Após sair do Bradesco, Miranda começou a criar a Yards com sócios. Por uma divergência – alguns achavam que a Yards deveria ser principalmente uma gestora de recursos –, um grupo resolveu pelo projeto da Archx, que é ter mais força na operação de banco de investimento.
A Archx Capital deve colocar no mercado em breve suas primeiras ofertas, uma debênture incentivada de R$ 110 milhões e um fundo de recebíveis de R$ 80 milhões, este último para uma empresa que nunca acessou o mercado de capitais.
A Archx também vai entrar na gestão de fortunas, com a criação de escritório no mesmo modelo de sociedade com assessores de investimento. O objetivo do grupo, hoje com 80 pessoas, é atuar em nicho pouco explorado pelos bancos de investimento, como o de empresas menores que nunca acessaram o mercado de capitais.
A proposta é dar aconselhamento, inclusive em ESG, estruturar operações de captações com emissão de títulos ou ações, e acessar investidores que buscam estratégias específicas, incluindo fusões e aquisições. A Archx vai inaugurar ainda uma frente em serviços bancários para essas empresas, mas sem abrir um banco.
O grupo está próximo de fechar acordo com quatro bancos médios para oferecer crédito em linhas como capital de giro. “Falta crédito para empresas brasileiras emergentes”, diz Miranda.
Um dos objetivos é capturar clientes desses bancos, que não têm áreas consolidadas de banco de investimento. Para chegar a essas empresas, criou uma rede pelo país com mais de 70 ex-bancários, boa parte aposentados do BB.
Nas últimas semanas, a empresa ganhou novos sócios, como Sylvio Ribeiro, vindo do Credit Suisse, que vai encabeçar a renda variável, e Bernardo Costa, que fez carreira nas agências Fitch e Moody's. Para coordenar ofertas públicas, a Archx entrou com pedido de autorização na Comissão de Valores Mobiliários.