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25 de fev. de 2023

Keds (tênis)

          Keds é uma marca de sapato de lona com sola de borracha, introduzido em 1915 pela U.S. Rubber (mais tarde conhecida como Uniroyal, então Uniroyal Goodrich, e finalmente adquirido por Michelin), e agora propriedade da Stride Rite Corporation.
          Ao escolher um nome, a escolha inicial foi Peds, do significado de "pé" no latim. Os Keds foram, pela primeira vez, vendidos em massa no mercado como tênis de lona e borracha ou "sneakers",  em 1916. Tornaram-se conhecidos como "sneakers" porque as solas de borracha permitia um andar silencioso, pois "sneak" em inglês significa esgueirar. Nesta linha encontra-se também o All Star.
          No início da década de 1920, os tênis eram usados por jogadores olímpicos de futebol, campeões nacionais e internacionais de tênis e atletas universitários. Em 1926, o tênis Keds Triumph foi lançado. A Keds lançou "Kedettes", uma linha de sapatos de salto alto laváveis para mulheres, em 1938.
          Em 1949, os Pro-Keds foram lançados como uma linha de tênis para desempenho atlético destinada a competir com o padrão da indústria, Converse. Projetado especificamente para jogadores de basquete, o estilo original, o Royal, foi endossado por George Mikan. Em 1953, o Minneapolis Lakers foi equipado com Pro-Keds. Em 1969, os Pro-Keds introduziram o 69er, e a demanda por eles no Harlem e no Bronx foi tão grande que eles se tornaram conhecidos como "Uptowns". O início dos anos 1970 viu a introdução do Royal Plus, também conhecido como "Suede Super", que tinha cabedal de camurça, gola acolchoada e estava disponível em cano alto ou baixo.             
          Os Pro-Keds foram usados por estrelas da NBA, incluindo Willis Reed, Kareem Abdul-Jabbar, Nate "Tiny" Archibald, JoJo White, Bob Love, Lou Hudson, Bob Lanier e "Pistol" Pete Maravich, bem como músicos dos Ramones. A marca ganhou seguidores na comunidade hip-hop no final dos anos 1970.
          A Stride Rite Corporation comprou a Keds e Sperry Top-Sider da Uniroyal em 1979 por US$ 18 milhões.
          Na primavera de 1980, a Pro-Keds lançou uma coleção de tênis de basquete de desempenho cupsole com o modelo de letreiro sendo o Shotmaker. O Shotmaker seria usado por Ralph Sampson e Gerald Henderson. Em 1981, Sugar Ray Leonard tornou-se porta-voz da marca.       
          No início da década de 1990 a Vulcabras já tinha se mexido: trouxe para o Brasil a marca Keds, então uma das oito do catálogo da americana Stride Rite. E partiu para o licenciamento e distribuição de tênis. Começou pela Adidas e passou pela Puma. Em 1999, passou a exportar o tênis Reebok, de quem era associada desde 1992 numa operação de importação dos tênis da marca americana. Só nos primeiros três anos exportou 600.000 pares. Em dezembro de 2001, a fábrica de Horizonte, no Ceará, inaugurada em 1996, que já produzia o Reebok, começou a exportar tênis da marca Keds para Israel, Argentina, Uruguai, México, Grécia e Portugal.
A Collective Brands Inc., empresa controladora da Stride Rite Corporation e Keds, foi adquirida pela Wolverine World Wide por $ 1,32 bilhão em maio de 2012.
          A Keds lançou a campanha "Ladies First Since 1916" em julho de 2015, que se concentra no empoderamento feminino e em celebridades como Taylor Swift.[20] Em 2016, a Keds comemorou seu centenário e a continuação de sua campanha "Damas primeiro desde 1916"[21] com uma comemoração de aniversário realizada durante a New York Fashion Week.[22] A empresa também anunciou que sua fabricação de calçados estava se mudando para Michigan, nos Estados Unidos, pela primeira vez em 35 anos.
          Os sapatos foram usados por celebridades como Marilyn Monroe, Jackie Kennedy Onassis, Katharine Hepburn, Paul Newman, Humphrey Bogart, Kristen Stewart e Natalie Portman.[4][8]
          Após o lançamento do filme Dirty Dancing, de 1987, no qual a personagem de Jennifer Grey usava Keds, a receita da empresa cresceu 10 vezes.[24] Muitas líderes de torcida também usavam Keds como parte de seu uniforme durante meados dos anos 1980 até meados dos anos 1990.[25]
          Na URSS e em muitos países pós-soviéticos, os tênis com cano alto de lona ficaram conhecidos genericamente como "keds" (em russo: кеды).
          Em dezembro de 2022, Wolverine World Wide anunciou planos para vender ou licenciar sua marca Keds.
Fonte - jornal Folha de S.Paulo - 13.07.2017 / revista Exame - 10.07.2014 / jornal O Estado de S.Paulo - 17.08.2015 / Wikipedia)

Panera Bread

 

          Segundo informações da página do Facebook da cadeia de sanduíches Panera, o nome é uma combinação de duas palavras: “Pan” (pão) e “era” (idade/era/tempo), cujas raízes são da língua espanhola e do latim.
          Juntas, elas formam A Era do Pão. O fundador da Panera ainda confidenciou que o nome significa “cesta de pães” em latim.
(Fonte: Negócios - Luciana Caczan - 10.12.2018)

24 de fev. de 2023

Thomas H. Lee Partners / Lee Equity Partners

          Thomas H. Lee (Tom Lee),  um pioneiro no negócio de patrimônio privado de trilhões de dólares, fundou sua loja de aquisições em 1974, aproveitando uma herança e um empréstimo familiar, 
depois de trabalhar na LF Rothschild e no First National Bank of Boston.
          O que era então conhecido como Thomas H. Lee Partners ajudou a desenvolver o manual tradicional para aquisições alavancadas: emprestar grandes somas de dinheiro para comprar uma empresa, depois cortar custos e melhorar os resultados financeiros antes de vendê-la novamente.
          Durante sua carreira de quatro décadas em aquisições alavancadas, Lee fez enormes aquisições, incluindo algumas extremamente lucrativas, e ajudou a definir o setor como uma grande força em Wall Street.
          Um exemplo de modelo de acordo firmado com a assinatura de Lee foi a aquisição da Snapple em 1992. Sua empresa comprou a fabricante de bebidas por US$ 135 milhões – com apenas US$ 28 milhões vindo de seus próprios cofres – antes de vendê-la para a Quaker Oats dois anos depois por US$ 1,7 bilhão.
          Os outros negócios notáveis da empresa incluem sucessos e fracassos. Um sucesso foi a aquisição da Warner Music em 2003 com parceiros como Edgar Bronfman Jr., o herdeiro do império de bebidas Seagram. “Posso ver a manchete agora - 'Lee faz um negócio maluco'”, disse Lee naquele ano, aludindo à perplexidade inicial que saudou a transação. Mas Thomas H. Lee acabou obtendo uma taxa interna de retorno de 34%.
          Os negócios mal sucedidos incluem a aquisição da corretora de commodities Refco pela empresa, que entrou com pedido de falência após divulgar que seu C.E.O. tinha escondido US$ 430 milhões em dívidas.
          Lee deixou sua empresa homônima em 2006, e a empresa mais tarde mudou a denominação para
THL Partners.
          Mas Lee continuou a investir por meio de um segundo empreendimento, Lee Equity Partners. (Em 2014, ele disse que se chamava “Tomcat”, porque tinha “nove vidas diferentes”.)
          Tom Lee também foi um filantropo prolífico, doando dinheiro para instituições como o Lincoln Center, o Museu de Arte Moderna, o Museu Whitney de Arte Americana e o Museu da Herança Judaica.
          Thomas H. Lee morre em 23 de fevereiro de 2023, aos 78 anos.
(Fonte: NY Times - 24.02.2023)

23 de fev. de 2023

TAV Brasil

          A TAV Brasil Empresa Brasileira de Trens de Alta Velocidade SPE LTDA, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), foi aberta em fevereiro de 2021 e tem capital social de R$ 100 mil.
          A empresa é uma holding que tem três sócios: o advogado Marcos Joaquim Gonçalves Alves (sócio-administrador) e as empresas Global Ace Participações e Investimentos Ltda e Infra S.A. Investimentos e Serviços. O representante legal da Global Ace é Paulo Assis Benites. João Henrique Sigaud Cordeiro Guerra é identificado como administrador das duas empresas (tanto da Global Ace quanto da Infra S.A.).
          Em fevereiro de 2023 vem a lume que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) teria autorizado a empresa TAV Brasil  (TAV é a sigla para Trem de Alta Velocidade) a construir e explorar o “trem-bala” (trem de alta velocidade), entre São Paulo e Rio de Janeiro, pelos próximos 99 anos.
          O projeto era uma das bandeiras da então presidente Dilma Rousseff (PT) para a Copa do Mundo de 2014, mas foi abandonado em meio a controvérsias sobre seu custo e sua viabilidade e também à falta de interessados em participar do leilão — que nem chegou a ocorrer.
          O pedido da TAV Brasil só foi possível graças à mudança na legislação feita em 2021 pelo então presidente, Jair Bolsonaro (PL), e pelos ex-ministros Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) — que atualmente é governador de São Paulo.
(Fonte: InfoMoney - 23.02.2023)

Seacrest Petroleo

          A petroleira norueguesa Seacrest Petroleo foi fundada em 2020 por Erik Tiller e Paul Murray, também cofundadores da petrolífera norueguesa OKEA, já cotada na bolsa de valores de Oslo.
          Em fevereiro de 2023, em meio a uma forte redução das ofertas de ações no Brasil, a Seacrest Petróleo conseguiu concluir seu IPO na bolsa de valores de Oslo. Com o negócio, a empresa, focada na aquisição de campos maduros de petróleo e gás natural, captou US$ 260 milhões. Além dos bancos noruegueses, BTG Pactual e Itaú BBA foram os coordenadores do IPO. A ação estreou na bolsa de valores de Oslo nesta em 23 de fevereiro de 2023.
          Para fazer a oferta, a empresa teve que aceitar um corte de preço. A avaliação da empresa foi reduzida para cerca de US$ 148 milhões, de US$ 215 milhões, considerando o valor antes da injeção de capital. Com o IPO, a empresa passa a valer US$ 383 milhões, podendo chegar a US$ 407 milhões caso o lote suplementar da oferta seja aplicado.
          No IPO, o Mercuria Energy Group Limited alocou US$ 80 milhões e deterá uma participação de 30% na petrolífera após a conclusão da oferta.
          “O grupo segue uma estratégia no Brasil semelhante à que a OKEA ASA tem seguido na Noruega”, também de acordo com o prospecto do IPO. Rafael Grisolia, ex-CFO da Petrobras e ex-CEO da distribuidora de combustíveis Vibra Energia, foi nomeado CFO da petroleira no ano passado.
          Todos os ativos da Seacrest estão no Brasil, mas sua sede fica nas Bermudas. A petroleira é outra que viu um mercado potencial no Brasil depois que a Petrobras iniciou um programa de desinvestimentos durante o governo Temer. Entre elas estão a 3R Petróleo, a PetroRio e a PetroRecôncavo, listadas na B3.
          “Existe um potencial significativo para criação de valor em nossos ativos de produção exclusivamente integrados por meio de uma série de atividades de redesenvolvimento de baixo risco que devem triplicar a produção até 2025. Nossa produção de fluxo de caixa de alta margem nos permite crescer e planejar para curto prazo retorno de capital aos acionistas”, disse o CEO da Seacrest Petróleo, Michael Stewart, em comunicado.
          O primeiro investimento da empresa foi o campo de Cricaré, também da Petrobras, que compreendeu 27 concessões de petróleo onshore, além de ativos de produção de petróleo, operação que foi concluída até o final de 2021. “Todos os campos que compõem os campos de Cricaré e Norte Capixaba clusters estão em terra na Bacia do Espírito Santo. Com fator de recuperação médio atual de 17%, esses campos estão em fase de produção e são considerados ativos intermediários”, afirma a empresa em seu prospecto.
          No início de abril de 2024, a Seacrest e a Petrorecôncavo  comunicam que assinaram contratos para a perfuração de poços terrestres nos polos Norte Capixaba e Cricaré, ambos localizadas no Espírito Santo.
(Fonte: jornal Valor - 22.02.2023 / 08.04.2024 - partes)

Versão II
          A norueguesa Seacrest foi fundada em 2020 por Erik Tiller e Paul Murray, cofundadores da petrolífera norueguesa OKEA.
          A primeira incursão da empresa (no Brasil) foi no campo de Cricaré, que compreendia 27 concessões petrolíferas terrestres, além de ativos de produção de petróleo, operação que foi concluída no final de 2021.        
          A Seacrest adquiriu o campo Norte Capixaba da Petrobras, dentro do processo de desinvestimento de poços mais maduros que a Petrobras levava a cabo e interrompido com a eleição do presidente Lula.
          Uma oferta pública inicial (IPO) feita em abril de 2023 na bolsa de valores de Oslo visava, em parte, financiar aquisições. A empresa arrecadou US$ 260 milhões na época.
          No início de abril de 2024, vem a lume que a Seacrest procura comprador para seus ativos petrolíferos em meio a uma forte onda de consolidação de petrolíferas independentes no Brasil, apurou o Valor. A empresa contratou a Goldman Sachs como seu consultor financeiro, segundo fontes que falaram ao jornal Valor sob condição de anonimato.
          O processo de venda da Seacrest ocorre em um momento de grande atividade no mercado.
Empresas do setor já foram pesquisadas sobre potencial interesse na petroleira independente, estreante no segmento.
          Um movimento de consolidação de empresas menores (leia-se Enauta, 3R, Petrorecôncavo) já era antecipado pelo mercado porque a indústria de petróleo e gás precisa de escala. O jogo mudou depois que a Petrobras interrompeu o processo de desinvestimento de poços mais maduros com a eleição do presidente Lula. Os ativos vendidos em administrações anteriores deram origem a petrolíferas independentes.
(Fonte: jornal Valor - 05.04.2024)

22 de fev. de 2023

Shein

           A Shein é uma varejista chinesa de moda fundada em 2008 por Chris Xu. A empresa de Chris Xu faz parte do varejo que, em 2020, não se beneficiou com as vendas on-line resultantes da Covid-19 ( Afinal, quem iria investir em uma roupa ou acessório novo sem nenhuma perspectiva de sair de casa?), mas agora passa por um revés positivo.
          Quem é o misterioso dono da Shein? Ele é avesso a entrevistas, não circula em eventos corporativos e seu nome mal aparece no site da gigante varejista de moda. Nascido em 1984, Chris Xu (também conhecido por Xu Yangtian ou Sky Xu) é o misterioso fundador e CEO da Shein, fenômeno do fast-fashion global que se prepara para iniciar suas operações de produção têxtil no Brasil.                            Diferentemente de outros bilionários chineses, como Jack Ma, do Alibaba, e Pony Ma, da Tencent, Xu é discreto, faz questão de manter distância dos holofotes e também é conhecido por trabalhar de maneira obsessiva, afirma a californiana Rui Ma, especialista no mercado chinês e criadora do podcast Tech Buzz China.
          Algo que chama muito a atenção nessa guinada é a atuação de um player pouquíssimo conhecido do público brasileiro antes do isolamento social. Shein foi o aplicativo de "fast fashion" mais baixado no Brasil em 2021, com 23,8 milhões de downloads no período. A empresa tem forte apelo com a chamada "geração Z", dos nascidos entre o final da década de 1990 e a primeira década dos anos 2000. Em festas descoladas da noite paulistana, é comum encontrar jovens vestindo roupas, calçados ou acessórios “da moda” comprados na Shein. A plataforma pratica preços mais compatíveis com o poder de compra desse perfil de consumidor e também tem revolucionado a maneira de se adquirir produtos em sites estrangeiros.
          Assim como muito do que é vendido em aplicativos como Shopee e Alibaba, os produtos da Shein vêm da China. Mas, de maneira inédita por aqui, a varejista montou seu próprio market place brasileiro, tornando-se parceira de fornecedores locais. Com essa estratégia, as mercadorias que antes demoravam meses para serem entregues no Brasil, chegam ao consumidor em prazos bem menores. Assim, a Shein traz ao país seu polêmico modus operandi, em que os fornecedores precisam conceber e confeccionar roupas em apenas uma semana.
          Em 23 de agosto de 2023, o CEO na América Latina, Marcelo Claure, informou que no Brasil já há 200 fábricas da empresa em pleno funcionamento. Já com centros de distribuição, o Brasil estaria prestes a se tornar um pólo de exportação.
          A vantagem competitiva da Shein, segundo o executivo, vai muito além do preço. O modelo de negócios da plataforma permite projetar, produzir e entregar um produto em sete dias, enquanto a maioria dos concorrentes ainda trabalha com o conceito de temporada. Um dos planos mais ousados da marca para o Brasil é entregar os pedidos em questão de horas.
          Claure conheceu a marca observando o comportamento de suas cinco filhas — a mais velha tem 28 anos e a mais nova, 5. No final do mês, quando conferiam as faturas do cartão de crédito, elas repetiam o mesmo nome: Shein , Shein, Shein. Conhecendo o modelo de negócio, gostou da empresa e pegou um avião para a China para conversar pessoalmente com os trabalhadores e gestores das fábricas. Lá, ele viu o que acreditava ser uma das empresas mais disruptivas do mundo. No início de 2023, ele investiu US$ 100 milhões na Shein por meio de seu family office.
          O Brasil foi o primeiro país da Shein fora da China a ter fábricas e, com o sucesso da iniciativa, o grupo passou a fabricar também na Turquia. Faz sentido, dada a importância do país para o grupo, que tem aqui 45 milhões de clientes, mais de um terço da população adulta do país, e o seu total de consumidores globais, agora em 160 milhões de pessoas.
(Fonte: revista Capital Aberto - 19.02.2023 / Época Negócios - 01.08.2023 /Valor - 23.08.2023 - partes)

19 de fev. de 2023

Blaupunkt

          A Blaupunkt era originalmente uma empresa alemã e foi controlada pelo grupo Bosch-Siemens até 2008. Nesse ano, foi vendida ao grupo de investimento Aurelius AG.
          Por ocasião da venda da Blaupunkt, o grupo Bosch-Siemens reteve as fábricas de produção de componentes. Apenas as linhas de montagem foram vendidas. O novo proprietário começou a reduzir os custos de produção deslocando a produção terceirizada para outros países. A partir de 2011 todos os produtos Blaupunkt passaram a ser feitos sob medida na China em linhas de montagem de terceiros.                    Naturalmente, a qualidade sofreu, e muitas empresas que anteriormente compravam itens para 
instalar nos seus produtos (por exemplo, automóveis) recusaram-se a fazê-lo.
          Em 2016, foi decretada a falência da empresa que no mesmo ano entrou em liquidação. As fábricas foram vendidas, o pessoal foi despedido.
          Desde 2016, uma vez que a marca Blaupunkt é propriedade da empresa de investimento Aurelius AG, os direitos de marca são controlados pela subsidiária da Aurelius AG, GIP Development SARL, que trata do licenciamento de marcas registradas.
          Como resultado, qualquer fabricante de eletrônica pode agora licenciar e produzir produtos sob a marca Blaupunkt. Os televisores Blaupunkt são atualmente fabricados por várias empresas. Os fabricantes diferem de país para país.
          Se olharmos para a produção de televisores, esses são feitos principalmente na Índia e na China. Além disso, alguns fabricantes montam televisores em países do Leste da Europa a partir de componentes chineses. Os televisores desse segmento têm um mínimo de características e funcionalidade. São na sua maioria montados na China a partir de componentes baratos.

18 de fev. de 2023

Companhia Geral do Comércio do Brasil

          A Companhia Geral do Comércio do Brasil foi criada em 1649 pelo padre português Antônio Vieira (1608-1697). Essa companhia unia Portugal e Holanda contra os interesses britânicos.
          Vieira foi o responsável pelas negociações com o governo holandês e judeus da Holanda e de Roma. Mas a ideia não vingou, pois a Igreja se opôs à mistura de dinheiro católico com dinheiro judeu.
(Fonte: Guia dos Curiosos - 2ª edição - Marcelo Duarte)

17 de fev. de 2023

Olhepreço (supermercados)

          Celson Rangel Cintra começou no varejo aos 21 anos de idade, com uma barraca na Água dos Meninos, antiga feira livre de Salvador. Vendia charque e, anos mais tarde, passou também a preparar esse tipo de carne ele mesmo.
          Em 1967 Cintra abriu um mercadinho na Baixa do Sapateiro, um dos pontos mais populares da cidade. Acanhada, a loja tinha uma área de 200 metros quadrados e recebeu o nome de Olhepreço. Os 
clientes olharam.
          A recessão (início da década de 1990), que fez encolher as receitas da maioria das grandes cadeias de supermercados, não bateu com a mesma intensidade às portas das redes menores. Ao contrário de mamutes como Pão de Açúcar, Paes Mendonça e Casas da Banha, que diminuíram de tamanho, uma modesta rede baiana de periferia, a Cintra & Cia. de Rangel Cintra, deu-se bem.
          Suas lojas eram feias e não estavam equipadas com caixas informatizados. Também não fazia 
propaganda na televisão. Mas vendia. E como vendia.
          Com quarenta lojas espalhadas pelos subúrbios de Salvador com o sugestivo nome de fantasia de Olhepreço, a Cintra & Cia. quase dobrou de faturamento em dois anos. Suas vendas atingiram 65,3 milhões de dólares em 1991. Com isso, o Olhepreço decolou de um longínquo 63º lugar para o 29º no 
ranking do setor, elaborado pela Associação Brasileira de Supermercados, Abras.
          Cintra, o presidente da empresa, resgatou os velhos hábitos das mercearias - origem do seu negócio: uma boa parte de suas vendas eram feitas fiado. Houve, é verdade, alguma evolução nessa modalidade. Em lugar de anotar as "penduras" no caderno (ou caderneta), a rede Olhepreço aceita vales-refeição, cheques pré-datados e cartões de crédito. Além disso, tenta fazer jus ao nome, oferecendo preços abaixo dos da concorrência. Outra forma de conquistar a clientela é a propaganda 
direta. Uma frota de vinte carros de som trombeteia suas ofertas.
(Fonte: revista Exame - 22.07.1992)