A promessa de recursos, cuja fonte não é divulgada, marcou o início do ITA. Piva informou ter recebido um investimento de US$ 500 milhões de dois fundos árabes, cujos nomes nunca foram divulgados. Ele até disse ter usado parte do dinheiro, mas depois alegou que o negócio havia falhado e que o dinheiro não estava mais disponível.
A empresa deixou de voar em dezembro de 2021, deixando milhares de passageiros em terra. Tem dívidas de R$ 250 milhões, além de dívidas fiscais que ultrapassam R$ 2 bilhões.
A empresa deixou de voar em dezembro de 2021, deixando milhares de passageiros em terra. Tem dívidas de R$ 250 milhões, além de dívidas fiscais que ultrapassam R$ 2 bilhões.
O Sr. Piva foi removido do controle da Itapemirim no final de fevereiro de 2022. Em 17 de março, ele conseguiu retornar, após decisão de um tribunal de falências.
Foi marcada a assembleia de credores da Viação Itapemirim para 20 de abril de 2022. Essa assembleia pode definir a destituição definitiva de seu presidente e proprietário Sidnei Piva.
Em 17 de abril de 2022, portanto, poucos dias antes da reunião de credores, a companhia aérea ITA é vendida. O comprador Galeb Baufaker Junior, se apresenta como empresário imobiliário. Baufaker não tem experiência no setor de transporte aéreo, tradicionalmente conhecido por margens apertadas.
“Não acredito que o mercado aéreo seja algo tão complicado a partir do momento em que você tem que se ater ao básico”, disse Baufaker, na primeira vez que conversou com o jornal Valor, ao lado do executivo Adalberto Bogsan, que é presidente do ITA .
Para comprar a companhia aérea, assim como o Banco ITA, o Sr. Baufaker assumiria passivos estimados em R$ 180 milhões - - que envolvem passivos trabalhistas e arrendadores, multas e ações judiciais.
De acordo com o contrato firmado entre os Srs. Piva e Baufaker, o negócio foi fechado em 21 de março, um dia antes de o executivo ser destituído novamente - decisão que ainda se mantém.
O financiamento do negócio não parece estar 100% fechado. Na primeira entrevista ao jornal Valor, Baufaker disse ter uma linha de crédito de aproximadamente R$ 110 milhões com dois bancos brasileiros, usando como garantia um terreno no Gama, município próximo a Brasília. Em uma segunda entrevista ao Valor, dois dias depois, ele disse que a linha de crédito, já garantida, era de R$ 32 milhões. O executivo não apresentou nenhum documento que comprove as negociações.
Ele também disse que estava perto de receber um empréstimo de R$ 250 milhões contratado com dois bancos americanos. Quando questionado, ele disse que não poderia revelar os nomes, “apesar de ter 99% de certeza [dos recursos]”.
O Sr. Baufaker diz que as instituições financeiras internacionais, que segundo ele lhe prometeram o dinheiro para financiar a recuperação do ITA, entrarão em uma joint venture e atuarão como co-gerentes da companhia aérea. “Seria uma joint venture.”
Realizar o plano de compra do ITA não é tarefa fácil. O Ministério Público de São Paulo solicitou que a companhia aérea seja incluída no processo de recuperação judicial da empresa de ônibus Itapemirim e que seja decretada a falência de ambas as empresas.
O financiamento do negócio não parece estar 100% fechado. Na primeira entrevista ao jornal Valor, Baufaker disse ter uma linha de crédito de aproximadamente R$ 110 milhões com dois bancos brasileiros, usando como garantia um terreno no Gama, município próximo a Brasília. Em uma segunda entrevista ao Valor, dois dias depois, ele disse que a linha de crédito, já garantida, era de R$ 32 milhões. O executivo não apresentou nenhum documento que comprove as negociações.
Ele também disse que estava perto de receber um empréstimo de R$ 250 milhões contratado com dois bancos americanos. Quando questionado, ele disse que não poderia revelar os nomes, “apesar de ter 99% de certeza [dos recursos]”.
O Sr. Baufaker diz que as instituições financeiras internacionais, que segundo ele lhe prometeram o dinheiro para financiar a recuperação do ITA, entrarão em uma joint venture e atuarão como co-gerentes da companhia aérea. “Seria uma joint venture.”
Realizar o plano de compra do ITA não é tarefa fácil. O Ministério Público de São Paulo solicitou que a companhia aérea seja incluída no processo de recuperação judicial da empresa de ônibus Itapemirim e que seja decretada a falência de ambas as empresas.
Em 27 de maio de 2022, a justiça homologou a decisão dos credores de afastar a atual diretoria, inclusive o presidente Sidnei Piva, do comando do Grupo Itapemirim. A Assembleia de Credores votou no dia 18 (de maio) pelo afastamento do presidente do grupo, o empresário Sidnei Piva, e da diretoria. Ele está envolvido em diversas polêmicas dentro do processo de recuperação judicial da empresa, iniciado em 2016. Entre as mais recentes está o fracasso a tentativa de criar uma companhia aérea, a ITA, que parou de operar em dezembro do ano passado depois de seis meses no ar. Credores apontavam desvio de recursos dos cofres da recuperanda. O afastamento foi aprovado por 99,96% dos credores.
Na decisão, ficou estabelecido o início imediato dos trabalhos de Eduardo Abrahão, da consultoria Transconsult, que foi nomeado pelos credores como novo gestor judicial da empresa. Após a decisão dos credores do grupo Itapemirim de destituir o atual conselho de administração, incluindo o presidente Sidnei Piva, a consultoria Transconsult foi indicada pelos credores como o novo gerente judicial da empresa.
Na decisão, ficou estabelecido o início imediato dos trabalhos de Eduardo Abrahão, da consultoria Transconsult, que foi nomeado pelos credores como novo gestor judicial da empresa. Após a decisão dos credores do grupo Itapemirim de destituir o atual conselho de administração, incluindo o presidente Sidnei Piva, a consultoria Transconsult foi indicada pelos credores como o novo gerente judicial da empresa.
Em 21 de setembro de 2022, o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a falência do Grupo Itapemirim. A recuperação judicial ocorria desde 2016 e as dívidas somam R$ 200 milhões e mais R$ 2 bilhões em despesas pendentes com impostos e previdência. A decisão é do juiz João de Oliveira Rodrigues, da 1ª Vara de Recuperação Judicial de São Paulo. Ele também indisponibilizou os bens de Sidnei Piva de Jesus, dono da empresa, que comprara a Itapemirim por R$1, por entender que a Piva Consulting, outra companhia dele, teria gerado "confusão patrimonial", ou seja, teria misturado os rendimentos das duas pessoas jurídicas. Na decisão, o juiz também autorizou um contrato de massa falida com a transportadora Suzano que, por pelo menos um ano, vai assumir os serviços oferecidos pelo grupo.
(Fonte: jornal Valor - 17.04.2022 / 27.05.2022 / 21.09.2022 / Folha de S.Paulo - 21.09.2022 - partes)
(Fonte: jornal Valor - 17.04.2022 / 27.05.2022 / 21.09.2022 / Folha de S.Paulo - 21.09.2022 - partes)
Sidnei Piva, presidente do grupo Itapemirim. — Foto: Divulgacao
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