A Eternit foi fundada em 1940, em Osasco, na Grande São Paulo, com a razão social Eternit Brasil Cimento Amianto S.A. Tem sua sede em São Paulo, capital.
Em 1948, abriu o capital na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Em 1949 é inaugurada a fábrica na capital fluminense, Rio de Janeiro.
Em 1967 é inaugurada a fábrica em Simões Filho, na Bahia e é constituída a Sama, com 50% de participação.
A fábrica de Goiânia (GO) é inaugurada em 1971 e, em 1975, é inaugurada a fábrica de Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
Em 1993 é criada a joint ventura Eterbras Tecnologia Industrial e a Eternit adquire 50% da Precon Goiás, que em 1995 passa a ser 100% da Eternit.
Em 1997 são adquiridos os 50% da Sama e a Eternit passa a ter 100% do capital.
Em 2006 passou a integrar o Novo Mercado da B3, mais alto nível de Governança Corporativa.
Hoje, a companhia é uma corporation, como são conhecidas as sociedades de capital pulverizado (sem controle definido).
Por volta de meados de 2007, o goiano Élio Martins, presidente da empresa, passava cada vez mais tempo defendendo a companhia dos ataques a uma de suas principais matérias primas, o amianto - fibra de origem mineral utilizada na fabricação de telhas e caixas-d´agua. Já então banido em mais de 40 países por seu efeito cancerígeno, o amianto ainda era usado no Brasil. Por isso, Martins acabou se tornando uma espécie de "embaixador do amianto", cargo que pressupõe a construção de alianças com organizações que possam ajudá-lo na causa e a defesa pública do produto e da companhia.
Pouco antes de meados de 2007, Martins aceitou um convite para participar de um debate com ouvintes numa rádio, em São Paulo, sobre o uso do amianto. Segundo ele, a discussão ficou tão acalorada que os microfones foram desligados para encerrar o programa. O cerco à Eternit estava se fechando cada vez mais. Em agosto de 2007, uma lei estadual proibiu o uso do amianto em São Paulo. Dias mais tarde, o Tribunal de Justiça de São Paulo considerou a decisão inconstitucional. Para acompanhar melhor discussões como essa, Martins decidiu voltar à sala de aula e estudar direito - o curso foi concluído em 2007. Seu argumento de defesa da Eternit é que consumidores e funcionários não correm riscos graças a procedimentos de segurança rigorosos.
A entrada da empresa no segmento de louças sanitárias, dá-se em 2008 e em 2010, a Eternit adquire a Tégula.
Em 2011 é constituída a joint venture Companhia Sulamericana de Cerâmica (CSC), fábrica de louças sanitárias em Caucaia no Ceará, com 60% de participação acionária da Eternit e 40% da Colcerâmica. O início da produção ocorreu em 2014.
A Eternit da Amazônia começa a produção de fios de polipropileno em 2016.
Em 2016, cerca de 43% do mercado total de coberturas no país (residencial, industrial e comercial), era composto de telhas de fibrocimento, sendo a Eternit líder no segmento. Isso só se tornou possível devido aos investimentos contínuos da Companhia ao longo dos anos em processos, inovação, pessoas e ações sustentáveis.
A Eternit atua nos segmentos de telhas de fibrocimento e concreto, mineração do crisotila, louças e metais sanitários, soluções construtivas, entre outros produtos.
A empresa é reconhecida no mercado brasileiro como “a marca da coruja”. Essa imagem está respaldada na história da Companhia e na popularidade das telhas de fibrocimento, que contribuem com o desenvolvimento do sistema habitacional brasileiro, devido ao custo acessível do material.
O grupo possui oito fábricas próprias, estrategicamente localizadas em todas as regiões do país, uma mineradora e cerca de 15 mil revendas em todo o território nacional.
Integram o grupo as empresas Eternit, Precon Goiás, Tégula, Eternit da Amazônia, a mineradora SAMA e a Companhia Sulamericana de Cerâmica – joint venture com a Companhia Colombiana de Cerâmica S.A. (empresa do Grupo Corona).
A Eternit pediu recuperação judicial em março de 2018, como consequência das restrições ao amianto e da crise da construção. O plano foi aprovado pelos credores em 29 de maio de 2019 e homologado pelo Juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo no dia 30 de maio.
No final de novembro de 2020, a fábrica da Eternit no Ceará foi vendida por R$ 102 milhões, em leilão, para o o grupo Roca, que também atua no segmento de materiais de construção. A fábrica tem aproximadamente 123 mil metros quadrados e é considerada uma dos mais modernas do segmento e sua alienação estava prevista no plano de recuperação judicial.
Em janeiro de 2022, a Eternit informou a aquisição da Confibra, empresa que possui capacidade de produção anual de 168 mil toneladas de telhas de fibrocimento. Em 6 de julho de 2022, a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição da totalidade do capital da Confibra pela Eternit. No final de agosto de 2022, a Eernit concluiu a aquisição da Confibra, incluindo ações e o terreno onde a empresa está instalada, por R$ 110 milhões. Os vendedores ainda terão direito a receber R$ 10 milhões em pagamento adicional.
Em 9 de agosto de 2024 a Justiça decretau o fim do processo de recuperação judicial da empresa.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007 / site da empresa / G1 - 11.06.2019 / Money Times - 23.11.2020 / Finance News - 07.07.2022 / Valor - 01.08.2022 / 12.08.2024 - partes)