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17 de jul. de 2020

FitBank

          A fintech de pagamentos brasileira FitBank foi criada em 2015 por Otávio Farah (CEO), Rener Menezes e Mauricio Zaragoza. Não é informação da empresa, mas fit significa "em forma", em inglês.
          Em 2016, eles conseguiram atrair três ex-sócios da XP Investimentos: Marcelo Maisonnave, Eduardo Glitz e Pedro Englert. Dois anos depois, a fintech trouxe João Chacha e Alejandro Vollbrechthausen, ex-executivos do Goldman Sachs. Ambos passaram a fazer parte do conselho de administração da empresa.
          O FitBank desenvolveu uma plataforma de gestão de pagamentos “white label“. Nessa ferramenta, diversas instituições financeiras, como bancos, fundos de investimento, varejistas e até mesmo fintechs podem oferecer contas digitais e serviços financeiros aos seus clientes.
          O processo utiliza-se da tecnologia do FitBank, mas com sua marca própria. Segundo informações da empresa, já foram abertas 180 mil contas para 96 clientes. O valor transacionado por mês é de aproximadamente R$ 1 bilhão.
          Em julho de 2020, o FitBank recebeu aporte do banco norte-americano J.P. Morgan. Esse é o primeiro investimento da instituição no ramo de pagamentos na América Latina. Segundo o J.P. Morgan, os recursos serão destinados para a expansão do portfólio de produtos da fintech, assim como sua ampliação internacional — o objetivo é se tornar uma “big tech financeira”. Os valores envolvidos não foram divulgados. Essa é a terceira rodada de investimentos que o FitBank participa.
          “O acordo envolve o aporte na operação, o desenvolvimento de novos produtos, ‘cross selling’ com outras áreas do banco e a expansão internacional, em um primeiro momento para a América Latina”, afirmou João Chacha, membro do conselho de administração do FitBank.
          As negociações entre as partes duraram cerca de oito meses, resultando numa participação minoritária do J.P. Morgan na empresa. O investimento foi realizado através de um veículo de investimentos estratégicos do banco nos Estados Unidos, direcionando os recursos para a operação da fintech.
          Em contrapartida, o J.P. Morgan tomou posse de um assento no conselho do FitBank, que será ocupado por Renata Vilanova Lobo, diretora de pagamentos para clientes do atacado do banco.
          O FitBank poderá ser utilizado pelos clientes do ramo de atacado do J.P. Morgan com o intuito do desenvolvimento de novos produtos, como uma solução para pagamentos, tanto no Brasil como no exterior.
          Concluído o negócio com o J.P. Morgan, o FitBank aguarda a licença de instituição de pagamentos do Banco Central (BC). A empresa quer se tornar “a fintech das fintechs”. “Partimos do entendimento de que a tecnologia tem de ser livre, para que possa ser usada a partir da nuvem e por APIs, para facilitar o dia a dia das empresas e dos consumidores”, afirmou Rener Menezes, responsável pela área tecnológica da companhia.
          No segundo semestre de 2021, o Fitbank iniciou seu processo de expansão internacional, um esforço liderado pelo ex-CEO do Goldman Sachs no Brasil, Alex Vollbrechthausen. O primeiro destino foi o México, mas outros países da América Latina também estão no roteiro.
          No início de maio de 2022, o Fitbank comprou o mercado online de crédito EasyCrédito por um valor não revelado. O objetivo é fortalecer seu negócio de banking as a service (BaaS), agregando crédito além dos pagamentos. Fundado em 2015 em Goiânia, por Marcos Ramos e outros, o EasyCrédito utiliza um algoritmo que analisa o perfil de cada consumidor e aumenta em até cinco vezes as chances de ter seu pedido de empréstimo aprovado. No momento do negócio, o EasyCrédito trabalha em parceria com 26 empresas e recebe mais de 10 milhões de pedidos de crédito por mês. Começou a trabalhar diretamente com o consumidor final (B2C), mas depois reforçou o acordo com plataformas (B2B2C) como OLX e Méliuz.
          Considerando dados de maio de 2022, o Fitbank tem mais de 200 clientes diretos e 60 milhões de usuários indiretos. Os volumes processados ​​já chegam a R$ 3,5 bilhões por mês. O Fitbank também tem a CSU entre seus acionistas.
(Fonte: SunoResearch - 13.07.2020 / Valor - 05.05.2022 - partes)

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