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22 de out. de 2020

Aegea

          A empresa de saneamento básico Aegea foi criada em 2010. O nome Aegea (pronuncia-se egea) é inspirado na palavra Egeo que em latim significa impetuoso, aquele que avança em direção ao futuro. O nome foi escolhido por representar o espírito que move as empresas do grupo.
          A empresa atua no gerenciamento de ativos de saneamento por meio de concessões plenas ou parciais e parcerias público-privadas (PPPs), como administradora de concessões públicas em todo processo do ciclo integral da água – abastecimento, coleta e tratamento de esgoto.
          Todos os projetos desenvolvidos pela Aegea contam com tecnologia de ponta e sistemas sempre atualizados para acompanhar o desenvolvimento dos municípios, independentemente de seu porte. Além disso, preocupada com o desenvolvimento do setor e de suas equipes, a companhia criou a Academia Aegea – programa de formação que incentiva a qualificação profissional, a pesquisa e a produção de materiais acadêmicos relacionado a gestão de saneamento.
          A solidez e o dinamismo da Aegea possibilitam o desenvolvimento de soluções de saneamento sob medida para os municípios, buscando sempre o cuidado com o meio ambiente e, principalmente, com a qualidade de vida da população.
          Em 20 de outubro de 2020, a Aegea venceu o leilão da PPP de Cariacica, no Espírito Santo. Com lance de R$ 0,99 e deságio de 38,12% sobre o valor da tarifa de esgoto, a companhia desbancou outros seis consórcios participantes da disputa, como o da Iguá e da Equatorial, grupo tradicional de energia elétrica que quer estrear no setor de saneamento básico. Pelas regras do edital, a Aegea terá de investir R$ 580 milhões em infraestrutura de saneamento básico ao longo dos 30 anos de contrato, sendo que R$ 180 milhões devem ser aplicados nos primeiros cinco anos. Contando com o custo operacional, o total investido chegará perto de R$ 1,3 bilhão. A empresa terá a obrigação de universalizar o acesso à rede de esgotamento sanitário de Cariacica até o décimo ano do contrato, conforme previsto no edital de licitação. O serviço irá beneficiar 423 mil habitantes, em parceria com a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan). Hoje apenas 48,3% da população têm coleta de esgoto, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que participou da modelagem da parceria. A PPP de Cariacica representa um importante ganho de escala para a Aegea, afirma o vice-presidente de relações institucionais da empresa, Rogério de Paula Tavares. Ele lembra que a companhia já detém a concessão de Vila Velha e de Serra, no Espírito Santo. “A disputa dessa área fazia todo o sentido para nós, já que se trata de um mesmo bloco (região metropolitana de Vitória).
          Em 23 de outubro de 2020, a Aegea vence leilão da PPP da Sanesul, desbancando três grupos ao oferecer desconto de 38,46% sobre o preço máximo e ficará responsável por prestar serviços de esgoto em 68 municípios no Mato Grosso do Sul.
          Em 1º de julho de 2021, a Itaúsa, em complemento aos Fatos Relevantes divulgados em 27 de abril de 2021 e 31 de maio de 2021, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral a conclusão do investimento pela Itaúsa na Aegea. A participação da Itaúsa na Operação ocorre por meio de subscrição e aquisição de ações ordinárias da Aegea, cujo desembolso no valor total de aproximadamente R$ 1.344 milhões ocorreu nesta data, e subscrição de ações preferenciais classe D de emissão da Aegea no valor total de aproximadamente R$ 1.110 milhões, cujo desembolso ocorrerá em meados de julho de 2021. Como resultado, a Itaúsa passa a deter 10,20% do capital votante, 19,05% das ações preferenciais e 12,88% do capital total da Aegea. O restante do capital permanecerá com os atuais acionistas controladores da Aegea e o Fundo Soberano de Singapura (GIC).
          Em 14 de fevereiro de 2022, a Aegea Saneamento passou a operar 43 concessões, além de seis parcerias público-privadas e uma subconcessão, após vencer a disputa pelo esgotamento sanitário no Crato.
          Em 27 de setembro de 2022, a Aegea Saneamento foi a grande vencedora do leilão de saneamento realizado pelo governo do estado do Ceará. A empresa conquistou as duas parcerias público-privadas colocadas no bloco para construir sistemas de esgoto sanitário no estado por meio de contratos de 30 anos. Com isso, compromete-se a injetar R$ 6,2 bilhões em investimentos nas 24 cidades incluídas no projeto. Com essa vitória, a empresa consolida ainda mais sua posição como o maior grupo privado de saneamento do Brasil: atua em 178 cidades e atende 25,5 milhões de pessoas.
          Em 15 de dezembro ded 2022, o Consórcio Aegea-Engep Ambiental venceu a licitação para a prestação de serviços públicos de manejo de resíduos sólidos em nove municípios do Ceará. A concessão tem prazo de 30 anos. O consórcio é formado pela Aegea, com participação de 51%, e pela Engep Ambiental, uma empresa do Grupo Multilixo, que detém os outros 49%.
          Em 20 de dezembro de 2022, o Consórcio Aegea, como único interessado, comprou a Corsan - Companhia Riograndense de Saneamento, empresa estatal de água e esgoto do Rio Grande do Sul, com uma oferta de R$ 4,15 bilhões, ágio de apenas 1,15% sobre o lance mínimo de R$ 4,1 bilhões. O edital de privatização prevê a venda em lote único de 630 milhões de ações. A licitação ocorreu na sede da B3, em São Paulo. Considerando dados de fins de 2022, a Corsan atende mais de 6 milhões de pessoas no estado, distribuídas em 317 municípios que contratam os serviços da empresa.
          A captação bilionária da Aegea, de R$ 5,5 bilhões em títulos de dívida (debêntures) na segunda semana de agosto de 2023, chamou atenção não apenas por ser a maior já feita no Brasil para investimentos em infraestrutura, mas também pela comissão paga aos bancos, que chegou a quase R$ 1 bilhão, nível raramente visto no mercado de capitais. Os documentos da operação mostram que os bancos coordenadores – Itaú BBA, BTG Pactual, Bradesco BBI, XP, JPMorgan, ABC Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – receberam R$ 964,4 milhões, o equivalente a 17% da captação. Na captação de R$ 3,8 bilhões da Iguá, também de saneamento, a comissão aos bancos foi bem menor, de 6,3% da operação. O diretor de um banco de investimento que ficou fora da operação da Aegea diz que a taxa salgada é o preço pela garantia firme, um mecanismo que só existe no Brasil e pelo qual os bancos participantes se comprometem a ficar com o papel caso não exista demanda por parte de investidores. No valor quase bilionário, está embutido também um fee (pagamento) pelo sucesso da operação, que de fato ocorreu. Houve o dobro de demanda sobre a oferta. Com isso, o prêmio pago pela Aegea aos investidores das debêntures caiu bastante, o que significa queda no juro pago ao investidor ao longo dos anos.
          A Aegea é controlada pela Equipav, grupo que detém participação em vários setores, como açúcar e álcool, mineração, engenharia e concessões de infraestrutura. Outro sócio de peso é o fundo soberano de Cingapura GIC e do Internacional Finance Corporation (IFC). A Itaúsa também é sócia.
          Uma das maiores empresas de saneamento do segmento privado no país, a Aegea está presente em 57 cidades em 12 estados brasileiros, sendo eles Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Santa Catarina, Rondônia, Maranhão, Espírito Santo, Piauí, Amazonas e Rio Grande do Sul.
          Considerando dados de outubro de 2020 a Aegea tem 38,2% do mercado privado de saneamento básico do Brasil e atende 8,9 milhões de pessoas no país.
(Fonte: EstagioTrainee.com / site empresa / InfoMoney - 21.10.2020 / Valor - 23.10.2020 / Comunicado Itaúsa - 01.07.2021 / Valor - 14.02.2022 / 28.09.2022 / 16.12.2022 / 20.12.2022 / Estadão - 17.08.2023 - partes)

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