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12 de abr. de 2022

Peróxidos do Brasil

          A Peróxidos do Brasil é uma joint venture entre o grupo belga Solvay e a PQM (Produtos Químicos Makay).
          Em 2022 a empresa investe US$ 78 milhões para aumentar sua capacidade de produção de peróxido de hidrogênio no Brasil e no Chile.
          Na planta industrial de Curitiba, no Brasil, a capacidade de produção da Peróxidos, líder de mercado na América do Sul, será aumentada em 20 mil toneladas, para 250 mil toneladas por ano, após investimentos de US$ 18 milhões.
          A planta de Curitiba, maior fábrica de peróxido de hidrogênio do mundo, foi recentemente ampliada e está com 100% de capacidade, com 250 mil toneladas por ano.Por sua escala, a fábrica de Curitiba é mais competitiva e continuará sendo a principal base de exportação da empresa para as Américas do Sul e Central. Ao mesmo tempo, a demanda no Chile ainda supera a capacidade instalada da Peróxidos no país.
          Pelo menos quatro grandes projetos de celulose que utilizam peróxido de hidrogênio na etapa de branqueamento decolaram na região ou estão prestes a se concretizar. A Bracell ampliou as operações da antiga Lwarcel em Lençóis Paulista, São Paulo; a Arauco está ampliando uma de suas fábricas no Chile, o projeto Mapa; a UPM está a caminho de iniciar as operações em uma nova fábrica no Uruguai; e a Suzano está executando o projeto Cerrado no Mato Grosso do Sul, que inclui a construção da maior linha de produção única de celulose de eucalipto do mundo.
          O peróxido de hidrogênio é usado como insumo em diversas indústrias, incluindo celulose e papel, mineração, cosméticos e produtos de limpeza. No Chile, é amplamente utilizado na criação de salmão. Quando purificado, é essencial na fabricação de semicondutores. Além de sua aplicação no branqueamento de celulose, o peróxido de hidrogênio é utilizado, por exemplo, para descontaminação nas indústrias de mineração e saneamento básico e para desinfecção.
          Ao mesmo tempo, a Peróxidos detém a única autorização no Chile para usar peróxido de hidrogênio no tratamento de piolhos do salmão, que podem infestar a pele de peixes cultivados. Para substituir as exportações do Brasil pela produção local, a empresa está investindo US$ 60 milhões para construir sua primeira fábrica no país.
          O projeto chileno começou a ser executado praticamente ao mesmo tempo que a pandemia, e inicialmente teria capacidade para 23 mil toneladas por ano. Com os atrasos causados ​​pelas dificuldades impostas pela Covid-19 e o rigoroso processo de licenciamento ambiental, a empresa acabou ampliando a capacidade prevista para 40 mil toneladas por ano. A licença já foi emitida. A nova planta, com conclusão prevista para 2022, está sendo construída na mesma área onde funciona o terminal de distribuição da Peróxidos do Brasil.
          A planta chilena foi aprovada para construção em 2019. A previsão inicial era de que ficasse pronta em 24 meses, mas a pandemia atrasou o projeto, que foi concluído no final de 2022. A fábrica, que está em operação desde janeiro de 2023, está localizada no Parque Industrial Coronel, na região do Bío Bío, e foi inaugurada oficialmente em 26 de junho de 2023.
          A Peróxidos do Brasil não divulga informações financeiras. No entanto, dadas as vendas do ano passado de 260.000 toneladas e os preços internacionais de peróxido de hidrogênio entre US$ 1.050 e US$ 1.100 por tonelada, as vendas estimadas da empresa para 2022 são de pelo menos US$ 273 milhões.
          Com a divisão do grupo belga em duas companhias abertas em dezembro, o negócio de peróxidos passará a fazer parte da “nova” Solvay, que terá foco em químicos básicos. A outra empresa, que terá foco em negócios altamente inovadores, se chamará Syensqo. Com 17 fábricas e cerca de 770 funcionários em todo o mundo, peróxidos é a segunda maior área de negócios da “nova” Solvay.
(Fonte: jornal Valor - 12.04.2022 / 22.06.2023 - partes)

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