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29 de out. de 2020

Vicunha / Textília

          A Textília é a holding do grupo Vicunha e começou a ser montada depois que foi diagnosticado um câncer de pulmão em Mendel Steinbruch, em fevereiro de 1990. Até então, o que havia era uma espécie de grupo virtual, que funcionava basicamente a partir de acordos entre Mendel Steinbruch e seu parceiro na criação do conglomerado, Jacks Rabinovich. É na Textília, na qual ambas as famílias têm participação idêntica, que está alojado o conselho de administração da Vicunha.
          O grupo Vicunha foi criado por volta de 1967 e teve como co-fundador Mendel Steinbruch. Protegido por um mercado trancafiado e imune à concorrência internacional, chegou a ter quase 30 empresas que fabricavam de fios a tecidos e roupas.
          No final da década de 1980, algumas de suas unidades apresentavam uma rentabilidade próxima dos 40%.
          Em abril de 1992, Benjamin Steinbruch, filho de Mendel, deixa o escritório da superintendência do grupo Vicunha e passa a dar expediente na Lee, uma das empresas do grupo. Pretendia rejuvenescer e elitizar a marca. Nesse esforço, abriria lojas exclusivas da Lee. As três primeiras foram abertas nos shoppings Iguatemi e Center Norte, em São Paulo. Outras sete seriam abertas até o final do ano em shopping centers paulistanos. Nas outras capitais, a ideia era partir para as lojas franqueadas. A ideia era "recuperar o terreno perdido para as outras grifes", segundo Steinbruch.
          O problema é que os tempos mudaram. A Vicunha continuou a ser uma potência mas, em 1996, pela primeira vez na história do grupo, não se ganhou dinheiro.
          Empresas controladas como a Fibrasil, a Finobrasa e a Lee Nordeste fecharam no prejuízo, em 1996. Três unidades - entre elas a Vicunha, de São Paulo - foram desativadas. Foi nessa época que o grupo participou de privatizações como CSN em 1993 e Vale, em 1997.
          "Aprendemos que é prudente não colocar todos os ovos na mesma cesta", disse Ricardo Steinbruch, nascido em 1959, irmão de Benjamin e presidente da área têxtil da Vicunha. "Ainda mais quando a cesta é um setor fragilizado como o têxtil. Estamos felizes com a diversificação".
          Até o início da década de 1990, os Rabinovich e os Steinbruch nunca haviam desviado seus investimentos da indústria têxtil. Nascido em 1954, Benjamin, primogênito do co-fundador Mendel Steinbruch, participou das privatizações.
          Mendel Steinbruch morreu em agosto de 1994.
          Em agosto de 1995 o alto comando do grupo Vicunha ganhou novo endereço: o edifício da Rua Itacolomi, no bairro paulistano de Higienópolis, onde antes funcionava o Banco Fibra, braço financeiro do grupo. Esse novo QG substituiu o antigo escritório da Rua Iboti. Dora, a viúva de Mendel Steinbruch, recebeu uma sala no escritório.
          Desde a abertura do mercado, o setor têxtil foi  sendo impiedosamente atacado pela concorrência internacional, principalmente pelos asiáticos. De 1991 a 1996, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil, Abit, mais de 1.200 empresas desapareceram. As exportações de produtos têxteis caíram 13,3% enquanto as importações cresceram 329%.
          Nesse período, alguns dos maiores negócios do grupo Vicunha passaram a ser diretamente atacados pelos asiáticos. A Tecelagem Elizabeth, sediada em Americana, no interior de São Paulo, é um exemplo. De 1989 a 2007 a produção anual de tecido caiu pela metade.
( Fonte: Exame - 22.07.1992 / 31.08.1994 / 16.08.1995 - partes)

28 de out. de 2020

Barion

          O Sr Barion e sua família foram atraídos pelo Paraná em desenvolvimento e se instalaram em Curitiba, em 1960. No início dos negócios a empresa se dedicou à distribuição de alimentos como biscoitos, chocolates, confeitos, chicletes e similares.
          Em 1969, é fundada a empresa Barion & Cia. Ltda. que recebeu o reforço dos filhos Ricardo, Roberto e Rommel.
          Já com a fabricação própria de chocolates, bombons e ovos de Páscoa, em 1971 Barion notou que poderia avançar a distribuição a todo o estado do Paraná.
          Em 1978 foi criado um entreposto de mel de abelhas. Para o fabrico do pão de mel foi seguida a receita da vovó Barion e logo o quitute atingiu distribuição em todo o território nacional.
          A construção de uma unidade industrial, que logo ficou pequena, foi concluída em 1983 e, dois anos depois, em 1985, começa a produção da linha "Waiffer".
          Observando os hábitos dos brasileiros e o crescimento mais acentuado das vendas de chocolates, em 1992 foi criada a linha de bombons Fofito. Em 1996 toda a planta industrial foi transferida para modernas instalações e é onde se encontra a unidade industrial atual, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
          A primeira exportação, para os Estados Unidos, ocorreu em 1999.
          A unidade fabril ocupa um terreno de 40.000 metros quadrados e as instalações industriais 
ocupam 10.000 metros quadrados de área construída, em Colombo.
(Fonte: site da empresa)

Unidas ("nova" Unidas - Brookfield)

          A nova empresa, denominada Unidas, nasceu da fusão da Ouro Verde – que era controlada pelo fundo Brookfield – e de alguns ativos da antiga Unidas, que foi adquirida pela Localiza.. O executivo Cláudio Zattar, que era presidente da Ouro Verde, passou a ser o presidente-executivo da Unidas, que começou a operar de forma integrada no início de outubro de 2022. O negócio de aluguel de carros novos da Brookfield passa a operar sob a marca Unidas.
          A nova Unidas surgiu de uma necessidade pragmática: a demanda do regulador antitruste CADE para que um concorrente do setor aprovasse o plano da Localiza de incorporar a Unidas – as duas eram a primeira e a segunda maiores locadoras de veículos do Brasil. A mudança da Localiza foi aprovada pelo CADE em meados de 2022. Pelo desinvestimento, a Brookfield pagou cerca de R$ 3,5 bilhões.
          Antes, a Ouro Verde tinha um negócio focado na operação B2B e planejava abordar clientes pessoa física por meio da expansão de sua filial de carros por assinatura. Com a aquisição, a nova empresa deu um grande passo e passou a ter boa representatividade no mercado. No total, são 90 mil ativos (caminhões, automóveis, máquinas e equipamentos), sendo 77 mil veículos leves. A Localiza, líder, tem cerca de 440 mil carros (depois de incorporar a antiga Unidas) e a Movida tem 190 mil carros.
          O pacote de desinvestimentos adquirido pela Brookfield envolveu cerca de 49 mil carros e 182 locadoras (a Unidas havia fechado o segundo trimestre com 245, considerando rede própria e franquias). A Ouro Verde, focada em B2B, não tinha lojas e tinha como foco representantes em todo o país.
          A venda das lojas de seminovos não estava dentro das obrigações apontadas pelo CADE, mas o regulador deu liberdade à Localiza para negociar as condições com a empresa interessada no ativo. Dessa forma, o grupo conseguiu 22 lojas de veículos usados, disse Zattar. Até então, nem a Ouro Verde nem a Localiza haviam divulgado detalhes sobre o pacote de desinvestimentos – a única coisa certa era o volume da frota, que já havia rumores no mercado.
          A marca e submarcas Unidas – como Unidas Frotas e Unidas Livre – também foram adquiridas. A marca Unidas foi reconhecida como uma das 50 mais valiosas do Brasil, segundo o ranking Brand Finance Brazil.
          “É difícil entrar em um negócio de aluguel de carros do zero. As barreiras são grandes, as escalas são grandes. Você teria que passar por um período de maturidade. E agora estamos entre as três maiores do país e com grande potencial que o mercado está nos proporcionando”, disse Zattar, que antes de assumir a Ouro Verde era responsável por logística e compra de veículos da Localiza.
          As empresas também viram a necessidade de ter dinheiro em caixa e decidiram ter menos ativos – buscando opções de gestão de frota e terceirização.
          “O mercado de rent-a-car é um segmento que continua a crescer. “Obtemos a disponibilidade das montadoras. Já somos tratados como uma grande locadora”, afirmou Zattar.
          Uma mudança no mercado em 2022 é que as locadoras foram forçadas a operar com veículos mais antigos. Em 2019, a idade média da frota operacional da Localiza no segmento de rent-a-car foi de 7 meses. No segundo trimestre de 2022, a idade era de 17,4 meses – o cenário foi semelhante na Unidas.
          A nova Unidas continuará divulgando seus resultados ao mercado e pretende manter a captação de recursos por meio de emissão de dívida. Questionado sobre o cenário de negociação das ações em bolsa e se a Brookfield teria interesse em buscar sócios, Zattar defendeu que, por enquanto, não há conversas nesse sentido.
(Fonte: Valor - 04.10.2022)          

27 de out. de 2020

Banco AgZero

          O Banco Safra lançou na última semana de outubro de 2020 o banco digital AgZero, que marca a entrada da instituição financeira no segmento de varejo. Este é o passo mais ambicioso no processo de diversificação dos negócios que a família Safra vem conduzindo nos últimos anos.
          O novo banco nasce sem canais físicos de atendimento e baseado no autosserviço — o conceito de “agência zero” foi, inclusive, o que deu origem ao nome. Não haverá cobrança de tarifas nem exigência de comprovação de renda dos clientes, numa tentativa de alcançar um público amplo.
          “O AgZero representa a entrada definitiva do Safra, de forma bem completa, em banco digital de varejo”, afirma Paula Mazanék, chefe da área digital de pessoa física do Safra, em entrevista ao jornal Valor. “Agora, estamos preparados para um passo mais ousado e queremos ser um competidor importante no varejo.”
(Fonte: Jornal Valor - 27.10.2020)

26 de out. de 2020

Confeitaria Kurt

          Nos anos 1940, o alemão Kurt Deichmann chegou ao Brasil fugido da Segunda Guerra Mundial e abriu, em 1942, uma pequena delicatessen, a Confeitaria Kurt, na Rua Ataulfo de Paiva, no Leblon que, apesar de escondida atrás de uma banca de jornal, formava filas na porta. 
          Mais de setenta anos se passaram e os tradicionais biscoitos (palmiers, spekulatius, baserlerleckerli) doces, mousses francesas, tortas austríacas – morango, amora e damasco – que deram fama à casa, continuam fazendo sucesso na charmosa doceria, agora num simpático espaço na rua General Urquiza, uma rua transversal à Ataulfo de Paiva, onde foi fundada.
          Única loja exclusivamente dedicada a doces no Rio de Janeiro, a Confeitaria Kurt oferece uma linha tradicional de iguarias europeias, especializada em stollen (espécie de panetone), streusel (torta recheada com frutas frescas), teekuchen (bolo inglês), weihnachtsfruchi brot (bolo curtido no licor de cherry) e dobos (torta húngara com recheio de creme de café e cobertura de caramelo). A loja é um pedacinho da Europa no coração do Leblon.
          Famosa há 75 anos, a torta de damasco, uma das primeiras a ser preparada por Kurt, é também um dos maiores sucessos da loja. Outro grande destaque é Picada de Abelha, que tem massa recheada com creme de baunilha, coberta com mel e crocante. Tão famosa que já foi até assunto no programa do Jô Soares.
          No total, são mais de 30 variedades de doces e tortas. A confeitaria desenvolveu, ainda, uma linha diet (sem açúcar) das iguarias como os rocamboles e tortas de morango, ricota e damasco, streusel de banana, strudel de maçã e a torta mousse de chocolate com amêndoas.
(Fonte: site da empresa)
Sobre Kurt Deichmann | Confeitaria Kurt

Liebfraumilch

          Liebfraumilch, o famoso, antes venerado e hoje desprezado, é um tipo de vinho branco alemão, semi-doce que vinha na garrafa azul.
          Seu nome, tanto no Brasil como no mundo, quase todos traduzem como "leite da mulher amada". Na verdade, Liebfrau significa "Nossa Senhora" em alemão. Os vinhos eram originalmente produzidos nos vinhedos dos arredores da Liebfrauenstift Church (Igreja de Nossa Senhora). Seria lógico então que a tradução correta fosse: “O leite de Nossa Senhora”, o que é incorreto. Milch, é uma forma arcaica alemã de Minch ou Monck (monge, que hoje é escrito Mönch). Então, significa Monge de Nossa Senhora. Reparem que em quase todas as garrafas há desenhos religiosos que comprovam esse argumento.
 

Vinho Liebfraumilch da garrafa azul
Vinho Liebfraumilch da garrafa azul
          A história da garrafa azul e sua chegada ao Brasil teria começado por volta dos anos 1970. O importador brasileiro Otávio Piva de Albuquerque, dono da Expand, convenceu o fabricante alemão do vinho, Josef Friederich, a comercializá-lo no Brasil com as tais “garrafas azuis” e a um preço acessível.
          A ideia da cor azul era para destacar o vinho Liebfraumilch nas prateleiras das lojas e facilitar sua identificação.
          Ele tinha razão. A estratégia foi um sucesso e a “garrafa azul” tomou conta dos salões de festa de todo o país! A garrafa azul foi febre por aqui nas décadas de 1980 e 1990, e era presença certa em festas de formatura e casamento.
          Qualquer um que já consumia bebida alcoólica (ou que convivia com alguém que bebia), com certeza conheceu o vinho Liebfraumilch. Muitos até iniciaram o contato com a bebida através dele.
          Especialistas dizem que o vinho Liebfraumilch inaugurou uma nova era dos vinhos no Brasil, marcou uma geração e mudou totalmente o mercado nacional de vinhos.
          Na década de 1980 cerca de 60% do vinho importado pelo Brasil vinha nas garrafas azuis alemãs. E quando o governo Fernando Collor de Melo abriu as importações para o Brasil no início dos anos 1990, é que a “garrafa azul” tomou conta do país mesmo. Entre 1997 e 1998 o vinho Liebfraumilch era o vinho importado mais vendido no Brasil.
          Além de estar em todo lugar, sendo o nome Liebfraumilch relativamente difícil de pronunciar, muito mais fácil era pedir pelo vinho da garrafa azul. E foi assim que o Liebfraumilch foi conhecido por muito tempo.
          Na Alemanha, o Liebfraumilch é produzido nas regiões de Hesse-Renânia, Mosela-Saar-Ruwer, Pfalz, Rheingau, Francônia, Nahe e Ahr.
          No Brasil, em garrafa verde, o Liebfraumilch é produzido pela Vinícola Aurora, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, sob a supervisão da Campari Brasil Ltda.
(Fonte: Wikipédia / VS VisiteSeattle - 07.02.2017 - partes)

25 de out. de 2020

Óticas Lancaster

          Gil Lancaster, nascido em 1962, é o filho mais velho de família de sete irmãos, de pais nordestinos que como tantos outros, vieram do Piauí para São Paulo nos anos 1960 com a esperança de um futuro melhor. Com o pai pulando de emprego em emprego e a mãe ganhando poucos trocados com o serviço que podia fazer ao mesmo tempo que cuidava de todos os filhos, a família primeiro mudou-se para uma casa menor, depois foi despejada e estiveram próximos de irem morar debaixo da ponte. Foram salvos por uma invasão, que usaram como último recurso para não sucumbir.
          Entre várias funções, em variados serviços, Gil trabalhou em loja de material de construção e na ótica de seu cunhado.
          Influenciado pelo seriado de TV Chips pensou firmemente em entrar para a Polícia Rodoviária. Chips é uma série de TV, exibida de 1977 a 1983, baseada nas aventuras de dois patrulheiros rodoviários em motocicletas. Mas, o concurso que lhe apareceu foi para a ROTA - Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar. Fez o curso em 1981 e lá prestou serviços durante sete anos. Muito religioso, rezava 
muito durante todo o tempo para que Deus lhe conservasse a vida para ele poder sustentar sua família.
          No dia do casamento, ainda sem uma casa para chamar de sua, Gil e sua esposa Suzana tiraram fotos em frente a uma bela casa numa rua de um bairro nobre, o Palmas do Tremembé, na capital paulista. Não conheciam o dono da casa mas foi a solução que acharam para poder guardar boas recordações fotográficas do casamento. Quis o destino que, mais tarde, em muito melhores condições financeiras, eles comprassem uma casa na mesma rua.
          Gil sondou seu cunhado, sobre um possível investimento em uma ótica própria, mas foi desencorajado. Então, resolveu partir para uma carreira solo junto com a esposa Suzana. Quando fazia o curso de Ótica Oftálmica no Senac, começou a pesquisar e estudar sobre estrabismo. Descobriu que Hess Lancaster foi uma das pessoas que encontrou o tratamento para esta doença. Quando abriu a loja, não pensou duas vezes. O nome seria Lancaster, e assim batizou-a.
          E, foi justamente na Lancaster que seu nome mudou "na prática". Nos telefonemas, começou com "é o Gil, o Gil da Lancaster" e, com o tempo, ficou conhecido como Gil Lancaster.
Sua primeira loja foi inaugurada em 1988, numa pequena sala da Rua 24 de Maio no centro da capital paulista. Era ali uma pastelaria e então, o trabalho de limpeza foi penoso mas caprichado.
E, como divulgar a ótica? Não existia ainda capital para isso. Gil teve uma excelente ideia: contatar repórteres que faziam reportagens sobre operações da Rota que conhecera quando lá serviu. Recebeu ajuda suficiente para divulgar o nome, de modo que, logo depois surgiu um problema. Na realidade, um bom problema. A loja estava pequena demais, a ponto de receber reclamações de clientes. Logo alugou sala maior no 5º andar de um edifício na Rua Libero Badaró, para sua segunda loja, com estrutura de atendimento condizente com a evolução da empresa.
          Gil, nascido Gilvélcio, teve uma situação constrangedora que envolveu seu nome, que o fez pensar seriamente em mudá-lo definitivamente pra Gil Lancaster.
         Houve um evento de uma igreja de renome no estádio da Portuguesa de Desportos e, tendo entrado como patrocinador, foi convidado a participar tendo um lugar reservado na área VIP do evento. Na portaria se apresentou como Gil Lancaster, mas em sua carteira de identidade constava um nome diferente. Pediu que chamassem alguém que o reconhecia pessoalmente mas demorou muito e perderam parte do evento.
          Após aquele episódio, conversou com seu advogado e explicou as situações constrangedoras que já passara e ele deu entrada no Fórum João Mendes a fim de alterar o nome. Passou então a chamar-se como era conhecido.
          Considerando dados de 2018, a Óticas ((Gil) Lancaster tinha 30 lojas e um quiosque espalhados por São Paulo e cidades vizinhas. Tinha aproximadamente 280 funcionários.
(Fonte: livro - O Meu Caminho - Eni Devide / Wikipédia)

23 de out. de 2020

Ball / Rexam

          A norte-americana Ball Corporation tem suas origens em 1880, nos Estados Unidos.
          Em 2016, a Ball concluiu a aquisição da Rexam PLC. O presidente da companhia, John Hayes, conta que a compra da antiga concorrente deixou a empresa bem posicionada no Brasil e que o próximo passo seria reforçar sua presença tanto nos negócios tradicionais, de cervejas e refrigerantes, quanto nos segmentos emergentes, principalmente nos mercados de cervejas artesanais e energéticos.
          Em 23 de outubro de 2020, a Ball aprova a construção de nova fábrica de latas de alumínio em Frutal, Minas Gerais.  A unidade, que contará com duas linhas com capacidade para produzir um portfólio de latas em formatos variados, será inaugurada no segundo semestre de 2021 e criará cerca de 
100 empregos diretos na área de produção.
          O investimento inicial de 90 milhões de dólares em Frutal expandirá o footprint da Ball na América do Sul, cuja rede atualmente é formada por dez fábricas no Brasil, uma no Chile, uma na Argentina e uma no Paraguai, tornando a empresa líder no setor.
          A Ball Corporation é a líder global na produção de latas de alumínio para embalagens de bebidas.


Ball (English version)
          Five brothers founded Ball in 1880 with a $200 loan from their Uncle George. In the beginning, they made wood-jacketed tin cans for products like paint and kerosene, but soon expanded their offerings to glass- and tin-jacketed containers. In 1884, the brothers began making glass home-canning jars, the product that established Ball as a household name. The brothers—Edmund, Frank, George, Lucius and William—moved the company from Buffalo, New York, to Muncie, Indiana, in 1887 to take advantage of abundant natural gas reserves essential to making glass.
          Ball grew rapidly in the ensuing decade and has been in more than 45 businesses since its founding. Ball no longer manufactures the ubiquitous canning jars, but we’ve expanded and grown into a worldwide metal packaging company that makes billions of recyclable metal containers, and a unique aerospace business that designs one-of-a-kind solutions to answer scientific and technical challenges. We manufacture on four continents and we’re based in Broomfield, Colorado.
The Ball Brothers:
          Edmund B. Ball (1855-1925) borrowed $200 from his Uncle George to buy the Wooden Jacket Can Co., the forerunner of what would become Ball Corporation. He served as secretary and treasurer of the incorporated Ball Brothers Glass Manufacturing Company. Ed was well liked by plant employees, who once presented him with a gold pocket watch in appreciation for his efforts. Ed was known for his humanitarian strengths, although he preferred to stay in the background of his many community affairs. It was his wish that the Ball Brothers Foundation be organized, and from his estate came its original funding. The foundation's first major project, Ball Memorial Hospital in Muncie, was completed four years after his death. His son, Edmund F. Ball, went on to serve the company as chairman, president, and CEO for 18 years.
          An early salesman for the Wooden Jacket Can Co., Frank C. Ball (1857-1943) was responsible for moving the family from Buffalo, N.Y., to Muncie, Ind., in 1887. Frank served as the first company president, and remained in that capacity for 63 years.
          During his long and active lifetime, George A. Ball (1862-1955) served the company as bookkeeper, secretary, treasurer, vice president, president, and board chairman. He participated in the company's evolution from kerosene cans and fruit jars to the threshold of the space age. He served on the boards of numerous organizations including Borg-Warner Corporation, Nickel Plate Railroad, various banks, Indiana University, Ball State Teachers College (today, Ball State University) and Ball Memorial Hospital. In 1935, he became the owner of a railroad empire. He was also involved in politics, and was a Republican national committeeman from Indiana for several years.
          Lucius L. Ball (1850-1932) fulfilled his lifelong ambition (after he had seen to it that his younger brothers and sisters were educated and established) to study and become a physician at the age of 40. He was a quiet, thoughtful, compassionate man with a shy sense of humor. In addition to his private medical practice, he served as medical adviser for the Western Reserve Life Insurance Company (then located in Muncie, Ind.).
          William C. Ball (1852-1921) had a reputation as being a tremendously effective salesman. He served the company as a salesman and its secretary until his death at age 69.
          The Ball brothers' founding spirit lives on today in everything from company's metal beverage packaging to it's cutting-edge aerospace division. Ball's approach has always been “We Can!” and in the 21st century, teh company remain true to it's roots.
          In 1880, Frank and Edmund Ball start the Wooden Jacketed Can Company in Buffalo, New York.
In 1886, Ball Brothers Glass Manufacturing Company was incorporated.
          In 1922, Company name changes to Ball Brothers Company
          In 1956, Ball forms the Ball Brothers Research Corporation. Known today as Ball Aerospace & Technologies Corp., the corporation produces space systems engineering products, telecommunications technology, and electro-optics and cryogenics materials for government and commercial customers.
          In 1969, Ball acquires the Jeffco Manufacturing Company in Denver and forms metal beverage container operations. Company name changed to Ball Corporation.
          In 1993, Ball acquires Heekin Can, Inc. Heekin is the largest regional manufacturer of metal food containers in the U.S. prior to the acquisition. Combined with Ball Packaging Products Canada, Inc.’s six plants, the eleven former Heekin plants make Ball the third-largest producer of metal food-and-aerosol cans in the North American market.
          In 1995, Ball’s aerospace business converts to a wholly owned subsidiary, Ball Aerospace & Technologies Corp. of Broomfield, Colorado.
          In 1996, Ball-Foster Glass Container Co. creates a joint-venture glass company with Group Saint Gobain, in September 1995. Ball sells its remaining interest in Ball-Foster to Group Saint Gobain in 1996 and exits the glass business.
          In 1997, Ball acquires M.C. Packaging Ltd. in China. MCP, combined with Ball’s FTB Packaging Ltd. joint venture in China, makes Ball the largest supplier of cans in that nation.
          In 1998, Ball Corporate headquarters relocated from Muncie, Ind., to Broomfield, Colo. Ball acquires the metal-container beverage assets of Reynolds Metals Company, making Ball the largest supplier of metal beverage cans in North America, and one of the largest in the world.
          In 2002, Ball acquires Schmalbach-Lubeca AG, the German-based metal-can beverage company, and creates Ball Packaging Europe, boosting Ball’s beverage can sales by more than $1 billion.
          In 2006, Ball acquires U.S. Can, a U.S.-based aerosol and specialty metal packaging company, and merges it with Ball’s metal food-packaging operations to form the metal food and household products packaging division.
          In 2009, Ball acquires four metal beverage can plants from AB InBev, making Ball the largest supplier of beverage cans in the world.
          In 2010, Ball acquires Neuman Aluminum, the leading North American manufacturer of aluminum slugs used to make extruded aerosol cans, beverage bottles, aluminum collapsible tubes, and technical impact extrusions; and Aerocan S.A.S., a leading supplier of aluminum aerosol cans and bottles in Europe. Ball becomes the largest supplier of aluminum slugs in the world.
          In 2011, Ball acquires Aerocan S.A.S., a leading supplier of aluminum aerosol cans and bottles in Europe.
          In 2015, Ball acquires two Sonoco plants in Canton, Ohio, USA, adding easy-open ends to our metal food packaging portfolio.
          In 2016, Ball completes acquisition of Rexam PLC, reshaping the beverage packaging industry.
(Fonte: site da empresa)










22 de out. de 2020

Aegea

          A empresa de saneamento básico Aegea foi criada em 2010. O nome Aegea (pronuncia-se egea) é inspirado na palavra Egeo que em latim significa impetuoso, aquele que avança em direção ao futuro. O nome foi escolhido por representar o espírito que move as empresas do grupo.
          A empresa atua no gerenciamento de ativos de saneamento por meio de concessões plenas ou parciais e parcerias público-privadas (PPPs), como administradora de concessões públicas em todo processo do ciclo integral da água – abastecimento, coleta e tratamento de esgoto.
          Todos os projetos desenvolvidos pela Aegea contam com tecnologia de ponta e sistemas sempre atualizados para acompanhar o desenvolvimento dos municípios, independentemente de seu porte. Além disso, preocupada com o desenvolvimento do setor e de suas equipes, a companhia criou a Academia Aegea – programa de formação que incentiva a qualificação profissional, a pesquisa e a produção de materiais acadêmicos relacionado a gestão de saneamento.
          A solidez e o dinamismo da Aegea possibilitam o desenvolvimento de soluções de saneamento sob medida para os municípios, buscando sempre o cuidado com o meio ambiente e, principalmente, com a qualidade de vida da população.
          Em 20 de outubro de 2020, a Aegea venceu o leilão da PPP de Cariacica, no Espírito Santo. Com lance de R$ 0,99 e deságio de 38,12% sobre o valor da tarifa de esgoto, a companhia desbancou outros seis consórcios participantes da disputa, como o da Iguá e da Equatorial, grupo tradicional de energia elétrica que quer estrear no setor de saneamento básico. Pelas regras do edital, a Aegea terá de investir R$ 580 milhões em infraestrutura de saneamento básico ao longo dos 30 anos de contrato, sendo que R$ 180 milhões devem ser aplicados nos primeiros cinco anos. Contando com o custo operacional, o total investido chegará perto de R$ 1,3 bilhão. A empresa terá a obrigação de universalizar o acesso à rede de esgotamento sanitário de Cariacica até o décimo ano do contrato, conforme previsto no edital de licitação. O serviço irá beneficiar 423 mil habitantes, em parceria com a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan). Hoje apenas 48,3% da população têm coleta de esgoto, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que participou da modelagem da parceria. A PPP de Cariacica representa um importante ganho de escala para a Aegea, afirma o vice-presidente de relações institucionais da empresa, Rogério de Paula Tavares. Ele lembra que a companhia já detém a concessão de Vila Velha e de Serra, no Espírito Santo. “A disputa dessa área fazia todo o sentido para nós, já que se trata de um mesmo bloco (região metropolitana de Vitória).
          Em 23 de outubro de 2020, a Aegea vence leilão da PPP da Sanesul, desbancando três grupos ao oferecer desconto de 38,46% sobre o preço máximo e ficará responsável por prestar serviços de esgoto em 68 municípios no Mato Grosso do Sul.
          Em 1º de julho de 2021, a Itaúsa, em complemento aos Fatos Relevantes divulgados em 27 de abril de 2021 e 31 de maio de 2021, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral a conclusão do investimento pela Itaúsa na Aegea. A participação da Itaúsa na Operação ocorre por meio de subscrição e aquisição de ações ordinárias da Aegea, cujo desembolso no valor total de aproximadamente R$ 1.344 milhões ocorreu nesta data, e subscrição de ações preferenciais classe D de emissão da Aegea no valor total de aproximadamente R$ 1.110 milhões, cujo desembolso ocorrerá em meados de julho de 2021. Como resultado, a Itaúsa passa a deter 10,20% do capital votante, 19,05% das ações preferenciais e 12,88% do capital total da Aegea. O restante do capital permanecerá com os atuais acionistas controladores da Aegea e o Fundo Soberano de Singapura (GIC).
          Em 14 de fevereiro de 2022, a Aegea Saneamento passou a operar 43 concessões, além de seis parcerias público-privadas e uma subconcessão, após vencer a disputa pelo esgotamento sanitário no Crato.
          Em 27 de setembro de 2022, a Aegea Saneamento foi a grande vencedora do leilão de saneamento realizado pelo governo do estado do Ceará. A empresa conquistou as duas parcerias público-privadas colocadas no bloco para construir sistemas de esgoto sanitário no estado por meio de contratos de 30 anos. Com isso, compromete-se a injetar R$ 6,2 bilhões em investimentos nas 24 cidades incluídas no projeto. Com essa vitória, a empresa consolida ainda mais sua posição como o maior grupo privado de saneamento do Brasil: atua em 178 cidades e atende 25,5 milhões de pessoas.
          Em 15 de dezembro ded 2022, o Consórcio Aegea-Engep Ambiental venceu a licitação para a prestação de serviços públicos de manejo de resíduos sólidos em nove municípios do Ceará. A concessão tem prazo de 30 anos. O consórcio é formado pela Aegea, com participação de 51%, e pela Engep Ambiental, uma empresa do Grupo Multilixo, que detém os outros 49%.
          Em 20 de dezembro de 2022, o Consórcio Aegea, como único interessado, comprou a Corsan - Companhia Riograndense de Saneamento, empresa estatal de água e esgoto do Rio Grande do Sul, com uma oferta de R$ 4,15 bilhões, ágio de apenas 1,15% sobre o lance mínimo de R$ 4,1 bilhões. O edital de privatização prevê a venda em lote único de 630 milhões de ações. A licitação ocorreu na sede da B3, em São Paulo. Considerando dados de fins de 2022, a Corsan atende mais de 6 milhões de pessoas no estado, distribuídas em 317 municípios que contratam os serviços da empresa.
          A captação bilionária da Aegea, de R$ 5,5 bilhões em títulos de dívida (debêntures) na segunda semana de agosto de 2023, chamou atenção não apenas por ser a maior já feita no Brasil para investimentos em infraestrutura, mas também pela comissão paga aos bancos, que chegou a quase R$ 1 bilhão, nível raramente visto no mercado de capitais. Os documentos da operação mostram que os bancos coordenadores – Itaú BBA, BTG Pactual, Bradesco BBI, XP, JPMorgan, ABC Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – receberam R$ 964,4 milhões, o equivalente a 17% da captação. Na captação de R$ 3,8 bilhões da Iguá, também de saneamento, a comissão aos bancos foi bem menor, de 6,3% da operação. O diretor de um banco de investimento que ficou fora da operação da Aegea diz que a taxa salgada é o preço pela garantia firme, um mecanismo que só existe no Brasil e pelo qual os bancos participantes se comprometem a ficar com o papel caso não exista demanda por parte de investidores. No valor quase bilionário, está embutido também um fee (pagamento) pelo sucesso da operação, que de fato ocorreu. Houve o dobro de demanda sobre a oferta. Com isso, o prêmio pago pela Aegea aos investidores das debêntures caiu bastante, o que significa queda no juro pago ao investidor ao longo dos anos.
          A Aegea é controlada pela Equipav, grupo que detém participação em vários setores, como açúcar e álcool, mineração, engenharia e concessões de infraestrutura. Outro sócio de peso é o fundo soberano de Cingapura GIC e do Internacional Finance Corporation (IFC). A Itaúsa também é sócia.
          Uma das maiores empresas de saneamento do segmento privado no país, a Aegea está presente em 57 cidades em 12 estados brasileiros, sendo eles Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Santa Catarina, Rondônia, Maranhão, Espírito Santo, Piauí, Amazonas e Rio Grande do Sul.
          Considerando dados de outubro de 2020 a Aegea tem 38,2% do mercado privado de saneamento básico do Brasil e atende 8,9 milhões de pessoas no país.
(Fonte: EstagioTrainee.com / site empresa / InfoMoney - 21.10.2020 / Valor - 23.10.2020 / Comunicado Itaúsa - 01.07.2021 / Valor - 14.02.2022 / 28.09.2022 / 16.12.2022 / 20.12.2022 / Estadão - 17.08.2023 - partes)