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5 de out. de 2020

Palm, Inc.

          A empresa fabricante de hardware e software Palm, Inc. foi fundada em 1992 por Jeff Hawkins e
tem sua sede em Sunnyvale, Califórnia.
          A história do handheld Palm, uma espécie de computador portátil e agenda eletrônica começa em 1994. Hawkins tinha dois objetivos em mente: criar um computador simples de usar e que pudesse ser facilmente carregado. A empresa capitalizou bastante em cima da primeira motivação do inventor, tanto que todas as suas campanhas publicitárias procuraram explorar as vantagens da simplicidade de manejo: Simplesmente Palm, por exemplo, é um bordão que foi amplamente divulgado em anúncios de revistas e jornais.
          Em 1995, a Palm foi absorvida pela U.S. Robotics Corp.
          Em junho de 1997, a U.S. Robotics foi comprada pela 3Com e a Palm tornou-se então uma
subsidiária da 3Com.
          Em 2 de março de 2000, a 3Com transformou a subsidiária Palm em uma companhia independente e passou a ser cotada na Nasdaq sob o indicador PALM. Em agosto de 2003, a divisão
hardware da companhia foi rebatizada como PalmOne, Inc.
          Em 29 de abril de 2010, a Palm foi vendida para a HP por 1,2 bilhão de dólares. A Palm tinha então 939 funcionários e um lucro, em 2009, de 732 milhões de dólares. O objetivo principal da HP era ter acesso ao sistema operacional webOS. Com isso a HP entraria efetivamente no mercado de smartphones e internet móvel.
          A compra da Palm pela HP resultou em seu fim pois, a Hewllet-Packard descontinuou seu nome e implantou o webOS em seu novo tablet, o HP Touchpad com grandes expectativas que não foram atingidas.
(Fonte: revista Carta Capital - 15.05.2002 / Wikipédia - partes)

4 de out. de 2020

Bifarma

          A história da rede Bifarma se confunde com o histórico de vida de seu fundador, Delcídio Della Colleta. Em 1949, na cidade de Arapongas no Paraná, Delcídio inicia sua vida farmacêutica como balconista de uma pequena drogaria da cidade. Quatro anos depois, seguindo seu espírito empreendedor, Delcídio vai para São Paulo.
          A primeira drogaria foi aberta em 1976. A partir daí, Delcídio, junto com alguns sócios montaram pequenas redes de drogarias, dentre elas a Bifarma. Fundada em 1983, a Bifama teve sua primeira loja instalada no município de Caieiras, na Grande São Paulo. Explorando regiões onde as grandes redes ainda não estavam instaladas, a Bifarma marcou forte presença em cidades da região, como Franco da Rocha, Cajamar, Francisco Morato, Mairiporã e no bairro de Perus, dentro do município de São Paulo.
          Os negócios continuaram prosperando durante a década de 1980, até que, em 1990, Delcídio consegue comprar as partes de seus sócios e chama o seu filho Marcos para participar do desenvolvimento da rede.
          Em 1992 surge a ideia de expandir para um novo nicho de mercado que ainda estava em expansão, no seguimento da área farmacêutica logo, o primeiro Laboratório de Manipulação é aberto. Localizado no Município de Caieiras naquela época, atendia-se cerca de 70 clientes por dia, hoje diariamente mais de 600 clientes passam pelo nosso atendimento efetuando a compra. com isso são produzidas cerca de 900 fórmulas diariamente e no ano 2011 foi inaugurado mais uma unidade da
Bifarma Farmácia de Manipulação, localizado no município de Poá.
          Considerando dados de outubro de 2020, o grupo Bifarma tem aproximadamente 150 lojas e 3800 funcionários. A rede já tem unidades em outros estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro.
(Fonte: site da empresa)

3 de out. de 2020

Lipton

          A marca Lipton foi criada em 1890 por sir Thomas J. Lipton. Desde as primeiras décadas do século XX já era importada para o Brasil.
          Em 1978, herança da Van den Bergh e, portanto, presente no portfólio da Unilever desde sua fundação, a linha de chás aromáticos Lipton é lançada no mercado brasileiro. Nesse ano, no Brasil a empresa ainda se chamava Gessy Lever.
(Fonte: Unilever)

1 de out. de 2020

BRK Ambiental

          A BRK Ambiental é parte da Brookfield, companhia canadense que chegou ao Brasil em 1899 e administra ativos em mais de 30 países, nos cinco continentes. Desde abril de 2017, a Brookfield detém 70% de nossas ações. A aquisição foi feita em 2016, quando a empresa ainda era conhecida como Odebrecht Ambiental. A BRK Ambiental é a nova denominação da Odebrecht Ambiental, e tem a executiva Teresa Vernaglia como presidente desde maio de 2017.
          O FI-FGTS, sigla para Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, detém os 30% de participação restantes do capital social. Criado em 2007, o FI-FGTS é administrado pela Caixa Econômica Federal e tem seus recursos focados na concretização de projetos de infraestrutura no Brasil.     
          A abrangência da atuação da empresa na prestação dos serviços de água e esgoto é definida pelo modelo de contratação estabelecido com cada município ou estado, mas está fundamentada na gestão da cadeia de abastecimento de água, da captação à distribuição e na gestão de coleta, afastamento, tratamento e disposição final de esgotos.
          A BRK Ambiental é a maior empresa privada do Brasil no setor de prestação de serviços de água e de esgoto, disponibilizando serviços que beneficiam mais de 15 milhões de pessoas. Está presente em mais de 100 municípios, distribuídos por todas as regiões do país, com diferentes modelos contratuais, como concessões, Parcerias Público-Privadas, subdelegações com empresas estaduais, entre outros. 
          Em 30 de setembro de 2020, a BRK ganhou a concessão dos serviços de abastecimento de água e esgoto de Maceió, capital de Alagoas, por R$ 2 bilhões. O valor foi oferecido pela empresa no leilão realizado na B3, na capital paulista. O contrato determina que devem ser feitos investimentos de R$ 2,5 bilhões ao longo do período de validade da concessão, sendo que R$ 2 bilhões desse total devem ser gastos nos primeiros oito anos de administração. Assim, o abastecimento na região deverá ser universalizado em seis anos e a rede de esgoto deverá atender 90% da população em até 16 anos.
(Fonte: site da empresa / jornal Valor - 12.03.2018 / UOL - 30.09.2020 / Valor - 08.08.2022 - partes)

30 de set. de 2020

Filippo Berio

          Filippo Berio nasceu dia 8 de dezembro de 1829 em Oneglia, cidadezinha na região da Ligúria, perto de Gênova, na Itália. Quando tinha seis anos transferiu-se com a família para a Toscana, para Lucca, uma cidade famosa pelo azeite. E foi exatamente naquela doce paisagem com colinas que Filippo Berio teve a intuição de perseguir a sua paixão e ser produtor de azeite.
          Ano após ano, Filippo dedicou-se a aperfeiçoar a própria técnica: escolhendo as melhores azeitonas e prensando-as com cuidado e atenção, extraindo azeite puro e requintado. Safra após safra a fama de Filippo Berio cresceu, até seu azeite obter sucesso nacionalmente, o que ocorreu por volta de 1850, passando a ser vendido e distribuído em todo o país.

filippo berio firm
filippo berio hystory poster


          Por volta de 1860, os azeites famosos e os seus altos padrões de qualidade fizeram Filippo Berio ser logo reconhecido como um dos mais credenciados especialistas e produtores de azeite da Itália.
          Em 1867, após acumular 15 anos de experiência no campo do azeite, a marca Filippo Berio foi registrada. A primeira venda oficial está documentada em Lucca, cidade onde Filippo Berio morava.
          Nos anos 1870, Filippo Berio começou a exportar os seus azeites para a América do Norte, atendendo a pedidos de importadores, hoteleiros, gerentes de restaurantes e comerciantes italianos que queriam oferecer aos próprios clientes um autêntico sabor italiano.
          Na Exposição Universal de Lyon de 1872, Filippo Berio obteve o primeiro reconhecimento pela excelente qualidade dos próprios azeites, um prêmio que ganharia novamente em 1878 na Exposição de Paris.
          Filippo Berio faleceu em 1894, aos 64 anos de idade, e as rédeas passaram para a filha Albertina e o seu sócio, Giovanni Silvestrini.
          Dois anos após o falecimento de Filippo Berio, 1896, a marca foi registrada nos Estados Unidos. Em princípios do século XX, o azeite Filippo Berio passou a ser a marca italiana mais exportada, graças aos volumes estáveis das vendas e à série de prêmios e distinções atribuídas pela sua qualidade e sabor excepcionais.
          Em 1919, Albertina Berio e Giovanni Silvestrini uniram as forças com outros importantes produtores de azeite e de vinho para fundar uma cooperativa: surgia a SALOV.
      Com a finalidade de atender a uma demanda constante, em 1922 a SALOV abriu um estabelecimento de refinação de azeite de vanguarda em Viareggio.
          Durante a Segunda Guerra Mundial, mais especificamente em 1940, a SALOV interrompeu as atividades de produção de azeite. Em fins da década de 1950 restabelece-se a produção, introduzindo técnicas inovadoras no cultivo das oliveiras.
          No pós-guerra, 1960-1970, a fama da marca Filippo Berio continuou crescendo e conseguindo cada vez mais sucesso, inclusive graças aos numerosos estudos que confirmam os efeitos benéficos do azeite.
          Em 1987, para atender à crescente demanda e às necessidades do mercado da América do Norte, a SALOV abriu uma consorciada em Nova Jersey (USA).
          Pouco mais de 12 anos depois, em 1999, a SALOV inaugurou a consorciada Filippo Berio UK em Londres.
          Em 2006, a Salov transferiu a produção para a unidade de Massarosa, não longe de Lucca, a cidade em que Filippo Berio morava. Este novo estabelecimento é dotado de equipamento moderno e sofisticado com capacidade para realizar rigorosos controles da produção e da qualidade.
          Em 2011 a Filippo Berio abriu uma nova filial, em Singapura.
          O logotipo histórico da Filippo Berio foi renovado em 2013: a abelha operária que durante anos distinguiu cada garrafa foi substituída pelo rosto de Filippo Berio. Mais tarde no mesmo ano foi aberto um escritório de representação em Moscou, a capital russa.
          A Salov, guardiã do legado de Filippo Berio, continua a honrar, hoje, amanhã e nos anos futuros, a paixão, a maestria e a devoção que aquele homem dedicava à excelência.

29 de set. de 2020

Vtex

          A VTEX é uma fornecedora de sistemas para comércio eletrônico. Foi fundada em 2000.
          A Riverwood, fundo americano, comprou 25% na VTEX em 2015 e permanece como sócio.
          Em dezembro de 2019, a VTEX recebe um aporte de US$ 140 milhões liderado pelo SoftBank. Participaram também as gestoras de private equity Gávea Investimentos e a Constellation Asset.
          No final de setembro de 2020 a empresa tornou-se o mais novo unicórnio brasileiro. A VTEX concluiu uma nova rodada de investimentos de US$ 225 milhões e passou a ser avaliada em US$ 1,7 bilhão. A nova rodada contou com a participação dos fundos e gestores de investimentos Tiger Global, Lone Pine Capital, Constellation, Endeavor Catalyst e Softbank.
          A valorização da VTEX também foi impulsionada pela corrida do varejo para as plataformas on-line por conta da pandemia. Com a valorização, a empresa entra para a crescente lista dos unicórnios brasileiros, que inclui empresas como 99, iFood, Loft, Loggi, NuBank e Quinto Andar.
          Em comunicado, a VTEX comentou que usará fundos da última rodada para fazer aquisições, contratar talentos adicionais, inovar sua plataforma e acelerar o crescimento nos mercados dos Estados Unidos, Europa e Ásia-Pacífico.
          Considerando dados de setembro de 2020, a empresa conta com 600 funcionários e atende a 3 mil clientes em 28 países, incluindo AB InBev, Coca-Cola, Nestlé e Walmart.
(Fonte: ValorInveste - 29.09.2020)

28 de set. de 2020

Oxford

          Em 26 de novembro de 1953, o ainda jovem Francisco Loersch negociou o acervo da sua Cerâmica Santa Terezinha com um grupo de empresários liderados por Otair Becker, um dos grandes responsáveis pela trajetória de sucesso da empresa durante décadas. A Santa Terezinha, localizada no bairro Oxford, no município de São Bento do Sul, em Santa Catarina, passou então a se chamar Indústria Cerâmica Oxford Ltda.
          Novas diretrizes foram adotadas, de maneira que a Oxford pudesse iniciar sua produção em 2 de janeiro de 1954 com apenas 72 colaboradores e uma unidade fabril.
          A Oxford Mineração surge em 1968, na cidade de Campo Alegre (SC), com o objetivo de fornecer matérias-primas para a própria Oxford e também comercializar argila para outros segmentos.
          Em 1976, a Oxford manda o seu primeiro container para o exterior e desde então as exportações só crescem. Isso gerou a necessidade de construção de uma segunda unidade fabril também em São Bento do Sul.
          A primeira participação em uma feira internacional acontece em 1980, em Berlim, na Alemanha. E nesse mesmo ano a empresa também passa a contar com pouco mais de 880 colaboradores.
          Em 1981, é inaugurada a primeira loja de fábrica da Oxford, localizada ao lado da empresa, em São Bento do Sul. E em 1982 nasce um dos ícones da marca: a embalagem de madeira.
          Num panorama de quando a Oxford completou 40 anos, em 1994, a empresa apresentava números impressionantes: presença em 65 países, 5ª colocação no ranking das maiores do mundo, liderança absoluta entre os produtores de louça de mesa da América Latina e 1.400 colaboradores.
          Em 1995, a Oxford conquista a certificação ISO 9000. Em 1996 e em 2001 são inauguradas as unidades fabris 5 e 6, respectivamente, ambas em São Bento do Sul.
          Em 2010 a empresa muda o seu posicionamento e passa a se chamar Oxford Porcelanas, marca com a qual comercializa porcelanas. A Oxford Daily surge com produtos mais coloridos e práticos, feitos para o dia a dia. A linha cerâmica passa a se chamar Biona Cerâmica. Em 2011 a Oxford compra a fábrica de cristais artesanais localizada em Pomerode (SC). Nasce nesse momento a marca Oxford Crystal.
          Pouco depois nasce a marca Oxford Cookware e a empresa ingressa no ramo de panelas, ofertando peças que possuem uma avançada nanotecnologia antimicrobiana e vão para fogão, forno, geladeira, freezer, micro-ondas e lava-louças.
          Um novo marco acontece em 2016: a Oxford inaugura sua primeira unidade fabril fora do estado de Santa Catarina. Surge a Oxford Espírito Santo, localizada na cidade de São Mateus.
          Em 2017, a empresa adquire a marca Strauss e ingressa no mercado de luxo. E, a partir desse momento, passa a se posicionar como grupo Oxford, e não mais como Oxford Porcelanas.
          Hoje, o grupo Oxford conta com um fundo de investimento formado pelas três famílias fundadoras da WEG, uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo.
(Fonte: Site da empresa)

27 de set. de 2020

Delfin

          A Delfin Capitalização S.A. e o Grupo Delfin foram fundados na cidade mineira de São João Del Rei. O Nome Delfin vem de Del (São João Del Rei) + Fin de Financiamento. A semelhança do nome fez com que muitos, durante muito tempo, achassem que o economista Antonio Delfim Neto tinha participação na empresa.
          O Grupo Delfin era dono da maior caderneta de poupança do país, com 3,5 milhões de depositantes. A Delfin era a maior sociedade independente de crédito imobiliário do Brasil. Seu ativo era cerca de Cr$ 145 bilhões, sendo a segunda maior rede de poupanças depois da Caixa Econômica Federal (CEF).
          O Caso Delfin começou com a publicação pela Folha de S. Paulo de reportagem que revelava com detalhes um empréstimo de Cr$ 60 bilhões (moeda da época) feito pelo extinto Banco Nacional da Habitação (BNH) ao Grupo Delfin. Os bens dados em garantia estavam superavaliados. O Grupo Delfin foi responsável pelo grande escândalo financeiro que a ditadura militar não conseguiu encobrir.
          No final de 1982 veio à tona uma reportagem-denúncia do jornalista José Carlos de Assis expondo a quitação da dívida da empresa Delfin com o BNH. O Grupo Delfin era a maior empresa privada de crédito imobiliário da época, porém possuía elevados endividamentos junto ao BNH. No ano de 1982, um acordo previa a entrega de dois terrenos como forma de saldar os Cr$ 60 bilhões devidos. No entanto, os terrenos valiam Cr$ 9 bilhões, cerca de um sexto da dívida. Esse acordo fraudulento envolveu os nomes dos ministros Mário Andreazza (Interior), Delfim Netto (Planejamento) e Ernane Galvêas (Fazenda), que chegaram a ser acusados judicialmente por causa do acordo, mas, até onde se sabe, nenhum tipo de punição foi aplicada aos culpados que lesaram milhares de contribuintes.
          A reportagem foi publicada no dia 30 de dezembro de 1982 e vinte dias depois acabou levando à falência o grupo Delfin pela retirada de fundos realizada pelos seus clientes. A clientela, da classe média em sua grande maioria, que possuía caderneta de poupança no Grupo assustou-se com a possibilidade de um desfalque e, imediatamente, sacou seu dinheiro.
          Em 1983 o Banco Central do Brasil (Bacen) decretou intervenção nas sociedades de crédito imobiliário do Grupo Delfin, que tinha mais de três milhões de depositantes, até que o grupo Delfin pagasse o que restava da dívida de Cr$ 80 bilhões ao BNH. Mesmo com a intervenção do Bacen, a empresa não conseguiu se manter viva por muito tempo e faliu em 1984, agravando a crise no mercado imobiliário brasileiro, que se estendeu pela década de 1980. A intervenção foi decidida pelo Ministério do Interior, por proposta do BNH, com o intuito de que as contas dos depositantes fossem transferidas para agências da CEF,  até que o grupo pagasse o que restava da dívida.
          O Presidente João Figueiredo hesitou em autorizar a intervenção na Delfin para evitar uma repetição dos traumas financeiros provocados pela intervenções feitas pelo governo Geisel no Banco Halles e na sociedade de crédito imobiliário Vitória Minas. Em abril de 1982, porém, o Chefe da Casa Civil da Presidência, Ministro Leitão de Abreu,  considerou preferível a intervenção.
          Em 1991, o empresário Ronald Levinsohn fechou um acordo com o Bacen que o permitia levar o que havia sobrado da Delfin, aproximadamente R$ 300 milhões, e pagar a dívida em 13 anos com dois anos de carência. O empresário Ronald Levinsohn não pagou nenhuma parte do previsto. O montante da dívida já é maior que um R$ 1 bilhão.
          Em 2002, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido da Delfin Capitalização S.A., empresa do Grupo Delfin, de extinguir a ação que ela responde na Justiça, sem que fosse julgado o mérito. A decisão foi unânime. Segundo o Ministério Publico do Estado de São Paulo, já era do conhecimento público que o Grupo Delfin, incluindo a empresa, foi submetido à liquidação da sentença em janeiro de 1984, chegando a publicar um edital avisando aos credores que começaria a pagar o passivo. Em 1989, o Bacen converteu a liquidação extrajudicial em ordinária, mas sem que tenha havido o integral ressarcimento dos credores de títulos de capitalização.
          Em 16 de março de 2006 o STJ reconheceu como justo e apropriado o pagamento com os dois imóveis em questão da dívida da Delfin com o BNH, fechando assim, perante os olhos da Justiça, o Caso Delfin.
(Fonte: Wikipédia)

26 de set. de 2020

LBR (Bom Gosto + Leitbom)

Bom Gosto         
          A empresa de laticínios Bom Gosto foi fundada pelo empresário gaúcho Wilson Zanatta em 2008 (?). Em apenas três anos, a empresa incorporou seis companhias e assumiu a vice-liderança do mercado. Com dívida de 350 milhões de reais em 2009, a Bom Gosto só manteve o ritmo de aquisições graças à ajuda do BNDES, que investiu 250 milhões de reais na companhia desde 2007.
          Com 1,8 bilhão de reais de faturamento em 2010, a Bom Gosto tinha 22 fábricas, concentradas nos estados do Sul e do Nordeste. Os principais acionistas eram Wilson Zanatta, com 32% do capital, a família Stuani, com 32% e o BNDESPar, com 34%. Entre as oito marcas da empresa, destacavam-se Bom Gosto, Líder e Boa Nata. 


Leitbom
          Os financistas da GP Investiments fizeram sua estreia no setor de laticínios em 2008 ao comprar a goiana Leitbom. Depois disso, a GP partiu para a aquisição das marcas Poços de Caldas e requeijão Paulista e se associou com a Laep, dona da marca Parmalat.
          A Leitbom somou prejuízos de 370 milhões de reais em 2008 e 2009. Com faturamento de 1 bilhão de reais em 2010, a Leitbom tinha oito fábricas, concentradas nos estados do Sudeste e do Centro-Oeste. A GP Investments tinha 40% de participação e a Laep, dona da marca Parmalat, os outros 60%. Tinha sete marcas, entre elas, Parmalat e Poços de Caldas.


LBR - Láteos Brasil
          Em dezembro de 2010, o caminho das duas companhias, Bom Gosto e Leitbom, se cruzou. Numa fusão em que apenas um dos sócios colocou dinheiro, foi criada a Lácteos Brasil, ou apenas LBR. O dono do único cheque assinado no negócio foi o BNDES, que já tinha participação na Bom Gosto e aceitou colocar 700 milhões de reais para não diluir sua fatia na nova empresa. Com essa fusão, o governo tinha de fato a pretensão de criar a campeã nacional do leite.
          Com vendas de 2,8 bilhões de reais em 2010, a LBR já nasceu como a maior fabricante de leite do país. Além de uma chance concreta de ganhar mercado, a fusão era vista tanto pela Bom Gosto como pela Leitbom como uma chance de superar uma fase renitente de maus resultados. Nenhuma delas possuía distribuição nacional - mas suas regiões de atuação se complementavam.
          A composição acionária ficou assim definida: GP e Laep (através da holding Monticiano), com  40%, Zanatta e Stuani, com 25% e BNDESPar com 30%. A família Stuani era ex-dona da Líder, incorporada pela Bom Gosto em 2008). A presidência do conselho da LBR passou a ser dividida entre Wilson Zanatta e Fersen Lambrando, um dos principais sócios da GP.
          Numa companhia que nasceu tão grande quanto complexa, a nova diretoria começou a trabalhar na integração assim que foi formada, no dia 4 de janeiro de 2011. Desde então, um grupo de 40 profissionais de ambas as empresas passou a avaliar suas 30 fábricas, 15 marcas, 6.400 funcionários e 56.000 fornecedores. Num sinal inequívoco da influência da GP, a LBR imediatamente contratou a consultoria Gradus, tradicional parceira do fundo em processos de integração, para coordenar o andamento do trabalho. Não apenas Fernando Falco, que estava à frente da Leitbom desde 2009, passou a ocupar a presidência da LBR como também quatro diretores, dos cinco da nova companhia, vieram da empresa antes controlada pela Laep.
          Mãos à obra, em março de 2011 a empresa iniciaria um programa de aumento da produção de leite nas propriedades rurais; o investimento em marketing passaria a ser o dobro das duas empresas que se associaram, com ênfase para a Parmalat e, em maio (de 2011) a LBR lançaria iogurtes e achocolatados com o rótulo da Parmalat.
(Fonte: revista Exame - 23.02.2011)