Muitos já ouviram falar em bitcoin, mas não fazem ideia do que seja. Outros, já investiram na criptomoeda e “se apaixonaram”, enquanto vários outros têm verdadeira aversão, associando-a a golpes
e pirâmides.
Para entender as criptomoedas é preciso fazer um exercício de abstração, ou seja, esses ativos não existem no mundo real - ou físico -, apenas dentro de redes de alta tecnologia, conectados via internet, em que dados registrados são públicos, criptografados, permanentes e invioláveis - as chamadas blockchains.
A primeira rede construída com esse sistema tecnológico foi justamente da rede Bitcoin, desenvolvida por Satoshi Nakamoto, pseudônimo para uma pessoa ou um grupo que nunca foi identificado.
Nakamoto criou o bitcoin, em 2009, durante a crise financeira mundial, para ser uma “moeda” que fosse uma alternativa ao sistema financeiro tradicional e às moedas fiduciárias, como o dólar e o real, que se desvalorizam com a inflação.
Serão “emitidos” apenas 21 milhões de bitcoins no mundo. Essa quantidade limitada de unidades, segundo os especialistas, determina o conceito de ativo escasso, o que garantiria sua valorização contínua, conforme o aumento da demanda. Dessa quantidade total, 93% dos bitcoins já estão em circulação.
Com seu conceito de escassez e de alternativa às moedas tradicionais, o bitcoin chegou a ser cunhado como o “ouro digital”, por ser considerado um ativo de proteção de valor contra a inflação e oscilações bruscas no mercado financeiro.
Além disso, por ser descentralizado e não ser de responsabilidade de um único país ou entidade monetária, poderia facilitar a independência financeira das pessoas, ao redor do mundo, que poderiam trocar produtos e serviços entre si com a utilização do bitcoin como moeda de pagamento, preservando seu poder de compra.
No entanto, como não existe um mundo paralelo 100% digital, a nova moeda é cotada em dólar. Seu valor em moedas de outras localidades, como o real ou o peso mexicano, também varia conforme a cotação do dólar.
A dinâmica de preço do bitcoin vem colocando sua proposta libertária em xeque. De sua criação até o final do ano de 2016, passou de US$ 0 a US$ 900. E apenas nos 12 meses de 2017, saltou de US$ 1 mil para US$ 20 mil.
Em novembro de 2021, alcançou a máxima histórica, até então, de US$ 69 mil. E tombou a US$ 15 mil ao final de 2022. Em março de 2024, o bitcoin renovou seu recorde de preço, marcando US$ 73.700.
Essa montanha russa da volatilidade dos preços do bitcoin fez muita gente ganhar muito dinheiro, mas os especialistas garantem que esses ganhos de três ou mais dígitos não devem se repetir mais. Por outro lado, justamente por conta desse histórico, tem muita gente caindo em golpes que oferecem ganhos astronômicos e acabam perdendo todo o dinheiro investido com pessoas oportunistas e desonestas.
Atualmente, o bitcoin tem sido usado com um ativo especulativo justamente no mercado financeiro tradicional, principalmente por investidores institucionais, como gestoras, grandes bancos e empresas multinacionais - ou seja, os que têm muitos recursos para colocar (e tirar) em um determinado ativo.
Ainda que seja um ativo de alto risco, especialistas apontam que uma pequena alocação de recursos em bitcoin pode ser uma estratégia de investimento visando o longo prazo para investidores com perfil arrojado/agressivo. Nesse sentido, a recomendação é de uma fatia de não mais de 5% dentro
de uma carteira diversificada.
(Fonte: Valor Investe - 22.08.2024)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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22 de ago. de 2024
Bitcoin
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