A história da Brass Brew começa em 2016, quando o cervejeiro Omar Sabbag criou sua primeira cerveja, do tipo IPA, no sítio de seu primo. “Era só um teste, mas ficou muito boa! Abandonei o escritório e a ideia de ter uma empresa convencional para me especializar e perseguir receitas especiais e tradicionais”, lembra. Henrique Mazzei seguiu Sabbag na empreitada, tornando-se sócio.
Logo surgiria a cerveja Haux, uma referência à tribo indígena kaxinawá, do Acre. “Esse nome significa ‘em busca da cura’ e era isso que queríamos com a marca. Buscávamos uma cerveja que fosse viva, respeitando suas propriedades, receitas originais e o próprio tempo. A Brass é a evolução
comercial dessa bebida que surgiu na figueira do sítio”, revela.
"Quando o sonho de fazer nossa cerveja ficou pequeno para a garagem que ocupávamos no Morumbi, passamos a procurar um lugar antigo em São Paulo para revitalizar e trazer mais vida. Nada seria tão sob medida quanto este patrimônio cultural" diz Sabbag. A fábrica, a que Sabbag se refere, pertencia ao Grupo Matarazzo, foi construída nos anos 1920.
“Temos um compromisso de preservar o patrimônio cultural e valorizar a importância histórica desse lugar. Sempre fomos apaixonados pela Casa das Caldeiras e sentimos orgulho de sermos conhecidos como a marca de cerveja do espaço. Estar em um lugar tão icônico para São Paulo é engrandecedor”, reflete Sabbag, ao lado de Mazzei.
Hoje a marca fabrica vários estilos de cerveja: IPA, APA, Pale Ale Inglesa, Blondie Ale, Stout,
Witbier Hibisco, Lager, Porter, Red Ale, Special Ipa, Weissbier, Golden Ale e Kellerbier.
Lá na Casa das Caldeiras, onde a marca vende cerca de 5 mil litros de cerveja artesanal por mês, pode-se experimentar todos esses rótulos. A Brass Brew ainda divide o espaço com o bar Nu I Cru, especializado em drinks autorais.
A cervejaria montou no quintal da fábrica um espaço bem gostosinho para aqueles que levam o happy hour muito a sério e estão sempre à procura de um local descolado para descomprimir a pressão da metrópole. O Achado Elo é justamente essa experiência mágica de confraternizar com a galera emum lugar tão especial.
Com um chão de pedrinhas, a área externa tem mesinhas, mesões para compartilhar, bancos, guarda-sóis, jogo de dardos e até buracos no chão para montar fogueiras nos dias mais frios.
E toda a produção acontece no ICB – Instituto de Cerveja do Brasil, em Indaiatuba (SP), onde Sabbag se especializou. “Somos fiéis às receitas originais de cada cerveja, por isso usamos apenas
insumos trazidos de seus países de origem”, esclarece.
A Casa das Caldeiras fica na avenida Francisco Matarazzo, 1650, Água Branca, na capital paulista.
A programação cultural do espaço, conforme conta o mestre cervejeiro, é decidida por um coletivo que administra a fábrica. “Nada pode ferir a identidade e a história da Casa das Caldeiras e da comunidade.
Recentemente, uma nova casa da Brass Brew foi inaugurada no térreo do edifício Virgínia, na região do Baixo Augusta, comandada por Henrique Mazzei. O prédio, projetado em 1951, passa por uma readequação arquitetônica para viabilizar habitações democráticas no centro de SP, e a cervejaria participa da ocupação desse espaço junto com várias outras marcas de economia criativa.(Fonte: Catraca Livre)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
Total de visualizações de página
10 de dez. de 2021
Brass Brew
5 de dez. de 2021
Viveo
Em junho de 2022, a Viveo lançou a marca Prevena, integrando as sete empresas que atuam no segmento de laboratórios. A companhia afirma que a Prevena conectará fabricantes, fornecedores e laboratórios.
Em fins de julho de 2022, a Viveo concluiu a aquisição da Famap Nutrição Parenteral e Aporte Nutricional. Com aquisição, a Viveo passa a atuar no segmento de soluções estéreis e amplia os serviços oferecidos aos clientes adultos e pediátrico.
Brenco
A Brenco trouxe para seus quadros pesos altos executivos da Petrobras. Hildo Henz, ex-presidente da Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, tinha 27 anos de casa, quando foi para a Brenco.
Rogério Manso, ex-gerente executivo de comercialização e marketing de gás natural, com 28 anos de Petrobras, também foi para a Brenco. Ambos faziam parte do quadro da empresa em setembro de 2007.
Em 2010, a Brenco e a ETH Bioenergia, uma empresa da Organização Odebrecht, concluíram o processo de combinação de ativos. No acordo, a Odebrecht S.A., em associação com a Sojitz Corporation, passa a deter 65% do capital da ETH Bioenergia, e os acionistas da Brenco participam com 35%.
Cerveja Wienbier 54 Bock
Tradicionalmente o estilo é mais apreciado nas épocas de temperatura mais baixa no ano. A Wienbier 54 Bock harmoniza com carnes de caça e porco, queijo gruyére, batata e salsichas alemãs.
3 de dez. de 2021
Forin
Em 1991, o empresário Alfredo Samson, proprietário da empresa, estava ciente de que, embora saudáveis, companhias carregam o vírus da morte, que pode se manifestar no momento da sucessão. O antídoto seria a profissionalização da gestão.
Às vésperas de completar 64 anos, pai de quatro filhas, Samson não via na família alguém em condições de suceder-lhe. A solução foi contratar no mercado um executivo para substituí-lo no comando dos negócios.
Um ano depois, em 1992, Samson estava arrependido amargamente dessa decisão. Metade dos itens produzidos pela Forin era entregue com atraso. Pior, Samson teve de colocar do próprio bolso 1 milhão de dólares para reforçar o caixa da empresa, algo inédito nos então 34 anos de vida da Forin.
Samson tentou, então, uma segunda cartada, mais radical. Chamou uma consultoria - a escolhida foi a Nova Gestão -, entregou-lhe o comando, deu-lhe carta branca e foi passar vinte dias na Áustria.
Fazendo o dever de casa no tocante a cortes e mudanças de procedimentos, em dois anos a empresa fechou seu balanço no breakeven.
(Fonte: revista Exame - 03.03.1993)
1 de dez. de 2021
Carol Bassi
Em novembro de 2021 eram duas lojas, em São Paulo e no Rio de Janeiro, e presença em 90 pontos multimarcas em mais de 20 estados. O faturamento mensal das lojas próprias chega a R$ 3,5 milhões. Para 2021, a projeção é de faturamento de R$ 58 milhões, sendo R$ 36 milhões vindo somente da loja de São Paulo, no badalado Shopping Cidade Jardim.
Na manhã do dia 30 de novembro de 2021, o grupo Arezzo & Co anunciou a compra da Carol Bassi por R$ 180 milhões - valor que pode chegar a R$ 220 milhões se as metas de desempenho forem cumpridas até 2025. O pagamento da operação será ser parcelado, a maior parte em dinheiro e também em ações.
(Fonte: jornal Valor - 01.12.2021)
25 de nov. de 2021
Elektra / Banco Azteca
As lojas da Elektra são instaladas em regiões de baixíssima renda e chamam a atenção pela simplicidade extrema: são pequenas, escuras e desorganizadas. Os produtos ficam amontoados nas prateleiras, dentro das caixas.
Para ganhar dinheiro nesse ambiente, Salinas desenvolveu mecanismo de concessão de crédito que fazem o modelo da Casas Bahia parecer conservador. Como não há no México um sistema de proteção ao crédito e boa parte de seus clientes não tem como comprovar renda, a Elektra adotou como estratégia visitar cada um dos candidatos a crédito par conferir sua situação financeira. Um funcionário da rede vai até a casa do cliente e verifica quesitos como o número de cômodos, se há ou não luz elétrica e que bens a família possui. Além disso, os funcionários entrevistam vizinhos e tentam, assim, descobrir se o cidadão que quer comprar uma geladeira tem um histórico de calotes. Um processo semelhante acontece na hora da cobrança. O mau pagador recebe visitas de cobradores em casa. Se não pagar, o simpático funcionário da Elektra toma os produtos de volta. A empresa criou um inusitado mercado de "seminovos" - a Elektra tem lojas específicas onde vende os produtos que foram tomados de volta.
De pouco depois de meados de 2005 a 2007, uma equipe de 20 executivos ligados ao grupo Salinas visita regularmente o Brasil a fim de conhecer as peculiaridades do mercado local. Foram esses estudos que determinaram a escolha das regiões Norte e Nordeste para a inauguração das primeiras lojas.
Nine Dragons
O empresário Liu Ming Chung, nascido em 1962, tem uma trajetória bastante incomum. Nascido em Taiwan, mudou-se ainda criança com a família para São Paulo, na década de 1970. Passou boa parte da infância em Santo André, na região do ABC paulista, onde o pai mantinha uma granja. Já adolescente,
estudou odontologia e, depois de formado, trabalhou durante seis anos como dentista.
Sua vida mudou numa viagem a Hong Kong, em 1987, quando conheceu Yan Cheung, sua atual sócia e esposa. Ela já era empresária na época, atuando no mercado de papel. Os dois resolveram se casar e tomaram o rumo da Califórnia. Lá fundaram, em 1990, a America Chung Namp, empresa que coletava sobras de caixas de papelão nos Estados Unidos para revendê-las na China, onde são usadas como
matéria-prima da indústria de papeis.
O negócio foi tão bem que resolveram ampliá-lo. Voltaram para a Ásia e, em 1995, abriram em Hong Kong a própria companhia de produção de papel, a Nine Dragons. Em pouco tempo , ela se tornou a maior empresa de embalagens de papelão do continente asiático. Em 2006, faturou mais de 1 bilhão de dólares.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007)
23 de nov. de 2021
H2OH!
A ideia de produzir um produto híbrido surgiu quando o carioca Carlos Ricardo, nascido em 1963, comandava a divisão de marketing global da Seven Up, um dos refrigerantes da Pepsi. Trabalhando em Nova York, Ricardo teve como primeiro desafio dar fôlego novo à antiquada soda sabor limão, que se encontrava estagnada.
Em 2003, Ricardo e sua equipem iniciaram um processo de rejuvenescimento do produto, que passou a ter uma versão chamada refreshment, em que uma fórmula-base ganhava diferentes variações de sabor. Funcionou. A Seven Up registrou, a partir de então, crescimento médio de 11% ao ano em suas vendas.
Para entender a rejeição a refrigerantes, pesquisadores foram enviados a países com hábitos de consumo tão diferentes com Arábia Saudita, China, Inglaterra, México e Rússia. O estudo chegou a três respostas básicas. Alguns abandonaram o hábito porque não queriam mais ingerir açúcar e calorias - e, por tabela, engordar. Outros sentiam desconforto com a sensação de a barriga estufar com as bebidas gasosas. Um último grupo estava em busca de produtos mais naturais, ligados à vida saudável e descartava até mesmo as bebidas diet. O passo seguinte foi passar os resultados da pesquisa aos laboratórios da empresa e transformar esses conceitos em uma fórmula.
Começava, assim, a nascer o H2OH! O novo produto não levava corantes ou açúcar e tinha uma quantidade de gás menor do que os refrigerantes tradicionais. O primeiro protótipo, batizado internamente de Splash, foi um fracasso retumbante nos testes pré-lançamentos. Considerada pelo consumidores de cinco países como uma Seven Up "aguada e sem graça", foi aí que o grupo decidiu afastar a bebida completamente da categoria dos refrigerantes para aproximá-las das águas aromatizadas.
A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica no meio do caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet.
Percebemos que havia uma oportunidade a ser explorada entre os consumidores que queriam, ao mesmo tempo, o apelo saudável dos sucos e da água aliado ao sabor dos refrigerantes, tudo isso com o conceito de mais leveza", disse Ricardo.
A escolha do nome, o último detalhe que faltava, também obedeceu à mesma lógica. Eles queriam encontrar uma marca que diferenciasse o produto da categoria refrigerantes. Ricardo e sua equipe estudaram um catálogo com mais de 20.000 marcas registradas pela Pepsico. No momento em que acharam o nome H2OH!, sabiam que tinham encontrado a opção ideal. No final dos anos 1980, essa marca já havia sido utilizada num refrigerante lançado - sem grande sucesso- nos Estados Unidos. O H2OH! movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em onze países. No Brasil, em apenas um ano conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de venda, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com
sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e sucos industrializados.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007)