com participação de grandes bancos, como o Itaú e o BTG Pactual.
          O principal diferencial da plataforma com relação à maioria dos players de criptos no mercado brasileiro, diz Vogel, é a oferta de produtos e serviços que facilitam o uso de criptoativos para além da especulação ou mesmo do investimento de longo prazo – a célebre faceta do bitcoin enquanto reserva de valor, uma espécie de “ouro digital”.
          Entre as possibilidades, podem estar aplicações que foram lançadas em outros países, como um serviço de remessa de recursos no México focado em imigrantes mexicanos que mandam dinheiro para a família (uma espécie de dekasseguis só que mexicanos), e uma conta digital remunerada com juros, como na Argentina.
          Também estão no cardápio de possibilidades as aplicações de finanças descentralizadas, os DeFi, protocolos automatizados que vêm sendo criados e usados para oferecer serviços financeiros tradicionais – como empréstimos, seguros e consórcios – com garantia em criptomoedas e, comparativamente, menos taxas e mais acesso.
          “O universo do DeFi está elevando o emprego da blockchain no fomento à inclusão financeira. Estamos começando a avaliar qual poderá ser nossa contribuição a esse universo, de olho nas demandas da população brasileira”, diz Vogel.
          Um primeiro movimento da empresa neste sentido foi a parceria anunciada pouco depois de meados de 2021 com a Pyth Network, um DeFi desenvolvido na tecnologia de registro distribuído (blockchain) Solana.
          Conhecido como “o oráculo dos dados descentralizados”, o protocolo faz uma espécie de ponte entre o universo tradicional e o ecossistema cripto, fornecendo dados sobre preços de ativos em tempo real e facilitando a escalabilidade de projetos baseados em automação.
          “Nossa colaboração com a Pyth é nosso primeiro passo no universo DeFi, baseado na ideia de que, ao prover dados fidedignos e em tempo real aos participantes de mercado, a Bitso está ajudando a melhorar a confiabilidade e a transparência do ecossistema cripto”, comenta Vogel.
          Considerando dados de setembro de 2021, a plataforma tem quase 500 funcionários e 2,5 milhões de clientes, em 27 países. Já haviam sido realizadas 70 contratações até então no Brasil. 
(Fonte: Valor Investe - 14.09.2021