Total de visualizações de página

26 de fev. de 2025

Family (produtos de limpeza)

          A fabricante de produtos de limpeza Family, criada pouco depois de meados de 1988, é resultante de uma joint venture entre a Dow Química e a Sanbra.
          Considerando um panorama em setembro de 1990, a Family tinha apenas três produtos. Eles são o Mr. Magic, especialmente criado para limpeza de cozinha; o Thunder, voltado para os banheiros. e lava-
roupas líquido Splendid.
          A Family atirava em várias direções (e concorrentes), simultaneamente. Com o Mr. Magic, seu alvo foi o Veja Multi-Uso, da Atlantis (hoje Reckitt Benckiser (RB)), que liderava a faixa de produtos de limpeza concentrados. Com o Thunder, a companhia conseguiu algum espaço no mercado. Já com o então novato Splendid, a empresa pretendia explorar um filão de mercado, aberto pela Lever com o Omo 
Líquido, que inicialmente tinha apenas 2% do mercado 6otal de produtos para lavar roupa.
          Em setembro de 1990, a Family tinha 112 funcionários.
(Fonte: revista Exame - 19.09.1990)

24 de fev. de 2025

Agro Cumaru

          A Agro Cumaru, fundada por Carlos Mafra,  faz parte da estratégia de diversificação do Grupo Mafra - o mesmo grupo que fundou a Viveo, uma empresa de suprimentos médicos que foi pública há quase quatro anos.
          “Nossa jornada começou em 1996, quando nossos pais fundaram a Viveo, uma empresa de suprimentos médicos, em Ribeirão Preto, São Paulo. Crescemos organicamente no setor de saúde, mas sempre desejamos diversificar os negócios da família. Nos anos 2000, entramos no agronegócio comprando fazendas ”, disse Mafra, 32, que atua como diretora de sustentabilidade da Agro Cumaru.                  O  primeiro empreendimento da família na agricultura foi através da criação de gado em Minas Gerais, onde Carlos Mafra se concentrou na melhoria genética do gado Nelore. Essa iniciativa levou à criação de Agropecuária Mafra, que mais tarde se tornou uma empresa "irmã" da Agro Cumaru, fornecendo genética para a operação.
          A família Mafra começou a investir em terras agrícolas em Pará em 2004, como parte de uma estratégia para expandir suas propriedades e ativos, enquanto ainda supervisionava a administração da Viveo.
          Em 2016, o DNA Capital adquiriu uma participação na Viveo, marcando um marco na profissionalização da administração da empresa. Viveo foi público em agosto de 2021.
          Com a conclusão o IPO a família abandonou o controle, mantendo apenas uma função de investidor minoritário. Isso permitiu focar mais na Agro Cumaru.
          Com 72.000 hectares de terras produtivas em Pará, incluindo fazendas em Cumaru do Norte e Santa Maria Das Barreiras, a empresa se concentra na criação de gado, criação e engorda integrada à produção de grãos. Considerando números de fevereiro de 2025, a agricultura cobre 18.000 hectares, mas pode se expandir para 50.000 hectares através da conversão de pastagens degradadas. Até 2030, espera -se que os investimentos em expansão de instalações de armazenamento, confinamentos e pastagens converter variem de R $ 800 milhões a R $ 1 bilhão.
          No início de 2025, a Agro Cumaro iniciou seu processo de sucessão. O fundador e presidente Carlos Mafra está gradualmente passando a liderança para seus filhos, Camila Mafra e Carlos Mafra Júnior.
          Mafra acredita que o processo de sucessão da empresa se beneficia dos pontos fortes complementares de cada membro da família e da liberdade que ela e seu irmão foram dados para participar do negócio.
          Nascido em 1992, Carlos Mafra Júnior serve como CFO da empresa. Refletindo sobre os papéis complementares da família, ele observou que seu pai tem um espírito empreendedor, sua irmã traz uma perspectiva acadêmica e sua própria formação está enraizada na experiência agrícola prática.
          O Agro Cumaru também está se expandindo por meio de uma parceria com a CMAA, um produtor de cana -de -açúcar e etanol de Minas Gerais, para criar a bioenergia Grão Pará. Essa joint venture construirá uma das primeiras plantas de milho e etanol no norte do Brasil, com um investimento de R $ 2 bilhões, conforme relatado anteriormente por Valor.
(Fonte: Valor - 24.02.2025)

19 de fev. de 2025

Bahia Mineração (Bamin)

          A Bahia Mineração (Bamin), mineradora sediada na Bahia. A Bamin é de propriedade da Eurasian Resources Group (ERG), uma das maiores produtoras de cobalto e cobre do mundo. Sediada em Luxemburgo, tem a República do Cazaquistão entre seus principais acionistas. A ERG assumiu o controle da mineradora baiana em 2010.
          No início de anril de 2021, a Bamin arrematou um trecho com lance único - e sem ágio - em leilão do governo federal da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). O movimento deve ser crucial para a sobrevivência da companhia, que passa a ter mais competitividade frente a concorrentes de peso no Brasil.
           A Bamin tem capacidade de produção prevista de 26 milhões de toneladas por ano até 2026, mas atualmente opera bem abaixo desse volume, com cerca de 1 milhão de toneladas anuais. A expansão da produção depende de investimentos em logística.
          A Bamin detém ativos significativos, incluindo a mina Pedra de Ferro, localizada em Caetité (Bahia), um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), e o Porto Sul, em Ilhéus (Bahia). Esses ativos formam um complexo integrado que facilita a exportação do minério de ferro produzido.   
          Em fevereiro de 2025, dois grupos estariam interessados em adqurir a Bamin: O britânico Brazil Iron e a brasileira Vale. Entre os principais desafios para avançar na venda da Bamin estão o tamanho do investimento necessário para tornar o projeto economicamente viável e os atrasos na obtenção de certas licenças.. Além do preço de venda de mais de US$ 1 bilhão, outros US$ 3,5 bilhões a US$ 5 bilhões devem ser investidos na operação e infraestrutura logística para transportar o minério extraído da Mina Pedra de Ferro, em Caetité (Bahia), até um terminal portuário.
          Em nota, a Bamin destacou que o interesse do mercado por seus ativos “é natural porque há poucos projetos no mundo focados na produção de concentrados de alto prêmio (concentração de ferro acima de 65% e baixos níveis de contaminantes)”. “No entanto, a empresa não comenta especulações sobre potenciais interessados ​​em sua aquisição”, acrescentou.
(Fonte: Valor - 19.02.2025)

Heidrick & Struggles

          A Heidrick & Struggles, uma empresa de capital aberto, opera com quatro unidades de negócios centrais. A divisão de executive search recruta para posições de alto nível e responde por 65% da receita global da empresa. A próxima maior unidade é a de serviços de liderança, abrangendo formação de equipes, planejamento de sucessão e outros serviços, que contribui com 12% do faturamento. A área de talentos executivos sob demanda, onde a empresa vê potencial de crescimento significativo, gera 20% da receita. Segundo Paulo Mendes, sócio e presidente para a América Latina, a fatia restante vem de uma unidade focada em digital criada no início de 2023, que ainda está sendo estruturada.
          Terceira maior empresa de executive search do mundo, a Heidrick & Struggles, é especializada
em recrutamento de executivos seniores.
          Em 2021, a Heidrick adquiriu o Business Talent Group, especializado em talentos sob demanda, e superou as expectativas com um faturamento de US$ 18,7 milhões naquele ano
          Em meados de fevereiro de 2025, a empresa anunciou uma nova parceria com a Brazilian Chiefs Group, consultoria que fornece “executivos sob demanda”. A colaboração reforça a estratégia da Heidrick de investir nesse segmento emergente e expandir sua presença no mercado latino-americano, incluindo o Brasil.
          De acordo com o ranking da Hunt Scanlon Media, esse movimento diferencia a Heidrick de outros grandes players no campo de executive search, como Korn Ferry (1), Spencer Stuart (2), Russell Reynolds (4) e Egon Zehnder (5). A Heidrick pretende expandir ainda mais seu segmento de talentos sob demanda, que atualmente representa 20% de seus negócios globais, entrando na região da América Latina.
          Esse potencial de crescimento está levando uma empresa tradicional de executive search como a Heidrick a investir no mercado de talentos sob demanda. De acordo com uma pesquisa da Planet Market Reports, o mercado global de “talento como serviço” gerou US$ 6,2 bilhões em 2023 e está projetado para se expandir para US$ 18,5 bilhões até 2032. “O mercado global de executive search é grande, em torno de US$ 7 bilhões, mas não cresce há algum tempo, aumentando marginalmente em 1%. Em contraste, o mercado de talentos sob demanda está experimentando um crescimento constante”, diz o Sr. Mendes. “Este é um caminho sem volta, como visto nos Estados Unidos, embora o mercado ainda precise amadurecer.”
          Lynne Murphy-Rivera, diretora para as Américas da Association of Executive Search and Leadership Consultants (AESC), que representa empresas em 74 países, observa: “Esta linha de negócios cresceu globalmente dentro das empresas de busca de executivos. Vemos essa mudança em direção a talentos temporários como uma oportunidade futura dentro do ecossistema de talentos executivos.”
          Cristiane Mendes, CEO e fundadora do Brazilian Chiefs Group, que também oferece esse tipo de serviço e foi fundado digitalmente em Porto Alegre em 2020, diz que a colaboração atual é uma parceria, mas não descarta a possibilidade de um “casamento” no futuro.
          O Chiefs Group oferecerá seu banco de dados de 1.200 executivos para a parceria. A CEO explica que esses executivos são profissionais experientes — ex-CFOs, CHROs e CMOs de vários setores — abertos a trabalhar de forma flexível, meio período ou em contratos de prazo fixo para projetos específicos. Essas atribuições geralmente duram até oito meses. “É um trabalho com escopo definido; eles agem cirurgicamente para resolver um problema urgente”, diz ela.
          O Sr. Mendes, da Heidrick, observa que os executivos, principalmente em corporações multinacionais, geralmente têm uma vida útil de carreira que termina aos 62 anos devido à aposentadoria compulsória. “Eles ainda têm muita energia, mas nem todo mundo quer voltar ao mercado de trabalho ou começar o próprio negócio”, diz. “Nesse modelo on demand, eles são motivados porque envolve menos burocracia.” Ele acrescenta que a oportunidade de trabalhar com diferentes empresas e em várias situações ajuda os executivos a diversificar seus portfólios de carreira. Ele também vê potencial na geração mais jovem como público-alvo para esse modelo. “Eles veem a construção de uma carreira com variáveis, ganhando mais liberdade e autonomia, como um processo mais natural e fluido”, conclui.
          A Heidrick & Struggles, uma empresa de capital aberto, é avaliada em US$ 1,2 bilhão, considerando números de fevereiro de 2025.

17 de fev. de 2025

Trousseau

          A Trousseau é uma marca brasileira de luxo conhecida por seus produtos de cama, mesa e banho.
São têxteis de luxo para o lar, oferecendo lençóis e toalhas com contagens e pesos de fios variados. A
estratégia da empresa se concentra na diversificação do portfólio e na internacionalização. A Trousseau está focada em estabelecer uma forte presença em mercados internacionais com todas as suas linhas de produtos.
          A Trousseau abriu sua primeira loja em São Paulo em 1991, Em 2010, a Trussardi, fabricante de produtos de cama, mesa e banho, foi vendida para a Karsten, embora as lojas da Trousseau permanecessem independentes e não fizessem parte do negócio.
          A empresa começou a exportar para os Estados Unidos por meio de sua plataforma de e-commerce em 2018.
          Em novembro de 2024, a empresa abriu uma loja conceito no Design District de Miami e outra loja que oferece produtos off-line em Biscayne. Sua terceira loja nos EUA será uma “store-in-store” na Andros Home em Palm Beach, Flórida.
          Um mês depois, em dezembro de 2024, a Trousseau fez sua estreia europeia com um conceito de "loja dentro de loja" no Estoril, em Portugal. Em Estoril, o modelo operacional espelha o de sua expansão nos EUA, com uma "loja dentro de loja" na Viterbo, um dos principais varejistas de móveis e design de Portugal. Em fins de fevereiro de 2025, ela abre sua terceira loja nos EUA em Palm Beach, Flórida.
          Considerando números de meados de fevereiro de 2025, a Trousseau tem 5% do faturamento vindo de roupas masculinas, o que chama a atenção por ser conhecida por seus produtos de cama, mesa e banho. Essas camisas polo, calças e itens de cashmere atendem a um público inesperado para uma
marca tradicionalmente associada.
          À medida que se expande para novas categorias, a Trousseau está se posicionando como uma marca de estilo de vida, oferecendo roupas para homens, mulheres e bebês, fragrâncias para casa e itens decorativos, que agora respondem por 40% de seu faturamento. “Planejamos expandir ainda mais o setor de vestuário com peças clássicas, seguindo a tendência do ‘luxo tranquilo’”, diz Adriana Trussardi, sócia fundadora da empresa, ao lado do marido, Romeu Trussardi Neto.
          Adriana Trussardi também revela que a empresa planeja fortalecer seu segmento de louças por meio de uma “aquisição ou fusão muito sinérgica” com uma marca brasileira de luxo especializada nessa área. Nomes conhecidos no mercado brasileiro de louças incluem Tania Bulhões e, em menor escala, Na Mesa com Ju de Juliana Souza e Fine Prints de Ana Elisa Staub.
          As exportações, em fevereiro de 2025, representam menos de 5% do faturamento da Trousseau, mas a empresa planeja aumentar essa participação. Seus principais concorrentes no mercado de cama, mesa e banho de luxo dos EUA incluem a empresa francesa Yves de Delorme e a marca italiana Frette. "Essas empresas geram 50% de seu faturamento nos Estados Unidos", diz Adriana Trussardi. Além de competir com essas duas marcas estabelecidas na Europa, a Trousseau enfrenta a concorrência de fortes players como as linhas domésticas da Fendi e da Dior. “Nossa fabricação é totalmente nacional e, com o drawback [compensação fiscal para exportação], conseguimos vender nos Estados Unidos e na Europa por cerca de 15% a menos do que no Brasil”, explica o empresário.
          Nos EUA, Adriana e Romeu Trussardi foram convidados a abrir uma loja no shopping Brickell City Center, em Miami, poucos meses antes da pandemia da COVID-19. No entanto, eles optaram por um novo local no principal distrito de arte e design da cidade. A decisão valeu a pena: "Em dezembro (2024), vendemos o dobro do que vendemos na loja Brickell, e os brasileiros agora representam apenas 25% do nosso público". A nova loja se concentra em atrair arquitetos e designers de interiores para expandir para projetos residenciais, condomínios, apartamentos e hotéis.
          Com Gracinha Viterbo, arquiteta e dona da loja Viterbo e sócia em Portugal, a Trousseau pretende atender seus nichos de clientes, principalmente na Ásia e Oriente Médio.
          Hotéis e projetos corporativos contribuem com 20% do faturamento, enquanto as exportações respondem pelos 5% restantes. No Brasil, a marca Trousseau está presente em 420 hotéis e hospitais que investem em serviços de hospitalidade e áreas VIP em aeroportos como Latam e BTG, em Guarulhos.
          A empresa também inaugurou recentemente lojas nos condomínios Fazenda Boa Vista e Quinta da Baronesa, no interior de São Paulo, e no Hotel Fasano, em Angra dos Reis (RJ).
          Para fortalecer seu relacionamento com arquitetos e hoteleiros no Brasil e no exterior, Trussardi recentemente reformou sua fábrica em São Paulo, que emprega 200 pessoas. “Fui inspirado pela fábrica da Brunello Cucinelli que visitei em Solomeo, na Itália, que me pareceu acolhedora e caseira”, diz ele, referindo-se à marca italiana de roupas masculinas de ultraluxo.
          Na fábrica, Trousseau recebe visitantes e organiza eventos. “Quando nos inspiramos na Brunello e em outras grandes casas de luxo, é porque não se trata apenas de produtos ou marcas. É uma história completa”, explica. Ele pretende replicar essa abordagem em sua fábrica, que apresenta paredes e murais claros que contam a história da empresa como uma equipe de costureiras. “São mais de 30 anos promovendo calor e afeição. Esta é uma experiência de luxo”, acrescenta o casal.
          Considerando números de fevereiro de 2025, aproximadamente 75% do faturamento da Trousseau vem do varejo, que inclui 25 lojas próprias, 25 lojas multimarcas e uma plataforma própria de e-commerce. A loja virtual responde por 20% das vendas do varejo, com tíquete médio de R$ 2.000.
(Fonte: Valor - 17.02.2025)

GDM

          O Grupo Don Mario (GDM), baseado na Argentina, atua no mercado de genética de sementes e é um gigante em sementes de soja.
          Em 11 de fevereiro de 2025, a empresa divulga que investirá R$ 1 bilhão nos cinco anos seguintes na América do Sul para acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de novas cultivares. A GDM investiu R$ 600 milhões em seu crescimento nos últimos cinco anos.
          A GDM concluiu a aquisição da KWS em agosto de 2024. Antes da compra, 80% da receita da empresa vinha de sementes de soja, com o restante gerado por outros grãos. Após a aquisição da KWS e da Biotrigo em 2023, a distribuição da receita da empresa mudou para 65% da soja, 10% do milho, 5% do trigo e o restante de outras culturas.
          A empresa revelou sua nova marca, a Supra Sementes, em Cascavel (PR), marcando a transição da marca KWS adquirida em 2024. A aquisição, que envolveu os negócios de sementes de milho, soja e sorgo da KWS no Brasil e na Argentina, faz parte da estratégia de expansão da GDM.
          “Com a KWS, agora estamos totalmente envolvidos no desenvolvimento de novas variedades de sementes de milho. Queremos ser um player significativo no mercado de milho; não deve apenas complementar a soja”, disse Santiago De Stefano, diretor executivo de negócios da GDM para América Latina e África do Sul, em entrevista ao Valor.
          No lançamento da marca Supra, a GDM também apresentou três novos híbridos de milho projetados especificamente para cultivo fora de temporada em regiões subtropicais como Paraná e Mato Grosso do Sul.
          Além de suas operações na América do Sul, a GDM atua na Europa, produzindo cultivares de soja e girassol, e introduziu duas variedades de soja na China.
          Considerando números e fevereiro e 2025, a genética da GDM é responsável por cerca de 45% da soja plantada globalmente, e 50% do trigo cultivado na América do Sul é derivado de sementes desenvolvidas pela empresa.
          A empresa produz todas as suas cultivares de milho internamente, enquanto as sementes de soja e trigo são produzidas por multiplicadores que pagam royalties à GDM pelo uso de sua genética. Junto com a Supra Sementes, a GDM possui várias outras marcas, incluindo Don Mario, Brasmax, Neogen, Biotrigo, Virtue e Revere.
(Fonte: Valor - 12.02.2025) 

12 de fev. de 2025

Breckenridge Destilaria

          A Destilaria Breckenridge é a "Destilaria Mais Alta do Mundo". Fundada em 2008, é mais conhecida por seu uísque bourbon blended, um uísque americano de estilo americano com alto teor de 
centeio. O Bourbon Breckenridge é um dos bourbons artesanais mais premiados dos EUA.
          A Breckenridge Distillery foi fundada por Bryan Nolt, um médico que virou destilador e que estava apenas procurando um hobby quando começou.
          A Destilaria Breckenridge é 10 vezes vencedora do prêmio Best American Blended no World Whiskies Awards pela Whisky Magazine e 4 vezes vencedora do prêmio Colorado Distillery of the Year pela New York International Spirits Competition.
          Mais recentemente, o Breckenridge Port Cask Finish foi nomeado o Melhor Bourbon Acabado do Mundo no World Whiskies Awards de 2024, juntando-se ao Breckenridge High Proof, nomeado o Melhor Uísque Blended do Mundo e ao Breckenridge Gin, nomeado o Melhor Gin Composto do Mundo no World Gin Awards pela Gin Magazine. Os destilados Breckenridge foram premiados com 6 Double Golds na San Francisco World Spirits Competition.
          Desde que entrou em operação em 2008 e lançou sua primeira vodca e bourbon três anos depois, a Breckenridge Distillery rapidamente se tornou uma produtora premiada de destilados finos, sendo designada um dos três melhores bourbons dos EUA. Como tudo isso aconteceu, no entanto, decorre de uma mistura dos ingredientes certos, uma pitada de sorte e um profundo amor por uísque de qualidade.
          "Filosoficamente para mim, qualidade é a única coisa que importa", diz Nolt. "Se você quer ter qualidade em uísque, há tanta herança que você simplesmente não pode ignorar."
(Fonte: site da empresa)

11 de fev. de 2025

Eataly

          A Eataly é um mercado de produtos premium e restaurantes em São Paulo. A rede nasceu em Turim, em 2007.       
          De 2015 a 2021, a operação do mercado italiano de alimentos Eataly no Brasil estava nas mãos do St. Marché, em sociedade com os italianos.
          Em 2022, a Eataly foi comprada pelo grupo South Rock, que também era dono do Subway no país. A SouthRock Capital foi criada em 2015 para atuar no setor de alimentos e bebidas no Brasil. No país, administra os restaurantes Subway, Eataly e Brasil Airport (B.A.R.).
          Pouco depois, em 2023, passou a pertencer a um grupo de investidores que forma o grupo Wings.
          O Eataly chegou a compor a recuperação judicial do South Rock, mas deixou o processo depois de passar por uma nova troca de controle, com a venda para o grupo Wings, formado por investidores locais, em 2023. Em 1º de novembro de 2023 a SouthRock Capital entrou com pedido de recuperação judicial para suas principais marcas de varejo, incluindo a rede de cafeterias Starbucks e o Eataly. As dívidas são estimadas em R$ 1,8 bilhão, dizem fontes.
          Para se blindar de pedidos de falência feitos por alguns credores, a Eataly buscou a recuperação judicial no final de 2024. A dívida soma R$ 49 milhões. O pedido veio dias depois de decisão numa ação de despejo. Nela, a Justiça restabeleceu uma ordem então suspensa para permitir a retirada do inquilino do local.
          No início e 2025, a operação da Eataly no Brasil sofreu o mais duro golpe na tentativa de se recuperar da crise financeira que vem enfrentando nos últimos anos. A franquia brasileira, pertencente a um grupo de investidores locais, perdeu o direito de uso da marca estrangeira que dá nome ao ponto no cobiçado endereço da capital paulista, a Avenida Juscelino Kubitschek, desde a chegada da marca no país, em 2015. Em paralelo, luta para barrar uma ação de despejo movida pela dona do imóvel, a Caoa Patrimonial. Na loja, todas as referências ao nome tiveram que ser retiradas. Quem visita o local, pode notar o letreiro ausente na fachada e tarjas cobrindo a marca em menções no interior.
          Entre algumas idas e vindas, a Justiça determinou que o despejo deveria ocorrer no dia 21 de janeiro de 2025. No dia 10, o juiz autorizou inclusive “reforço policial e ordem de arrombamento”. O Eataly conseguiu evitar a saída forçada, mas o risco segue no radar.
          O juiz da recuperação judicial determinou que as dívidas antigas de aluguel estão sujeitas à recuperação, mas a suspensão do despejo fica condicionada ao pagamento dos demais aluguéis em dia. A Caoa diz que acertos subsequentes foram feitos de forma parcial e que a perda da marca descaracteriza a essencialidade do imóvel para a recuperação.
          A retirada dos direitos de uso do nome Eataly foi decidida em arbitragem entre o grupo italiano e a operação brasileira, que tenta reverter a medida.
(Estadão - 09.02.2025 - parte)

10 de fev. de 2025

Montblanc (canetas)

          Por volta de 1985, o executivo Norbert Platt, presidente mundial da Montblanc, assumiu a frente de um trabalho de revalorização da marca Montblanc, em Hamburgo, na Alemanha, onde fica a sede da 
empresa.
          Naquela época era possível encontrar canetas Montblanc em papelarias americanas, francesas ou  japonesas. De lá para á, houve um upgrading nos pontos-de-venda: somente joalherias estão aptas a se cadastrar como revenda. As canetas, que não passavam de dois a três modelos diferentes, ganharam 120 versões e não se resumem mais às tradicionais tinteiros, que fizeram a história da empresa no começo do século XX. Há também esferográficas e roller ball, para quem não quer se arriscar com as penas. Boutiques exclusivas foram abertas - trinta em todo o mundo, considerando números de fins de 1995 e 
outras vinte que estavam prestes a ser inauguradas.
          Platt acredita que o consumo desenfreado está fazendo com que as pessoas se sintam perdidas e, assim, precisem de uma marca que lhes passe uma sensação de estabilidade e eternidade na qual possam se agarrar. A Montblanc pretende ser justamente essa marca. Para tanto, a empresa descartou qualquer postura fashion de decidiu só trabalhar com produtos feito artesanalmente, sobre os quais ela tenha total controle. Nada é licenciado ou feito por terceiros. Nos artigos de couro, por exemplo, do tratamento das pelas às últimas costuras de uma agenda, tudo é verticalizado. Os papéis cartas, com o logotipo da marca d'água, são feitos um a um. Uma única caneta, listrada de ouro branco e amarelo, 
modelo Solitaire, por exemplo, leva um dia inteiro para ser feita e toma o tempo integral de um artesão.
          Uma Montblanc de ouro cravejada de 4.810 brilhantes (a altura da montanha Mont Blanc, na divisa entre a França e a Suíça, qua dá nome à marca) sai por 120.000 dólares (dezembro de 1995). 
É a caneta mais cara do mundo e só é feita sob encomenda.
          No Brasil, a marca começou em 1992, com uma boutique aberta pelo distribuidor Freddy Rabbat. De acordo com Rabbat, um levantamento brasileiro de outubro de 1995 dava conta de que, entre as canetas de luxo acima de 100 dólares, a Montblanc respondia por 82% do mercado, seguida pela 
Waterman, com 8% e a Parker, com 3%.
(Fonte: Exame - 06.12.1995)