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10 de jul. de 2022

Berneck

           A empresa madeireira Berneck & Cia. foi fundada em 1952 por Bernardo von Muller Berneck, com um serraria em Bituruna e uma fábrica de beneficiamento de madeira em União da Vitória, ambas no estado do Paraná. No final do ano de fundação, por uma coincidência desastrosa, as duas fábricas foram consumidas por incêndios sem nenhuma relação entre si.
          Em 1953, acreditando no ramo da madeira, Berneck investiu na produção de lâminas torneadas de pinho, utilizadas para a produção de compensados. Em 1956, iniciou a produção de compensados de pinho. Nesse mesmo ano, a empresa se deparou com mais um incêndio na unidade de Biturama, destruindo por completo a fábrica de compensados. Com a ajuda de colonos da região, a fábrica foi 
reconstruída num tempo recorde de 50 dias.
Em 1961, a família Berneck se mudou para Curitiba, onde iniciaram uma nova fábrica de compensados. Três anos depois, em 1964, a Berneck inaugurou a primeira laminadora de cedro, em Toledo, no interior do Paraná. Nos anos seguintes, iniciou laminadoras em Cascavel, Assis Chateaubriand, Palotina, Catanduvas, Medianeira e Guaíra, todas no Paraná, totalizando sete unidades de produção de lâminas onduladas (matéria prima para a produção de compensados), com a centralização da produção de 
compensados em Curitiba.
          Na região da Lapa, no Paraná, por volta de 1967, a Berneck começou o reflorestamento de pinus, numa época em que as empresas de uma maneira geral extraíam em grande ritmo as araucárias nativas. No ano seguinte, 1968, iniciou a exportação de compensado para clientes de Porto Rico. Em 1970, 
numa nova unidade fabril na Cidade Industrial de Curitiba, a empresa começou a produzir portas.
          Em 1972, a Berneck instalou mais uma unidade de produção de lâminas torneadas e também uma fábrica de lâminas fraqueadas de madeiras tropicas em Várzea Grande, no Mato Grosso. Com essas lâminas, deu início à fabricação de compensados decorativos. Com o sucesso de vendas do compensado decorativo, a Berneck investiu em mais uma fábrica de lâminas, em Vilhena, Rondônia, em 1976.
          Gilson Mueller Berneck, então com 26 anos assume o comando da empresa em 1976. Dois anos depois, em 1978, a empresa investiu em outra unidade industrial, em Brasnorte, Mato Grosso, para serrar madeira, oferecendo mais um produto em seu mix. Outra unidade de produção de lâminas fraqueadas foi inaugurada em 1980, em Belém, estado do Pará. A Berneck & Cia. passou a contar com 
11 unidades em cinco estados.
          Uma nova planta industrial, com uma nova linha de produto, os painéis de aglomerado foi inaugurada em 1985, em Araucária, nos arredores de Curitiba. Junto com a prensa de painel, que tinha capacidade de produção de 60.000 metros cúbicos, foi instalada uma serraria para pinus, formando a geração de cavacos para fabricação do aglomerado. A unidade de Araucária se transformou na matriz da empresa.
          No final da década de 1980, a Berneck buscou garantir a continuidade do manejo de madeira tropical, com o reflorestamento do mogno, madeira nobre de grande valor. Mas, mais de 1,5 milhão de árvores foi totalmente dizimada com o ataque de borboletas. Em 1990 a Berneck iniciou o plantio de 
teca (tectona grandis) com grande êxito.
          Ao se associar ao grupo Bozano Simonsen, em 1992, a empresa mudou a razão social para Berneck Aglomerados S.A. após expansão com grande áreas florestais. Em dezembro de 2003, a Berneck recomprou a participação do grupo Bozano Simonsen após 12 anos de uma parceria muito 
profícua.
          Com a expansão da produção de painéis de madeira reconstituída e a dificuldade cada vez maior de lidar com madeira tropical, em 2005 a Berneck encerrou a fabricação de compensados, produto que 
foi o início da empresa e responsável por grande parte de seu crescimento até o final dos anos 1980.
          Em outubro de 2008, a unidade do Paraná inaugurou uma fábrica de MDF voltada para a produção de painéis finos, conhecidos como HDF. Com essa linha de produtos, a Berneck completa seu mix para a indústria de móveis e altera sua razão social para Berneck S.A. Paínéis e Serrados.
          Em 2012, a Berneck marca seus 60 anos de fundação com a inauguração de um complexo 
industrial em Curitibanos, Santa Catarina.
          Com um projeto inovado, em 2022, a Berneck inaugura sua nova unidade fabril, com 105 mil 
metros quadrados de área construída, em Lages, Santa Catarina.
(Fonte: site da empresa)

8 de jul. de 2022

Eisenmann

          A Eisenmann, multinacional especializada em tecnologias para pintura industrial, foi fundada em 1951, em Stuttgart, na Alemanha, e chegou ao Brasil em 1996. Aqui, por mais de duas décadas desenvolveu projetos, principalmente para o ramo automotivo.
          Se as concessionárias não vendem carros, as montadoras não produzem. Se as montadoras não produzem, as fabricantes de autopeças não fabricam componentes. Sem peças e carros novos, várias outras empresas da cadeia automotiva também desaceleram. Essa ciranda ajuda a explicar o momento da Eisenmann, em meados de 2022.
          Com a falência da matriz da empresa em 2019, a operação brasileira teve de buscar um recomeço. E ele veio.
          Em 2021, a Eisenmann foi adquirida pelo grupo austríaco Pentanova — especializado em automação — e, com respaldo financeiro da ex-fornecedora, espera recuperar o brilho. Para isso, programa investimentos, além de buscar expansão nos Estados Unidos. “Nossa receita em 2021 foi de cerca de R$ 150 milhões. Acredito em um crescimento de 20% em 2022”, disse à DINHEIRO Alexandre Coelho, CEO da Eisenmann do Brasil.
(Fonte: IstoÉDinheiro - 07.07.2022)

4 de jul. de 2022

M.A.C.

          A canadense M.A.C foi fundada por um maquiador e um fotógrafo cansados de como as 
maquiagens normalmente pareciam ruins nas fotos de editoriais.
          Na cozinha deles, decidiram colocar mãos à obra e criar os próprios produtos. Mas a maior sacada mesmo foi embalar os cosméticos em potinhos pretos, em vez dos famosos compactos, algo que logo 
virou a marca-registrada da companhia.
          Quanto ao nome, nada de mistério, é simplesmente as iniciais de Make-up Art Cosmetics 
(Maquiagem Arte Cosméticos).
(Fonte: revista Cláudia - 18.08.2016)

Colcci

          Colcci é uma grife brasileira criada pela estilista Lila Colzani (Luciana Willrich Colzani) em 1986, em Brusque, Santa Catarina. Sua paixão por moda começou na infância, quando desenhava suas próprias roupas. Inicialmente, a marca era especializada em peças mais simples e básicas, como moletons, camisetas e shorts.
          Lila Colzani começou a vida trabalhando na farmácia do pai em Brusque e com o salário ganho investia comprando tecidos para suas criações. Sua primeira máquina de costura foi adquirida de segunda mão com um prêmio de loteria que a mãe ganhou. “Ajudei a fazer os números e ela dividiu o prêmio. Era pouco, uma quadra.” Nos fundos de uma garagem, fundou sua primeira marca, a Colcci, com o ex-marido Jorge Colzani.
          Agora, aceitando todo tipo de encomenda, ela precisava nomear a firma! Teve a ideia de fundir o nome dela de batismo, Luciana, com o sobrenome do então marido, Colzani. Separou as sílabas e gostou de como “Col” e “Ci” soavam juntos, acrescentou um ce para deixar mais ~italiano~. 
          Na década de 1990, já reconhecida por boa parte do mercado, a Colcci começou a diversificar seus produtos, com vestidos de tecidos leves, jaquetas, calças e bermudas jeans, blusinhas, além de outros acessórios como carteiras, nécessaires, bolsas, toalhas, adesivos entre outras.
          Sob o comando de Lila, a Colcci tornou-se febre nacional nos anos 1990: mais de 200 lojas franqueadas e 3 lojas próprias. Vestiu todos os VJs da MTV, anunciou nas principais revistas e patrocinou grandes eventos.
          No fim dos anos 1990 a Colcci começou a apostar em produtos mais trabalhados e mais voltados para o universo fashion. Lavagens de tecido, tonalidades diferentes, bordados, tudo para produzir um estilo jovial e, ao mesmo tempo, sofisticado.
          Em 2000, a Colcci foi adquirida pelo grupo AMC têxtil (grupo Menegotti) e Lila continuou como sua diretora criativa. O símbolo de estilo da grife foi reformulado, a marca tornou-se de alto luxo e os consumidores passaram a encontrar os produtos da marca em lojas multimarcas. A grife voltou seus produtos para o público jovem, trazendo sempre novas tendências de moda.
          Para consolidar-se no mundo Fashion, em 2004, a Colcci teve sua primeira apresentação nas passarelas em uma semana de moda, estreando no Fashion Rio, com a participação da socialite Paris Hilton. Em 2005, a modelo Gisele Bündchen desfilou para a grife para a coleção outono/inverno. A coleção apresentou modelos em jeans e em tecidos confortáveis. Foi o início de uma parceria duradoura com Gisele Bündchen. “Gisele conta que o jeans que tinha quando veio para São Paulo era da Colcci e que deu muita sorte para ela”, diz Lila.
          Desde então, a grife ganhou espaço no mercado internacional e está presente em mais de trinta países. A Colcci é uma marca reconhecida por seu bom gosto em design e estilo.
          Depois do nascimento do seu terceiro filho, Pedro Volpato, fruto do seu casamento com o seu segundo marido, o modelo Thiago Volpato, a estilista voltou às suas raízes empreendedoras e lançou uma nova marca, a Stereo, em 2007. "A Stereo seguirá o rumo que a Colcci poderia ter tomado se eu tivesse tido mais liberdade criativa. A Colcci acabou ficando apelativa e repetitiva. Tive que refazer um mesmo vestidinho de malha com aplicações de paetês várias vezes", disse Lila. Lançou também a marca de moda infantil Pistol Star.
          A Colcci reproduz nos óculos da marca todos os conceitos que tem em suas roupas. São óculos com modelos fashionistas e joviais, que juntam conforto, elegância e modernidade. A grife disponibiliza coleções de óculos tanto de grau quanto de sol, sempre renovando seus designs criando tendências de moda. Combinações de materiais, variedade de cores e referências clássicas com a identidade da Colcci somadas a inovações são algumas das características do estilo da Colcci eyewear.
(Fonte: Wikipédia / IstoÉGente - 01.08.2005 / Folha de S.Paulo - 20.04.2007 / revista Cláudia - 21.01.2020 / qoculos.com.br - 03.11.2021)

Cora Bank

          A Cora Bank é uma fintech criada em 2020, com serviços especializados para pequenas e médias empresas.
          Foi idealizada por Igor Senra e Leonardo Mendes, que também criaram a plataforma Moip  (Vendida em 2016, à alemã Wirecard, por R$ 165 milhões). De acordo com o portal Globo, o novo projeto contou com R$10 milhões em investimentos iniciais.
          Após obter aprovação do Banco Central, a Cora Bank passou a disponibilizar contas digitais e diferentes funcionalidades para seus clientes.
(Fonte: Facilite Tecnologia)

Higer

          A fabricante chinesa de ônibus elétricos Higer foi fundada em 1998. É uma empresa jovem quando comparada aos concorrentes, principalmente os europeus.
          A Higer montou um plano de negócios para sair às ruas no Brasil e fazer do país a porta de entrada para seus vizinhos da América do Sul e Central, como Peru e Colômbia. A empresa pretende disputar espaço com grandes marcas que dominam o mercado brasileiro, algumas das quais atuam no país há mais de 60 anos.
          O plano de negócios prevê que os operadores do sistema de transporte, sejam eles privados ou públicos, não precisarão comprar os veículos nem se preocupar com a infraestrutura de recarga. Tudo será alugado. O ônibus elétrico é 2,5 vezes mais caro que um movido a diesel. “Um ônibus a combustão custa cerca de R$ 900 mil. O elétrico chega a R$ 2,6 milhões”, disse Marcelo Barella, executivo chefe da Higer para a América Latina. Barella trabalha na Higer desde 2004 em diversos países. No Brasil, a empresa chinesa atuará com a TEVx Motors, que importará e distribuirá os veículos.
          Em São Paulo, a Higer assinou um acordo com a Enel para disputar o fornecimento de ônibus elétricos na cidade, que é o maior mercado do Brasil – e o lugar perfeito para estrear no país, na visão da empresa chinesa. A empresa italiana de energia detém a concessão de distribuição de energia na capital paulista e em outras 22 cidades da região metropolitana ao seu redor. A Enel concorrerá em licitações para o fornecimento dos veículos. Se vencer, a Enel comprará os veículos da Higer, montará a infraestrutura de recarga e alugará o pacote completo para as operadoras. A Higer fará manutenção de ônibus e treinamento de motoristas, o que inclui ter seu próprio pessoal dentro das garagens dos operadores. Barella lembrou que São Paulo tem 14.000 ônibus e planeja chegar a 12.000 ônibus elétricos até 2028. Desse total, 2.600 estariam rodando até 2024 e 600 entre 2022 e 2023. A empresa pretende ganhar espaço em São Paulo, por ser um dos sistemas de transporte urbano mais complexos do mundo. Se conseguir atender aos padrões da SPTrans, que administra o sistema da cidade, a empresa poderia atender qualquer outra cidade do país.
          A princípio, os veículos movidos a bateria serão importados inteiros, mas a empresa está negociando com o governo cearense uma área no porto para instalar uma linha de montagem, com investimento estimado em R$ 20 milhões. Com a unidade local, a ideia é importar os ônibus em sistema PKD (Partial Knock-Down). A estrutura do carro viria pronta e aqui seriam colocadas as janelas, bancos e motor.
          Em um segundo momento, seria adotado o sistema SKD (Semi Knock-Down), com maior valor agregado. Barella explica que boa parte dos fornecedores da montadora na China já estão no Brasil e podem atender às necessidades da Higer no Ceará. São fornecedores globais, como Siemens e Dana, para motores; ZF para suspensão; Bosch para caixas de direção; ou Wabco para freios. As baterias são da CATL, que assinou um acordo com a fabricante brasileira de baterias Moura para serviços de pós-venda. A unidade cearense também será a base de exportação da região.
          A escolha do Ceará revela o próximo passo na estratégia da montadora para o Brasil: os ônibus movidos a hidrogênio. O estado possui uma grande oferta de energia limpa e diversos projetos para produção de hidrogênio verde no médio prazo. A Higer já tem 400 ônibus a hidrogênio rodando na China. Mas é um projeto de longo prazo no Brasil.
          Bem antes do uso do hidrogênio, o grupo asiático planeja entrar no segmento de furgões e caminhões elétricos de passageiros e cargas no Brasil. As vans devem chegar ainda em 2022 e exigirão uma rede de revendedores. Por outro lado, Barella reconheceu que a concorrência por caminhões provavelmente será acirrada.
          A Higer tem quatro fábricas na China e faturou US$ 5,5 bilhões em 2021. Já tem 50.000 ônibus elétricos nas ruas – principalmente na China, mas também na Europa.
(Fonte: jornal Valor - 04.07.2022)

1 de jul. de 2022

Simec

          O grupo mexicano, de Guadalajara, Simec, começou a produzir aço no Brasil no final de 2015 após investir US$ 300 milhões em um projeto greenfield no país.
          Três anos após iniciar a produção no Brasil, a Simec tornou-se a terceira maior fabricante de aços longos (vergalhões, fio-máquina, barras e perfis) do mercado brasileiro. Está atrás da líder ArcelorMittal e Gerdau. Também concorre com a AVB (Aço Verde), Sinobras e o negócio de aços longos da CSN.
          Esse salto, em maio de 2018, foi resultado da aquisição de duas unidades siderúrgicas da ArcelorMittal (uma em Cariacica e outra em Itaúna, Minas Gerais) por imposição do CADE, órgão antitruste do país, em razão da compra dos ativos da Votorantim Siderurgia no Brasil.
          No Brasil, a Simec já atende os mercados das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e parte do Nordeste, por meio de siderúrgicas localizadas em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O grupo Simec é o terceiro maior produtor de aços longos do Brasil.
          Em 30 de junho de 2022 o grupo Simec divulgou um investimento de US$ 300 milhões para duplicar sua siderúrgica localizada em Pindamonhangaba, a 140 quilômetros de São Paulo.
          A expectativa é que a expansão esteja pronta em meados de 2024, com obras de construção e montagem começando no segundo semestre do ano, disse Jaime Moncada Ramos, presidente-executivo da empresa no Brasil. O investimento consiste em uma nova aciaria elétrica e um novo laminador, com tecnologia alemã de última geração. O equipamento será enviado da China em julho.
          Com a duplicação, a capacidade instalada da siderúrgica de Pindamonhangaba aumentará para 1 milhão de toneladas de aço bruto (tarugos) por ano. Atualmente, a capacidade é de 500 mil toneladas por ano.
          A unidade de Pindamonhangaba vai ampliar a oferta ao mercado de vergalhões retos e laminados – produto utilizado para construção civil e projetos imobiliários – e fio-máquina, para diversas aplicações industriais, como arames e pregos.
          Segundo Moncada, grande parte da infra-estrutura para expansão já existe no local, próximo à atual linha de produção, facilitando a instalação da nova planta. A localização, próxima à Rodovia Presidente Dutra, na região São Paulo-Rio de Janeiro, é uma vantagem logística para a aquisição de sucata de ferro e aço e para a distribuição dos produtos ao mercado.
          De acordo com a empresa, serão gerados 1.200 empregos durante as obras e contratados 450 funcionários para operar a nova linha em Pindamonhangaba. A geração de empregos e impostos adicionais faz parte do programa do governo do estado de São Paulo para estimular novos investimentos no estado.
(Fonte: jornal Valor - 30.06.2022)

29 de jun. de 2022

Telefunken

          A fabricante de rádios, televisores e componentes eletrotécnicos Telefunken foi fundada em 1903 em Berlim, na Alemanha, como Gesellschaft für drahtlose Telegraphie m.b.H., System Telefunken. Foi fundada por Karl Ferdinand Braun, Georg Graf von Arco e Adolf Slaby. Além de Berlim, a empresa tem unidade em Frankfurt, também na Alemanha. A empresa pertence ao grupo AEG.
          Os televisores sob a marca Telefunken são produzidos pela empresa turca Profilio-Telra. Enquadra-se no segmento de produtos simples, uma vez que são utilizados componentes baratos no processo de montagem.
          A Telefunken desembarcou no país nos anos 1940 e chegou a ter fábrica por aqui. Deixou de ser comercializada a partir de 1989, mas sua marca foi negociada com a Gradiente.
          Em 2009, ao ter os direitos da marca adquiridos por uma investidora alemã, a Telefunken Licenses começou o processo de volta ao mercado – tinha parado completamente a produção em 1997 -, por meio de licenciamento da marca, que leva o nome da empresa.
          Quem não lembra de ter assistido às primeiras imagens em uma televisão Telefunken? Pois a marca está de volta. Depois do ressurgimento da Mesbla, agora é a vez da até então fabricante de televisores voltar ao mercado brasileiro. E isso acontece na Eletrolar Show 2022, que acontece de 11 a 14 de julho, em São Paulo.
          Apesar de ter ficado mais de 30 anos fora do mercado, a marca ainda tem uma memória afetiva muito forte entre os brasileiros.
          Mas os consumidores não devem esperar uma revolução em termos de televisores ou imagem. A marca vai reaparecer com uma linha de eletrodomésticos e eletroportáteis, e é representada no Brasil pela empresa de capital argentino Someco, e que atua por aqui há 25 anos.
          O primeiro passo foi ingressar nas principais bandeiras do e-commerce. Depois de ganhar visibilidade, agora está chegando a 600 lojas físicas de 50 redes regionais de eletrodomésticos e móveis espalhadas pelo país.
          A gama de produtos é extensa. São cerca de 90, entre eletroportáteis, como cafeteiras e batedeiras; itens de cuidados pessoais, que incluem secadores e aparadores de pelos; e a linha de áudio, com fones de ouvido e caixas de som para home theater.
          Embora a marca esteja muito associada aos televisores – por ter ganhado notoriedade no Brasil com o lançamento do sistema PAL-M de transmissão colorida, nos anos 1970 -, a decisão de não ter TVs agora foi orientada pelas condições do mercado, diz Marcelo Palacios, diretor da Someco.
          Os eletros da marca Telefunken serão fabricados na China e vendidos por meio do comércio eletrônico e em lojas físicas de varejistas.
          Segundo Palacios, hoje a marca está presente em 120 países. Destes, o grupo Someco, familiar e de capital fechado, é o licenciador na América do Sul. Operando na Argentina, no Chile e no Brasil, a marca chega, em breve, ao Peru e à Bolívia. Palacios comanda a Someco no Brasil desde 2004.
          No Brasil, a companhia adquiriu o direito da Telefunken Licenses de explorar a marca por dez anos, com possibilidade de renovar o contrato. Os produtos Telefunken vendidos no Brasil são fabricados na Ásia e importados pela Someco. A empresa argentina, fundada em 1947, está no Brasil desde 1997. A Someco atua no Brasil com as marcas próprias Novik, SKP Pro Audio e Probass, de equipamentos de áudio profissional e para o consumidor final. Também é distribuidora das marcas americanas de instrumentos musicais Peavey e Fender.
(Fonte: Wikipédia - Blog do Almir Freitas - 29.06.2022 / OESP - 31.08.2022 - partes)

28 de jun. de 2022

Vivix (Grupo Cornélio Brennand)

          O grupo Cornélio Brennand é formado por parte da família Brennand, cuja fortuna se originou no setor sucroalcooleiro.         
          A fabricante de vidros planos Vivix pertence ao grupo Cornélio Brennand, foi fundada em 2014 e está instalada no município de Goiana, em Pernambuco. Esse empreendimento marca o retorno do grupo Cornélio Brennand ao ramo de vidros, com a inauguração da primeira fábrica da Vivix. Em 2010, o grupo havia vendido a CIV, uma fábrica de embalagens de vidro, para a multinacional americana Owens Illinois.
          O mercado de vidro plano é atualmente dominado por três multinacionais: Cebrace, Agc e Guardian.
          A empresa considera que o consumo de vidro per capita no Brasil ainda é baixo se comparado aos Estados Unidos e Europa, o que indica um grande potencial para ampliar a demanda pelo produto, utilizado principalmente na construção civil, móveis e decoração.
          Em fins de junho de 2022, sob o comando do CEO Henrique Lisboa, a Vivix informou que vai investir R$ 1,3 bilhão em uma nova fábrica no município de Goiana, onde está instalada desde sua fundação. A construção da unidade terá início em dezembro e o start-up está previsto para meados de 2025.
          O investimento aumentará a participação do grupo Cornélio Brennand no mercado de vidro plano de 13% para 30%, ampliando sua distribuição fora da região Nordeste. A capacidade de produção da nova planta será de 1.000 toneladas por dia, mais que o dobro da capacidade atual da empresa.
          Considerando os números de meados de 2022, a Vivix tem 13% de participação de mercado, com capacidade de 900 toneladas/dia e faturamento de R$ 900 milhões em 2021. A empresa comercializa metade de sua produção fora da região Nordeste, com distribuição rodoviária e marítima.
          O novo forno terá capacidade para produzir 1.000 toneladas por dia e a empresa projeta aumentar sua participação no mercado para 30% dos atuais 13%, ampliando a distribuição fora da região Nordeste, que passaria para 70%.
          O forno será praticamente todo importado. Será abastecido principalmente com gás natural. Uma parte residual usará eletricidade. O grupo possui minas de minério para abastecer a usina em região próxima.
          Com a nova fábrica, a Vivix, a única 100% brasileira, espera se tornar a segunda empresa do país no ranking.
          A unidade empregava, em meados de 2022, 360 ​​pessoas. Quando o novo forno estiver totalmente operacional, a expectativa é que a força de trabalho ultrapasse 600 pessoas.
          Em novembro de 2022 o Cornélio Brennand informa que vai investir R$ 200 milhões em um parque solar para abastecer a nova fábrica de vidros em Goiana, com investimento de R$ 1,3 bilhão. A fazenda será construída pela subsidiária de energia limpa do grupo, Atiaia Renováveis, que normalmente opera pequenas centrais hidrelétricas.
          O CEO da Atiaia, Rodrigo Assunção, disse que o empreendimento terá capacidade de 55 MW de potência instalada, suficiente para atender 100% das necessidades energéticas da primeira usina da Vivix, inaugurada em 2014 no mesmo município. A fazenda ocupará uma área de 85 hectares e está programada para começar a operar em janeiro de 2024.
          O projeto em Goiana é o primeiro da Atiaia no segmento solar. A empresa opera pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) com capacidade de 30 MW. No total, possui 220 MW de energia hidrelétrica já em operação e 100 MW contratados na região Centro-Oeste, com previsão de entrada em operação entre 2023 e 2025.
          O vidro voltou a ser o maior negócio do grupo, com faturamento de R$ 900 milhões em 2021. Atuando também no setor imobiliário (Casa de Ferro), energia renovável (Atiaia) e cimento (Cimento Bravo), o grupo Cornélio Brennand teve um faturamento aproximado de R$ 1,6 bilhão em 2021.(Fonte: jornal Valor - 27.06.2022 / 08.11.2022 - partes)