O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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20 de jun. de 2021
Celite
Cenibra
A Cenibra - Celulose Nipo-Brasileira S.A. tem unidade no Brasil no município de Belo Oriente, no interior mineiro, a 240 quilômetros de Belo Horizonte.
A construção de uma nova fábrica foi decidida em 1988, mas só começou a ser erguida no início de 1994. Segundo o presidente da empresa, Luiz Otávio Ziza Valadares, "o projeto ficou empacado por causa
da dívida externa do Brasil".
A segunda unidade é uma associação entre a Cia. Vale do Rio Doce e a JBP, Japan Brazil Paper and
Pulp Resources Development Co. Ltd., consórcio formado pelos dezesseis maiores fabricantes de papel e celulose do Japão. São 792,7 milhões de dólares para elevar a produção de 350.000 para 700.000
toneladas anuais.
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994)
Microlite
Considerando-se um panorama em setembro de 1994, a Microlite pertence à família Flank, de São Paulo e aos grupos Varta, da Alemanha, e Inco, do Canadá.
A empresa fabrica as pilhas Rayovac no mercado de pilhas alcalinas e produz também pilhas comuns. Até 1992, sua marca de pilhas alcalinas era Battery. Logo no começo da recuperação desse mercado, optou por usar a marca Rayovac também para as alcalinas. Além disso, produz baterias com as marcas Heliar e Satúrnia, lanternas e linhas de costura.
A fábrica da Microlite está localizada em Guarulhos, na Grande São Paulo
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994)
St. Dupont
A companhia francesa St. Dupont é uma das mais tradicionais - e caras - grifes europeias de artigos de luxo. Seus itens vão de canetas a acessórios masculinosde couro, usados por celebridades como o Papa João Paulo II e o primeiro-ministro francês Edouard Balladur.
Para se ter uma ideia dos preços da marca: um isqueiro folheado a ouro fica em aproximadamente 7.000 dólares.
Em setembro de 1994, a St. Dupont abriu sua subsidiária no Brasil. Cerca de 350 itens passaram a ser comercializado no país. Os artigos passaram a ser vendidos no Brasil em joalherias e lojas de artigos de luxo.
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994)
Vendex
Em abril de 1994, a GP, empresa de investimentos formada por sócios do grupo Garantia teria decidido ficar com o espólio do Vendex, no Brasil, por um valor não revelado. A operação de compra, que se arrastava há dois meses, incluía a rede de lanchonetes Bob's, além de participações na cadeia de farmácias Drogasil e nos shoppings West Plaza e Paulista.
(Fonte: revista Exame - 29.04.1992 / 24/11/1993 / 13.04.1994 / 14.09.1994 - partes)
Lockheed Martin
No início de setembro de 1994, a Lockheed e a Martin Marietta, duas potências em armas, anunciaram sua fusão, numa transação de 10 bilhões de dólares, a maior transação nesse setor até então. A empresa foi batizada com a denominação Lockheed Martin. Na ocasião, o faturamento conjunto chegava a 22,6 bilhões de dólares, número que fez dela a maior fabricante de equipamentos de defesa do mundo, posição até entõ ocupada pela McDonnell-Douglas.
A explicação para a união de forças dessa envergadura pode ser explicada pelo fato de, desde o final da Guerra Fria, a indústria bélica americana ter se encontrado numa encruzilhada. As encomendas de armamentos tiveram queda livre naqueles tempos em que até o IRA, o exército de libertação da Irlanda do Norte, esteve propenso à paz.
Além de equipamentos de defesa, a Lockheed Martin fabrica produtos eletrônicos e presta serviços de tecnologia e informação.
A indústria bélica americana passou por um processo de seleção natural no qual os mais fracos dão lugar aos mais fortes. A própria Lockheed pouco antes da fusão com a Martin comprou os negócios de produção dos caças F-16 da General Dynamics, enquanto a Martin Marietta adquiria a divisão de sistemas espaciais.
Logo após a fusão, a Lockheed Martin previa o seguinte quadro para a origem de duas vendas: Aeronáutica - 32,5%, Mísseis e produtos espaciais - 27.6%, Serviços de tecnologia e informação - 20,6% e produtos eletrônicos - 19,3%.
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994 / 01.01.1997 - partes)
Papirus
A Papirus era controlada por um dos ramos da família Ramenzoni, que, no passado, foi dona da fábrica mais famosa de chapéus do país. Foi fundada pelos Ramenzoni em 1952. Sua fábrica fica em Limeira, interior do estado de São Paulo.
No início de setembro de 1994, foi firmado um acordo de intenções para a associação entre a Papirus e a Ripasa.
Entre 2010 e 2011, a companhia chegou a negociar uma fusão com a Ibema, que tem fábrica em
Turvo (PR), mas a negociação não prosperou.
De acordo com o co-presidente da Papirus, AmandoVarella, a empresa tende a se destacar pela fabricação de papelão com uma participação cada vez maior de conteúdo reciclado. Hoje, o aproveitamento de sucata recuperada pela Papirus gira em torno de 35% a 40%. A empresa planeja
chegar a 60%. Varella é também diretor comercial e de marketing da empresa.
A Papirus é uma das líderes do mercado brasileiro de embalagens cartonadas e uma das mais tradicionais fabricantes brasileiras de papelcartão, discute um novo plano estratégico de longo prazo com visão de sustentabilidade e economia circular, que pode culminar em um futuro projeto de
expansão com investimentos substanciais.
A empresa, que opera a plena capacidade desde o final de 2019, está concluindo um pacote de investimentos de cerca de R$ 40 milhões para ampliar a capacidade de produção em Limeira, São Paulo, para 115 mil toneladas por ano em 2023, de 96 mil toneladas em 2019 Segundo a empresa, a capacidade já aumentou em 2022, para 105 mil toneladas por ano.
O potencial de crescimento, tanto do mercado quanto da Papirus, vem da demanda cada vez mais forte por embalagens mais sustentáveis. No entanto, ainda é preciso desenvolver barreiras – que protejam as embalagens e seu conteúdo – que sejam mais sustentáveis e possibilitem a substituição do plástico.
Também será necessário ampliar a coleta de embalagens e retirá-las do meio ambiente. “Olhando para o futuro, há muitas oportunidades em embalagens sustentáveis, mas coletando-as do meio ambiente”, disse ele. Para isso, espera-se que a empresa amplie as parcerias com as chamadas cleantechs, a exemplo do projeto pioneiro de crédito de reciclagem já iniciado com a Polen.
A Papirus tem receita projetada para 2022 de R$ 750 milhões.
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994 / Valor 04.10.2022 - partes)
18 de jun. de 2021
Nemera
A multinacional francesa Nemera é líder em dispositivos de liberação de medicamentos, incluindo conta-gotas, aplicadores de pomadas e dispositivos eletrônicos.
A empresa faturou € 430 milhões em 2020, e tem cinco fábricas - duas na França e uma cada nos Estados Unidos, Alemanha e Polônia.
Em junho de 2021, a Nemera entra no mercado latino-americano ao adquirir uma fábrica no Brasil, sua primeira unidade fabril na região. No dia 17 a Nemera anunciou a compra da Milfra, empresa familiar, cujo proprietário é o empresário Francisco Porfírio, com sede em Jaguariúna, no interior de São Paulo. O valor da transação - que a Nemera considera “estratégica” para expandir sua presença e oferta de produtos na América Latina - não foi divulgado. A Nemera já tinha uma operação local, que exporta alguns produtos para a região.
A aquisição também molda os futuros serviços de fabricação de produtos sob demanda no país. “A Milfra é uma empresa de sucesso, reconhecida no mercado brasileiro e com portfólio complementar. A Nemera é uma empresa altamente tecnológica ”, disse Roberto Restivo, gerente geral da unidade brasileira da Nemera. Fundada em 1966, a empresa brasileira desenvolve e produz aplicadores vaginais, retais e
dispensadores de medicamentos orais para o mercado farmacêutico.
(Fonte: jornal Valor - 18.06.2021)
15 de jun. de 2021
Delly's
Em junho de 2021, a Delly's anuncia sua décima segunda aquisição desde sua fundação. Trata-se da compra da Flecha Foods, que atua no norte do Espírito Santo e sul da Bahia. A empresa não revela o valor das aquisições feitas nos últimos anos. Além do crescimento via aquisições, a empresa tem crescido também organicamente.
Com a expansão da atuação para a região Centro-Oeste em 2020 e para a região Nordeste em 2021, o grupo quer ganhar força para abrir o capital no futuro.
Alessandro Chiaramitara, presidente da empresa, disse que a distribuidora de alimentos vai se mudar ainda em 2021 para a região Nordeste do país.
“A Delly’s atua em um setor extremamente fragmentado e sem grandes concorrentes”, explica Sérgio Molinari, da Food Consulting. Em 2020, o setor de foodservice somou R$ 140 bilhões, queda de 24% em relação a 2019. Os dados de Molinari têm como referência a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos.
Delly’s é uma das apostas do Pátria. A empresa também controla a Lavoro, empresa de insumos agrícolas que avançou no Centro-Oeste brasileiro. As outras duas empresas de saúde do Pátria são a Athena (em agosto de 2021, aa Athena Saúde comprou o Hospital São Marcos, de Maringá (PR), por R$ 71,5 milhões) e a Elfa.
Com 120.000 clientes, a Delly’s possui centros de distribuição em todo o país. Seu foco é o pequeno varejo com de um a quatro caixas. “Somos o que os americanos chamam de balcão único, com mais de 20.000 itens”, disse Chiaramitara.
O faturamento da Delly's deve chegar a R$ 3,5 bilhões em 2021. A empresa tem potencial para ser consolidadora do setor e pretende abrir o capital em 2022.
(Fonte: jornal Valor - 13.06.2021)