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26 de ago. de 2021

Hedging-Griffo

          A administradora de fortunas e gestora de recursos Hedging-Griffo, tem sede em São Paulo.
          Por volta de novembro de 2005, o mercado foi inundado de boatos de que grandes bancos de investimento, como Goldman Sachs e UBS, estavam de olho na butique de investimentos então liderada por Luis Stuhlberger, nascido em 1954. O próprio Stuhlberger, considerado um dos mais competentes profissionais do mercado, era visto como um ativo a ser comprado.
          No início de 2006, em meio à boataria, a Hedging-Griffo contratou o Credit Suisse para fazer sua abertura de capital na bolsa. No final do ano, porém, seus sócios anunciaram que haviam desistido do IPO e que venderiam o controle da empresa.
          O comprador foi o próprio Credit Suisse, então comandado pelo carioca Antonio Quintella, que no final de 2006, pagou 635 milhões de reais por 50% das ações mais uma. Somente em novembro de 2007, dez meses após o anúncio do negócio, a venda foi aprovada pelo Banco Central - e os sócios puderam brindar, na sede do banco de investimento localizado na avenida Faria Lima, então 
novo coração financeiro de São Paulo, o nascimento oficial do Credit-Suisse Hedging-Griffo.
          Os resultados colhidos em 2007 mostraram, em grande medida, por que a butique era considerada uma das joias do mercado brasileiro. Sua área de private, uma das maiores do país, era ambicionada por vários grandes bancos de investimento. Para o Credit Suisse, antes quase irrelevante nesse mercado, a operação encaixava como uma luva. De janeiro a outubro daquele ano, já atuando em conjunto com o 
Credit Suisse, a Hedging-Griffo viu o volume total de ativos sob sua administração passar de 20 bilhões para 36 bilhões de reais.
          Grande sinergia era esperada, e se concretizou, porque o Credit Suisse, uma referência em aberturas de capital na Bolsa de Valores de São Paulo, não tinha um braço de gestão de fortunas de grande porte nem uma gestora de fundos com ênfase em renda variável, como era o caso da Hedging-Griffo. Até o final de 2006, os empresários que abrissem o capital pelas mãos dos suíços acabavam levando o dinheiro levantado no IPO para a concorrência administrar. Com a compra da Hedging-Griffo, o banco passou a ter um bom argumento - o histórico de sucesso da gestora - para manter os 
recursos sob seus cuidados.
          Do ponto de vista de Stuhlberger e dos demais sócios da Hedging-Griffo, a associação com um grande banco estrangeiro foi avaliada como a melhor alternativa para enfrentar o processo de internacionalização que, de acordo com eles, deveria se materializar no Brasil dentro de alguns anos. Stuhlberger é referenciado por alguns acertos em momentos decisivos do mercado local - ele apostou na desvalorização do real em 1999, por exemplo. Seu fundo HG Verde rendeu 38% ao ano desde que foi lançado, em janeiro de 1997, até fins de 2007. Quem aplicou 1 milhão de reais naquela data teria quase 33 milhões nesse período de pouco mais de uma década.
(Fonte: revista Exame - 21.11.2007)

25 de ago. de 2021

Moutai

          Semelhante ao champanhe — que vem da região de mesmo nome na França — a Kweichow Moutai tem o nome de Maotai, uma pequena cidade pitoresca na província de Guizhou, no sudoeste da China. O nome da empresa é baseado em uma antiga romanização do nome chinês da cidade. Assim como o champanhe, a bebida só pode ser chamada de Moutai se for produzida naquele local específico. A Moutai tem uma vantagem inconfundível: a bebida é o destilado nacional da China.
A moutai baijiu — o tipo de bebida que a empresa fabrica — é uma bebida alcoólica clara e potente que foi apelidada de aguardente, graças ao fato de ter 53% de álcool. As garrafas vermelhas e brancas de seu principal produto, chamado “Feitian” (ou “Fada Voadora”), são disputadas em banquetes estatais chineses e eventos de negócios.
          Conhecida como a bebida favorita de Mao Tsé-tung, fundador da China Comunista, e como a “bebida da diplomacia”, ela foi usada para receber o ex-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon em sua viagem histórica à China em 1972 e novamente em 2013 quando o presidente chinês Xi Jinping se encontrou com seu homólogo norte-americano, Barack Obama, na Califórnia.
Uma vez, num jantar oficial em 1974, o Secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger disse a Deng Xiaoping, o futuro líder chinês: “Acho que se bebermos Moutai o suficiente, podemos resolver qualquer coisa”.
          Participar de tantos eventos públicos importantes na China “realmente definiu a marca na consciência nacional”, disse Ben Cavender, diretor-gerente do China Market Research Group.
Alguns dizem que a história remonta ainda mais à tradição do Partido Comunista. Durante a “Longa Marcha” do Exército Vermelho na China na década de 1930, os soldados costumavam derramar Moutai em seus pés para ajudar a desinfetar feridas, segundo a mídia estatal chinesa relatou, citando um ex-tenente-general do exército.
Diz a lenda que membros do Exército Vermelho costumavam recorrer à bebida para desmaiar antes da cirurgia, como contou Hao Hong, chefe de pesquisa do BOCOM International, braço de valores mobiliários do Banco de Comunicações da China.
“É uma história que sempre volta”, disse ele. “Eles não tinham anestesia. Então, tinham Moutai como uma droga para entorpecer as pessoas durante a cirurgia.”
Hoje, a marca é vista mais como um símbolo de status de luxo do que por suas raízes “vermelhas”. Alguns clientes compram não para beber, mas para manter como investimento. As caixas de edição limitada são coletadas e apresentadas em casas de leilão internacionais, como a Christie’s, que afirma que algumas garrafas podem valer mais de US$ 40 mil (cerca de R$ 212 mil) cada.
Cavender explica que a Moutai encontrou uma maneira de ser “acessível a muitos consumidores regulares, pelo menos em ocasiões especiais”, enquanto ao mesmo tempo oferece itens de colecionador que chegam aos ultrarricos.
          “Isso é algo que torna Moutai, eu acho, diferente, de muitas marcas internacionais de bebidas”, disse ele.
A Moutai há muito é vista como uma das ações blue-chip mais importantes da China. Em 2017, ela se tornou a maior fabricante de bebidas do mundo em valor de mercado, superando a Diageo, proprietária britânica das marcas Johnnie Walker, Guinness e Tanqueray.
          Em 2019, a Moutai, que abriu seu capital em 2001, também se tornou a primeira empresa chinesa desde 2005 a ver o preço de suas ações atingir 1.000 yuans (cerca de R$ 770), atingindo outro recorde de mercado. Mais: no ano passado, tornou-se a empresa não-tecnológica mais valiosa da China. (Alibaba e Tencent, os dois maiores gigantes da tecnologia do país, têm avaliação maior, com suas ações listadas em Nova York e Hong Kong, respectivamente.)
As autoridades alertaram os investidores sobre uma potencial bolha de ações. Em 2017, a Moutai sofreu uma grande venda — eliminando US$ 7,8 bilhões (cerca de R$ 41 bilhões) de sua capitalização de mercado em um dia — depois que a agência de notícias estatal Xinhua (que muitas vezes expressa o sentimento da liderança comunista) pediu aos investidores que tivessem uma “visão mais racional” da empresa.
          “É importante para a Kweichow Moutai manter seu ritmo lento”, disse a Xinhua em um editorial. “Forçar uma fábrica para fazê-la crescer leva inevitavelmente a uma dor insuportável. A especulação míope causará um dano tremendo ao valor do investimento.” O anúncio não foi algo incomum. O governo chinês frequentemente tenta influenciar os investidores por meio da mídia estatal, como, no meio do ano passado, quando uma publicação do governo incentivou as pessoas a comprar ações.
Isso poderia ter um efeito dominó, principalmente porque os mercados de ações da China continental são dominados por investidores de varejo. De acordo com uma pesquisa de 2020 feita pela China Securities Depository and Clearing Corporation, quase todos os investidores da bolsa (99%) eram pessoas físicas.
          Uma das maiores vantagens do Moutai é sua capacidade de manter alto o preço de seu produto. Ela afirma ter capacidade limitada, pois só pode produzir suas bebidas em um local.
É aqui que a empresa diz que sua baijiu (destilado de arroz e sorgo fermentado) ganha o toque mágico.
Fatores ambientais, como o clima da cidade e as mudanças sazonais nas águas do rio local, ajudam a conferir ao destilado um sabor único e são “benéficos para o processo de produção”, segundo o Museu Moutai.
          Dentro da cidade, o impacto de Moutai na economia é profundamente sentido. Em 2019, Maotai era a cidade mais rica do oeste da China, de acordo com estatísticas de renda disponível do governo na província de Guizho, que, por sua vez, está entre as regiões mais pobres do país. Para Qi Wang, um morador local, isso não seria possível sem a gigante das bebidas. “A Kweichow Moutai é a líder das Maotais”, disse ele, acrescentando que o boom da empresa ajudou a incentivá-lo a abrir sua própria fábrica de bebidas. “Isso influencia todos os aspectos do desenvolvimento da cidade.”
          No entanto, seus laços estreitos com o governo nem sempre garantem proteção. Em 2013, as vendas caíram quando o presidente Xi embarcou em um movimento anticorrupção, levando o governo a eliminar qualquer sinal de “extravagância” entre os funcionários, incluindo bebidas alcoólicas caras.
A campanha gerou uma “pressão sem precedentes” na indústria do álcool, observou a Moutai em um relatório de lucros.
Desde então, a empresa se recuperou — embora agora enfrente outros problemas. Nos últimos anos, ela tem sido perseguida por inúmeros escândalos de corrupção, o que levou à destituição de vários altos executivos, de acordo com a mídia estatal.
          Outras grandes empresas enfrentaram pressões semelhantes. A China regularmente investiga executivos poderosos por corrupção — e usa as descobertas para enviar um aviso a outros. Este mês, um tribunal chinês condenou à morte por suborno Lai Xiaomin, ex-chefe de uma importante empresa financeira estatal.
A Moutai confia muito no mercado chinês. A empresa tentou avançar no exterior, principalmente abrindo um “fã clube” nos Estados Unidos, viajando para a África para atrair novos clientes e formar parceria com jogadores estrangeiros, como o clube de futebol italiano Inter de Milão.
Mas, na maioria das vezes, teve pouco a mostrar. Em 2019, quase 97% das vendas aconteceram na China.
          Em março de 2020, a empresa lançou uma campanha de mídia social chamado de “ficar em casa com a Moutai”, que encorajava usuários ao redor do mundo a experimentar novas receitas durante o lockdown. Uma postagem no Instagram e no Twitter, por exemplo, sugeriu misturar a bebida em um “coquetel ao pôr do sol”, enquanto outra oferecia instruções para um prato de massa que poderia combinar com o licor. A campanha demonstrou um esforço para se manter conectado com os consumidores internacionais, mesmo durante a pandemia. Mas os analistas apontaram outros desafios à frente.
          A Moutai precisa fazer mais para diversificar, de acordo com Spiros Malandrakis, gerente do setor de bebidas alcoólicas da Euromonitor International. “Ela precisava ter começado a fazer isso ontem”, afirmou. “Os destilados internacionais sempre começam localmente, como a baijiu, mas se tornam internacionais. É a chave. É assim que você domina o mundo. É assim que você se torna grande de forma sustentável”. Malandrakis citou a tequila mexicana, a vodca russa e o bourbon norte-americano como exemplos. Nenhum desses “teria sobrevivido” se não se tornassem globais, acrescentou. O processo, é claro, não acontece da noite para o dia. William Dong, diretor administrativo da Evershine Australia, que distribui o Moutai na Austrália, Nova Zelândia e Itália, disse que muitas pessoas ainda precisam ser educadas sobre o que é a baijiu. “Distribuímos o produto basicamente em todos os lugares que podíamos”, contou. No fim das contas, a maioria dos clientes ainda são chineses, acrescentou. “Eu diria provavelmente 80%.”
          Não ajuda que a bebida tenha um gosto que se adquire com o tempo. Algumas pessoas evitam o gosto forte da Moutai, enquanto outras a rotulam como “aguardente”.
“Alguns ocidentais descobrem que é ‘meio que beber lâminas de barbear líquidas’, como eles mesmo dizem”, relatou Malandrakis.
Uma ameaça ainda maior, no entanto, pode ser a diferença entre gerações e gênero na China. Atualmente, o principal grupo demográfico da baijiu é de homens de 40 a 60 anos, de acordo com Malandrakis. “A próxima geração não quer fazer o que a geração de seu pai fez”, explicou ele. Malandrakis a comparou ao xerez, que foi amado por séculos, mas depois perdeu a popularidade porque “se tornou sinônimo de consumo de pessoas mais velhas”. Nem todo mundo está preocupado. Mesmo com sua posição internacional fraca, a baijiu de Moutai foi a bebida mais vendida do mundo em 2019, de acordo com o Euromonitor. “O mercado chinês é muito grande e continua a ficar mais rico”, opinou Ben Cavender, diretor-gerente do China Market Research Group.
          Apesar de todos os seus desafios, mesmo os críticos admitem que o domínio da empresa está longe de diminuir.
“A marca e a herança que a marca possui são coisas impossíveis de replicar”, disse Cavender. “Acho que eles têm uma forte história embutida que lhes permite florescer”.
Mesmo em meio a uma pandemia global, a Kweichow Moutai, empresa que fabrica a bebida homônima, teve um ano excepcional: suas ações subiram cerca de 70% na bolsa de valores de Xangai em 2020. Parte estatal e parte de capital aberto, ela é a empresa mais valiosa da China fora do setor de tecnologia, valendo mais do que os quatro maiores bancos do país.
Globalmente, sua capitalização de mercado não apenas superou todos os outros fabricantes de bebidas alcóolicas, como a Diageo e a Constellation Brands, mas também a Coca-Cola, que há muito tempo detém a coroa de maior fabricante de bebidas do mundo em valor de mercado. Avaliada em 2,7 trilhões de yuans (cerca de R$ 2,21 trilhões), a Kweichow Moutai também vale mais do que Toyota, Nike e Disney.
          “Sempre que houver algum estoque do produto disponível, ele acabará quase instantaneamente”, contou Ben Cavender, diretor-gerente do China Market Research Group.
Exceto entre chineses vivendo fora do país, a Moutai ainda é virtualmente desconhecida no exterior. Tanto é que quase todas — cerca de 97% — das vendas acontecem apenas na China, de acordo com seus relatórios financeiro
(Fonte: CNN Business (Michelle Toh,) - 23/01/2021 - O escritório da CNN em Pequim e Serenitie Wang contribuíram)
MoutaiFoto: Moutai / Reprodução / Instagram



Petrochina

          Com sede em Pequim, a Petrochina, a estatal chinesa do setor petrolífero, surgiu em 1999, de uma costela da China National Petroleum Corporation (CNPC).
          Durante um processo de reestruturação, a CNPC injetou na Petrochina a maior parte de seus ativos relacionados a exploração, produção, refino e comercialização. Apesar da iniciativa, as duas companhias continuaram umbilicalmente ligadas. Considerando dados de fins de 2007, a CNPC possuía 86% das ações da Petrochina e o mesmo executivo, Jiang Jiemin, acumulava a presidência das duas empresas.
          Aos olhos dos investidores, mais grave que a questão do controle exercido pelo governo de Pequim são os descuidos ambientais da petrolífera. Em janeiro de 2007, uma de suas subsidiárias, a Jilin Petrochemical foi multada em 125 mil dólares, o valor máximo estipulado pela lei chinesa, por poluir o rio Songhua, no nordeste do país.
          Em julho do mesmo ano (2007), a Petrochina novamente esteve no centro de um caso polêmico, com a decisão do bilionário americano Warren Buffett de vender as ações que possuía da empresa, um negócio estimado em 3,5 bilhões de dólares. Ele era o maior investidor estrangeiro da Petrochina e resolveu se desfazer dos papeis devido a pressões das ONGs.
          Na manhã do dia 5 de novembro de 2007, quando soou o gongo que anuncia o início do movimento da bolsa de Xangai, na China, começaram a ser negociadas ali, pela primeira vez, as ações de Petrochina. Mesmo para um país acostumado a cifras grandiosas, o desempenho superou as expectativas mais otimistas, com valorização de 165% até o final do pregão. A oferta inicial de ações foi a mais bem-sucedida da história, com uma arrecadação de quase 9 bilhões de dólares. Somando-se o resultado de Xangai aos das outras bolsas nas quais a companhia possui ações listadas (Hong Kong e Nova York), a Petrochina - uma empresa então pouco conhecida em termos globais, e com faturamento de 88,2 bilhões de dólares em 2006 - atingiu o espantoso valor de mercado de quase 1 trilhão de dólares.
(Fonte: revista Exame - 21.11.2007)

24 de ago. de 2021

Cerveja Spaten

          As cervejas da família Lager devem muito à cervejaria Spaten, a mais antiga de Munique, produzida desde 1397. Com forte ligação à região, Spaten é a cerveja que inaugura a Oktoberfest, sendo um dos seus principais símbolos. Com grandes inovações, esta fábrica chegou a ser uma das maiores da Alemanha.
          Em 1873, por solicitação de Gabriel Sedlmayr Júnior, filho do fundador da Spaten, Gabriel Sedlmayr Senior, Carl Linde, um jovem professor de engenharia de Munique, construiu a primeira máquina de refrigeração capaz de produzir gelo artificial da Baviera. Até esta data, fabricar cerveja de baixa fermentação só era possível no inverno ou com gelo retirado dos rios e armazenado em caves ou poços, limitando enormemente a produção.
          A fábrica Spaten foi também uma das primeiras a exportar os seus produtos, sendo hoje comercializada em todo mundo. Produzida segundo a Lei da Pureza, Spaten é uma cerveja típica da Baviera, apresentando altíssima qualidade.
          De cor dourada, cristalina e muito transparente, a Spaten é leve, de aroma fresco e com boa formação de espuma. Traz um sabor maduro, fresco, notas de malte e é ligeiramente herbácea, sendo ideal para acompanhar aperitivos e peixes fritos. Também fica excelente com pratos condimentados, pois seu amargor mais acentuado intensifica a percepção de alimentos apimentados. Ainda, combina bem com vegetais como brócolis.
          A Spaten é uma marca da cervejaria Spaten-Franziskaner-Bräu, que pertence à Anhauser-InBev. No Brasil, é produzida pela AmBev.
(Fonte: Brejas - 24.08.2021 / Mundo da Cerveja - partes)


English version:
          Sedlmayr, Gabriel The Younger was a brewer who took over the reins of the Spaten Brewery of Munich, with his brother Josef, upon the death of his father, Gabriel Sedlmayr the Elder, in 1839. The two brothers inherited their father’s innovative zeal and, over the next few years, modernized the brewery at the same pace as their father had done before them.
          In 1844, Spaten became the first brewery outside England to adopt steam power. A year later, Gabriel bought out his brother and became the sole proprietor of Spaten, which would continue to be a center of brewing innovation. Already during his student days, Gabriel had been an innovator. As part of the requirement for his Master Diploma, young Gabriel embarked upon an extensive grand tour of noted European brewing centers in the early 1830s.
          On one of his trips, he met fellow brewer Anton Dreher, whose mother owned a small brewery in Klein-Schwechat, just outside Vienna. The meeting, in 1832, marked the beginning of a life-long friendship and business association. The two travelers visited Great Britain in 1833 to learn more about fermentation—and engaged in what can only be described as a classic case of industrial espionage. By using a specially modified hollow walking cane, they furtively gathered wort and beer samples during their brewery visits und subsequently analyzed them in their hotel. They put the data thus collected to good use after they had returned home by developing two new malts and two new beer styles: Dreher came up with Vienna malt and Vienna lager; Sedlmayr invented Munich malt and märzen beer.
          In those days it was difficult to brew lagers in the summer; the hot central European climate was inhospitable to brewing in general and lager brewing in particular. Brewers used ice blocks cut from frozen lakes and ponds in the winter and stored them underground for use as coolant in the summer. This was costly and inefficient. So Sedlmayr looked around for a technological solution, which he found in the work of a young Munich engineering professor, Carl Linde. Linde had been tinkering with refrigeration machines, and in 1873, Sedlmayr persuaded Linde to install one of his experimental devices in the Spaten fermentation and lagering cellars. This was, as best as anybody knows, the first time that mechanical refrigeration had been used in a brewery, and Spaten was from then on uniquely equipped to brew bottom-fermented beer reliably year-round.
          With this new technology in place, Spaten had become the largest of the Munich breweries. Spaten’s superb lager-making ability allowed it to experiment with ever more delicate brews, especially one that could compete with the rising popularity of the Bohemian pilsner from just east of the Bavarian border. The result was the introduction, in 1894, of a straw blond beer, the delicate lager that was to become the signature brew for Bavarian beer garden and beer hall lagers for the next century, the Helles.

Fonte:
 

Produzida desde 1397, Spaten é a cervejeira civil mais antiga da região de Munique. A marca tem uma forte ligação à região, representando a gastronomia e hospitalidade da cidade. Spaten é a cerveja que inaugura o Oktoberfest, sendo um dos seus principais símbol
Produzida desde 1397, Spaten é a cervejeira civil mais antiga da região de Munique. A marca tem uma forte ligação à região, representando a gastronomia e hospitalidade da cidade. Spaten é a cerveja que inaugura o Oktoberfest, sendo um dos seus principais símbolos.
Produzida desde 1397, Spaten é a cervejeira civil mais antiga da região de Munique. A marca tem uma forte ligação à região, representando a gastronomia e hospitalidade da cidade. Spaten é a cerveja que inaugura o Oktoberfest, sendo um dos seus principais símbolos.

21 de ago. de 2021

Impala Cosméticos

          A Impala é uma fabricante de cosméticos de São Paulo, conhecida por licenciar esmaltes com a marca de personalidades como as apresentadoras Xuxa e Angélica.
          A companhia passou por um drama que começou no dia 13 de janeiro de 2006, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a empresa de produzir e comercializar todas as suas linhas de esmalte no país. A justificativa da Anvisa foi taxativa: problemas de fabricação que poderiam afetar a saúde das consumidoras.
          A decisão foi publicada no Diário Oficial e imediatamente provocou uma tempestade. No mesmo dia em que foi divulgada a notícia, a central de atendimento da companhia recebeu uma enxurrada de ligações telefônicas nunca vista antes. Do outro lado da linha, estavam manicures enfurecidas, clientes raivosos e fornecedores perplexos.
          A empresa intensificou o atendimento ao consumidor, deslocando quinze pessoas para ficarem disponíveis para atender os consumidores. O gerente de produto, Victor Munhoz, foi um dos que atenderam as linhas telefônicas e o "bombardeio", segundo comentou, se intensificou pelo fato de que os atendentes não tinham nenhuma informação além do que saiu no Diário Oficial da União. O superintendente Richard Traboulsi foi o funcionário destacado para atender a imprensa.
          A empresa tinha 350 funcionários, sendo 180, sediados na fábrica.
(Fonte: revista Exame - 01.02.2006)

20 de ago. de 2021

Riedel

          Apreciadores de vinhos possuem um tipo ou uma marca preferida. Raros, porém, são os que se arriscam a apontar o melhor do mundo, tal a qualidade das bebidas e o apurado paladar de quem as conhece. Mas há uma unanimidade no universo de aficionados. São as taças da austríaca Riedel, que sempre foram apontadas por dez entre dez sommeliers como as mais perfeitas do mundo.
          Os copos de cristal para vinho da marca Riedel são produzidos na Áustria desde 1756.
          "O efeito de uma Riedel é imenso", afirma o crítico americano Robert Parker, maior autoridade mundial em vinhos. "Nem consigo enfatizar de maneira suficiente quanta diferença essas taças fazem ao se sorver um vinho."
          Por volta de 2005, sob o comando de Georg Riedel, a Riedel lançou a linha Sommelier Maxi, a mais exclusiva da marca, que agitou o mercado. Ao preço de 250 libras a mais cara, as Maxi se tornaram ojeto de cobiço de enófilos mundo afora. Todas as outras linhas da casa europeia - Vinum, Vinum Extreme, Wine e Sommelier - estão à venda no país.
          "Tenho tanto cuidado com elas que jamais deixo alguém levá-las", afirma Mário Telles Jr., ex-presidente da Associação Brasileira de Sommelier e dono de uma coleção Riedel Sommelier. O motivo de tanta veneração está no modo artesanal como essas taças são produzidas. O bojo, a haste e a base respeitam medidas milimétricas. Apenas profissionais com pelo menos 20 anos de experiência, ex-alunos da universidade interna da Riedel, podem soprar uma Sommelier Maxi.
          Há outra característica cultuada na Riedel: existe uma taça para cada tipo de vinho, capaz de realçar sua característica mais marcante, considerando até mesmo os traços de algumas regiões vinícolas famosas, como as de Bordeaux e de Borgonha, na França. A geometria da taça de um Bordeaux, por exemplo, faz o líquido escorrer para o centro da língua, o ponto que percebe a sensação encorpada do vinho.
(Fonte: revista Exame - 01.02.2006)

19 de ago. de 2021

Smithfield Foods (WH Group)

          Smithfield Foods is a U.S. company founded in Smithfield, Virginia, in 1936.
          The company was acquired by Hong Kong-based WH Group in 2013. Smithfield’s shareholders voted overhelmingly to approve the strategic combination with WH Group. More than 96 percent of the votes cast by investors were in favor of the transaction.
          WH Group is a publicly traded company with shareholders around the world. Anyone anywhere can purchase shares of WH Group on the Hong Kong Stock Exchange under the stock code 00288. In fact, WH Group’s shareholders include many large U.S.-based financial institutions. It is not a Chinese state-owned enterprise and does not undertake commercial activities on behalf of the Chinese government.
          The company is still headquartered in Smithfield, Virginia, and run by an American and U.S.-based management team.
          Smithfield Foods provides more than 40,000 American jobs and partners with thousands of American farmers. 
(Fonte: site da empresa)

18 de ago. de 2021

LTCM

          A gestora americana responsável pelo hedge fund americano chamado Long Term Capital Management, apelidado de LTCM, foi fundada por John Meriwether e contava com dois ganhadores de prêmios Nobel em sua diretoria – Robert Merton e Myron Scholes. Nomes familiares? Sim, o Merton e o Scholes fizeram parte da solução de precificação de opções que ficou mundialmente conhecida como 
modelo de Black & Scholes.
          A ideia era juntar as melhores mentes em um único fundo. Ali, esses crânios do mundo acadêmico tinham um caminho para utilizar seus conhecimentos – não para fazer publicações acadêmicas, mas sim para ganhar dinheiro.
          A LTCM ficou famosa por criar modelagens que somente os próprios pares da gestora conseguiam decifrar. Com um time como esse, que conjugava todas as pessoas mais brilhantes da 
atualidade e suas modelagens complexas, não havia como dar errado.
          Os gestores do fundo compravam títulos desvalorizados e vendiam títulos sobrevalorizados, afetados por fatores de risco semelhantes, a fim de capturar diferenciais de preços, sem correr riscos de mercado direcionais, ou seja, relacionados ao movimento de variáveis financeiras, tais como taxa de juros, câmbio e preço de ações, em uma direção específica. Parecia uma fórmula infalível para 
multiplicar o dinheiro dos investidores.
          Por algum tempo, pareceu dar bastante certo. A gestora fundada em 1994 obteve retornos magníficos, entregando 20 por cento no primeiro ano de existência do fundo, 43 por cento no segundo
ano e 41 por cento no terceiro
          As excelentes performances fizeram o fundo quadruplicar o capital investido sem ter fechado um único trimestre com resultados negativos.
          Eles eram os rockstars do mundo dos investimentos, desejados por todos os alocadores que 
queriam colocar dinheiro na casa a qualquer custo (mesmo com uma estrutura de taxas mais cara).
          As crises da Ásia em 1997 e da Rússia em 1998 mostraram vulnerabilidades no estilo de gestão da casa, sempre bastante alavancada e contando que a descorrelação entre centenas de ativos diferentes espalhados ao redor do mundo seria seu colchão de segurança.
          Em dias normais, poderia ser que funcionasse, mas nos meses de outubro de 1997 até agosto de 
1998, tudo o que se viu no mercado foi sangue.
          Com um evento que estatisticamente é tão provável quanto a chance de chover pôneis do céu, os gênios não acreditavam no que estava ocorrendo.
          A estratégia, que até então havia entregado excelentes resultados, sofreria perdas irrecuperáveis. Em poucas semanas, todo o capital injetado no fundo havia sido perdido. O dano foi 
tamanho que o Fed foi forçado a intervir para prevenir um colapso do mercado financeiro.
          O colapso do fundo de investimentos Long-Term Capital Management (LTCM) ocorreu na fase final da crise financeira mundial que começou na Ásia, em 1997, e acabou atingindo a Rússia e o Brasil em 1998. O LCTM era um dos maiores fundos de hedge do mundo. Os economistas avaliavam que, a longo prazo, as diversas taxas de juros de títulos de governos de diferentes países iriam convergir, e o fundo negociava na pequena diferença existente entre as taxas. Mas quando a Rússia não honrou o pagamento de seus títulos em 1998, os investidores fugiram de outros papéis governamentais, procurando refúgio nos seguros títulos do governo americano, e a diferença entre as taxas de juros dos
títulos aumentou rapidamente.
          Ativos que antes tinham correlação negativa, ou seja, quando um subia, o outro caia, passaram a andar na mesma direção. E contra as posições do fundo. Em apenas um dia, o patrimônio do LTCM ficou negativo em US$ 550 milhões, uma perda cinco vezes maior do que seus modelos de investimento previam. Uma única aposta vinculada ao mercado de títulos representou uma perda de US$ 100 milhões. No final do mês de setembro de 1998, as cotas do fundo caíram 44%. No acumulado 
do ano, 52%.
          Mesmo se esforçando para buscar compradores para suas posições, o fundo não conseguiu refinanciar as operações. Um dos executivos ligou para um colega para obter conselhos, e ouviu que era o seu 'fim'. “Quando você está perdendo metade do seu patrimônio, as pessoas acham que você pode ir 
até o fundo. Eles vão empurrar o mercado contra você, e não vão refinanciar suas negociações."
          O LTCM, que havia pegado muito dinheiro emprestado com outras empresas, estava prestes a perder bilhões de dólares – e para liquidar suas posições teria que vender títulos do tesouro dos Estados Unidos, derrubando os mercados de crédito americanos e forçando o aumento da taxa de juros.
Então, o Fed decidiu que era necessário intervir no mercado. A instituição convocou os principais bancos americanos (16), muitos dos quais haviam investido no LTCM, e convenceu-os a colocar US$ 
3,65 bilhões para salvar a empresa do iminente colapso.
          O próprio Fed fez um corte emergencial de juros em outubro de 1998, e os mercados voltaram
logo à estabilidade. O LTCM foi liquidado em 2000.
          Sábio, sempre cuidadoso e paciente na formação de sua formidável fortuna, Warren Buffett explicou assim o grave erro dos sócios do LTCM: "Para ganhar dinheiro que não tinham e não 
precisavam, eles arriscaram o que tinham e precisavam".
(Fonte: Nord Research (Luiz Fellipo) / Livro “When Genius Failed” / BBC Brasil - 22.01.2008 / Valor - 26.09.2023 / Empiricus - 24.08.2024 - partes)

Royal Unibrew (Faxe beer)

          Royal Unibrew is a brewing and beverage company headquartered in Faxe, Denmark. The company was founded in 1989 through the merger of the breweries Faxe, Ceres and Thor under the name Bryggerigruppen.
          Odense-based Albani merged with the company in 2000.
          Royal Unibrew acquired Lithuanian breweries Vilniaus Tauras and Kalnapilis in 2001 and a controlling interest in Latvian brewery Lāčplēša Alus in 2004. The company also owns the Latvian soft drink company Cido.
          In 2005, the name of the company was changed to Royal Unibrew.
          Royal Unibrew entered the Polish beer market with the acquisition of Browary Polskie Brok-Strzelec S.A. in April 2005. It was followed by the acquisition of Browar Lomza in 2007.
          In December 2010, Van Pur Breweries bought the Polish branch of the Danish Royal Unibrew group. In exchange, Royal Unibrew received 20% of shares of Van Pur in Poland with Van Pur retaining buyers options of the shares. In 2011 Van Pur, owned five breweries with the total production capacity of 4 million hectolitre of beer annually. October 15, 2012 Van Pur exercised its buyers option on the 20% shares previously held by Royal Unibrew.
          In 2018, in France, the soft drink brewery that produces the brand Lorina was acquired.
          The largest brand of Unibrew is Royal. It is based on Ceres' Ceres Royal Export and Faxe's Faxe Pilsner/Classic. Royal Export was also brewed by the other breweries in the group, but later the Pilsner and Classic were added to make a complete family of beer as is traditional in Denmark.
          Its brands include Ceres, Faxe, Albani, Thor, Karlens and Royal. Royal Unibrew also has a strong presence in the Baltic region, where it owns Vilniaus Tauras, Kalnapilis (both in Lithuania), and Lāčplēša Alus (in Latvia). It also brews and markets Heineken in Denmark.
          RoyalUnibrew is the second largest beer company in Denmark with a market share of about 25%.
Baltic countries and Poland.
(Fontre: Wikipedia)