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21 de jul. de 2020

Moderna Inc.

          A farmacêutica Moderna Inc. foi fundada em 2010 por Noubar Afeyan, Sandra Horning e Robert Langer e tem sede em Cambridge, estado de Massachusetts, nos Estado Unidos.
          Foi criada como laboratório de biotecnologia para desenvolver medicamentos e vacinas com base no RNA mensageiro – uma “fita” que é responsável por levar a informação do DNA do núcleo até o citoplasma, local onde determinadas proteínas são produzidas.
          A empresa se dedica, principalmente, a desenvolver pesquisas e medicamentos sobre câncer, doenças cardíacas e doenças infecciosas. Até hoje, não trouxe nenhum medicamento ou vacina ao mercado.
          A startup se dedica ao desenvolvimento de vacinas personalizadas para doentes oncológicos e foi também responsável por grandes conquistas nos tratamentos do surto de zika em 2015. Agora é uma das empresas que estão à frente das pesquisas por uma vacina contra a Covid-19. A sua vacina introduz no organismo uma imitação da proteína que existe na superfície do vírus.
          A Moderna foi a primeira companhia a iniciar testes em humanos, em 16 de março de 2020, em Seattle, e suas ações quase triplicaram de valor desde que a OMS declarou a pandemia em 11 de março.
          Em 12 de maio de 2020, a Moderna anunciou que a Food and Drug Administration (FDA, o equivalente à Anvisa no Brasil) incentivou seu esforço na criação do que pode vir a ser a primeira vacina para a Covid-19.
          Em 18 de maio de 2020, a empresa informou que obteve resultados positivos nos testes iniciais para o desenvolvimento de uma vacina para o coronavírus. Era um estudo pequeno, com apenas oito pessoas, mas todas elas desenvolveram anticorpos contra a covid-19 – uma ótima notícia. O próximo passo é testar a substância em 45 voluntários.
          Parte das pesquisas conduzidas pela Moderna Inc. está sendo financiada pela Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), entidade criada pela Bill & Melinda Gates Foundation para apoiar o desenvolvimento de vacinas e tratamentos contra surtos desse porte. O trabalho também conta com uma estreita colaboração, desde janeiro de 2020, com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).
          A Moderna informou que a vacina foi “no geral bem tolerada” e que os pacientes não sofreram nada além de vermelhidão ou dor pelas injeções.
          O laboratório analisou a sequência genética do novo vírus publicada por cientistas chineses em 10 de janeiro. O Niaid (Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, em português) concordou em executar uma pesquisa clínica se a farmacêutica pudesse desenvolver uma vacina.
          Para fabricar o produto, a empresa adaptou alguns equipamentos robóticos que estavam fabricando vacinas contra o câncer, adaptadas às mutações genéticas dos tumores dos pacientes. Mais de 100 funcionários participaram da fabricação e do processo de controle de qualidade.
          O 1º teste será realizado na unidade de pesquisas clínicas do Niaid em Bethesda, no Estado norte-americano de Maryland, no nordeste do país. Se os resultados forem positivos, um 2º teste com centenas ou milhares de voluntários poderá ser realizado – o que pode levar de 6 a 8 meses.
          Se esse 2º teste for bem-sucedido, a vacina poderá estar pronta para uso geral. A extensão da disseminação do vírus determinará se o produto será direcionado a grupos-alvo, como profissionais de saúde, ou para toda a população.
          Pelo menos dois dos investidores iniciais da Moderna ficaram bilionários considerando como base maio de 2020. Um deles é o CEO Stéphane Bancel, um veterano da indústria farmacêutica com passagens pela bioMérieux e pela Eli Lilly, que acumula uma fortuna de US$ 2,45 bilhões em ações da empresa. O segundo é o professor de medicina de Harvard Timothy Springer, que já chegou ao US$ 1,38 bilhão. O próximo que deve alcançar a marca é Robert Langer. Com uma participação de 3,2% na empresa, o professor do MIT acumula uma fortuna de US$ 934,3 milhões. Langer é um reconhecido pesquisador na área da biotecnologia. Segundo levantamento usando a plataforma Google Scholar, ele é o oitavo cientista mais citado em pesquisas científicas.
          A Moderna briga (no bom sentido) com a gigante alemã no campo científico: ambas utilizam a mesma técnica para chegar à vacina contra o covid-19 por meio de RNA mensageiro (mRNA).
          Até agora (julho de 2020), a Moderna firmou uma parceria com a companhia suíça Lonza para iniciar a produção ainda em 2020.
          A farmacêutica Moderna tem mais de 800 funcionários.
(Fonte: NeoFeed / PFarma.com.br / IstoÉDinheiro / Poder 360 - 18.05.2020 / ÉpocaNegócios - 20.05.2020 / 22.05.2020 / 22.07.2020 - Partes)

Sinovac Biotech

          A biofarmacêutica Sinovac Biotech Ltd. foi fundada em 1999 e tem sua sede em Pequim, na China. A empresa que se concentra na pesquisa, desenvolvimento, fabricação e comercialização de vacinas contra doenças infecciosas.

          Em 2009, a Sinovac foi a primeira do mundo receber autorização para a vacina contra a gripe H1N1.
          Também já produziu vacinas contra o enterovírus, e gripe aviária, além de imunizações contra varicela e caxumba.
          As vacinas comercializadas pela Sinovac incluem Healive (hepatite A), Bilive (hepatite combinada A e B), Anflu (gripe), Panflu (H5N1) e PANFLU.1 (H1N1). Atualmente, a Sinovac está desenvolvendo a vacina contra a gripe pandêmica universal e a vacina contra encefalite japonesa .
          Em meados de abril de 2020, a China aprovou um ensaio clínico para uma provável vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Sinovac.
          A Sinovac tem um acordo de cooperação com o Instituto Butantan, em São Paulo. De acordo com o diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, a vacina do laboratório chinês foi escolhida em detrimento das outras porque usa a mesma tecnologia dominada pelo Butantan. A vacina do Sinovac usa o vírus da Covid-19 inativo, o que torna a imunização mais segura.
          Foram investidos na parceria cerca de R$ 85 milhões pelo governo paulista. Se a vacina se mostrar eficaz e segura nos testes com os voluntários, o Butantan será o responsável pela produção do soro.
          De acordo com o governo, a vacina pode estar no sistema público de saúde já no primeiro semestre de 2020.
(Fonte: Jovem Pan - 13.06.2020  / Wikipedia - partes)

Equillium

          Equillium is a biotechnology company leveraging deep understanding of immunobiology to develop products for autoimmune and inflammatory disorders, or immuno-inflammation, with high unmet medical need.
          The company was founded in 2017 and has is headquartered in San Diego, California.
          Its initial product candidate, EQ001, is a first-in-class monoclonal antibody that selectively targets the novel immune checkpoint receptor CD6. CD6 plays a central role in effector T cell activity, which drives a number of immuno-inflammatory diseases such as graft versus host disease, asthma, uveitis, colitis, lupus and multiple sclerosis. Equillium believes EQ001 may have broad therapeutic utility and its current pipeline is focused on developing EQ001 as a best-in-class treatment for multiple severe immuno-inflammatory disorders.
          In July 2020 Equillium announced that it's planning to conduct a global randomized controlled clinical trial of first-in-class monoclonal antibody, itolizumab, in patients with COVID-19 under a US IND. This follows the encouraging topline results that its partner Biocon recently shared showing itolizumab significantly reduced mortality in hospitalized patients with COVID-19 in India, and they subsequently announced that the Drugs Controller General of India (DCGI) has granted restricted emergency use of itolizumab for the treatment of cytokine release syndrome in COVID-19 patients with moderate to severe acute respiratory distress syndrome in India.
          Based on the encourage data from Biocon and subsequent DCGI approval, Equillium is planning to conduct a global randomized controlled clinical trial of itolizumab to treat moderate to severely ill patients with COVID-19 in the U.S. and abroad for which teh company will file a U.S. investigational new drug application (IND).
(Fonte: LinkedIn)

Medicago

          Medicago is a biopharmaceutical company manufacturing plat-based vaccines and therapeutics that is headquartered in Quebec City, Quebec and was founded in 1999. Medicago, established based on research at Agriculture Canada and Laval University, is named after the Latim word for alfalfa, the first plant the company worked on. Medicago is 40% owned by the cigarette company, Philip Morris, and 60% of Medicago’s shares were purchased by Mitsubishi Tanabe Pharma in 2013.
          Medicago developed technology for producing vaccines, antibodies, protein-based products and therapeutic proteins inside plants, called Proficia. Medicago developed a modified version of the platform called VLP Express for drug discovery. Their system introduces recombinant DNA into the bacteria Agrobacterium tumefaciens, which are introduced into tobacco leaves where they infect surrounding cells and transfer the recombinant DNA, called transfer DNA (T-DNA) to the plant nucleus. Without integrating into the plant genome, the T-DNA is transcribed and translated, producing the encoded protein. After 11 days leaves are harvested and proteins are extracted and purified to produce clinical-grade pharmaceutical ingredients.
          Medicago uses Nicotiana benthamiana, a tobacco species that naturally makes proteins at high speed. Whereas a vaccine produced using eggs is a six-month process, Medicago’s plant production cycle takes about six weeks. The plants produce virus-like particles that resemble the flu virus and are claimed to elicit an immune response against the flu. As of 2018 their flu vaccine was in phase 3 clinical trials.
          Medicago USA is a wholly-owned subsidiary based in Research Triangle Park, North Caroliana and partnered with the U.S. Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA), which has a manufacturing facility that produces vaccines for clinical studies.
          Medicago’s candidate products include H5N1 pandemic influenza VLP vaccine, seasonal influenza and H1N1 vaccines. Products in development include Rotavirus vaccine in alliance with Mitsubishi Tanabe Pharma Corporation and an Ebola prevention vaccine in collaboration with DARPA. Medicago’s seasonal recombinant quadrivalent VLP vaccine for influenza is under review by Health Canada and has completed a safety and efficacy clinical program with more than 25,000 patients
          Medicago is developing both a vaccine and potential treatment of Covid-19. The company produced a virus-like particle (VLP) of the novel coronavirus SARS-CoV-2, which mimics the shape and dimensions of the virus so that the body can recognize and create an immune response. VLPs activate both arms of the immune system, the antibody and cell-mediated responses. After preclinical testing, clinical trials for the vaccine are expected in July or August 2020. Medicago is also developing antibodies against SARS-CoV-2 in collaboration with the Laval University Infectious Disease Research Centre, which could potentially be used to treat people already infected with the virus. Medicago has received $7 million from the Quebec provincial government for its Covid-19 vaccine development.
          On March 1, 2010 Medicago received a research grant worth $300,000 from the Canadian Institutes of Health Research (CIHR).
          On May 13, 2010 Medicago completed a venture capital funding round with $10 million in funding from Yorkville Advisors.
          On September 27, 2011 Medicago completed a private equity round with $25 million in funding from Fonds De Solidarite FTQ, CTI Life Sciences Fund, and AgChecm Venture Fund.
          On December 12, 2012 Medicago received $415,000 in financial support from the Quebec Government and Quebec City for Innovative Regional Project.
          In July 2020 Medicago and Dynavax covid-19 vaccine starts testing with patients. Vaccine uses a coronavirus-like particle, along with an adjuvant, to stimulate an immune response to protect patients against the disease.
(Fonte: site da empresa)

Dynavax

           The biopharmaceutical company was formerly known as Double Helix Corporation and changed its name to Dynavax Technologies Corporation in September 1996. Dynavax Technologies Corporation was founded in 1996 and is headquartered in Emeryville, California.
          Dynavax focuses on leveraging the power of the body's innate and adaptive immune responses through toll-like receptor stimulation. The company markets Heplisav-B, a hepatitis B vaccine for prevention of infection caused by all known subtypes of hepatitis B virus in age 18 years and older. Its immuno-oncology portfolio includes development stage products, such as SD-101 and DV281.
          Dynavax Technologies Corporation has a research collaboration with Clover Biopharmaceuticals; the University of Queensland and the Coalition for Epidemic Preparedness; and Sinovac Biotech Ltd. for the development of a vaccine candidate to prevent coronavirus (Covid-19).
          Dynavax Technologies Corporation has partnership with the Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI) to create a vaccine against Covid-19 infection; a collaboration with Valneva SE to initiate a vaccine program for the coronavirus, Covid-19; and collaboration with Medicago to develop a novel adjuvanted Covid-19 vaccine candidate.
(Fonte: Yahoo! Finance)

20 de jul. de 2020

Goya


          Goya was founded in 1936, by Prudencio Unanue Ortiz (1886–1976) from Valle de Mena, Spain. Unanue immigrated to Puerto Rico, where he met and married Carolina Casal (1890–1984), also a Spanish immigrant; they later moved to New York City and started Goya in a small storefront on Duane Street in Lower Manhattan. Ortiz purchased the "Goya" name from a Moroccan sardine company because he believed that his last name was too difficult to pronounce for American customers and also liked the association to Spanish artist Francisco Goya.
          Driven by the belief that there was a growing consumer market for high-quality, fresh-tasting, Latin foods, the Unanues catered to local Hispanic families by distributing authentic Spanish products including olives, olive oil, and sardines.
          As the Hispanic population grew in New York and throughout the United States, Goya’s product line and facilities expanded as well. The company relocated from Lower Manhattan to Brooklyn in 1958, until it established its current headquarters in New Jersey in 1974.
          When Prudencio Unanue died in 1976, he left Goya to his sons, Joseph, Charles, Francisco and Anthony. Upon his father's death, Joseph A. Unanue became chief executive of Goya, then a fairly small, $8.5 million company. As president and chief executive of the company, Joseph shared control with his brother Francisco, who served as president of Goya de Puerto Rico Inc., responsible for much of the company's manufacturing operations. Joseph A. Unanue's son, Joseph F. Unanue, was general manager and vice president of Goya de Puerto Rico from 1989 to 1996, when he became executive vice president at the company's New Jersey, assuming the No. 2 position in the company; he died two years later.
          During Joseph A. Unanue's decades at the head of the company, Goya grew to become a major corporation. By 1998, the company produced about 800 food items (including rice, beans, sauces, and spices), had 2,000 employees, and about $700 million in revenue. Joseph A. Unanue was ousted from his position as Goya chairman and CEO in 2014, amid an feud in the Unanue family about the direction of the company.  At the time of Joseph A. Unanue's ouster, Goya was generating from $750 million, to more than $1 billion in revenue. Joseph's son Andy Unanue, the chief operating officer of the company, also left Goya amid the disagreement, prompting litigation. Robert Unanue and his cousin Francisco Unanue made the decision to remove Andy, who had previously been considered the "heir apparent" to Goya. Joseph Unanue retained a significant stake in the company, and retained a seat on its board; he died in 2013. Robert Unanue has been the chief executive since 2004. The fracturing of Goya's ownership among its founders' descendants has frequently led to disputes about the company's strategy.
          In 2012, the company began construction on a $127 million distribution center in the industrial Meadowlands area of Jersey City, backed by state tax incentives that aided the company in its move from Secaucus to the Jersey City site.
          In 2019, Goya had talks with The Carlyle Group about a possible buyout; the company ultimately decided not to sell itself to The Carlyle Group.
          Goya manufactures and distributes products from the Spanish, Puerto Rican, Caribbean, Mexican, Cuban and Central and South American cuisine. Their products are sold in stores and supermarket chains throughout the United States, Puerto Rico, and international markets.
          Between 2014 and 2016 Goya opened five new facilities including manufacturing and distribution centers located in New Jersey, Texas, California, and Georgia to meet rising consumer demand. Currently, Goya Foods is headquartered on a 40-acre (16 ha) lot in Jersey City, New Jersey. Goya also operates a manufacturing facility in San Cristóbal, Dominican Republic, and a distribution center in Bayamón, Puerto Rico.
          In total, the company now boasts 26 facilities throughout the United States, Puerto Rico, Dominican Republic and Spain, and employs over 4,000 worldwide.
          Goya provides consumers with over 2,500 high-quality and affordable food products from the Caribbean, Mexico, Spain, Central and South America. Goya has fostered a longstanding history in leading the culinary culture of Latin cuisine in the United States while solidifying its position as an iconic symbol beginning in New York City. The company’s commitment to excellence is the cornerstone of Goya’s popular credo, “If It’s Goya, It Has To Be Good”. The result of this simple, yet deeply resonant pledge is the evolution of Goya Foods as a leader in the Latin American food industry and a trusted American brand.
          Goya has positioned its diverse product lines as a reputable brand among both the Hispanic market and mainstream consumers, generating $1.5 billion in annual sales. Once only sold in bodegas, mom & pop specialty stores to now, national club stores like Costco, Sam’s Club, and BJ’s Wholesale, Goya Foods can be found in aisles across the nation. The evolution and success of Goya Foods have demonstrated the company’s strength and brand power within the Hispanic market and its crossover into mainstream America.
(Fonte: site da empresa / Wikipedia - partes)

19 de jul. de 2020

SAM

          A Sul Americana de Metais S.A. – SAM é uma empresa brasileira com sede em Minas Gerais, que tem atuação voltada para extração e comercialização de minério de ferro.
          Criada em 2006, a SAM é controlada pela companhia chinesa Honbridge Holdings Ltd., com sede em Hong Kong e possui escritórios nas cidades mineiras de Salinas, Grão Mogol e Belo Horizonte. Há ainda uma pequena estrutura na capital de São Paulo.
          A SAM aguarda licenças para montar projeto de US$ 2,1 bi no norte de Minas Gerais. A empresa tem plano de produzir 27,5 milhões de toneladas ao ano e ter a operação de dentro da mina feita por controle remoto.
(Fonte: site da empresa / jornal Valor - 13.07.2020 - partes)

18 de jul. de 2020

EQI Investimentos

          Em 2003, Juliano Custódio começou como gerente regional da empresa até a criação da EuQueroInvestir.com, blog de informações de finanças e investimentos que deu origem ao escritório de investimentos.
          A criação do nome da empresa foi simples: bastou pegar as letras iniciais de EuQueroInvestir    para se chegar à sigla EQI.     
          Em julho de 2020 a EQI Investimentos era um dos maiores escritórios de agentes autônomos (AAI), até então ligado à XP Investimentos.
          Em 15 de julho de 2020, uma das maiores disputas do mercado financeiro ganhou novo capítulo, quando foi noticiado que o BTG Pactual comprou 49% de participação na EQI Investimentos.
          'Recebemos uma proposta irrecusável', conta Custódio, presidente da EQI, sobre o negócio com o BTG. "Muito boa financeiramente e, ao mesmo tempo, a chance de ter a minha liberdade, de dar mais um passo como empreendedor", disse Custódio ao Valor Investe, citando seu sonho de dar "um passinho a mais" nos negócios.
          Custódio afirma que o negócio é mais um passo dentro do empreendedorismo. A mudança marca mais um capítulo na disputa entre XP e BTG. Mas crises envolvendo o controlador do banco pode dificultar migração de clientes. Custódio prefere se manter distante da disputa de mercado protagonizada pelas gigantes e conta que sempre teve a vontade de empreender, inspirado, inclusive, pela trajetória de sucesso de Guilherme Benchimol, presidente da XP.
          A negociação, como já era de se esperar, é cercada de confidencialidade e Custódio não revela valores e condições para a migração para a nova "casa". A coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, publicou a informação de que o BTG teria desembolsado R$ 200 milhões por 49% de participação na EQI Investimentos.
          O "divórcio" tem suas regras. São 60 dias de uma espécie de "aviso prévio", em que a EQI - e seus mais de 300 agentes autônomos - continuará prestando seus serviços à XP. Após esse prazo, a EQI passará a ser um escritório de AAI ligado ao BTG, até que receba autorização do Banco Central para atuar como corretora.
          "A corretora do BTG vai ser cindida", conta Custódio. Fazer da EQI uma corretora é a realização de um sonho, segundo ele. "O próximo passo natural de um agente autônomo de investimentos é ter a própria instituição financeira", diz. A mudança ocorre após uma longa trajetória de Custódio dentro da XP.
          A EQI tem sob gestão, considerando números de meados de julho de 2020, R$ 9,5 bilhões em investimentos de cerca de 40 mil clientes que estão hoje na XP. Após os 60 dias de "aviso prévio", os clientes que quiserem seguir com os profissionais da EQI podem migrar a custódia de suas aplicações para o BTG. Uma fonte do mercado afirma que, em média, os escritórios de AAI que "mudam de casa" tem levado consigo apenas de 10% a 15% dos clientes para o BTG. O problema, argumenta a fonte, não estaria no relacionamento já estabelecido com os AAIs do escritório, mas com o envolvimento de, André Esteves, fundador e controlador do BTG, em crises como a investigação de crimes de lavagem de dinheiro na Lava-Jato.
          Segundo uma fonte ouvida pelo jornal Valor, a saída da EQI do guarda-chuva da XP deve ter impacto "irrelevante" para a empresa como um todo. Ainda que o porte do escritório seja grande, representa cerca de 2% de tudo o que a XP tem distribuído em seus 7 mil AAIs que atuam em 700 escritórios.
          Pablo Spyer, executivo que ficou conhecido por suas incursões matinais com o 'Minuto Touro de Ouro' iniciou sua trajetória na EQI em 8 de março de 2021. No dia 15, inaugurou seu escritório em São Paulo, no número 3.600 da Av. Brigadeiro Faria Lima, onde a matriz da corretora passou a ter sua sede.  
(Fonte: Valor Investe - 16/07/2020 / 08.03.2021 - partes)

17 de jul. de 2020

FitBank

          A fintech de pagamentos brasileira FitBank foi criada em 2015 por Otávio Farah (CEO), Rener Menezes e Mauricio Zaragoza. Não é informação da empresa, mas fit significa "em forma", em inglês.
          Em 2016, eles conseguiram atrair três ex-sócios da XP Investimentos: Marcelo Maisonnave, Eduardo Glitz e Pedro Englert. Dois anos depois, a fintech trouxe João Chacha e Alejandro Vollbrechthausen, ex-executivos do Goldman Sachs. Ambos passaram a fazer parte do conselho de administração da empresa.
          O FitBank desenvolveu uma plataforma de gestão de pagamentos “white label“. Nessa ferramenta, diversas instituições financeiras, como bancos, fundos de investimento, varejistas e até mesmo fintechs podem oferecer contas digitais e serviços financeiros aos seus clientes.
          O processo utiliza-se da tecnologia do FitBank, mas com sua marca própria. Segundo informações da empresa, já foram abertas 180 mil contas para 96 clientes. O valor transacionado por mês é de aproximadamente R$ 1 bilhão.
          Em julho de 2020, o FitBank recebeu aporte do banco norte-americano J.P. Morgan. Esse é o primeiro investimento da instituição no ramo de pagamentos na América Latina. Segundo o J.P. Morgan, os recursos serão destinados para a expansão do portfólio de produtos da fintech, assim como sua ampliação internacional — o objetivo é se tornar uma “big tech financeira”. Os valores envolvidos não foram divulgados. Essa é a terceira rodada de investimentos que o FitBank participa.
          “O acordo envolve o aporte na operação, o desenvolvimento de novos produtos, ‘cross selling’ com outras áreas do banco e a expansão internacional, em um primeiro momento para a América Latina”, afirmou João Chacha, membro do conselho de administração do FitBank.
          As negociações entre as partes duraram cerca de oito meses, resultando numa participação minoritária do J.P. Morgan na empresa. O investimento foi realizado através de um veículo de investimentos estratégicos do banco nos Estados Unidos, direcionando os recursos para a operação da fintech.
          Em contrapartida, o J.P. Morgan tomou posse de um assento no conselho do FitBank, que será ocupado por Renata Vilanova Lobo, diretora de pagamentos para clientes do atacado do banco.
          O FitBank poderá ser utilizado pelos clientes do ramo de atacado do J.P. Morgan com o intuito do desenvolvimento de novos produtos, como uma solução para pagamentos, tanto no Brasil como no exterior.
          Concluído o negócio com o J.P. Morgan, o FitBank aguarda a licença de instituição de pagamentos do Banco Central (BC). A empresa quer se tornar “a fintech das fintechs”. “Partimos do entendimento de que a tecnologia tem de ser livre, para que possa ser usada a partir da nuvem e por APIs, para facilitar o dia a dia das empresas e dos consumidores”, afirmou Rener Menezes, responsável pela área tecnológica da companhia.
          No segundo semestre de 2021, o Fitbank iniciou seu processo de expansão internacional, um esforço liderado pelo ex-CEO do Goldman Sachs no Brasil, Alex Vollbrechthausen. O primeiro destino foi o México, mas outros países da América Latina também estão no roteiro.
          No início de maio de 2022, o Fitbank comprou o mercado online de crédito EasyCrédito por um valor não revelado. O objetivo é fortalecer seu negócio de banking as a service (BaaS), agregando crédito além dos pagamentos. Fundado em 2015 em Goiânia, por Marcos Ramos e outros, o EasyCrédito utiliza um algoritmo que analisa o perfil de cada consumidor e aumenta em até cinco vezes as chances de ter seu pedido de empréstimo aprovado. No momento do negócio, o EasyCrédito trabalha em parceria com 26 empresas e recebe mais de 10 milhões de pedidos de crédito por mês. Começou a trabalhar diretamente com o consumidor final (B2C), mas depois reforçou o acordo com plataformas (B2B2C) como OLX e Méliuz.
          Considerando dados de maio de 2022, o Fitbank tem mais de 200 clientes diretos e 60 milhões de usuários indiretos. Os volumes processados ​​já chegam a R$ 3,5 bilhões por mês. O Fitbank também tem a CSU entre seus acionistas.
(Fonte: SunoResearch - 13.07.2020 / Valor - 05.05.2022 - partes)