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5 de dez. de 2021

Cerveja Wienbier 54 Bock

          A marca Wienbier, da Cervejaria NewAge, de Leme, interior de São Paulo, ampliou a sua linha de cervejas em lata de 710ml que já possui as cerveja Wienbier 55, 56, 57, 58 e 59 IPA.
          A novidade é a Wienbier 54 Bock. Inspirada na tradicional escola cervejeira alemã, os criadores desse estilo, a Wienbier 54 Bock é uma cerveja de coloração acobreada com destaque para o sabor marcante dos maltes especiais e levemente lupulada, com graduação alcoólica de 5%.
          Tradicionalmente o estilo é mais apreciado nas épocas de temperatura mais baixa no ano. A Wienbier 54 Bock harmoniza com carnes de caça e porco, queijo gruyére, batata e salsichas alemãs.

3 de dez. de 2021

Forin

          A fabricante paulista de autopeças Forin foi fundada em 1959.
          Em 1991, o empresário Alfredo Samson, proprietário da empresa, estava ciente de que, embora saudáveis, companhias carregam o vírus da morte, que pode se manifestar no momento da sucessão. O antídoto seria a profissionalização da gestão.
          Às vésperas de completar 64 anos, pai de quatro filhas, Samson não via na família alguém em condições de suceder-lhe. A solução foi contratar no mercado um executivo para substituí-lo no comando dos negócios.
          Um ano depois, em 1992, Samson estava arrependido amargamente dessa decisão. Metade dos itens produzidos pela Forin era entregue com atraso. Pior, Samson teve de colocar do próprio bolso 1 milhão de dólares para reforçar o caixa da empresa, algo inédito nos então 34 anos de vida da Forin.
          Samson tentou, então, uma segunda cartada, mais radical. Chamou uma consultoria - a escolhida foi a Nova Gestão -, entregou-lhe o comando, deu-lhe carta branca e foi passar vinte dias na Áustria.
          Fazendo o dever de casa no tocante a cortes e mudanças de procedimentos, em dois anos a empresa fechou seu balanço no breakeven.
(Fonte: revista Exame - 03.03.1993)

1 de dez. de 2021

Carol Bassi

          A marca de luxo Carol Bassi foi criada pela estilista paulista Anna Carolina Bassi em 2014, dentro da loja da empresa de sua família, Guaraná Brasil. Seus produtos são destinados às classes A e B, ou seja, com renda média que varia de R$ 10,5 mil a R$ 23 mil, considerando números de fins de 2021.
          Em novembro de 2021 eram duas lojas, em São Paulo e no Rio de Janeiro, e presença em 90 pontos multimarcas em mais de 20 estados. O faturamento mensal das lojas próprias chega a R$ 3,5 milhões. Para 2021, a projeção é de faturamento de R$ 58 milhões, sendo R$ 36 milhões vindo somente da loja de São Paulo, no badalado Shopping Cidade Jardim.
          Na manhã do dia 30 de novembro de 2021, o grupo Arezzo & Co anunciou a compra da Carol Bassi por R$ 180 milhões - valor que pode chegar a R$ 220 milhões se as metas de desempenho forem cumpridas até 2025. O pagamento da operação será ser parcelado, a maior parte em dinheiro e também em ações.
(Fonte: jornal Valor - 01.12.2021)

25 de nov. de 2021

Elektra / Banco Azteca

          A rede de lojas de móveis e eletrodoméstico Elektra foi fundada em 1950 pelo avô do empresário mexicano Ricardo Salinas, nascido em 1956. Salinas herdou a Elektra do avô quando esta tinha 59 lojas. Ele foi responsável por transformar as lojinhas do pai num conglomerado que em 2007 somava oito empresas.
          O principal feito de Salinas foi - numa época em que ainda não estava na moda - descobrir o imenso potencial consumidor da baixa renda. Ele desenvolveu uma matadora combinação entre a venda de bens de consumo e a concessão de crédito pessoal. Nos fundos de 800 das quase 1.000 lojas do grupo Elektra (dados de setembro de 2007) há um caixa do banco Azteca, onde o cliente pode não apenas parcelar suas compras mas também abrir uma conta corrente e adquirir um cartão de crédito.
          As lojas da Elektra são instaladas em regiões de baixíssima renda e chamam a atenção pela simplicidade extrema: são pequenas, escuras e desorganizadas. Os produtos ficam amontoados nas prateleiras, dentro das caixas.
          Para ganhar dinheiro nesse ambiente, Salinas desenvolveu mecanismo de concessão de crédito que fazem o modelo da Casas Bahia parecer conservador. Como não há no México um sistema de proteção ao crédito e boa parte de seus clientes não tem como comprovar renda, a Elektra adotou como estratégia visitar cada um dos candidatos a crédito par conferir sua situação financeira. Um funcionário da rede vai até a casa do cliente e verifica quesitos como o número de cômodos, se há ou não luz elétrica e que bens a família possui. Além disso, os funcionários entrevistam vizinhos e tentam, assim, descobrir se o cidadão que quer comprar uma geladeira tem um histórico de calotes. Um processo semelhante acontece na hora da cobrança. O mau pagador recebe visitas de cobradores em casa. Se não pagar, o simpático funcionário da Elektra toma os produtos de volta. A empresa criou um inusitado mercado de "seminovos" - a Elektra tem lojas específicas onde vende os produtos que foram tomados de volta.
          De pouco depois de meados de 2005 a 2007, uma equipe de 20 executivos ligados ao grupo Salinas visita regularmente o Brasil a fim de conhecer as peculiaridades do mercado local. Foram esses estudos que determinaram a escolha das regiões Norte e Nordeste para a inauguração das primeiras lojas.
          As negociações para a entrada de Salinas no mercado brasileiro duraram cerca de cinco anos. No período, ele conversou com os controladores de diversas redes de varejo e esteve perto de fechar a compra da gaúcha Colombo, líder no sul do país. Em outra frente, os resultados também não eram animadores. Salinas pleiteava no governo a autorização para a abertura de seu banco no país, o Azteca, mas encontrou animosidade. Por dois anos, seus pedidos não foram atendidos, até que ele decidiu contratar o ex-deputado federal Delfim Netto para dar aquela providencial força em Brasília. Delfim marcou, então, uma audiência com o presidente Lula. Salinas voou do México e participou do encontro, que aconteceu no Palácio do Planalto no dia 30 de junho de 2007. Pelo resultado, pode-se deduzir que a conversa foi ótima: pouco mais de um mês depois, Lula assinou um decreto autorizando a entrada do banco Azteca no Brasil.
          A rede Ekektra chegou ao Brasil, via Pernambuco, em 2008. A estreia foi destaque nacional, quando o então presidente Luís Inácio Lula da Silva elogiou o sistema de parcelamento da rede, durante discurso na abertura do Fórum Brasil-México, no Recife.
          Em 2010, a Elektra foi levada à Justiça depois de diversas denúncias de clientes inadimplentes que foram abordados por "homens de preto" como ficaram conhecidos os motoqueiros que iam cobrar e ameaçar os clientes em suas casas. A rede também se envolveu com investigações sobre maus tratos de funcionários.
          Pouco antes de meados de maio de 2015, a notícia do encerramento das atividades no país foi dada ao mercado, em comunicado à Bolsa de Valores do México, em que não há explicações oficiais sobre a saída.
          Aqui, a rede tinha 35 lojas, número muito distante das 1.000 unidades anunciadas como meta, em 2008, para serem abertas até 2018.
          O banco Azteca, integrante do grupo Salinas e que funcionava dentro das lojas Elektra, manteve as operações por um certo tempo. A instituição financeira também passou por acusações em Pernambuco, por se apresentar como correspondente bancário em vez de banco.
          No México, a rede contava na época com 3924 unidades, além de outras 2934 nos Estados Unidos e mais 643 em outros países das Américas do Sul e Central.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007 / JC-UOL - 13.05.2015 - partes)

Nine Dragons

          O empresário Liu Ming Chung, nascido em 1962, tem uma trajetória bastante incomum. Nascido em Taiwan, mudou-se ainda criança com a família para São Paulo, na década de 1970. Passou boa parte da infância em Santo André, na região do ABC paulista, onde o pai mantinha uma granja. Já adolescente, 
estudou odontologia e, depois de formado, trabalhou durante seis anos como dentista.
          Sua vida mudou numa viagem a Hong Kong, em 1987, quando conheceu Yan Cheung, sua atual sócia e esposa. Ela já era empresária na época, atuando no mercado de papel. Os dois resolveram se casar e tomaram o rumo da Califórnia. Lá fundaram, em 1990, a America Chung Namp, empresa que coletava sobras de caixas de papelão nos Estados Unidos para revendê-las na China, onde são usadas como 
matéria-prima da indústria de papeis.
          O negócio foi tão bem que resolveram ampliá-lo. Voltaram para a Ásia e, em 1995, abriram em Hong Kong a própria companhia de produção de papel, a Nine Dragons. Em pouco tempo , ela se tornou a maior empresa de embalagens de papelão do continente asiático. Em 2006, faturou mais de 1 bilhão de dólares.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007)

23 de nov. de 2021

H2OH!

          A ideia de produzir um produto híbrido surgiu quando o carioca Carlos Ricardo, nascido em 1963,  comandava a divisão de marketing global da Seven Up, um dos refrigerantes da Pepsi. Trabalhando em Nova York, Ricardo teve como primeiro desafio dar fôlego novo à antiquada soda sabor limão, que se encontrava estagnada.
          Em 2003, Ricardo e sua equipem iniciaram um processo de rejuvenescimento do produto, que passou a ter uma versão chamada refreshment, em que uma fórmula-base ganhava diferentes variações de sabor. Funcionou. A Seven Up registrou, a partir de então, crescimento médio de 11% ao ano em suas vendas.
          Para entender a rejeição a refrigerantes, pesquisadores foram enviados a países com hábitos de consumo tão diferentes com Arábia Saudita, China, Inglaterra, México e Rússia. O estudo chegou a três respostas básicas. Alguns abandonaram o hábito porque não queriam mais ingerir açúcar e calorias - e, por tabela, engordar. Outros sentiam desconforto com a sensação de a barriga estufar com as bebidas gasosas. Um último grupo estava em busca de produtos mais naturais, ligados à vida saudável e descartava até mesmo as bebidas diet. O passo seguinte foi passar os resultados da pesquisa aos laboratórios da empresa e transformar esses conceitos em uma fórmula.
          Começava, assim, a nascer o H2OH! O novo produto não levava corantes ou açúcar e tinha uma quantidade de gás menor do que os refrigerantes tradicionais. O primeiro protótipo, batizado internamente de Splash, foi um fracasso retumbante nos testes pré-lançamentos. Considerada pelo consumidores de cinco países como uma Seven Up "aguada e sem graça", foi aí que o grupo decidiu afastar a bebida completamente da categoria dos refrigerantes para aproximá-las das águas aromatizadas.
          A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica no meio do caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet.
          Percebemos que havia uma oportunidade a ser explorada entre os consumidores que queriam, ao mesmo tempo, o apelo saudável dos sucos e da água aliado ao sabor dos refrigerantes, tudo isso com o conceito de mais leveza", disse Ricardo.
          A escolha do nome, o último detalhe que faltava, também obedeceu à mesma lógica. Eles queriam encontrar uma marca que diferenciasse o produto da categoria refrigerantes. Ricardo e sua equipe estudaram um catálogo com mais de 20.000 marcas registradas pela Pepsico. No momento em que acharam o nome H2OH!, sabiam que tinham encontrado a opção ideal. No final dos anos 1980, essa marca já havia sido utilizada num refrigerante lançado - sem grande sucesso- nos Estados Unidos.          O H2OH! movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em onze países. No Brasil, em apenas um ano conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de venda, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com 
sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e sucos industrializados.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007)

Delivery Center

          Criado em 2016, o Delivery Center, era uma das principais novas empresas no segmento de última milha para shoppings e varejistas.
          A empresa tinha fortes parceiros. Multiplan, BR Malls, José Galló, Cyrella Commercial Properties (CCP) e Bloomin’Brands (dona da Outback no Brasil) eram acionistas da empresa, que há anos recebia contribuições para expansão.
          Também parceiro da Delivery Center está o Grupo Trigo, dono da rede de alimentos Spoleto,
          Em outubro de 2020, a Multiplan investiu R$ 18,6 milhões e a BR Malls, R$ 9 milhões - ambas depois de as empresas já terem investido quase R$ 70 milhões em janeiro, entre outros aportes de outros parceiros. Segundo fonte, Galló contribuiu com pelo menos R $ 10 milhões.
          O jornal Valor calculou que pelo menos R $ 180 milhões foram injetados na empresa desde sua criação.
          Ao final de 2020, eram 3.000 lojistas atendidos - uma pequena parte do número total de varejistas da base das empresas parceiras de shoppings. A meta, anunciada em abril de 2021, era atingir um portfólio de 100 shoppings no ano - a administração chegou a dizer que o grupo tinha caixa e a meta era atender 150 shoppings em 2022.
          Na segunda-feira, 22 de novembro de 2021, o mercado foi pego de surpresa nesta pelo anúncio do fechamento do Delivery Center. O fim do centro de entrega mostra dificuldades no segmento de última milha. Gestores e analistas de ativos vêm buscando informações no setor e com parceiros para entender o movimento.
          “Quando eles começaram, havia uma tese de tentar ser exclusivo na hora de entregar para os lojistas de seus shoppings. Mas isso nunca se materializou. E eles competem com o Rappi, o iFood, é uma luta entre gente muito grande, com contribuições constantes ”, afirma um consultor familiarizado com a operação.
          “É uma decisão muito difícil de ser tomada, especialmente neste ambiente de fortes apostas no digital. As empresas [Multiplan, CCP, BR Malls] dizem que vão continuar investindo em logística e online, cada uma no seu próprio negócio, mas foi estranho depois de anunciar tantas iniciativas até semanas atrás ”, disse a fonte.
          A BR Malls informou em 22 de novembro de 2021 que, na Assembleia Geral Extraordinária, acionistas representando mais de 2/3 dos votos decidiram encerrar as atividades operacionais do Delivery Center, indicando, portanto, que cerca de um terço não apoiava o fim do negócio. O Valor apurou que a BR Malls foi contra o fechamento e apoiou um plano de entrada em outros mercados.
(Fonte: jornal Valor - 22.11.2021)

18 de nov. de 2021

Vestas

          A fabricante de turbinas Vestas foi fundada em 1945.
          Considerando dados de novembro de 2021, a Vestas tem mais de 145 GW em turbinas instaladas em 85 países.
          A Vestas possui uma unidade industrial em Aquiraz, no estado do Ceará, onde fabrica aerogeradores de até 4,2 megawatts (MW) de potência para usinas terrestres, modelo que se adaptou bem aos ventos brasileiros. Os equipamentos offshore, porém, têm outra escala: podem chegar a 15 MW. Além disso, o diâmetro do rotor ultrapassa facilmente os 200 metros. Portanto, para fabricá-los, seriam necessários investimentos em novas linhas de produção.
          Uma aposta global da Vestas é o hidrogênio verde, uma tecnologia que pode transformar o negócio de turbinas eólicas no futuro. A empresa estuda hidrogênio há anos em parceria com a Mitsubishi Heavy Industries.
          A partir de 2022, a fabricante passará a operar com uma unidade de negócios específica para a América Latina.
(Fonte: jornal Valor - 17.11.2021)

16 de nov. de 2021

Dr. Consulta

          Desde a adolescência, o paulistano Thomaz Srougi queria abrir um negócio com um propósito. Foi por isso que, em 2011, abriu mão de uma vida de investidor e fundou o Dr. Consulta, uma rede de clínicas médicas populares de rápido crescimento.
          Hoje, considerando números de novembro de 2021, a rede já possui 34 centros médicos e emprega 700 funcionários. Segundo Srougi, conjugar lucro e impacto social é o melhor negócio: "Negócios sociais podem e devem dar lucro".
(Fonte: Época Negócios - 16.11.2021)