O Grupo Peixoto de Castro - GPC, fundado pela família que lhe emprestou o nome, teve início de
suas atividades em 1997.
Em abril de 2013 a Dexxos, então GPC, entrou em recuperação judicial — e permaneceria nela por sete anos. Uma estrutura de capital alavancada, com um nível de endividamento incompatível com a geração de caixa, levou a companhia a uma situação financeira crítica.
Cerca de 39% dos papéis ON — os que dão direito a voto nas assembleias — estão nas mãos de membros da família Peixoto de Castro, que controla a empresa (daí o nome GPC).
Dexxos é o novo nome da antiga GPC Participações — a mudança foi aprovada pelos acionistas
em 7 de junho de 2021.
A troca da marca, nas palavras da própria empresa, trata-se de uma estratégia para a "modernização da identidade visual". Um rejuvenescimento à la Benjamin Button para um grupo que
está na ativa desde 1997.
Uma das primeiras decisões, ainda em 2013, foi paralisar as operações no setor de Metanol, que demandavam recursos sem gerar um retorno atrativo. A partir daí, a empresa passou a focar nos segmentos químico, de aço e de óleo e gás, em que permanece até hoje.
A recuperação judicial demorou longo tempo para ser concluída. Um dos motivos foi porque a venda do terreno da planta de metanol, no Rio de Janeiro, esbarrou em entraves burocráticos que atrasaram o processo em dois anos — o que travou o plano de recuperação, que atrelava a alienação
desse ativo à quitação de dívidas concursais.
Em 2015, quando a venda finalmente foi liberada, o país encontrava-se em recessão econômica — e os potenciais compradores do terreno desapareceram. Foi necessária uma nova versão do plano, aprovada no ano seguinte, desta vez tendo fluxos de pagamento como base.
Em 12 de novembro de 2020, pouco mais de sete anos e meio no limbo, a Dexxos conquistou um feito para poucos: conseguiu renascer das cinzas após um longo processo de recuperação judicial.
"Não dá pra fazer uma recuperação judicial somente para tratar do passivo, sem cuidar da operação. A estrutura estava inadequada, mas tinha bons ativos e negócios. Precisava de uma gestão melhor do portfólio, disse Rafael Alcides, CEO da Dexxos, E é claro que essa combinação entre recuperação judicial bem-sucedida e melhor ambiente de negócios não passou despercebida na bolsa: as ações da Dexxos (DEXP3) acumularam ganhos de 690% no período de um ano (parte de 2019 e 2020).
A empresa hoje atua principalmente nos segmentos químico e de aço, sendo fornecedora importante para a indústria de óleo e gás. Ela também é sócia da Petrobras na Companhia Petroquímica do Nordeste (Copenor). Cada uma tem metade do ativo.
Em maior ou menor escala, o aquecimento da construção civil dá forças a ambos os braços de atuação da Dexxos: as resinas químicas feitas pela empresa são vendidas principalmente à indústria de painéis de madeira; os tubos de aço também são demandados pelo mesmo setor.
E a recuperação vista no setor de aço se deve também ao bom momento da cadeia de óleo e gás, em que a Dexxos é uma fornecedora reconhecida de tubos para campos terrestres — um segmento que
possui contratos de prazos estendidos, dada a natureza dos projetos.
A Dexxos aprovou, em assembleia geral extraordinária de 4 de junho de 2024, as incorporações das ações das suas controladas GPC Química e Apolo.
(Fonte: SeuDinheiro - 14.06.2021 / Valor - 05.06.2024 - partes)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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26 de jan. de 2023
Dexxos (ex-GPC)
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