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21 de dez. de 2020

Fumacense Alimentos

          A Fumacense Alimentos foi fundada em maio de 1970, implantando sua primeira unidade no município de Morro da Fumaça, localizado ao sul de Santa Catarina. Como forma de valorizar suas raízes, a empresa homenageia em seu nome o município onde tudo começou.
          Inicialmente, as atividades foram voltadas exclusivamente ao beneficiamento e comercialização de arroz, levando a se tornar uma empresa referência nesse segmento ao longo de suas décadas de história.                Na busca por inovação e diversificação de produtos, a Fumacense Alimentos adquiriu modernos equipamentos e tecnologia de ponta para aumentar seu mix de produtos.
          A empresa está presente de norte a sul do país com as marcas Kiarroz, Kifeijão, RisoVita, Arroz Campeiro, Vilarroz e Arroz Boby, sendo o último destinado a animais.
          A Fumacense conta com duas plantas produtivas, além da matriz, sendo uma unidade em Alegrete, no Rio Grande do Sul e outra em Pombos, no estado de Pernambuco.
(Fonte: site da empresa)

10 de dez. de 2020

Cerveja Pabst Blue Ribbon

          Gottlieb and Frederika Pabst and their twelve-year-old son Frederick arrived in the United States in 1848 and settled in Chicago where Frederick eventually found work on the ships of Lake Michigan. In 1862, Frederick married Maria Best, daughter of the founder and owner of the Best Brewing Company, and in 1863 became a brewer at his father-in-law's brewery, which established in Milwaukee in 1844.
          When Philip Best retired to Germany in 1867, Pabst and Emil Schandein - his sister-in-law's husband and the vice-president of Best Brewery - worked to transform the company into one of the nation's largest brewers, capitalizing on, among other things, the Great Chicago Fire of 1871 that destroyed nineteen Chicago breweries and helped position Milwaukee as the leading beer-producing city in the United States. In 1889, Schandein died, leaving Pabst as president and his widow, Lisette Schandein, as vice-president. In 1890, Pabst changed the "Best" letterhead to "Pabst" and the Pabst Brewing Company officially began.

Pabst Blue Ribbon.jpg
          The company has historically claimed that its flagship beer was renamed Pabst Blue Ribbon following its win as "America's Best" at the World's Columbian Exposition in Chicago in 1893. Whether the brand actually won an award in 1893 is unclear. Some contemporaneous accounts indicate that many vendors were frustrated by the fair's refusal to award such prizes. One account says that the only prizes awarded by the executive committee were bronze medals, in recognition of "some independent and essential excellence in the article displayed", rather than "merely to indicate the relative merits of competing exhibits".
          However, the beer had won many other awards at many other fairs – so many, in fact, that Captain Pabst had already started tying silk ribbons around every bottle. It was a time when beer bottles were more likely to be embossed than labeled and the ribbons were likely added at great cost to Pabst. But Pabst's display of pride was also a display of marketing savvy, as patrons started asking their bartenders for "the blue-ribbon beer."
          Sales of Pabst peaked at 18 million barrels in 1977. In 1980 and 1981, the company had four different CEOs, and by 1982 it was fifth in beer sales in the U.S., dropping from third in 1980.
          In 1996, Pabst headquarters left Milwaukee (where the company originally established in 1844), and the company ended beer production at its main complex there. By 2001, the brand's sales were below a million barrels. That year, the company got a new CEO, Brian Kovalchuk, formerly the CFO of Benetton, and major changes at the company's marketing department were made.
          In 2010, food industry executive C. Dean Metropoulos bought the company for a reported $250 million. In 2011, the U.S. Securities and Exchange Commission forced two advertising executives to cease efforts to raise $300 million to buy the Pabst Brewing Company. The two had raised over $200 million by crowsourcing, collecting pledges via their website, Facebook, and Twitter. In November 2014, Eugene Kashper, an American beer entrepreneur, and TSG Consumer Partners acquired Pabst Brewing Company. In 2015, Pabst won the "best large brewing company of the year" award at the Great American Beer Festival.
          Pabst Blue Ribbon is now available in several international markets, including Australia, Canada, Ukraine, Russia, and China.
          On October 8, 2020, the San Antonio Economic Development Foundation announce that Pabst is moving its headquarters from Los Angeles to San Antonio, Texas.
          In the mid-1940s, the brand was the titular sponsor of the radio comedy show Blue Ribbon Town, starring Groucho Marx. It later was a sponsor of the radio mystery show Night Beat in the early 1950s.
          The beer experienced a sales revival in the early 2000s after a two-decade-long slump, largely due to its increasing popularity among urban hipsters. Although the Pabst website features user-submitted photography, much of which features twenty-something Pabst drinkers dressed in alternative fashions, the company has opted not to fully embrace the countercultural label in its marketing, fearing that doing so could jeopardize the very "authenticity" that made the brand popular (as was the case with the poorly received OK Soda). Pabst instead targets its desired market niche through the sponsorship of indie music, local businesses, facial hair clubs (RVA Beard League), post-collegiate sports teams, dive bars and radio programming like National Public Radio's All Things Considered. The company encourages the online submission of fan art, which is subsequently shown on the beer's official Facebook page.
          In Brazil, Pabst Blue Ribbon beer is made by Newage Indústria de Bebidas Ltda, via Anhanguera - Km 186 - Leme (SP).
(Fonte: Wikipedia - parte)

8 de dez. de 2020

Brother (Máquina de costura, de escrever e impressora)

Brother - Máquina de costura
        
          Em 1908, Kanekichi Yasui, pai dos irmãos Masayoshi e Jitsuichi, fundadores da Brother Industries, Ltd., fundou a "Yasui Sewing Machine Company", onde realizava reparos em máquinas de costura importadas. Fascinado pela qualidade sofisticada dos componentes industriais, decidiu ganhar a vida no negócio das máquinas de costura, numa época em que as máquinas de costura importadas ainda dominavam o mercado.
          O seu filho Masayoshi serviu de assistente desde pequeno, devido à fraqueza física de Kanekichi, e aos 16 anos de idade já era um verdadeiro profissional na reparação de máquinas de costura, sendo já capaz de gerir o negócio do pai.
          Mais tarde Masayoshi foi como aprendiz para Osaka, com o seu irmão mais novo Tokio, e testemunhou a realidade da indústria japonesa de máquinas de costura. Masayoshi questionou o por quê de não se conseguir fabricar máquinas de costura no Japão e assim nasceu sua ambição de produzir nacionalmente.
          Após o falecimento de Kanekichi, com apenas 44 anos de idade, os irmãos deram continuidade ao trabalho do pai em direção ao grande sonho que era a produção de máquinas de costura nacionais.
Começaram com a produção de máquinas de costura de ponto cadeia, para fabricação de chapéus de palha, utilizando a experiência adquirida com o reparo de máquinas de costura.
          As instalações fabris eram insuficientes, embora tenham conseguido fabricar a primeira máquina de costura com ideias inventivas, todas feitas à mão.
A primeira máquina de costura, lançada em 1928 (ano "Showa 3" no calendário Imperial Japonês), foi batizada de "Sho-san-shiki", em homenagem à era, e a marca batizada de BROTHER, em homenagem à cooperação dos irmãos.
          Após o lançamento, ganhou a reputação de ser 10 vezes mais durável do que as máquinas de costura estrangeiras, e as encomendas aumentaram gradualmente. Após o sucesso da máquina de costura ""Sho-san-shiki"" e de outras máquinas de costura de ponto cadeia para a fabricação de malhas, os irmãos fundadores embarcaram na fabricação de uma máquina de costura de ponto fixo para uso doméstico, um projeto que não seria nada fácil.
          A maior dificuldade estava na fabricação de uma peça - a lançadeira oscilante. Essa peça têm o papel mais importante na máquina de costura - cruzar a linha superior com a linha da bobina - e embora houvesse uma regular necessidade de substituir esta peça pelo seu rápido desgaste, a produção em massa de uma lançadeira oscilante elaborada e resistente era algo considerado muito difícil no Japão.
          Jitsuichi, o quarto irmão, que tinha habilidades tecnológicas avançadas, dedicou-se a este estudo e, após superar várias dificuldades, em 1932, conseguiu produzir em massa a lançadeira oscilante.
Nessa mesma altura, com o aumento das taxas de alfândega e o colapso do Iene, o preço de bens importados disparou e esta produção e venda de peças nacionais trouxe lucros inesperados.
          No final do ano 1932, após a produção da lançadeira oscilante e onze anos depois da grande decisão de Masayoshi em Osaka, os irmãos fundadores realizaram finalmente o seu sonho de longa data - concluir a primeira máquina de costura para uso doméstico.
          O grande aumento de preço de máquinas de costura importadas, causado pelas taxas implementadas no ano anterior, trouxe ventos favoráveis para a produção nacional das mesmas. Um amigo de Masayoshi aceitou financiar esse projeto, com a condição da transferência dos direitos de venda da lançadeira oscilante, e com esse dinheiro Masayoshi construiu uma nova fábrica de máquinas de costura.
          Em 1934, reorganizou a empresa e fundou a "NIPPON SEWING MACHINE MANUFACTURING Co., Ltd.", que viria a ser a antecessora da BROTHER atual.
          Apesar dos danos e clima após a Segunda Guerra Mundial, em 1946, Masayoshi foi o primeiro a retomar a produção de máquinas de costura, e os envios para o mercado interno, onde existia uma crescente procura para a reconstrução pós-guerra. Cerca de 500 máquinas de costura foram exportadas nos dois anos após o fim da guerra.
          Em 1954, foi criada a Brother International Corp., uma instituição especializada em exportação, e deu-se inicio à construção de uma rede de vendas no mercado internacional.
          Nos EUA, Masayoshi observou com grande interesse a difusão de eletrodomésticos e decidiu começar a produzi-los. Com base na tecnologia dos motores, desenvolvida com as máquinas de costura, avançou para o mercado dos telefones, máquinas de confecção de malhas, máquinas de lavar roupa, ventoinhas elétricas, ferros de engomar, aspiradores elétricos, etc., aumentando cada vez mais os bens manufaturados.


Brother - Máquina de escrever

          Em 1956, Masayoshi recebeu um pedido de Max Hugel, presidente da Brother International Corporation (EUA), para desenvolver uma máquina de escrever portátil, um produto com uma grande procura nos Estados Unidos, pois era essencial a qualquer escritório.
"JP1", produzida nacionalmente, apesar de ter um desempenho no mesmo nível de máquinas de escrever portáteis de outras marcas, tinha um preço razoável o que causou a sua imediata popularidade e originou inúmeros pedidos.
          A seguir veio a exportação também para a Europa e a criação da imagem "Brother dos equipamentos de escritório" no mercado europeu e norte-americano.
          A porcentagem de vendas internacionais do grupo Brother excede agora os 80% e continuamos a desenvolver bases de produção, vendas e serviços em mais de 40 países e regiões.
A ambição de Masayoshi de "transformar a indústria de importação numa de exportação" continua viva no fornecimento de excelentes produtos aos nossos clientes em todo o mundo.
          Através do desejo de Hugel de entrar neste mercado, Masayoshi decidiu, em 1958, iniciar o desenvolvimento da máquina de escrever portátil.
          Como o desenvolvimento de máquinas de escrever era uma área completamente desconhecida para a Brother, foi necessário desenvolver produtos com uma qualidade superior à dos já existentes.
Foi criada uma equipe para este projeto, no departamento de engenharia, que encomendou e estudou arduamente vários produtos de vários fabricantes da Europa e Estados Unidos.
Como resultado, determinou-se que este projeto era possível, aproveitando a tecnologia de prensagem, desenvolvida através da engenharia de produção de máquinas de costura e do desenvolvimento do tear.
No entanto, o mais difícil seria a fabricação do "tipo", uma peça indispensável à impressão de texto.
          A perfeição das letras é o mais importante numa máquina de escrever. A parte mais delicada do tipo, uma peça extremamente precisa, tinha apenas 0,04 mm. Na Europa e nos Estados Unidos havia já fabricantes com décadas de especialização na impressão de texto, mas Masayoshi Yasui estava comprometido com o desenvolvimento totalmente interno.
          A equipe técnica criou a prensa de cunhagem, uma máquina-ferramenta, e realizou pesquisas sobre a produção de tipos, mas não conseguiu produzir tipos cuja impressão fosse completamente perfeita. Nesse impasse diário, o vice-presidente, Jitsuichi Yasui, teve uma ideia. Lembrou-se do "Hinamochi", um doce da sua infância, feito de uma pasta de farinha de arroz, pressionada num molde de madeira. A "JP1", produzida totalmente pela Brother, chegou ao mercado com o preço de 50 dólares, um preço razoável comparado aos produtos americanos de igual desempenho, vendidos a 70 dólares.
          Com o sucesso de vendas nos EUA, o número de encomendas aumentou drasticamente, iniciando-se também a sua exportação para a Europa. Assim foi construída a imagem da "Brother dos equipamentos de escritório", nos mercados do ocidente.
          Dez anos após o lançamento da "JP1", as máquinas de escrever da Brother foram disponibilizadas em 20 diferentes idiomas e foram exportadas para mais de 100 países. Mais tarde, com a evolução para máquinas de escrever elétricas e eletrônicas, a troca de tipos tornou-se possível e uma vasta variedade de fontes foi lançada para substituição. Foi assim que a Brother construiu a sua sólida posição no mercado de máquinas de escrever.
          Na elaboração do "Hinamochi", o necessário não é pressionar com força, pois assim a pasta não se espalha uniformemente dentro do molde, mas sim amassar e empurrar gentilmente com as palmas das mãos. Aplicando este método no processo de fabricação, foi finalmente possível alcançar um tipo caligráfico com letras nítidas e acentuadas.
          Em 5 de Maio de 1961, após um ciclo de grandes esforços, a Brother concluiu a sua primeira máquina de escrever portátil - a JP1- com fontes de alfabeto atraentes, nítidas e inigualáveis.
          Com o passar do tempo, a máquina de escrever foi substituída por processadores de texto e impressoras, tendo chegado ao fim a sua produção em Março de 2016. Existem vários tipos de fontes para máquinas de escrever, desenvolvidas originalmente pela Brother.
Estes tipos de letra ganham vida com novos produtos Brother.


Brother - Impressora

          Em 1987, a primeira impressora laser da Brother "HL-8" foi introduzida no mercado. O seu processamento de alta velocidade foi altamente apreciado no mercado, e foi eleita como "Editors' Choice" da revista "PC Magazine". Uma parte das fontes embutidas neste produto foi, na verdade, desenvolvida para máquinas de escrever, mas modificada para a impressora laser.
          Naquele tempo, ao se imprimir de um computador para uma impressora, informações como o tipo de letra e o seu tamanho, a cadeia de caracteres etc., tinham que ser enviadas do computador e era a impressora que processava dados como o tipo de caracteres a ser impresso, sendo por isso necessário equipar as impressoras com dados de fonte.
          A fonte original da Brother expandiu também para o japonês, que tem cerca de 8.000 caracteres, tendo sido utilizada para vários produtos, como para impressão com rotuladores e para bordar letras com máquinas de costura e bordado.
          O sistema de karaokê comercial online "JOYSOUND", desenvolvido em 1992, adotou o tipo de letra original da Brother na exibição das legendas.
          Em 2012 com o aparecimento da "JOYSOUND f1" foi adotada a utilização da fonte delineada, tornando possível uma nítida exibição de legendas mesmo em grandes telas.
Também nos multifuncionais e máquinas de costura com telas LCD, as suas utilizações continuam a aumentar.
          Este desenvolvimento das fontes de máquinas de escrever nasceu do compromisso com um total desenvolvimento interno. Apesar de as máquinas de escrever já não fazerem parte da nossa linha de produtos, a nossa dedicação é visível ainda hoje nas fontes existentes em cada produto.





100 anos de inovações


Cerveja Esmera

          A Esmera é uma cerveja à base de mandioca, produzida e vendida no estado de Goiás. É a primeira marca regional desenvolvida pela Ambev para a região Centro-Oeste.
          A cerveja Esmera foi lançada pela Ambev em 9 de dezembro de 2020 e é sua quinta marca de cerveja regional.
          "Esmera é uma adaptação de esmero, palavra que significa cuidado, capricho, perfeito. É com esse sentimento que servimos a esse povo forte e alegre um produto feito por goianos e para goianos”, destaca o gerente de marketing da Esmera, Leandro Thot.
(Fonte: Valor - 08.12.2020)


Mobly

          A loja de móveis e decoração online Mobly foi fundada em 2011. Desde o início a empresa é controlada pelo grupo alemão Rocket Internet, que em 2013 criou uma holding para seus investimentos no setor de home and living, chamada Home24. Em 2018, a Home24 abriu seu capital na Bolsa de Frankfurt.
          Segundo a empresa, a Mobly tem mais de 925 mil usuários ativos. Possui duas megastores - a segunda inaugurada na véspera da Black Friday de 2020, que ocorreu em 27 de novembro. Possui também quatro lojas outlet e cinco lojas compactas (Mobly Zip).
          Os principais acionistas são VRB - veículo da Home24 - com 89,11%, Victor Pereira Noda (3,63%), Marcelo Rodrigues Marques (3,63%) e Mário Carlos Fernandes Filho (3,63%).
          No início de dezembro de 2020, a Mobly protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o prospecto preliminar para a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A oferta será primária - quando os recursos vão para o caixa da empresa - e secundária, quando os acionistas atuais vendem parte de suas fatias. A oferta é coordenada por Morgan Stanley e Bradesco BBI.
          Nos nove primeiros meses de 2020, o volume de vendas (GMV) da Mobly ficou em R$ 560,2 milhões.
          Em 6 de outubro de 2022, a Mobly informou ao mercado que tomou conhecimento que sua controladora, a alemã Home24, que detém participação de 51,1% na companhia, aceitou uma proposta de combinação de negócios com a austríaca XXXLutz, que opera mais de 370 lojas de móveis em 13 países da Europa.
          Desde o início de 2023, a Mobly e a cadeia de lojas de móveis, acessórios e decoração Tok&Stok estariam em negociação para uma possível fusão. Em 2022, a Mobly reportou receita líquida de R$ 637,1 milhões. A Tok&Stok encerrou 2022 com prejuízo líquido de R$ 460,7 milhões.
          No início de setembro de 2023, a Home24, acionista controladora da Mobly, e o fundo de private equity Carlyle, que controla a Tok&Stok, finalizaram os termos de um acordo de fusão.
          A transação ocorrerá na forma de troca de ações, com os acionistas da Mobly detendo 80% da nova empresa e os acionistas da Tok&Stok – que, além do fundo, incluem os fundadores Regis e Ghislaine Drubule – detendo 20%. Ambos os acionistas estarão sujeitos a um período de indisponibilidade de dois anos, durante os quais não poderão vender as suas ações.
          Após a fusão, a Home24 planeja fazer uma oferta pública de aquisição aos acionistas da Mobly ao preço de R$ 6,50, o que representa um prêmio de 68% sobre o preço atual das ações. Pelos termos do acordo, o Carlyle terá a opção de comprar mais 10% da empresa por R$ 9.
          A nova empresa contará com a força do canal de vendas online da Mobly e ampliará sua rede de lojas físicas com unidades Tok&Stok. A Mobly conta atualmente com 17 lojas e três unidades franqueadas (Mobly Zip). A Tok&Stok fechou 17 lojas em 2023 como parte de seu plano de reorganização e tinha 51 unidades.
          Em 8 de agosto de 2024 a A Mobly anunciou acordo para ser a controladora da Tok&Stok criando assim um gigante no mercado de móveis e decoração, com receita anual estimada de R$ 1,6 bilhão. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a Mobly afirma que a operação tem o objetivo de fortalecer sua presença no mercado por meio da diversificação e complementaridade do portfólio de produtos e serviços. O valor estimado da Tok&Stok hoje é de R$ 112 milhões – a companhia já foi avaliada em R$ 1,1 bilhão. 70 é o número de lojas físicas que terão Tok&Stok e Mobly juntas.
          A Mobly informou, em 8 de novembro de 2024, que foi consumado o fechamento da operação de contribuição, ao capital social da companhia, de ações ordinárias de emissão da Estok Comércio e Representações (Tok&Stok) representativas de 61,11% do capital social votante e total da Tok&Stok. Dessa forma, a partir dessa data, a companhia assume o controle da Tok&Stok.
(Fonte: Valor Investe - 08.12.2020 / 07.10.2022 / 05.09.2023 / Estadão - 10.08.2024 / Valor - 09.11.2024 - partes)

3 de dez. de 2020

ISA Energia Brasil - ex-CTEEP (Transmissão Paulista)

          A CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista), mais conhecida como Transmissão Paulista (TRPL4 na B3), foi criada em 1999 após a divisão dos ativos da estatal paulista Companhia Energética de São Paulo (CESP), dentro do programa de privatização do governo estadual. Em 2001, a CTEEP incorporou a Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE), resultante do desmembramento da Eletropaulo.
          A privatização aconteceu em junho de 2006 em leilão pelo governo paulista. O Grupo colombiano ISA, maior grupo de transmissão de energia da América Latina, conquistou o controle da companhia, adquirindo 50,1% das ações ordinárias (com direito a voto). No mesmo ano, a ISA arrematou, em leilão promovido pela ANEEL a concessão para construção da linha de transmissão Neves 1-Mesquita, que passa por 14 municípios mineiros, entre as cidades de Contagem e Ipatinga. Esse empreendimento deu origem à subsidiária Interligação Elétrica de Minas Gerais (IEMG).
          Em 2007, a participação do Grupo ISA aumentou para 89,4% das ações ordinárias e 37,5% do capital total da ISA CTEEP.
          Companhia de capital aberto com ações negociadas na BM&FBOVESPA, a ISA CTEEP tem como principais controladoras a ISA, um dos maiores grupos de transmissão de energia elétrica da América Latina, e a Eletrobras, maior empresa de energia brasileira, além de 60 mil acionistas pessoas física e jurídica.
          A ISA CTEEP conta com uma infraestrutura formada por 12.993 quilômetros de linhas de transmissão, 18.782 quilômetros de circuitos, 2.488 quilômetros de cabos de fibra ótica e 107 subestações com tensão até 550 kV.
          Sediada na cidade de São Paulo, a empresa conta com cinco regionais, todas instaladas em municípios paulistas (São Paulo, Cabreúva, Taubaté, Bauru e Jupiá), um Centro de Operação de Transmissão (COT), em Jundiaí; e um Centro de Operação de Retaguarda (COR), em Cabreúva.
          A principal fonte de receita da companhia provém do uso de seu sistema de transmissão por outras concessionárias de energia elétrica, agentes do setor e consumidores livres.
          Com capacidade instalada de 45.131 MVA, está presente em 15 estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo
          A companhia possui atualmente 127 subestações, que interligam o sistema de transmissão da Empresa para assegurar a disponibilidade de energia para todo o estado de São Paulo.
          A CTEEP anunciou em 2 de dezembro do 2020, que chegou a acordo para adquirir a PBTE (Piratininga - Bandeirantes Transmissora de Energia), linha de transmissão subterrânea de 15 quilômetros na cidade de São Paulo que conecta duas subestações operadas pela CTEEP. A PBTE, que é co-propriedade dos fundos de investimento Wire and Kavom, iniciou suas operações em abril de 2020, e sua concessão expira no final de 2046. A Receita Anual Permitida (“RAP”) da linha para o ciclo 20/21 foi fixada em R$ 172 milhões e é reajustado anualmente pela inflação (IPCA). O negócio custará à CTEEP R$ 1,9 bilhão.
          Em leilão de transmissão realizado em 30 de junho de 2022 na B3, a CTEEP arrematou o Lote 3 (9 instalações nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo). O valor de RAP foi de R$ 285.736.000,00 com deságio de (-)46,75% abaixo do valor de referência. O investimento estimado é de R$ 3,65 bilhões.
A CTEEP arrematou também o Lote6 (1 instalação no estado de São Paulo), com valor RAP de R$ 13.433.000,00 e deságio de (-)59,21% abaixo do valor de referência.
          No dia 23 de agosto de 2023 a Comissão Especial de Licitação (CEL) publicou comunicado convocando a Isa Cteep, na condição de proponente classificada em segundo lugar, para sua habilitação no Lote 1 do Leilão de Transmissão nº 01/2023, nas condições econômicas ofertadas pela empresa no leilão. O leilão de transmissão foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 30 de junho de 2023. A informação foi divulgada em um fato relevante enviado ao mercado em 28 de agosto de 2023. “Dessa forma, a Isa Cteep sagra-se vencedora do Lote 1 com lance de Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 284 milhões para a execução do projeto que está localizado nos estados da Bahia e Minas Gerais e que conta com investimento Aneel de R$ 3.157 milhões, 3 subestações com capacidade de transformação de 3.177 MVA e construção de 1.093 km de linhas de transmissão”, explicou a transmissora no fato relevante.
          A ISA Energia Brasil completou 25 anos de atuação em 2024 e, em 18 de novembro de 2024, marca o início de um novo capítulo em sua história. Em cerimônia de toque de campainha realizada nesta manhã, na B3, a empresa celebrou a sua evolução e reforçou ao mercado que, a partir desta (18.11.2024), suas ações passam a ser negociadas sob novos tickers na Bolsa de Valores do Brasil (B3 – Brasil, Bolsa, Balcão). Os códigos passam de TRPL4 (ações preferenciais) e TRPL3 (ações ordinárias) para ISAE4 e ISAE3, respectivamente.
          A mudança acompanha a evolução da empresa que passou a se chamar ISA Energia Brasil, representando o crescimento nacional e a evolução bem-sucedida da companhia nos últimos anos.
          A empresa deixou de ser uma empresa paulista para atuar em 18 estados do Brasil e hoje gere um portfólio de 35 concessões que impulsionam a transição energética em todo o país.
(Fonte: Ágora - 03.12.2020 / Wikipédia / G1 - 30.06.2022 / Dica de Hoje Research - 29.08.2023 - Informativo B3- 18.11.2024 - partes)

30 de nov. de 2020

Vibra Energia (antiga BR Distribuidora)

          A Petrobras Distribuidora, mais conhecida como BR Distribuidora, é uma subsidiária da Petrobras que, desde 1971, atua no segmento de distribuição e comercialização de combustíveis.
          Em 2004, então sob o comando do executivo Rodolfo Landim, a Petrobras Distribuidora comprou os ativos brasileiros da italiana Agip e passou a deter 25% de participação de mercado, ultrapassando pela primeira vez, a parcela que chegou a ter em 1998, quando começou a perder espaço para a informalidade.
          A privatização da BR Distribuidora, em julho de 2019, colocou no caixa da Petrobras pelo menos R$ 8,56 bilhões e deve duplicar a liquidez em bolsa da líder do mercado de combustíveis e lubrificantes. 
          O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, na noite de 24 de novembro de 2020, a venda de ações correspondentes a ao menos 30% do capital da BR Distribuidora. Um dispositivo no acordo pode elevar a venda a 35% do capital da empresa e os valores da operação podem chegar a 9,6 bilhões de reais.
          Com a conclusão do processo, a companhia deixará de ser controlada majoritariamente pela estatal, que teve 100% das ações até 2017, quando comercializou parte da subsidiária ao setor privado pela primeira vez.
          O negócio fechado nesta terça-feira foi precificado a 24,50 reais por ação da BR Distribuidora e rendará ao menos 8,5 bilhões de reais para a Petrobras. O valor se refere a um mínimo de ações estipulado na venda, que garante a comercialização de 30% do capital da companhia, deixando a estatal com 41,5% de participação.
          A venda faz parte do programa de desinvestimentos promovido pela estatal nos últimos anos. De acordo com a Petrobras, a venda de ativos de subsidiárias visa “reduzir o endividamento e focar em negócios com menor risco e maior rentabilidade”.
          A empresa informou, no dia 26 de novembro de 2020, que assinou contrato para comprar 70% de participação na Targus Energia. O negócio foi fechado por R$ 62,1 milhões. O objetivo da BR é atuar no mercado de comercialização de energia elétrica em todo o território nacional. A transação prevê ainda mecanismos de earn-out e opções de compra e venda dos 30% restantes. A companhia pretende oferecer energia elétrica à sua rede de clientes, utilizando sua capilaridade comercial e estrutura financeira, aliados à expertise e capacidade de execução dos sócios da Targus Energia, que permanecerão na operação.
          Na primeira semana de julho de 2021 a Petrobras vendeu suas ações da BR Distribuidora na oferta follow on que marcou a saída definitiva da petroleira do capital da BR. Com a venda dos 37,5% que detinha, a Petrobras arrecadou 11,36 bilhões de reais, ou 2,3 bilhões de dólares.
          Em 19 de agosto de 2021, a BR Distribuidora anunciou que mudou seu nome para Vibra Energia. O movimento ocorre pouco mais de um mês depois de a Petrobras, ex-controladora da empresa, ter zerado sua participação.
          A Vibra Energia adquiriu 50% da Comerc, holding de comercialização e gestão de energia, atravessando a oferta pública de ações da empresa. O valor do negócio foi 3,25 bilhões de reais. A estrutura permite uma injeção rápida de capital na empresa de energia, mas dá espaço para diligências por parte da Vibra. A Comerc tinha estreia na B3 prevista para 13 de outubro de 2021.
          Em 23 de janeiro de 2023, a distribuidora de combustíveis Vibra anunciou que decidiu encerrar a parceria com a Americanas destinada à exploração do negócio de lojas de pequeno varejo, dentro e fora de postos de combustíveis. As duas empresas formaram uma Joint Venture chamada “Vem Conveniência”, com 50% do capital social de cada uma no negócio em fevereiro de 2022. Em nota, a Vibra declarou que a Vem Conveniência poderia sofrer com potenciais impactos da dívida de R$ 43 bilhões da Americanas.
          A Vibra recebeu carta da geradora de energia Eneva, propondo uma fusão entre as duas. Pela proposta apresentada no domingo, 26 de novembro de 2023, as duas teriam participações iguais na nova empresa combinada, operação conhecida como “fusão de iguais”. A ideia da transação foi apresentada pela gestora de recursos Dynamo, que é acionista das duas empresas. A notícia da proposta foi publicada pela primeira vez pelo Brazil Journal.
          A nova empresa teria capitalização de mercado de quase R$ 50 bilhões e se tornaria a terceira maior empresa de energia de capital aberto, atrás apenas da Petrobras e da Eletrobras. A relação de troca proposta de 50% para cada lado está em linha com a média negociada pelas empresas nos últimos seis meses.
          A Dynamo, que tem participação de 10,28% na Vibra e 10,06% na Eneva, viu o mérito da transação, pois a empresa de energia é vista como tendo crescimento relevante, capacidade de investimento comprovada, altos retornos e fluxos de caixa previsíveis. A Vibra, por outro lado, apresenta forte geração de caixa.
          Em 28 de novembro de 2023, a Vibra informou ao mercado que considera “injustificável” a troca de ações indicada na proposta de fusão com a Eneva. Ela afirmou ainda que “está claro que os termos de troca propostos para a proposta de fusão não são atrativos para os acionistas da Vibra”.
          Em 21 de agosto de 2024, a Vibra Energia fechou um acordo para antecipar o direito de compra da participação restante de 50% na sua controlada Comerc Energia, comercializadora que teve 50% de participação adquiridos pela Vibra em 2022. A nova operação foi realizada em conjunto com a Perfin Infra e outros acionistas da Comerc, no valor de R$ 3,52 bilhões.
(Fonte: revista Exame - 16.03.2005 / relatório Abrasca - 30.11.2020 / Capital Aberto - 04.07.2021 / Valor - 19.08.2021 / 13.10.2021 / CNN - 24.01.2023 / Valor - 27.22.2023 / 29.11.2023 / 22.08.2024
 - partes)

Cortel (Grupo Cortel)

          O Grupo Cortel opera cemitérios, crematórios e funerárias. A companhia atua nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Amazonas e conta com dez cemitérios em seu portfólio.
          O grupo também possui cinco crematórios, crematório animal, casa funerária e administra três 
cemitérios nos quais possui participação minoritária.
          A empresa informa que realiza cerca de 4.900 sepultamentos e 5.500 cremações por ano.
          Em 23 de novembro de 2020 a Cortel informou que entrou com pedido de registro na CVM de uma oferta inicial de ações (IPO).
(Fonte: Abrasca Notícias - 30.11.2020)

29 de nov. de 2020

Amanco

          Em 1991, o grupo suíço Amanco entra no mercado brasileiro adquirindo a Fortilit.
          Em 1997, João Hansen Neto, nascido em 1946, vende sua cota de 25% do capital que tinha no Grupo Hansen para o Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Com o dinheiro, compra uma participação na Fortilit, que foi adquirida pelo grupo suíço Amanco em 1991. João Hansen Neto assumira o comando da Hansen, chamado pela viúva Rosane, sua cunhada, após a morte de seu irmão Carlos Roberto Hansen, o então presidente da empresa, em acidente aéreo na Colômbia em abril de 1994. Em 1995, João havia deixado o comado da Hansen após desentendimento com Rosane.
          Em 6 de outubro de 1999, o grupo Amanco anunciou a aquisição do controle da Akros, com sete fábricas, um dos maiores fabricantes de tubos e conexões de pvc do país, por valor não revelado, mas provavelmente superior a US$ 100 milhões. O presidente do Grupo Amanco, o brasileiro Júlio Moura, anunciou a compra e a integração da Akros à Amanco, que já tinha sua maior fábrica no país, em Sumaré, interior de São Paulo.
          Com a incorporação da Akros, o grupo Amanco reforça sua posição de principal concorrente da Tigre.
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992 / 31.08.1994 / Diário do Grande ABC - 06.10.1999 / Exame - 04.04.2001- partes)

27 de nov. de 2020

ARM

          Quem tem o mínimo de curiosidade por tecnologia certamente é capaz de associar os nomes Intel e AMD aos microprocessadores, o cérebro dos computadores. O mesmo, porém, provavelmente não acontece com a ARM, fabricante do chip que faz funcionar um smartphone.
          O berço da britânica ARM é o laboratório de tecnologia da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde foi fundada em 1990.
          A ARM Holdings é uma ilustre desconhecida, apesar de a empresa ser a principal fornecedora de chips para eletrônicos portáteis e registrar 4 bilhões de processadores vendidos em 2008. Eram os chips desenhados pela ARM que mantinham os executivos mundo afora conectados com seus BlackBerrys e 
jogadores de olhos colados às telas de seus PlayStations portáteis.
          Estilizado em letras minúsculas como arm, anteriormente era um acrônimo para Advanced RISC Machines e originalmente Acorn RISC Machine.
          Durante os primeiros 19 anos, a companhia cresceu de forma sólida, mas anônima. Porém, com seus chips de baixo custo e alta eficiência energética, a ARM começou a despertar a atenção de fabricantes de netbooks, os laptops ultraportáteis que revolucionaram a indústria dos computadores. E a Intel começou a prestar atenção no novo concorrente.
          A razão para a tecnologia da ARM estar em tantos produtos diferentes (celulares, MP3 players, videogames, e outros eletrônicos de consumo) é que a companhia se dedica integralmente aos projetos de chips. Diferentemente das empresas tradicionais de microprocessadores, como Intel e AMD, a ARM 
não tem produção, apenas desenvolve seus projetos e os vende aos fabricantes de eletrônicos.
          Como empresa “holding”, também detém ações de outras empresas. Desde 2016, é propriedade do conglomerado japonês SoftBank Group.
          Embora as CPUs ARM tenham aparecido pela primeira vez no Acorn Archimedes, um computador desktop, os sistemas atuais incluem principalmente sistemas embarcados, incluindo CPUs ARM usadas em praticamente todos os smartphones modernos. Processadores baseados em designs licenciados pela Arm, ou projetados por licenciados de uma das arquiteturas de conjunto de instruções ARM, são usados em todas as classes de dispositivos de computação.
          A Arm era listada na Bolsa de Valores de Londres (LSE) e fazia parte do Índice FTSE 100. Também tinha uma listagem secundária de American Depositary Receipts na Nasdaq de Nova York. No entanto, o conglomerado multinacional japonês SoftBank Group fez uma oferta acordada pela Arm em 18 de julho de 2016, sujeita à aprovação dos acionistas da Arm, avaliando a empresa em £ 24,3 bilhões (US$ 31,4 bilhões). A transação foi concluída em 5 de setembro de 2016. Um acordo de aquisição planejado pela Nvidia, anunciado em 2020, fracassou em fevereiro de 2022. Posteriormente, o SoftBank decidiu realizar uma oferta pública inicial na Nasdaq em 2023 (14 de setembro), avaliando a Arm em US$ 54,5 bilhões.
(Fonte: revista Exame - 03.06.2009 / Wikipédia - partes)

26 de nov. de 2020

Uninta

          O Centro Universitário IntaUninta, foi criado no dia 9 de agosto de 1999, primeiramente como Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA, e está situado na cidade de Sobral, no Estado do Ceará. A instituição é mantida pela Associação Igreja Adventista Missionária – AIAMIS, também com sede em Sobral.
          Considerando o Centro Universitário Inta – Uninta como ambiente propício para a operância, investigação, criatividade e busca do novo, o reitor, professor dr. Oscar Spíndola Rodrigues Junior, fez realizar estudos no sentido de diagnosticar a situação da educação na sua região de abrangência.
          Com a constatação da necessidade de criação de novos cursos superiores presenciais, na região, surgiu, em 1999 em Sobral, o Instituto Superior de Teologia Aplicada, que a princípio criou o curso de bacharelado em teologia, como determinação de sua mantenedora para depois dar início a uma série de cursos de graduação que atende estudantes provenientes de 55 municípios da Zona Noroeste do Ceará, com população estimada de 1,8 milhão de habitantes, que expandiria a partir da autorização dos cursos de graduação e pós-graduação.
          Em 2004, juntamente com os professores da Instituição de Ensino Superior - IES, iniciou as atividades de pós-graduação (nas áreas de educação, direito, saúde, informática e MBA) que veio aumentando anualmente, pela procura de estudantes egressos desta e de outras IES, vindo somar diversos cursos de especialização funcionando na sede e fora dela.
          Em 2005 foram submetidos ao MEC os projetos de história, serviço social, medicina veterinária, pedagogia e o Programa Especial de Formação Docente, obtendo-se as respectivas autorizações em 2007 e 2008, quando nesse mesmo ano protocolizaram-se no MEC novos cursos na área da saúde para autorização: enfermagem, fisioterapia e educação física.
          A partir de 2008 a IES iniciou construções ampliando seu campus com laboratórios e salas de aulas climatizadas, com recursos audiovisuais de última geração (data show, computadores em rede), biblioteca, auditório, hospital de grandes animais, ampliação do hospital veterinário (hospital de pequenos animais), estacionamentos e campos de estágios com ampliação dos convênios efetivados.
          O Uninta, após realizar nova pesquisa na região, solicitou autorização ao MEC para iniciar funcionamento, em 2009, os cursos de farmácia e nutrição, com objetivo de atender as necessidades regionais na área da saúde.
          No ano de 2011, foram reconhecidos os cursos de educação física, história, servi ço social e o recredenciamento da IES. E, também em 2011, recebeu a visita do MEC para o credenciamento dos cursos para educação à distância.
          No ano de 2012, foram reconhecidos os cursos de pedagogia, medicina veterinária, fisioterapia, enfermagem. Neste mesmo ano recebeu também as visitas do Ministério da Educação para autorização dos cursos de pedagogia, história e educação física na modalidade à distância, medicina e direito, ambos na modalidade presencial e implantou as clínicas de fisioterapia, psicopedagogia e dando início às atividades de mobilidade internacional (intercâmbio).
          No ano de 2013, o MEC autorizou os cursos de comunicação social com habilitação em jornalismo e arquitetura e urbanismo; o reconhecimento do mestrado de ciências biológicas na área de biotecnologia; e a renovação de reconhecimento do curso de educação física; renovação de reconhecimento do curso de pedagogia. Também iniciou outra mobilidade internacional (Programa Ciências sem Fronteiras).
          No ano de 2014, foi autorizado o curso de medicina e bacharelado em engenharia de produção.
          No ano de 2016, foram autorizados os cursos de bacharelado em psicologia e bacharelado em odontologia.
          O Centro Universitário Inta – Uninta tenta se destacar como uma instituição participativa na comunidade, servindo a população, inclusive estabelecendo parceria com outras instituições de ensino superior no sentido de acolher aulas em nossos laboratórios e possibilitando a utilização de nossa biblioteca e eventos interinstitucionais.
(Fonte: Wikipédia)

25 de nov. de 2020

JC Penney

          A cadeia de lojas de departamentos americana JC Penney recebeu esse nome de seu criador. O nome, aliás, é bom demais para ser verdade: James Cash Penney que, se pudéssemos traduzir, ficaria algo como “James Dinheiro Moedas”. 
          A varejista JC Penney é uma das maiores lojas de departamentos do mundo.
          No final de 1995, nem só a Mesbla estava nos planos da JC Penney para o Brasil. Executivos da empresa  estudavam a compra de uma participação na Casa Anglo Brasileira, holding controladora do Mappin. O negócio seria feito com a Actisa, dona de 51% das ações da holding. Outros acionistas da Casa Anglo Brasileira eram o Bradesco, com 10%, o JP Morgan, com 10,15%, e o grupo VR , dono da Vale Refeição, com 12,45% de participação. As atenções da JC Penney teriam se voltado para o Mappin devido à situação de outra candidata à associação, a Mesbla. A Mesbla esteve na mira da JC Penney, mas as negociações teriam esfriado após o pedido de concordata da empresa. Carlos Rocca, presidente do conselho de administração da Casa Anglo Brasileira, negou a existência de negociações com a JC Penney.
          Em 1998, a JC Penney compra a rede brasileira Lojas Renner, então com 21 lojas. Passaram-se sete anos e a companhia americana (em 2005) resolveu sair do Brasil. Mas, não achou interessados na compra. Foi quando a JC Penney vendeu suas ações de forma pulverizada na Bolsa de Valores de São Paulo, acabando assim, com a figura do controlador. A Renner deixou de ser uma empresa familiar. Hoje, a Renner é uma das poucas empresas brasileiras com o capital pulverizado, no modelo de "corporation", típico dos EUA.
(Fonte: revista Exame - 17.01.1996 / Negócios (Luciana Caczan) - 10.12.2018 - parte)

AES Brasil (Inclui AES Tietê) / AES Corp

          A americana AES Corporation foi criada em 1981.
          Em 1995 foi iniciada a construção da AES Uruguaiana. Dois anos depois, em 1997, a AES Corp adquiriu a AES Sul através de privatização.
          Em maio de 1996, o consórcio vencedor na privatização da Light era formado pelas AES Corporation e Houston Industries Energy Inc., a Eletricitè de France e a Companhia Siderúrgica Nacional. A Light é a distribuidora de energia de parte da cidade do Rio de Janeiro.
          Em 1998, a privatização da AES Eletropaulo foi vencida por um consórcio formado pela AES Corp e outras empresas locais e internacionais.
          Considerando dados de dezembro de 1998, a AES produzia e distribuía energia para 17 países em todo o mundo. Eram 100 usinas gerando 31.000 mW e 9 empresas distribuidoras de energia.
          No Brasil, a AES já tinha investido (em fins de 1998) US$ 2,6 bilhões, participando de projetos como Light no Rio de Janeiro, Cemig em Minas Gerais, Eletropaulo Metropolitana em São Paulo, AES Sul no Rio Grande do Sul e investimento na construção da usina térmica a gás AES Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
          O valor dos ativos, em fins de 1998, girava em torno de US$ 10 bilhões.
          Em 1999 a empresa foi vencedora do leilão para a privatização da AES Tietê. No ano seguinte,
2000, a AES Uruguaiana inicia sua operação.
          Nos anos 2001 e 2002 a AES Corp aumenta sua participação na AES Eletropaulo e AES Tietê. Em 2003, a empresa incorpora a Companhia Brasiliana de Energia.
          Em 2016 é feita a reestruturação da AES Tietê e Cia. Brasiliana, renomeada para AES Tietê Energia S.A.
          Após o fechamento do mercado em 4 de junho de 2018, a Eletropaulo informa em fato relevante que, em leilão realizado naquela data, a italiana Enel, através da Enel Brasil Investimentos S.A. adquiriu 73,4% do capital total e votante da companhia, por R$ 5,5 bilhões.
          Em 24 de novembro de 2020, a AES Tietê anunciou a mudança na nomenclatura da companhia para AES Brasil. “Hoje a empresa assumiu a identidade definitiva de AES Brasil e reforça o seu posicionamento de ser a opção número 1 no mercado livre de energia”, disse a nota. Além disso, foi realizado o lançamento da plataforma digital Energia+, “que busca oferecer às pequenas e médias empresas uma experiência completa, simplificando o processo de migração para o mercado livre”.
          Em 3 de dezembro de 2020, a AES Tietê informou em comunicado que concluiu a compra das sociedades de propósito específico que compõem os Parques Eólicos Brasventos Eolo (antigo Rei dos
Ventos 1), Rei dos Ventos 3 e Miassaba 3 (Complexo Eólico Ventus), localizados no Rio Grande do Norte. O valor da aquisição do empreendimento, que tinha a J.Malucelli Energia entre os sócios, foi de R$ 650 milhões, a ser ajustado conforme a variação de capital de giro e dívida líquida do Complexo
Eólico Ventus.
          A AES Brasil anunciou em 8 de agosto de 2022, que celebrou contrato com a Cubico Brasil para comprar sociedades de propósito específico (SPE) que compõem os complexos eólicos de Ventos do Araripe, Caetés e Cassino. O valor total do negócio é de até 2,033 bilhões de reais, sendo 1,105 bilhão de reais em equity e a assunção de dívida líquida de 928 milhões de reais. A empresa viabilizará o pagamento de parte do preço de aquisição através de um aumento de capital em que emitirá de 52,02 milhões a 116,21 milhões de novas ações, a 9,61 reais por ação. As três usinas eólicas possuem, no total, capacidade instalada de 455,9 megawatts. Para a AES, o negócio marca "mais um importante passo na estratégia de crescimento e diversificação de portfólio da companhia por meio da aquisição de 
ativos de fontes complementares à hídrica e com contratos de longo prazo", disse em comunicado.
          Em 15 de maio de 2024, a AES Brasil é adquirida pela Auren. O anúncio foi feito pela Auren, que comprou a AES Brasil por meio de um acordo de combinação de negócios. O valor da operação não foi divulgado. Com a transação, a Auren cresce 2,4 vezes e salta da 13º posição entre as geradoras para a terceira maior empresa do setor de energia elétrica, atrás da Eletrobras e da Engie, com potência instalada de 8,8 gigawatts (GW) de geração de energia renovável e valor de mercado de R$ 30,8 
bilhões. A empresa também se consolida como a maior comercializadora de energia do país.
          Em 10 de setembro de 2024, os acionistas da AES Brasil e da Auren aprovaram, em suas respectivas assembleias gerais extraordinárias (AGE), a incorporação da AES Brasil pela ARN Holding Energia, para que depois a Auren incorpore a ARN, em um movimento para combinar os negócios das 
empresas. Em meados de outubro de 2024, os conselhos de administração da AES Brasil e da Auren estabeleceram o dia 31 de outubro como a data de fechamento da operação de incorporação da 
AES Brasil pela ARN Holding Energia, para que depois a Auren incorpore a ARN.
(Fonte: Exame - 23.12.1998 (publicidade) / Apresentação Apimec - Junho 2016 / MoneyTimes - 24.11.2015 / Valor Investe - 03.12.2020 - Reuters - 08.08.2022 / Valor - 16.05.2024 / 11.09.2024 / 15.10.2024 - partes)

Spiti

          A Spiti, fundada por Luciana Seabra em 2019, é uma casa de análise 100% independente que, a partir de recomendações assertivas sobre investimentos, mobiliza pessoas e impacta o mercado. É um site especializado em investimentos pessoais e educação financeira. Luciana Seabra nasceu em Belo Horizonte, mas só foi registrada em Diamantina com um mês de idade. É jornalista e mestre em economia. É a CEO da Spiti.
          Em meio à proliferação das casas de análise independentes, Luciana Seabra construiu um diferencial em seus três anos na Empiricus. Aliando didatismo a um networking que começou a ser construído ainda quando era repórter no Valor Econômico, conseguiu traduzir o mundo dos fundos de investimento para as pessoas físicas — fechando um gap importante de comunicação num mundo em que os aportes mínimos eram de R$ 1 mil.
          Ela deixou a sociedade com a Empiricus em agosto de 2019 por divergências com Felipe Miranda, um dos principais sócios da casa.
          A saída de Luciana Seabra da Empiricus é recheada de polêmicas. O que corre nos bastidores é que ela era pressionada a indicar produtos que fossem de encontro aos anseios da Vitreo. “Isso nunca aconteceu”, diz Miranda. “Tínhamos divergências técnicas e visões de estratégia de negócio diferentes".
          Seabra lançou sua própria casa de análise, a Spiti — do grego ‘casa’ — numa sociedade com a XP, com uma equipe que recomenda também outros ativos como renda fixa, Bolsa e investimentos globais.    
          Depois de conversar com diversos potenciais parceiros, Luciana fechou com a XP sob a garantia prevista em contrato de que poderá recomendar produtos disponíveis em quaisquer plataformas, não só os da gestora de Guilherme Benchimol.
          “Na parte de decisões de investimento, a XP não toca”, diz Luciana. “Mas é um negócio que, para ser legal, precisa de investimentos intensivos em tecnologia e em marketing, e é aí que a XP entra."
          Para compor a equipe, Luciana trouxe profissionais que construíram a carreira atendendo clientes institucionais. Para renda fixa, a Spiti trouxe Guilherme Cadonhotto, analista sênior com passagem pela Porto Seguro e Sul América. Carolina Oliveira, que selecionava fundos para o fundo de pensão da Light, é o braço-direito de Luciana para as recomendações voltadas para fundos de investimentos.
          Diferente dos traders encontrados no YouTube e até mesmo gestores renomados, com perfis no Wikipédia, que prometem ganhos acima da média, Seabra é sóbria no discurso de recomendação de compra e venda de ações. Não promete retornos mágicos. Ela mantém um tom informal, mas sóbrio, sem nunca prometer retornos mirabolantes na publicidade de suas recomendações.
          Em 1 de julho de 2022, Luciana Seabra anunciou em post nas redes sociais que deixou a casa de análise Spiti, e assim também o Grupo Primo, fundado em 2016 e controlado por Thiago Nigro (responsável pelo canal Primo Rico) e do qual havia se tornado sócia no fim de 2021. Mesmo sem sua "principal cara" comercial e institucional, a Spiti informou que seguirá funcionando com os demais analistas e que passará a ter o também sócio-fundador André Gradim como novo presidente. Em uma carta aberta com o título "A decisão mais difícil da minha vida", publicada em suas redes sociais, Seabra afirmou que tem convicção de "estar dando o passo correto". "Como em todos os momentos desafiadores pelos quais passei até aqui, mais uma vez me perguntei: o que é melhor para o cliente? Com o olhar de longo prazo que tanto ensino a você, acredito que a decisão correta é a que tomei", disse.
          Em março de 2022, o Grupo Primo comprara a fintech Grão. A empresa disponibiliza uma conta digital remunerada pelo CDI e tem licença para abertura de uma gestora de recursos, por meio da qual o grupo poderá ter seus próprios fundos. Embora não entre nos detalhes em sua carta aberta, Luciana Seabra diz que seu erro foi construir a "casa no terreno dos outros" e que rejeita a ideia de ter receita atrelada a taxas de administração de fundos que ela mesmo indique. "Onde fica a independência quando você analisa um produto sobre o qual você ganha?". Na Spiti, Seabra passou a indicar fundo de previdência baseado na sua carteira, e que tem a XP como gestora, mas sem se beneficiar financeiramente do sucesso de captação do produto. Como sócia do Grupo Primo, o cenário seria diferente se a casa tiver seus próprios fundos ou produtos financeiros.
          Conforme a empresa, a Spiti "segue como uma empresa independente" e o mesmo time de sócios e de colaboradores continuam à frente do negócio. Guilherme Cadonhotto, analista de renda fixa da empresa, será o estrategista-chefe e assumirá a "frente institucional" da empresa. Felipe Arrais será analista-chefe e o novo responsável pelo relatório de fundos de investimento que era assinado por Seabra.
          A casa de análise Spiti localiza-se na São Paulo Corporate Towers, na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1909, na capital paulista.
(Fonte: Brazil Journal - 18.11.2019 / Valor - 04.07.2022 - partes)

23 de nov. de 2020

Eternit

          A Eternit foi fundada em 1940, em Osasco, na Grande São Paulo, com a razão social Eternit Brasil Cimento Amianto S.A. Tem sua sede em São Paulo, capital.
          Em 1948, abriu o capital na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Em 1949 é inaugurada a fábrica na capital fluminense, Rio de Janeiro.
          Em 1967 é inaugurada a fábrica em Simões Filho, na Bahia e é constituída a Sama, com 50% de participação.
          A fábrica de Goiânia (GO) é inaugurada em 1971 e, em 1975, é inaugurada a fábrica de Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
          Em 1993 é criada a joint ventura Eterbras Tecnologia Industrial e a Eternit adquire 50% da Precon Goiás, que em 1995 passa a ser 100% da Eternit.
          Em 1997 são adquiridos os 50% da Sama e a Eternit passa a ter 100% do capital.
          Em 2006 passou a integrar o Novo Mercado da B3, mais alto nível de Governança Corporativa.
Hoje, a companhia é uma corporation, como são conhecidas as sociedades de capital pulverizado (sem controle definido).
          Por volta de meados de 2007, o goiano Élio Martins, presidente da empresa, passava cada vez mais tempo defendendo a companhia dos ataques a uma de suas principais matérias primas, o amianto - fibra de origem mineral utilizada na fabricação de telhas e caixas-d´agua. Já então banido em mais de 40 países por seu efeito cancerígeno, o amianto ainda era usado no Brasil. Por isso, Martins acabou se tornando uma espécie de "embaixador do amianto", cargo que pressupõe a construção de alianças com organizações que possam ajudá-lo na causa e a defesa pública do produto e da companhia.
          Pouco antes de meados de 2007, Martins aceitou um convite para participar de um debate com ouvintes numa rádio, em São Paulo, sobre o uso do amianto. Segundo ele, a discussão ficou tão acalorada que os microfones foram desligados para encerrar o programa. O cerco à Eternit estava se fechando cada vez mais. Em agosto de 2007, uma lei estadual proibiu o uso do amianto em São Paulo. Dias mais tarde, o Tribunal de Justiça de São Paulo considerou a decisão inconstitucional. Para acompanhar melhor discussões como essa, Martins decidiu voltar à sala de aula e estudar direito - o curso foi concluído em 2007. Seu argumento de defesa da Eternit é que consumidores e funcionários não correm riscos graças a procedimentos de segurança rigorosos.
          A entrada da empresa no segmento de louças sanitárias, dá-se em 2008 e em 2010, a Eternit adquire a Tégula.
          Em 2011 é constituída a joint venture Companhia Sulamericana de Cerâmica (CSC), fábrica de louças sanitárias em Caucaia no Ceará, com 60% de participação acionária da Eternit e 40% da Colcerâmica. O início da produção ocorreu em 2014.
          A Eternit da Amazônia começa a produção de fios de polipropileno em 2016.
          Em 2016, cerca de 43% do mercado total de coberturas no país (residencial, industrial e comercial), era composto de telhas de fibrocimento, sendo a Eternit líder no segmento. Isso só se tornou possível devido aos investimentos contínuos da Companhia ao longo dos anos em processos, inovação, pessoas e ações sustentáveis.
          A Eternit atua nos segmentos de telhas de fibrocimento e concreto, mineração do crisotila, louças e metais sanitários, soluções construtivas, entre outros produtos.
          A empresa é reconhecida no mercado brasileiro como “a marca da coruja”. Essa imagem está respaldada na história da Companhia e na popularidade das telhas de fibrocimento, que contribuem com o desenvolvimento do sistema habitacional brasileiro, devido ao custo acessível do material.
          O grupo possui oito fábricas próprias, estrategicamente localizadas em todas as regiões do país, uma mineradora e cerca de 15 mil revendas em todo o território nacional.
          Integram o grupo as empresas Eternit, Precon Goiás, Tégula, Eternit da Amazônia, a mineradora SAMA e a Companhia Sulamericana de Cerâmica – joint venture com a Companhia Colombiana de Cerâmica S.A. (empresa do Grupo Corona).
         A Eternit pediu recuperação judicial em março de 2018, como consequência das restrições ao amianto e da crise da construção. O plano foi aprovado pelos credores em 29 de maio de 2019 e homologado pelo Juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo no dia 30 de maio.
          No final de novembro de 2020, a fábrica da Eternit no Ceará foi vendida por R$ 102 milhões, em leilão, para o o grupo Roca, que também atua no segmento de materiais de construção. A fábrica tem aproximadamente 123 mil metros quadrados e é considerada uma dos mais modernas do segmento e sua alienação estava prevista no plano de recuperação judicial.
          Em janeiro de 2022, a Eternit informou a aquisição da Confibra, empresa que possui capacidade de produção anual de 168 mil toneladas de telhas de fibrocimento. Em 6 de julho de 2022, a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição da totalidade do capital da Confibra pela Eternit. No final de agosto de 2022, a Eernit concluiu a aquisição da Confibra, incluindo ações e o terreno onde a empresa está instalada, por R$ 110 milhões. Os vendedores ainda terão direito a receber R$ 10 milhões em pagamento adicional.
          Em 9 de agosto de 2024 a Justiça decretau o fim do processo de recuperação judicial da empresa.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007 / site da empresa / G1 - 11.06.2019 / Money Times - 23.11.2020 / Finance News - 07.07.2022 / Valor - 01.08.2022 / 12.08.2024 - partes)

20 de nov. de 2020

Uninter

          A história da Uninter tem início em 1996, ano de sua fundação. A instituição surgiu com o nome de Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão (IBPEX) e tinha por objetivo oferecer cursos de pós-graduação presencial para professores de Curitiba.
          Foi em 2000 que surgiu, do IBPEX, a Faculdade Internacional de Curitiba (Facinter), que começou a oferecer cursos de graduação presencial. Em 2002, expandindo seu horizonte, foram abertos os primeiros cursos superiores de tecnologia, criando a Faculdade de Tecnologia de Curitiba (Fatec).
          Em 2012, a instituição deu mais um passo importante, que explica o nome atual: houve a união da Facinter com a Fatec, que deu origem ao Centro Universitário Internacional Uninter.
          De 1996 até o momento, a Uninter conquistou 460 polos de apoio presencial, presentes em mais de 400 cidades brasileiras, oferecendo cursos nas modalidades presencial, semipresencial e a distância.
          O Centro Universitário Internacional possui 4 campi localizados em Curitiba, no Paraná. Nessas unidades, há aulas dos cursos presenciais e semipresenciais oferecidos pela instituição.
          A Uninter está presente nos 27 estados brasileiros e no Distrito Federal, com polos em diversas cidades ― são mais de 500 polos espalhados por todo o país.
(Fonte: mundovestibular.com)


Aura Minerals

          A canadense Aura Minerals é uma empresa de produção de ouro e cobre, focada no desenvolvimento e operação de projetos de tamanho intermediários no Brasil, México, Honduras, Estados Unidos e Colômbia. 
          Entre os ativos da Aura estão inclusas as minas de Aranzazu, San Andres e Ernesto / Pau-a-Pique (EPP), localizada no sudoeste do Estado de Mato Grosso, próximo a Pontes e Lacerda, além de seus projetos de ouro em São Francisco, Almas, Matupá (Brasil), Tolda Fria (Colômbia) e Gold Road 
(EUA).
          Em outubro de 2020 a produção atingiu 2.507 onças de ouro somente na mina de Ernesto. Graças à contribuição da mina de Ernesto, em outubro de 2020 a EPP atingiu sua maior produção desde o início de 2016, com 8.233 de onças de ouro produzidas.
          Em 19 de abril de 2022, a Aura Minerals anunciou que celebrou um Scheme Implementation Deed (SID) com a Big River Gold Limited, segundo o qual uma subsidiária da Aura (Aura BidCo) vai comprar 100% das ações ordinárias emitidas e em circulação do capital da Big River por meio de um arranjo organizado. De acordo com o Arranjo, os titulares de Ações da Big River, exceto a Dundee Resources Limited receberão A$ 0,36 (dólares australianos) em dinheiro por cada Ação da Big River detida. A Aura manterá sua participação na Aura BidCo através de uma holding intermediária (Aura JVCo) e a Dundee Resources concordou, sujeito a certas condições limitadas, em receber ações da Aura JVCo, ao invés da contraprestação, a fim de manter indiretamente uma participação acionária na Big River. A aquisição representa uma oportunidade atrativa para a Aura expandir seus projetos em fase de desenvolvimento por meio da aquisição do Projeto de Ouro em Borborema no Rio Grande do Norte no Brasil.
          A Aura Minerals desembolsará US$ 51,6 milhões para concluir a aquisição da australiana Big River Gold, proprietária de um projeto de mineração de ouro no Rio Grande do Norte. Com esse negócio, elevará as reservas medidas e inferidas em mais de 40% após o negócio e a integração da Borborema, projeto de ouro a céu aberto em Rio Grande do Norte. Com reservas medidas de 1,87 milhão de onças equivalentes, segundo relatório publicado em abril de 2022, Big River tem recursos totais de 2,44 milhões de onças de ouro. Antes da incorporação do projeto Borborema, a Aura mediu e inferiu reservas de 5,8 milhões de onças equivalentes. Com a conclusão do estudo, as obras devem começar em 2023, com início de produção em 2025. A Aura terá 80% da Big River e terá como sócia a canadense Dundee Resources, com os 20% restantes. A Aura vai manter a execução do projeto Alma, no Tocantins, que já está 60% concluído e deve começar a operar em abril de 2023. A empresa ainda 
não decidiu se começa a executar Borborema ou Matupá, um projeto em Mato Grosso.
          A Aura Minerals possui ações negociadas na bolsa de Toronto e BDRs negociadas na B3.
(Fonte: Valor Investe - 13.11.2020 / 19.11.2020 / Dica de Hoje - 19.04.2022 / Valor - 09.09.2022 - partes)

19 de nov. de 2020

Granja Mantiqueira

          Leandro Pinto começou a empreender desde cedo – e enfrentou decepção atrás de decepção. Mas, para o natural do interior de Minas Gerais, quebrar foi um dos melhores acontecimentos da sua vida.  Isso porque a falência abriu a oportunidade de começar um novo negócio: uma granja alugada, com 30 mil galinhas. O espaço seria o primeiro da Granja Mantiqueira.
          Em outubro de 1987, o empreendedor recebeu uma proposta de alugar uma granja e comprar 30 mil galinhas, já que seu dono havia sofrido um enfarte e não poderia mais tocar o negócio. Pinto tinha um caminhão financiado e deu o veículo em troca dos animais e do primeiro aluguel.
          A Granja Mantiqueira iniciou suas atividades no final dos anos 1980, na cidade de Itanhandu (MG), com apenas 30 mil galinhas. Itanhandu fica na região da Serra da Mantiqueira. O tempo passou e entre as dificuldades e oportunidades, ele conseguiu fazer crescer a empresa. A Mantiqueira representa um divisor de águas na avicultura brasileira. Sempre buscou inovar e crescer com foco na qualidade de seus produtos. Um grande salto no seguimento de ovos no Brasil foi quando trouxe a inovação já existente nos países da Europa para o Brasil, tornando-se a primeira granja automatizada no país.
          No ano de 2000, Carlos Cunha, ex-dono de uma rede de supermercados com forte tradição no varejo do Rio de Janeiro, se tornou sócio da Mantiqueira, o que influenciou no crescimento da empresa, assim como na abertura de novos mercados.
          Outra grande expansão da empresa teve início em 2008, quando os sócios decidiram construir uma unidade na cidade de Primavera do Leste, no Mato Grosso.
          Com o crescimento da produção de ovos, a empresa também passou a expandir suas operações em outros segmentos como: agricultura; pecuária; armazenagem; produção do condicionador de solos Solobom. Da produção de ovos, que a tornou gigante no setor avícola, a empresa se tornou também uma gigante da pecuária de corte e produção de insumos.
          Em 2019 cada brasileiro consumiu em média 230 ovos, alcançando pela primeira vez na história a média mundial do consumo dessa proteína. O Brasil produziu 49 bilhões de unidades. Isso quer dizer que o país produz nada menos que 1,5 mil ovos por segundo.
          A Mantiqueira é responsável pela maior produção de ovos da América do Sul, com 11,5 milhões de galinhas em suas quatro unidades: duas em Minas Gerais, uma no Mato Grosso (a unidade na cidade de Primavera do Leste aloja 6 milhões de galinhas e é a maior do país) e uma no Rio de Janeiro, onde são produzidos os Happy Eggs®, ovos de galinhas criadas livres de gaiolas. Mais de 20 anos depois de importar a tecnologia e robotizar a avicultura de postura, a empresa decidiu entrar num mercado em que o moderno é usar menos equipamentos, mais gente e gerar conforto para as aves poedeiras. É a chamada criação de “galinhas felizes”, porque os animais ficam livres das minúsculas gaiolas presentes no sistema convencional, que predomina nas granjas brasileiras.
          Atualmente o grupo conta com 2.300 colaboradores, e atua com tecnologia de ponta para garantir a mais alta qualidade e limpeza dos ovos, que não são tocados por mãos humanas desde o momento em que a galinha os bota, até quando chegam às gôndolas dos mercados.
          Considerando dados de fevereiro de 2022, a Mantiqueira já tem, com Lorena e Descalvado, também no estado de São Paulo, oito fazendas em produção no país. Existem cerca de 12 milhões de aves e quase 3 bilhões de ovos produzidos a cada ano.
          Em 6 de dezembro de 2022, a Mantiqueira Brasil informa que acaba de fechar acordo para adquirir a Fazenda da Toca Orgânicos, importante produtora de ovos orgânicos criada pelo empresário e ex-piloto de Fórmula 1 Pedro Paulo Diniz em 2008. A transação , cujo valor não foi divulgado, também inclui a estrutura de produção de grãos orgânicos da Rizoma Agro, fundada por Diniz em 2018. O negócio foi protocolado nessa data no CADE, órgão antitruste, e agora aguarda o sinal verde do órgão.
“Já tínhamos uma parceria comercial desde 2015, e o ativo estava nos nossos planos pelo menos desde 2017. Na época, a produção era pequena, mas agora que cresceu a aquisição passou a fazer todo o sentido”, disse Leandro Pinto ao Valor. “Estamos passando o bastão para alguém que vai preservar nosso legado e conseguir produzir ovos orgânicos em larga escala”, completa Diniz.
          Para ampliar a produção de ovos orgânicos, Leandro Pinto pretende replicar o modelo integrado Fazenda da Toca e Rizoma em algumas usinas da Mantiqueira, que tem Carlos Cunha como sócio desde 2000. A empresa tem 21 unidades de produção em Minas Gerais, Mato Grosso, e São Paulo – quatro deles livres de gaiolas, com investimentos que ultrapassam R$ 100 milhões. São 14 milhões de aves no total, e uma produção de 10 milhões de ovos por dia. Além de comercializar os produtos das marcas Mantiqueira, Santa Clara e Happy Eggs em redes varejistas de todo o país, a empresa possui lojas próprias em São Paulo e no Rio de Janeiro. As exportações – para países do Oriente Médio e África – representam 4% das vendas.
(Fonte: Portal CompreRural - 02.07.2020 / Valor - 23.02.2022 / 06.12.2022 - partes)

18 de nov. de 2020

Qsaúde

          Em outubro de 2020, um ano após deixar a corretora de planos de saúde que fundou, a Qualicorp, o empresário José Seripieri Filho voltou a empreender. Desta vez, Junior, como é conhecido, está lançando uma operadora de convênio médico, o QSaúde, que já demandou investimentos de mais de R$ 120 milhões.
          A ideia é que o novo plano de saúde seja diferente daqueles que Júnior vendeu nos seus mais de 30 anos de carreira. O projeto começou a ser gestado em janeiro de 2020, quando o empresário comprou o QSaúde da própria Qualicorp e obteve autorização para atuar nesse mercado. O contrato de não competição que Junior tem com a Qualicorp continua valendo para o segmento de corretoras e administradoras de convênios médicos por adesão, área de atuação da Qualicorp.
          O Qsaúde chega ao mercado com uma rede credenciada enxuta, com médicos e hospitais de primeira linha e, inicialmente, será ofertado apenas na modalidade individual em São Paulo. Os preços variam de R$ 246,39 a R$ 3,2 mil.
          A estratégia é que todos os usuários do novo plano de saúde sejam atendidos por um médico de família da Clínica Einstein e esses profissionais encaminhem os pacientes para especialistas.
(Fonte: Corretora Ágora - 19.10.2020 / jornal Valor - 19.10.2020 - partes)

16 de nov. de 2020

La Pisanina

          A fabricante de calçados La Pisanina foi fundada na década de 1970 e fazia sapatos mocassin que fidelizaram de maneira impressionante seus clientes. 
          Fundada por imigrantes italianos, o nome da marca é em homenagem à Torre de Pisa, na Itália e sua tradicional caixa branca para acondicionar os pares de sapatos vinham com um pequeno desenho da famosa torre. Sob a marca registrada La Pisanina, eram impressas as três cores da bandeira italiana, verde, branco e vermelho. Um detalhe importante é que em vez de as três cores serem posicionadas em três retângulos na posição vertical, elas apareciam em três minúsculas figuras de quadrados. Não necessariamente três: é que, para formar a cor do meio, a cor branca, era usada a própria cor original da caixa, inteiramente branca. Com isso, a visualizada real das pequenas figuras se restringia aos 
quadrados das cores verde e vermelha.
          As solas de alguns modelos tinham formato bem peculiar, a ponto de haver relato de pelo menos um cliente, que foi abordado em pub londrino, em 1981, por interessados em saber onde havia comprado o sapato.
          A Pisanina tinha uma pequena rede que abrangia a loja da rua Augusta, uma unidade na Galeria Nova Barão, no centro da cidade de São Paulo e uma loja no Shopping Ibirapuera. Na década de 2000, a empresa sentiu a necessidade de atingir clientes um pouco menos abastados e abriu uma loja no início da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, na região central da cidade, que tinha em suas gôndolas sapatos mais simples. Os modelos mais sofisticados não eram vendidos nessa loja. Uma loja na rua Líbero 
Badaró também chegou a ser aberta.
          Em determinado momento da vida da empresa os proprietários resolveram trabalhar também com calçados de outras marcas. Muito provavelmente foi uma alternativa para atrair mais clientes, com um ticket mais baixo. Mas, os problemas com a qualidade de alguns desses calçados era notório.
          Um procedimento até certo ponto intrigante é o fato de que a Pisanina nunca aceitou cartão de crédito. Até aí nada demais, considerando que algumas outras lojas do comércio também não aceitavam. O pormenor, no entanto, é que o ticket era relativamente alto, o que podia afugentar muitos clientes. A explicação dos proprietários é que o custo da operação pelo cartão achatava demais as margens de lucro que já eram enxutas.
          A empresa continua hoje apenas no endereço da rua Augusta 1.229, mas os modelos que clientes fieis usaram durante tanto tempo não mais são fabricados.

Dynamo

          A carioca Dynamo foi fundada em 1993 no bairro do Leblon no Rio de Janeiro por Pedro Damasceno, Bruno Rocha e Luiz Orenstein (mais conhecido como Lula).
          O Dynamo Cougar, o primeiro fundo da gestora, ajudou-a a se tornar unanimidade no mercado brasileiro de fundos de ações.
          A gestora administra recursos dos sócios e estende esse "serviço" para outros investidores. Os sócios e funcionários sempre investiram uma parte importante de seu patrimônio nos próprios fundos. O retorno acumulado de mais de duas décadas faz com que prejuízos doam na carne, estimulando a preservação de capital.
          A Dynamo é um projeto de vida, costumam dizer Pedro Damasceno o Bruno Rudge, a segunda geração no comando da casa de estratégia única. O giro de sócios e funcionários é praticamente nulo, ainda que todos os investimentos passem por decisões colegiadas que estão longe de ser chás de comadres.
          Em 2007, a Dynamo abre um escritório em Londres, que ficou sob o comando de Bruno Rocha.
          Em 7 de outubro de 2017, aos 47 anos, Damasceno morreu após sofrer um infarto fulminante no Rio de Janeiro, onde morava. Deixa mulher e três filhas. Todos foram pegos de surpresa com a notícia, já que ele cultivava hábitos saudáveis, se alimentava bem, corria e fazia pedaladas.
          A Dynamo sempre adotou o “value investing”, filosofia de investimentos que consiste em encontrar boas empresas na Bolsa negociadas abaixo de seu valor justo e esperar, muitas vezes anos, até que as cotações dessas ações voltem a patamares razoáveis. Essa filosofia, embora muito popular nos Estados Unidos por conta da ascensão de Warren Buffett desde a metade do século passado, era pouco explorada no Brasil quando a Dynamo foi criada.
          Mas não é só pelos resultados espetaculares ou pela introdução do “value investing” ao brasileiro que a Dynamo desperta admiração e respeito no mercado: a obsessão em querer saber todos os detalhes das empresas que investe (ou pretende investir) e o “estímulo ao argumento”, forçando o debate de ideias entre os analistas da casa para que as teses de investimento convençam até mesmo quem não é especialista da empresa alvo de estudo, são alguns dos valores da Dynamo que foram disseminados para o mercado brasileiro de fundos de ações ao longo destes 24 anos.
          Tal paixão pelo trabalho fica nítida ao ver que boa parte dos primeiros sócios ainda trabalham ativamente no dia-a-dia da gestora. Entre as grandes tacadas da gestora, estão lucros com ações do Itaú, Caemi, Natura, Lojas Renner, Cielo, Ambev e XP Investimentos.
(Fonte: Exame - 12.03.2003 / livro: Conversa com Gestores de Ações Brasileiras (Luciana Seabra) / InfoMoney - 07.10.2017 - partes)

14 de nov. de 2020

Tend Tudo

          A rede de materiais de construção Tend Tudo, no mais absoluto recado aos consumidores que "tem de tudo", foi fundada em 1987 pela Alcoa.
          Copiando a estratégia das lojas da rede Walmart, a maior dos Estados Unidos, que se fortaleceu primeiro no interior para só então entrar nos grandes centros, só depois de cinco anos, em 1992, com 11 lojas, a rede chega à capital paulista.
          O então diretor-geral, Geraldo da Rocha Azevedo, chegou à Tend Tudo depois de trabalhar 21 anos na Casas Pernambucanas. Ele deu à rede a cara de um varejo de bens de consumo. A Tend Tudo oferecia crediário, cartão de crédito próprio, trabalhava com telemarketing, vendia utilidades domésticas e tinha 
layout de supermercado.
(Fonte: revista Exame - 19.08.1992)

Peixe

          A marca Peixe é de propriedade da Indústrias Alimentícias Carlos de Britto.
          No início dos anos 1990, a empresa estava em baixa. Perdeu dinheiro e viu sua participação no mercado de derivados de tomate encolher de 15% em 1990 para 6,5% em meados de 1992.
          Desde 1991, sabia-se que a família Mansur, que controlava a empresa, estava disposta a vendê-la. Vendeu. A Peixe, que faturou 90 milhões de dólares em 1991, foi comprada pela Kieppe 
Investimentos, holding familiar dos Odebrecht, por 70 milhões de dólares.
          A Kieppe não era do ramo, mas desenvolvia um projeto agroindustrial na Bahia dirigido pessoalmente por Norberto Odebrecht, fundador do grupo, e procurava uma marca forte para entrar no 
mercado de conservas.
          Embora tivesse perdido espaço para a concorrência em 1990/1991, a Peixe tinha boa aceitação no Norte e no Nordeste, mercados que estavam na mira da Kieppe. "A Peixe só precisa de investimentos para tornar-se uma forte concorrente", disse João Rozário da Silva, então diretor comercial da Cica.
          Para o grupo Mansur a transação parecia vantajosa. Dono também da Vigor, da Leco e da Flor da Nata, podia então concentrar-se mais no setor de laticínios, do qual retirava 80% de seu faturamento, de 
500 milhões de dólares anuais.
(Fonte: revista Exame - 19.08.1992)

13 de nov. de 2020

JJ Invest

           A JJ Invest foi fundada por Jonas Jaimovick, nascido em 1962. JJ Invest é o nome fantasia da Spritzer Consultoria Empresarial, criada no final de 2015.
          No início, o endereço da empresa era na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, local nada usual para um empreendimento financeiro. Os clientes que quisessem ter um contato direto eram recebidos em uma antessala pequena, de aspecto antigo e em reforma, com parte da estrutura com problemas.
          Formado em engenharia da computação pela PUC-Rio, Jaimovick começou sua carreira como estagiário na Ágora, corretora de valores. Em seu perfil no LinkedIn, consta que passou cinco anos na empresa. “Ele deve ter ficado um ano, um ano e meio. Não foi mais de um ano e meio”, disse A., que falou com Época sob condição de anonimato. Com o processo de automatização da corretora, acabou demitido. Em seu perfil no LinkedIn, a narrativa é mais nobre: além dos cinco anos na empresa (de 2001 a 2006), ele afirma que, em 2003, trabalhou no back office (área administrativa) com foco em renda fixa e foi efetivado para a mesa de atendimento e operações.
          Demitido, Jaimovick iniciou uma trajetória profissional instável, errática, com uma série de períodos de desemprego. Apaixonado por futebol, ele foi indicado por um ex-colega de trabalho para atuar como vendedor na loja do Flamengo, onde ficou por pouco tempo. Na sequência, tentou voltar ao mercado financeiro. No LinkedIn, Jaimovick afirma ter trabalhado como operador da Bolsa na Citi Intra Corretora e na área comercial da SLW, corretora de valores e câmbio, por dez meses, entre junho de 2008 e março de 2009.
          O que aconteceu entre março de 2009 e outubro de 2010 é um mistério. Mas, no final do último ano do governo Lula, enquanto a Bolsa — que já não se chamava Bovespa — esperava chegar aos 5 milhões de CPFs cadastrados e realizava a maior capitalização da história, a da Petrobras, Jaimovick atuava como analista financeiro na CHL Desenvolvimento Imobiliário. Durou pouco: em fevereiro de 2011 já estava fora. Dois meses depois, ainda de acordo com seu LinkedIn, atuou como coordenador de compliance e controle interno no Banco Cédula, de crédito, do qual saiu em setembro de 2011.
          O próximo registro profissional é de junho de 2012, quase um ano depois, como analista de planejamento estratégico da Rede D’Or de hospitais. Saiu em outubro de 2012.
          O ano de 2013 começou com o aumento do preço do quilograma do tomate — que subiria mais de 100% entre janeiro e abril daquele ano —, mas, para Jaimovick ao menos, guardava boas perspectivas. Em janeiro ele entrou na LPA — Lar Protegido das Américas, uma residência terapêutica, mas para trabalhar no administrativo e financeiro. Segundo o que consta em seu LinkedIn, permaneceu na empresa até agosto de 2015.
          De 2015 em diante, passou a valer-se de seus contatos no mercado financeiro — e dos contatos de seus contatos — para pedir dinheiro emprestado. As quantias variavam, mas, segundo uma fonte, ele chegou a pedir R$ 50. Dizia não ter dinheiro para comer. “As pessoas davam dinheiro, ele não pagava, depois pedia de novo."
          Por volta do início de 2016, Jaimovick voltou à cena em grupos de WhatsApp. Todo dia, depois do fechamento do mercado, ele postava o gráfico de uma opção qualquer que tinha subido no dia e dizia: “Quem me ouviu teve esse lucro”. Pessoas que não o conheciam se perguntavam: “Quem é esse cara?”. Aos poucos, ganhava a confiança delas e passava a cuidar de seus investimentos. Ao mesmo tempo, ampliava o número de grupos de WhatsApp nos quais vendia seu suposto talento financeiro. Para poder justificar o que afirmava nos grupos — que conseguia atingir lucros altíssimos —, começou a mandar mensagens dizendo que o dinheiro havia rendido 10% ao mês. O burburinho sobre suas façanhas aumentava cada vez mais.
          Diante do retorno prometido — dez vezes maior que o do investidor Bernard Madoff, condenado a 150 anos de prisão em 2009 por um esquema de pirâmide financeira —, Jaimovick começou a atrair dois tipos de investidores. Em um primeiro grupo estavam aqueles que, sem conhecer a realidade do mercado financeiro, acreditaram na promessa de ganho fácil. No segundo grupo, aqueles que, conhecendo a realidade do mercado financeiro, quiseram ganhar dinheiro fácil. A maior parte dos investidores da JJ Invest concentrar-se-ia no primeiro grupo.
          Em agosto de 2017, a CVM emitiu um primeiro comunicado no qual afirmava que “Jonas Spritzer Amar Jaimovick e Spritzer Consultoria Empresarial Eireli – Me (a JJ Invest) não estão autorizados por esta Autarquia a exercer quaisquer atividades no mercado de valores mobiliários” por não haverem preenchido “os requisitos previstos na regulamentação da CVM”. Ela determinou, ainda, “a imediata suspensão da veiculação no Brasil de qualquer oferta de serviços de administração de carteiras de valores mobiliários e de consultoria de valores mobiliários”, sob risco de multa diária de R$ 5 mil, e relatou indícios de crime ao Ministério Público.
          Ao longo de 2018, Jaimovick começou a atuar no segmento pelo qual é apaixonado: o futebol. Não como investidor, mas como patrocinador — ou mecenas. Em janeiro, começou a patrocinar o Macaé Esporte Clube. Em fevereiro, assinou parceria com o Centro de Futebol Zico; já patrocinava o Jogo das Estrelas, partida beneficente que conta com a participação de jogadores como Neymar Jr. Em setembro, afirmou patrocinar 12 clubes fluminenses de futebol. Ao longo do segundo semestre, passaria a patrocinar o Atlético Carioca, o Boa Vista e o Madureira, além da equipe de remo do Botafogo. No auge, concedeu um patrocínio de R$ 1 milhão ao Vasco, pelo período de um ano. Em janeiro de 2019, o clube suspendeu o contrato, por falta de pagamento da parcela referente àquele mês.
          O negócio de Jaimovick chegou a ter R$ 400 milhões sob gestão, segundo fontes do mercado, até a emissão, em janeiro de 2019, de um comunicado ao mercado feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável pela regulação do mercado de capitais no Brasil, alertando que Jonas Jaimovick e sua empresa não estavam autorizados “a exercer atividade de administração de carteiras e consultoria de valores mobiliários”. O comunicado foi seguido por 1.800 pedidos de retirada de dinheiro da JJ Invest — o que deixou a empresa em uma situação delicada —, por pedidos de demissão de funcionários, pelo início de uma investigação que corre sob sigilo na Polícia Federal, pela autorização do bloqueio judicial de R$ 1 milhão da conta JJ Invest e pela — ao que tudo indica — fuga de Jonas Jaimovick.
          A revista Época teve acesso a um extrato de investimento em nome da JJ Invest em CDB Flex Empresarial, pela Caixa Econômica Federal. Segundo o documento, o CDB tinha data de validade para 12 de fevereiro de 2019 e R$ 2 milhões aplicados. A rentabilidade do CDB varia segundo a taxa de juros ou a taxa CDI contratada e é tributada de acordo com o prazo de retirada do dinheiro. A tributação varia de 22,5% a 15% ao ano sobre os ganhos de capital, além do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A rentabilidade de um CDB que pague 95% do valor do CDI é em torno de 6% ao ano — sem contar os impostos. Lembrando: a JJ Invest prometia ganhos de 10% ao mês.
          Em 4 de janeiro de 2019, a CVM emitiu um novo comunicado, nos mesmos moldes do de 2017. O segundo alerta, veio após uma mensagem enviada aos investidores pelo próprio Jaimovick em 26 de dezembro de 2018, na qual afirmava: “Em primeira mão, queremos informar que a JJ Invest agora tem um gestor credenciado da CVM e da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais)! Agradecemos muito a sua confiança e desejamos que, em 2019, possamos realizar muitos sonhos! Estamos sempre à disposição!”.
          O segundo comunicado da CVM alterou a rotina da JJ Invest. Investidores começaram a entrar com uma série de pedidos de retirada de dinheiro. De acordo com um funcionário do edifício onde funciona(va) a JJ Invest — agora na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, outro endereço atípico para empresas desse tipo, que se concentram no Leblon e no centro do Rio de Janeiro —, nos primeiros dias do ano a entrada do prédio ficou lotada de investidores que pediam seu dinheiro de volta. Funcionários se demitiram e Jaimovick começou a anunciar vagas de emprego em seu perfil no Facebook, alegando que a empresa estava em processo de reestruturação. Nas duas ocasiões em que a CVM emitiu o comunicado, o site da empresa (jjinvest.com.br) estava fora do ar. Tampouco foram encontrados perfis da JJ Invest nas redes sociais. O perfil de Jaimovick no Facebook — onde publica frases de autoajuda — estava público no início do ano. Depois foi fechado.
          Outro fato chamou a atenção do mercado em janeiro de 2019. Entre 11 de dezembro de 2018 e 10 de janeiro de 2019, as ações da Ideasnet, empresa de tecnologia da qual Jaimovick era o principal acionista no início do ano, caíram 68% e movimentaram R$ 2,6 milhões no dia 10 de janeiro (quando caíram 24,8%) — valor muito acima da média da empresa. A B3 — a Bolsa de São Paulo — pediu explicações quanto à movimentação. Segundo a empresa informou na ocasião, a queda se deu em razão das vendas realizadas por seu principal acionista — a Spritzer Consultoria Empresarial, a JJ Invest. A ação da Ideasnet, que em novembro de 2018 chegou a valer R$ 9,90, valia R$ 3,18 na segunda-feira 18 de março. A Spritzer Consultoria Empresarial não consta mais na lista de principais acionistas disponível no site da B3.
          O paradeiro de Jaimovick era um mistério. No início de 2019, ele estava hospedado em um hotel do centro do Rio de Janeiro, de onde só saía com seguranças. No dia 11 de fevereiro, gravou o vídeo dentro do escritório da JJ Invest. No dia 14, atendendo a pedidos, gravou outro, com uma edição do jornal O Globo em mãos, para mostrar que estava no Rio. Não era possível, no entanto, atestar que estivesse na capital fluminense.
          Muitos buscavam referências sobre Jaimovick, que nunca chegou a ter nenhuma estrela ou patente entre os engravatados do Leblon.  Segundo apurou a revista Época, Jaimovick passou por vários escritórios de agentes autônomos, onde é possível ficar um tempo operando informalmente com a licença de outro.
          Em fevereiro de 2019, o empresário desapareceu com pelo menos R$ 170 milhões de 3 mil clientes, dentre eles, celebridades e atletas. Com a promessa de dinheiro fácil e rápido engambelou desavisados e aproveitadores.
          Uma das suspeitas das autoridades é que a JJ Invest funcionasse como uma pirâmide financeira, sistema em que o ingresso de novos investidores financia o lucro elevado dos investidores antigos, um esquema insustentável e que, em algum momento, estoura e deixa muita gente no prejuízo.
          Em 9 de novembro de 2020, a Delegacia de Defraudações do Rio de Janeiro prendeu o dono da JJ Invest, Jonas Jaimovick, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Jonas Jaimovick é apontado como o responsável por operar o maior esquema de pirâmide financeira ativo no país.
          Jaimovick ainda responde a mais 30 inquéritos no Rio de Janeiro. Também há processos em São Paulo, Maranhão, Recife e Ceará, e ações na esfera cível pedindo ressarcimento ao próprio Jonas e à JJ Invest. Além do dono da empresa, outras sete pessoas foram indiciadas por suspeita de obtenção de lucro com a pirâmide financeira. As informações obtidas pela delegacia indicam que a operadora de investimentos oferecia às vítimas um lucro de 10% a 15% por mês com a intenção de aumentar o número de clientes e, em consequência, os lucros.
          Em algumas situações a intenção do golpista é, desde o começo, enganar os incautos. Isso ocorre, por exemplo, nos esquemas de pirâmides financeiras ou venda de títulos públicos falsos. Mas em outros casos o golpe vai evoluindo a partir de uma atividade originalmente bem intencionada. Exemplos famosos foram os esquemas de captação de recursos para a engorda de bois ou criação de avestruzes.
          Não é possível saber, nesse momento, em que grupo a JJ Invest está enquadrada. A empresa é acusada de dar um calote de R$ 170 milhões em mais de 3 mil investidores.
(Fonte: Revista Época (Danilo Thomaz)- 21.03.2019 / Money Times - 09.11.2020 / A Gazeta - 09.11.2020 / IstoÉdinheiro - 09.12.2020 - partes)