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25 de out. de 2020

Óticas Lancaster

          Gil Lancaster, nascido em 1962, é o filho mais velho de família de sete irmãos, de pais nordestinos que como tantos outros, vieram do Piauí para São Paulo nos anos 1960 com a esperança de um futuro melhor. Com o pai pulando de emprego em emprego e a mãe ganhando poucos trocados com o serviço que podia fazer ao mesmo tempo que cuidava de todos os filhos, a família primeiro mudou-se para uma casa menor, depois foi despejada e estiveram próximos de irem morar debaixo da ponte. Foram salvos por uma invasão, que usaram como último recurso para não sucumbir.
          Entre várias funções, em variados serviços, Gil trabalhou em loja de material de construção e na ótica de seu cunhado.
          Influenciado pelo seriado de TV Chips pensou firmemente em entrar para a Polícia Rodoviária. Chips é uma série de TV, exibida de 1977 a 1983, baseada nas aventuras de dois patrulheiros rodoviários em motocicletas. Mas, o concurso que lhe apareceu foi para a ROTA - Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar. Fez o curso em 1981 e lá prestou serviços durante sete anos. Muito religioso, rezava 
muito durante todo o tempo para que Deus lhe conservasse a vida para ele poder sustentar sua família.
          No dia do casamento, ainda sem uma casa para chamar de sua, Gil e sua esposa Suzana tiraram fotos em frente a uma bela casa numa rua de um bairro nobre, o Palmas do Tremembé, na capital paulista. Não conheciam o dono da casa mas foi a solução que acharam para poder guardar boas recordações fotográficas do casamento. Quis o destino que, mais tarde, em muito melhores condições financeiras, eles comprassem uma casa na mesma rua.
          Gil sondou seu cunhado, sobre um possível investimento em uma ótica própria, mas foi desencorajado. Então, resolveu partir para uma carreira solo junto com a esposa Suzana. Quando fazia o curso de Ótica Oftálmica no Senac, começou a pesquisar e estudar sobre estrabismo. Descobriu que Hess Lancaster foi uma das pessoas que encontrou o tratamento para esta doença. Quando abriu a loja, não pensou duas vezes. O nome seria Lancaster, e assim batizou-a.
          E, foi justamente na Lancaster que seu nome mudou "na prática". Nos telefonemas, começou com "é o Gil, o Gil da Lancaster" e, com o tempo, ficou conhecido como Gil Lancaster.
Sua primeira loja foi inaugurada em 1988, numa pequena sala da Rua 24 de Maio no centro da capital paulista. Era ali uma pastelaria e então, o trabalho de limpeza foi penoso mas caprichado.
E, como divulgar a ótica? Não existia ainda capital para isso. Gil teve uma excelente ideia: contatar repórteres que faziam reportagens sobre operações da Rota que conhecera quando lá serviu. Recebeu ajuda suficiente para divulgar o nome, de modo que, logo depois surgiu um problema. Na realidade, um bom problema. A loja estava pequena demais, a ponto de receber reclamações de clientes. Logo alugou sala maior no 5º andar de um edifício na Rua Libero Badaró, para sua segunda loja, com estrutura de atendimento condizente com a evolução da empresa.
          Gil, nascido Gilvélcio, teve uma situação constrangedora que envolveu seu nome, que o fez pensar seriamente em mudá-lo definitivamente pra Gil Lancaster.
         Houve um evento de uma igreja de renome no estádio da Portuguesa de Desportos e, tendo entrado como patrocinador, foi convidado a participar tendo um lugar reservado na área VIP do evento. Na portaria se apresentou como Gil Lancaster, mas em sua carteira de identidade constava um nome diferente. Pediu que chamassem alguém que o reconhecia pessoalmente mas demorou muito e perderam parte do evento.
          Após aquele episódio, conversou com seu advogado e explicou as situações constrangedoras que já passara e ele deu entrada no Fórum João Mendes a fim de alterar o nome. Passou então a chamar-se como era conhecido.
          Considerando dados de 2018, a Óticas ((Gil) Lancaster tinha 30 lojas e um quiosque espalhados por São Paulo e cidades vizinhas. Tinha aproximadamente 280 funcionários.
(Fonte: livro - O Meu Caminho - Eni Devide / Wikipédia)

23 de out. de 2020

Ball / Rexam

          A norte-americana Ball Corporation tem suas origens em 1880, nos Estados Unidos.
          Em 2016, a Ball concluiu a aquisição da Rexam PLC. O presidente da companhia, John Hayes, conta que a compra da antiga concorrente deixou a empresa bem posicionada no Brasil e que o próximo passo seria reforçar sua presença tanto nos negócios tradicionais, de cervejas e refrigerantes, quanto nos segmentos emergentes, principalmente nos mercados de cervejas artesanais e energéticos.
          Em 23 de outubro de 2020, a Ball aprova a construção de nova fábrica de latas de alumínio em Frutal, Minas Gerais.  A unidade, que contará com duas linhas com capacidade para produzir um portfólio de latas em formatos variados, será inaugurada no segundo semestre de 2021 e criará cerca de 
100 empregos diretos na área de produção.
          O investimento inicial de 90 milhões de dólares em Frutal expandirá o footprint da Ball na América do Sul, cuja rede atualmente é formada por dez fábricas no Brasil, uma no Chile, uma na Argentina e uma no Paraguai, tornando a empresa líder no setor.
          A Ball Corporation é a líder global na produção de latas de alumínio para embalagens de bebidas.


Ball (English version)
          Five brothers founded Ball in 1880 with a $200 loan from their Uncle George. In the beginning, they made wood-jacketed tin cans for products like paint and kerosene, but soon expanded their offerings to glass- and tin-jacketed containers. In 1884, the brothers began making glass home-canning jars, the product that established Ball as a household name. The brothers—Edmund, Frank, George, Lucius and William—moved the company from Buffalo, New York, to Muncie, Indiana, in 1887 to take advantage of abundant natural gas reserves essential to making glass.
          Ball grew rapidly in the ensuing decade and has been in more than 45 businesses since its founding. Ball no longer manufactures the ubiquitous canning jars, but we’ve expanded and grown into a worldwide metal packaging company that makes billions of recyclable metal containers, and a unique aerospace business that designs one-of-a-kind solutions to answer scientific and technical challenges. We manufacture on four continents and we’re based in Broomfield, Colorado.
The Ball Brothers:
          Edmund B. Ball (1855-1925) borrowed $200 from his Uncle George to buy the Wooden Jacket Can Co., the forerunner of what would become Ball Corporation. He served as secretary and treasurer of the incorporated Ball Brothers Glass Manufacturing Company. Ed was well liked by plant employees, who once presented him with a gold pocket watch in appreciation for his efforts. Ed was known for his humanitarian strengths, although he preferred to stay in the background of his many community affairs. It was his wish that the Ball Brothers Foundation be organized, and from his estate came its original funding. The foundation's first major project, Ball Memorial Hospital in Muncie, was completed four years after his death. His son, Edmund F. Ball, went on to serve the company as chairman, president, and CEO for 18 years.
          An early salesman for the Wooden Jacket Can Co., Frank C. Ball (1857-1943) was responsible for moving the family from Buffalo, N.Y., to Muncie, Ind., in 1887. Frank served as the first company president, and remained in that capacity for 63 years.
          During his long and active lifetime, George A. Ball (1862-1955) served the company as bookkeeper, secretary, treasurer, vice president, president, and board chairman. He participated in the company's evolution from kerosene cans and fruit jars to the threshold of the space age. He served on the boards of numerous organizations including Borg-Warner Corporation, Nickel Plate Railroad, various banks, Indiana University, Ball State Teachers College (today, Ball State University) and Ball Memorial Hospital. In 1935, he became the owner of a railroad empire. He was also involved in politics, and was a Republican national committeeman from Indiana for several years.
          Lucius L. Ball (1850-1932) fulfilled his lifelong ambition (after he had seen to it that his younger brothers and sisters were educated and established) to study and become a physician at the age of 40. He was a quiet, thoughtful, compassionate man with a shy sense of humor. In addition to his private medical practice, he served as medical adviser for the Western Reserve Life Insurance Company (then located in Muncie, Ind.).
          William C. Ball (1852-1921) had a reputation as being a tremendously effective salesman. He served the company as a salesman and its secretary until his death at age 69.
          The Ball brothers' founding spirit lives on today in everything from company's metal beverage packaging to it's cutting-edge aerospace division. Ball's approach has always been “We Can!” and in the 21st century, teh company remain true to it's roots.
          In 1880, Frank and Edmund Ball start the Wooden Jacketed Can Company in Buffalo, New York.
In 1886, Ball Brothers Glass Manufacturing Company was incorporated.
          In 1922, Company name changes to Ball Brothers Company
          In 1956, Ball forms the Ball Brothers Research Corporation. Known today as Ball Aerospace & Technologies Corp., the corporation produces space systems engineering products, telecommunications technology, and electro-optics and cryogenics materials for government and commercial customers.
          In 1969, Ball acquires the Jeffco Manufacturing Company in Denver and forms metal beverage container operations. Company name changed to Ball Corporation.
          In 1993, Ball acquires Heekin Can, Inc. Heekin is the largest regional manufacturer of metal food containers in the U.S. prior to the acquisition. Combined with Ball Packaging Products Canada, Inc.’s six plants, the eleven former Heekin plants make Ball the third-largest producer of metal food-and-aerosol cans in the North American market.
          In 1995, Ball’s aerospace business converts to a wholly owned subsidiary, Ball Aerospace & Technologies Corp. of Broomfield, Colorado.
          In 1996, Ball-Foster Glass Container Co. creates a joint-venture glass company with Group Saint Gobain, in September 1995. Ball sells its remaining interest in Ball-Foster to Group Saint Gobain in 1996 and exits the glass business.
          In 1997, Ball acquires M.C. Packaging Ltd. in China. MCP, combined with Ball’s FTB Packaging Ltd. joint venture in China, makes Ball the largest supplier of cans in that nation.
          In 1998, Ball Corporate headquarters relocated from Muncie, Ind., to Broomfield, Colo. Ball acquires the metal-container beverage assets of Reynolds Metals Company, making Ball the largest supplier of metal beverage cans in North America, and one of the largest in the world.
          In 2002, Ball acquires Schmalbach-Lubeca AG, the German-based metal-can beverage company, and creates Ball Packaging Europe, boosting Ball’s beverage can sales by more than $1 billion.
          In 2006, Ball acquires U.S. Can, a U.S.-based aerosol and specialty metal packaging company, and merges it with Ball’s metal food-packaging operations to form the metal food and household products packaging division.
          In 2009, Ball acquires four metal beverage can plants from AB InBev, making Ball the largest supplier of beverage cans in the world.
          In 2010, Ball acquires Neuman Aluminum, the leading North American manufacturer of aluminum slugs used to make extruded aerosol cans, beverage bottles, aluminum collapsible tubes, and technical impact extrusions; and Aerocan S.A.S., a leading supplier of aluminum aerosol cans and bottles in Europe. Ball becomes the largest supplier of aluminum slugs in the world.
          In 2011, Ball acquires Aerocan S.A.S., a leading supplier of aluminum aerosol cans and bottles in Europe.
          In 2015, Ball acquires two Sonoco plants in Canton, Ohio, USA, adding easy-open ends to our metal food packaging portfolio.
          In 2016, Ball completes acquisition of Rexam PLC, reshaping the beverage packaging industry.
(Fonte: site da empresa)










22 de out. de 2020

Aegea

          A empresa de saneamento básico Aegea foi criada em 2010. O nome Aegea (pronuncia-se egea) é inspirado na palavra Egeo que em latim significa impetuoso, aquele que avança em direção ao futuro. O nome foi escolhido por representar o espírito que move as empresas do grupo.
          A empresa atua no gerenciamento de ativos de saneamento por meio de concessões plenas ou parciais e parcerias público-privadas (PPPs), como administradora de concessões públicas em todo processo do ciclo integral da água – abastecimento, coleta e tratamento de esgoto.
          Todos os projetos desenvolvidos pela Aegea contam com tecnologia de ponta e sistemas sempre atualizados para acompanhar o desenvolvimento dos municípios, independentemente de seu porte. Além disso, preocupada com o desenvolvimento do setor e de suas equipes, a companhia criou a Academia Aegea – programa de formação que incentiva a qualificação profissional, a pesquisa e a produção de materiais acadêmicos relacionado a gestão de saneamento.
          A solidez e o dinamismo da Aegea possibilitam o desenvolvimento de soluções de saneamento sob medida para os municípios, buscando sempre o cuidado com o meio ambiente e, principalmente, com a qualidade de vida da população.
          Em 20 de outubro de 2020, a Aegea venceu o leilão da PPP de Cariacica, no Espírito Santo. Com lance de R$ 0,99 e deságio de 38,12% sobre o valor da tarifa de esgoto, a companhia desbancou outros seis consórcios participantes da disputa, como o da Iguá e da Equatorial, grupo tradicional de energia elétrica que quer estrear no setor de saneamento básico. Pelas regras do edital, a Aegea terá de investir R$ 580 milhões em infraestrutura de saneamento básico ao longo dos 30 anos de contrato, sendo que R$ 180 milhões devem ser aplicados nos primeiros cinco anos. Contando com o custo operacional, o total investido chegará perto de R$ 1,3 bilhão. A empresa terá a obrigação de universalizar o acesso à rede de esgotamento sanitário de Cariacica até o décimo ano do contrato, conforme previsto no edital de licitação. O serviço irá beneficiar 423 mil habitantes, em parceria com a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan). Hoje apenas 48,3% da população têm coleta de esgoto, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que participou da modelagem da parceria. A PPP de Cariacica representa um importante ganho de escala para a Aegea, afirma o vice-presidente de relações institucionais da empresa, Rogério de Paula Tavares. Ele lembra que a companhia já detém a concessão de Vila Velha e de Serra, no Espírito Santo. “A disputa dessa área fazia todo o sentido para nós, já que se trata de um mesmo bloco (região metropolitana de Vitória).
          Em 23 de outubro de 2020, a Aegea vence leilão da PPP da Sanesul, desbancando três grupos ao oferecer desconto de 38,46% sobre o preço máximo e ficará responsável por prestar serviços de esgoto em 68 municípios no Mato Grosso do Sul.
          Em 1º de julho de 2021, a Itaúsa, em complemento aos Fatos Relevantes divulgados em 27 de abril de 2021 e 31 de maio de 2021, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral a conclusão do investimento pela Itaúsa na Aegea. A participação da Itaúsa na Operação ocorre por meio de subscrição e aquisição de ações ordinárias da Aegea, cujo desembolso no valor total de aproximadamente R$ 1.344 milhões ocorreu nesta data, e subscrição de ações preferenciais classe D de emissão da Aegea no valor total de aproximadamente R$ 1.110 milhões, cujo desembolso ocorrerá em meados de julho de 2021. Como resultado, a Itaúsa passa a deter 10,20% do capital votante, 19,05% das ações preferenciais e 12,88% do capital total da Aegea. O restante do capital permanecerá com os atuais acionistas controladores da Aegea e o Fundo Soberano de Singapura (GIC).
          Em 14 de fevereiro de 2022, a Aegea Saneamento passou a operar 43 concessões, além de seis parcerias público-privadas e uma subconcessão, após vencer a disputa pelo esgotamento sanitário no Crato.
          Em 27 de setembro de 2022, a Aegea Saneamento foi a grande vencedora do leilão de saneamento realizado pelo governo do estado do Ceará. A empresa conquistou as duas parcerias público-privadas colocadas no bloco para construir sistemas de esgoto sanitário no estado por meio de contratos de 30 anos. Com isso, compromete-se a injetar R$ 6,2 bilhões em investimentos nas 24 cidades incluídas no projeto. Com essa vitória, a empresa consolida ainda mais sua posição como o maior grupo privado de saneamento do Brasil: atua em 178 cidades e atende 25,5 milhões de pessoas.
          Em 15 de dezembro ded 2022, o Consórcio Aegea-Engep Ambiental venceu a licitação para a prestação de serviços públicos de manejo de resíduos sólidos em nove municípios do Ceará. A concessão tem prazo de 30 anos. O consórcio é formado pela Aegea, com participação de 51%, e pela Engep Ambiental, uma empresa do Grupo Multilixo, que detém os outros 49%.
          Em 20 de dezembro de 2022, o Consórcio Aegea, como único interessado, comprou a Corsan - Companhia Riograndense de Saneamento, empresa estatal de água e esgoto do Rio Grande do Sul, com uma oferta de R$ 4,15 bilhões, ágio de apenas 1,15% sobre o lance mínimo de R$ 4,1 bilhões. O edital de privatização prevê a venda em lote único de 630 milhões de ações. A licitação ocorreu na sede da B3, em São Paulo. Considerando dados de fins de 2022, a Corsan atende mais de 6 milhões de pessoas no estado, distribuídas em 317 municípios que contratam os serviços da empresa.
          A captação bilionária da Aegea, de R$ 5,5 bilhões em títulos de dívida (debêntures) na segunda semana de agosto de 2023, chamou atenção não apenas por ser a maior já feita no Brasil para investimentos em infraestrutura, mas também pela comissão paga aos bancos, que chegou a quase R$ 1 bilhão, nível raramente visto no mercado de capitais. Os documentos da operação mostram que os bancos coordenadores – Itaú BBA, BTG Pactual, Bradesco BBI, XP, JPMorgan, ABC Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – receberam R$ 964,4 milhões, o equivalente a 17% da captação. Na captação de R$ 3,8 bilhões da Iguá, também de saneamento, a comissão aos bancos foi bem menor, de 6,3% da operação. O diretor de um banco de investimento que ficou fora da operação da Aegea diz que a taxa salgada é o preço pela garantia firme, um mecanismo que só existe no Brasil e pelo qual os bancos participantes se comprometem a ficar com o papel caso não exista demanda por parte de investidores. No valor quase bilionário, está embutido também um fee (pagamento) pelo sucesso da operação, que de fato ocorreu. Houve o dobro de demanda sobre a oferta. Com isso, o prêmio pago pela Aegea aos investidores das debêntures caiu bastante, o que significa queda no juro pago ao investidor ao longo dos anos.
          A Aegea é controlada pela Equipav, grupo que detém participação em vários setores, como açúcar e álcool, mineração, engenharia e concessões de infraestrutura. Outro sócio de peso é o fundo soberano de Cingapura GIC e do Internacional Finance Corporation (IFC). A Itaúsa também é sócia.
          Uma das maiores empresas de saneamento do segmento privado no país, a Aegea está presente em 57 cidades em 12 estados brasileiros, sendo eles Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Santa Catarina, Rondônia, Maranhão, Espírito Santo, Piauí, Amazonas e Rio Grande do Sul.
          Considerando dados de outubro de 2020 a Aegea tem 38,2% do mercado privado de saneamento básico do Brasil e atende 8,9 milhões de pessoas no país.
(Fonte: EstagioTrainee.com / site empresa / InfoMoney - 21.10.2020 / Valor - 23.10.2020 / Comunicado Itaúsa - 01.07.2021 / Valor - 14.02.2022 / 28.09.2022 / 16.12.2022 / 20.12.2022 / Estadão - 17.08.2023 - partes)

Oba Hortifruti (Grupo Fartura de Hortifruti)

          A Oba Hortifruti, do Grupo Fartura de Hortifruti, foi fundada em 1979. A companhia é especializa na venda de alimentos perecíveis, como frutas, legumes e verduras, que respondem por 77% de seu faturamento.
          Em 20 de outubro de 2020, Grupo Fartura protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o prospecto preliminar para a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A oferta será primária, quando os recursos vão para o caixa da empresa, e secundária, quando os acionistas atuais vendem parte de suas fatias.
          Nos nove primeiros meses deste ano, teve receita líquida de vendas de R$ 1,274 bilhão, com alta de 31,4% sobre igual período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 43,250 milhões, com alta de 66,8%.

          A companhia pretende utilizar os recursos da oferta primária para abertura de lojas; investimento nos canais digitais; e investimento na cadeia de logística.
          Os principais acionistas da empresa são a gestora Crescera (antiga Bozano), com 30%, e os fundadores Carlos Roberto Alves (54,88%) e Raimundo Desidério Alves Caetano (10,50%).
          Considerando dados de outubro de 2020, a Oba Hortifruti opera 56 lojas distribuídas em 14 cidades, situadas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Além dos dois centros de distribuição, conta também com um frigorífico próprio, que entregou uma produção média de 424 toneladas por mês de janeiro a setembro.
          Nos nove primeiros meses de 2020, a empresa teve receita líquida de vendas de R$ 1,274 bilhão.
(Fonte: Valor - 21.10.2020 / InfoMoney - 21.10.2020 - partes)

21 de out. de 2020

Paschoalotto Serviços Financeiros

          A Paschoalotto Serviços Financeiros foi fundada em 1998, em Bauru, interior de São Paulo, por Nelson Paschoalotto. A companhia diz que é especializada na gestão de toda a cadeia de relacionamento das empresas com os seus clientes e líder no Brasil em serviços de recuperação de crédito e cobrança.
          Em 20 de outubro de 2020, a Paschoalotto protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o prospecto preliminar para a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A oferta será primária, quando os recursos vão para o caixa da empresa, e secundária, quando os acionistas atuais vendem parte de suas fatias.
          A companhia pretende utilizar os recursos da oferta primária para crescimento em mercados tradicionais e estratégicos, incluindo via fusão e aquisição (50%) e tecnologia e digital (50%).
          Os principais acionistas da empresa são a Paschoalotto Participações, com 61,50%, e GIF V Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, com 37,57%.
          O market share da empresa em serviços de recuperação de crédito e cobrança é estimado em 2020 em 15,9% de acordo com pesquisa realizada pela Oliver Wyman.
          Nos nove primeiros meses deste ano de 2020, a companhia teve receita líquida de R$ 418,3 milhões, com crescimento de 28,0% sobre igual período do ano passado.
(Fonte: Valor Investe - 21.10.2020)

20 de out. de 2020

Real Fábrica de São João de Ipanema

          Durante o Império, com os planos de expansão territorial fracassados, restou a D. João VI se concentrar na primeira - e mais ambiciosa - de suas tarefas: mudar o Brasil para reconstruir nos trópicos o sonhado império americano de Portugal. Nesse caso, as novidades começaram a aparecer num ritmo 
alucinante e teriam grande impacto no futuro do país.
          Na escala de Salvador, em 1808, a decisão mais importante havia sido a abertura dos portos. Na chegada ao Rio de Janeiro, foi a concessão de liberdade de comércio e indústria manufatureira no Brasil.              A medida, anunciada no dia 1º de abril, revogava um alvará de 1785, que proibia a fabricação de qualquer produto na colônia. Combinada com a abertura dos portos, representava na prática o fim do sistema colonial. O Brasil libertava-se de três séculos de monopólio português e se integrava ao sistema internacional de produção e comércio como uma nação autônoma.
          Livres das proibições, inúmeras indústrias começaram a despontar no território brasileiro. A primeira fábrica de ferro foi criada em 1811, na cidade de Congonhas do Campo, pelo então governador 
de Minas Gerais, D. Francisco de Assis Mascarenhas, o conde da Palma.
          Três anos mais tarde, já como governador da Província de São Paulo, D. Francisco auxiliaria a construção de outra indústria siderúrgica, a Real Fábrica de São João de Ipanema, em Sorocaba. Em outras regiões foram erguidos moinhos de trigo e fábricas de barcas, pólvora, cordas e tecidos.
          A abertura de novas estradas, autorizada por D. João ainda na escala em Salvador, ajudou a romper o isolamento que até então vigorava entre as províncias. Sua construção estava oficialmente proibida por lei desde 1733, com a desculpa de combater o contrabando de ouro e pedras preciosas.
(Fonte: livro 1808 - pág. 189 - Laurentino Gomes)

Track & Field

          A empresa varejista Track & Field, fundada em 1988, visa promover o esporte como parte essencial da vida das pessoas e enfatiza que a prática esportiva e a escolha de um estilo de vida saudável, aproxima as pessoas, equilibra e ajuda a conquistar maiores desafios.
          A grife brasileira de moda esportiva vende artigos esportivos, moda praia, calçados e acessórios. A companhia também faz eventos relacionados a bem-estar e um circuito de corridas de rua. Tem a forte concorrência com grandes marcas esportivas internacionais como a Nike e a Adidas.
          A rede Track & Field possui 230 lojas, entre lojas próprias e franquias, espalhadas por 24 estados brasileiro, além de e-commerce. A varejista também faz eventos relacionados a bem-estar e um circuito de corridas de rua.
          A companhia faz sua estreia na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, em 26 de outubro de 2020 com o código "TFCO4". Tem como acionistas Tulio Capeline Landin e Ana Cláudia Ferreira de Moura.
(Fonte: Bettha / ValorInveste - 20.10.2020 - partes)

19 de out. de 2020

Lohn Bier

          A família Lohn sempre empreendeu. Essa característica está na história de vida do empresário Francisco Felisbino, e de seus três filhos - Tatiani, Eduardo e Ricardo Felisbino. Porém, em 2013, idealizaram um sonho que mudaria totalmente o rumo dos seus negócios. A família vendeu todo o investimento, após trinta anos na avicultura, para sediar uma das paixões do marido de Tatiani: Richard Westphal Brighenti - cervejeiro e sommelier de cerveja.
          Foram 18 meses de desenvolvimento da nova empresa, dentre plano de negócios, construção e certificação da cerveja. E em outubro de 2014, deu-se início à venda das Cervejas Lohn.          
          O que era um hobby de produzir cerveja artesanal em casa, virou o maior empreendimento da família. Richard queria gastar o tempo fazendo algo que desse prazer e encontrou na cerveja artesanal o que buscava. “O mais interessante da nossa história é que achávamos que eu tinha sido o primeiro da família a fazer cerveja artesanal, mas descobrimos que minha avó paterna fazia cerveja em casa, encontramos uma receita com a letra dela”, conta Richard.
          Entre cursos e concursos, durante certo tempo Richard se divertia com a produção caseira, quando a família de sua esposa Tatiani Felisbino Brighenti, também sócia e proprietária, resolveu investir em no novo negócio, e todos compraram a ideia de Richard: produção de cerveja artesanal. O sogro Francisco Felisbino é também sócio proprietário junto com a sua esposa Teresinha, e os filhos Ricardo, responsável pelo financeiro da empresa, e Eduardo, responsável pela administração
geral.
          O nome da cervejaria homenageia o sobrenome da matriarca, de origem alemã. A família reuniu ingredientes como profissionalismo, comprometimento, amor e, em janeiro de 2014, as obras da Cervejaria e do Pub Lohn Bier iniciaram. “Nós pesquisamos e vimos que a cerveja artesanal estava em alta, mas mesmo assim, como em qualquer empreendimento, o começo foi complicado. Inicialmente tínhamos capacidade instalada para 16 mil litros e todos colocavam a mão na massa. Até hoje, vou à
roça para buscar a cana, que é ingrediente de uma de nossas cervejas”, conta Francisco.
          Aos poucos as características alemãs, herdadas da origem do sobrenome Lohn, foram dando lugar para mais liberdade e desprendimento dos tradicionais protocolos de escolas cervejeiras, com dezenas de rótulos demostrando a personalidade da cervejaria. Essa liberdade de sabores levou a marca Lohn para diversos estados e até países, chegando a exportar para dois continentes.
          Em 2019, a cervejaria deixou para trás a identidade tradicional, experimentando, criando, quebrando regras e desafiando padrões. A qualidade e inovação presentes nas cervejas da Lohn estão refletidas nas premiações recebidas pela marca. Nos primeiros 5 anos, a Lohn acumulou mais de 100 medalhas. Destas, 28 pertencem à Carvoeira, que se tornou a cerveja artesanal mais premiada do Brasil em 2017, 2018 e 2019. Assim, a tão premiada Carvoeira também ganhou uma versão em pó de café em parceria com a Ana Terra Café de Criciúma e com grãos Bourbon e Mundo Novo de Minas Gerais.
          Tatiani e Richard são convictos do trabalho e carinho que possuem pelo seu negócio. Como brincadeira, afirmam que produzem a cerveja para beber e o restante vendem, mas é essa qualidade exigida por eles que está refletindo nos prêmios, que um a um vão sendo conquistados.
          Do sopé da serra catarinense ao mundo cervejeiro. Localizada aos pés de um dos mais belos cartões postais do Brasil - a Serra do Rio do Rastro -, a Lohn Bier se encontra na divisa das cidades de Orleans e Lauro Müller, ao sul de Santa Catarina.
           Com uma estrutura de 2.000 metros quadrados, a cervejaria abriga um pub cuja parede de vidro o divide dos tanques de fermentação, proporcionando uma bela mostra do processo de fabricação das cervejas Lohn Bier aos visitantes. O Pub possui uma decoração rústica, com um balcão longo onde as torneiras de chope e as geladeiras estão expostas, e dois salões de mesas para almoço, jantar e Happy Hour. Junto ao pub há a loja Lohn onde pode-se adquirir as cervejas da Lohn e outros rótulos produzidos pela fábrica. Também podem ser adquiridos acessórios, copos e demais utensílios da marca.
          A marca Lohn Bier cultua o carinho pela região que sedia, o brasão da família se entrelaça no desenho da serra do tabuleiro que é vista das janelas da fábrica. A cervejaria tem 12 rótulos fixos, mais alguns sazonais. Além das próprias cervejas, a cervejaria ainda serve de incubadora para pequenos cervejeiros, como a Cozalinda de Florianópolis e a Amante de Tubarão.
          A fábrica possui três divisões: o Pub Lohn, a cozinha industrial e a área de logística. Toda a fábrica foi arquitetada por Tatiani, que além de empreendedora é arquiteta e desenvolveu o projeto e auxiliou na execução. 
          No pub, uma janela vitrine está voltada para uma das áreas mais importantes da fábrica: a cozinha. Desta janela é possível ver onde a mágica acontece, as panelas para o preparo de cada receita e os tanques de maturação e fermentação das cervejas. Cada tipo de cerveja possui um tempo de preparo diferente, quanto mais ingredientes mais tempo de maturação. Por exemplo, a Pilsen é a cerveja de preparação mais rápida dos estilos fabricados, com apenas 18 dias de tanque ela está pronta para o consumo, enquanto a Quadruppel, com 4 vezes mais ingredientes, precisa de 60 dias de tanque. Anexo à cozinha há a sala de manipulação e laboratório de receitas, as salas de envase e pasteurização de garrafas e de tonéis de chope, e toda a área de logística com depósitos, câmaras frias e lavações.
          As cervejas Lohn não possuem conservantes e nem estabilizantes, além disso, elas possuem um ingrediente natural especial: a água. Tão importante quanto os demais ingredientes, a qualidade da água é um fator decisivo na produção de cerveja. São necessários 10 litros de água para a produção de cada litro de cerveja. E na Lohn, ela vem de um poço artesiano ali mesmo, direto do lençol freático.
          A Cervejaria Lohn Bier, de Lauro Muller, já conta com distribuidores em toda a região sul catarinense, Florianópolis, Balneário Camboriú, Rio de Janeiro e pela internet em todo o país. Junto à cervejaria tem o Pub Lohn Bier.
(Fonte: Engeplus - 20.10.2015 / site da Lohn Bier / Deleitese.com - 08.04.2014 - partes)

18 de out. de 2020

Cerveja Wäls

          A empresa foi fundada em 1.999 por Miguel Carneiro, em Belo Horizonte, com a produção de refrigerantes e sucos para restaurantes da família. No início de 2000, os irmãos José Felipe e Tiago Carneiro, filhos de Miguel, decidiram criar a Cervejaria Wäls, uma microcervejaria, na capital mineira, onde começaram a fazer cervejas especiais.
          Os irmãos começaram a trabalhar bem jovens. Ainda no início da empreitada, viam como brincadeira entrar no tanque de fervura e realizar uma limpeza interna. Somente aos 19 anos José Felipe começou a trabalhar na parte de marketing da empresa. Anos depois passou a ser responsável pela pela produção.
          Durante oito anos, o foco da cervejaria era produzir o tipo mais convencional de cerveja, a chamada cerveja Pilsen. Além da rede de restaurantes, a cervejaria realizava eventos onde a cerveja era vendida.
          Com a abertura do mercado para produtos importados, começaram a chegar no país cervejas mais elaboradas, com sabores e embalagens diferenciadas. A linha de cervejas especiais da Wäls foi lançada no ano de 2008, após longo período de estudos e investimentos. Inspirada nas tradicionais escolas cervejeiras Belga e Tcheca, são produzidos 14 estilos de diferentes cervejas, além da linha sazonal. A Wäls é pioneira na técnica de cervejas refermentadas.
          A marca é distribuída, além de Belo Horizonte, em Brasília, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e interior do estado de Minas Gerais.
          Em 2014 iniciou-se o projeto de exportação da Wäls, chegando a países como Estados Unidos, Canadá e França.
          Todas as expansões industriais possíveis foram realizadas na área em que a empresa está instalada. Novos projetos de expansão não são mais viáveis no local. Foi inaugurada uma fábrica em San Diego na Califórnia para dar continuidade e fortalecimento da marca nos Estados Unidos. As cervejas produzidas naquela unidade iriam fomentar o mercado local, mas parte das cervejas produzidas seria exportada para o Brasil.
          A terceira planta de produção da Cervejaria Wäls foi inaugurada em 2016, na cidade turística de Araxá, em Mina Gerais. O arquiteto Gustavo Penna é o responsável pelo projeto do que seria a mais moderna microcervejaria no país, com capacidade de produção estimada de 400 mil litros por mês.
          Atualmente, a cervejaria Wäls é mais do que o local de produção dessa bebida tão querida. Em 2017 foi inaugurado o ateliê Wäls um espaço que chegou para complementar a experiência dos clientes ao tomar qualquer um dos rótulos da cervejaria.
          No ano de 2008 com o falecimento do cervejeiro e mentor Tácilo Coutinho, José Felipe assumiu a produção de cervejas e passou a ser intitulado de Mestre Cervejeiro da Wäls. "O Tácilo era um gênio, amigo de adolescência do meu pai, Miguel Carneiro, desde os tempos que estudavam música juntos na UFMG. Ele era o verdadeiro Professor Pardal e deixou para nós a herança de nunca ter medo de criar e reinventar", diz José Felipe.
          José Felipe é formado em marketing e em relações públicas, e tem formação como técnico cervejeiro pelo Senai de Vassouras. Tiago é formado em engenharia de alimentos. Na cervejaria, Tiago é o responsável por toda área de administração e vendas. "A cerveja é apaixonante , ainda mais quando se produz", diz José Felipe.
(Fonte: Homini Lúpulo - 04.02.2020 / Wikipédia - partes)